Este documento apresenta a pauta do 2o encontro de orientação de estudos e contém: 1) dinâmicas e atividades sobre números e matemática incluindo leituras, vídeo e relatos; 2) discussões sobre a percepção das crianças sobre números e quantidades; 3) propostas de dinâmicas para trabalhar noções numéricas.
2. PAUTA 2º ENCONTRO
07.06.2014
2º MOMENTO: TARDE
DINÂMICA “Nomes e histórias”;
LEITURA DELEITE “Beleléu e os números”;
LEITURA “VOCÊ É UM NÚMERO”;
VÍDEO “Donald no país da Matemágica”
PARA QUE SERVE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DAS CRIANÇAS;
NÚMEROS: Compreendendo as primeiras noções de números.
RELATOS:
Tiago e a joaninha; A centopeia; A fazendinha.
NÚMEROS: De qualidades a quantidades.
RELATOS:
Uma coleção de lápis de desenho; Arrumando o armário; O varal.
COMPARTILHANDO
RELATO:
“O Pastor e suas ovelhas”
ELABORAR SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS;
PARA CASA;
TRAVESSIA DO RIO.
4. Maria começa com mar
E termina com dia
Que mais posso imaginar
Com quem se chama Maria?
Roberta é sorriso aberto.
Luciana é luz que atravessa.
Leonardo é um nome danado!
Já vem com leão marcado.
O Pedro tem pedra no nome.
Marcelo parece martelo.
O Marcos é cheio de marcas.
O Severino é severo?
5. Augusto, Leonardo, Aurora
João, Marina da Glória
Benedita, Sérgio, Vitória
Cada um tem sua história.
E você como se chama?
Venha logo me falar
Pois a história do seu nome
Só você pode contar.
9. Se você não tomar cuidado vira um número
até para si mesmo. Porque a partir do
instante em que você nasce classificam-no
com um número. Sua identidade no Félix
Pacheco é um número. O registro civil é um
número. Seu título de eleitor é um número.
Profissionalmente falando você também é.
Para ser motorista, tem carteira com número,
e chapa de carro. No Imposto de Renda, o
contribuinte é identificado com um número.
Seu prédio, seu telefone, seu número de
apartamento - tudo é número.
10. Se é dos que abrem crediário, para eles
você também é um número. Se tem
propriedades, também. Se é sócio de um
clube tem um número. Se é imortal da
Academia Brasileira de Letras tem número
da cadeira.
É por isso que vou tomar aulas
particulares de Matemática. Preciso saber das
coisas. Ou aulas de Física. Não estou
brincando: vou mesmo tomar aulas de
Matemática, preciso saber alguma coisa sobre
cálculo integral.
Se você é comerciante, seu alvará de
localização o classifica também.
11. Se é contribuinte de qualquer obra de
beneficência também é solicitado por um
número. Se faz viagem de passeio ou de
turismo ou de negócio recebe um número. Para
tomar um avião, dão-lhe um número. Se possui
ações também recebe um, como acionista de
uma companhia. É claro que você é um
número no recenseamento. Se é católico
recebe um número de batismo. No registro civil
ou religioso você é numerado. Se possui
personalidade jurídica tem. E quando a gente
morre, no jazigo, tem um número. E a certidão
de óbito também.
12. Nós não somos ninguém? Protesto. Aliás
é inútil o protesto. E vai ver meu protesto
também é número.
Uma amiga minha contou que no Alto do
Sertão de Pernambuco uma mulher estava
com o filho doente, desidratado, foi ao Posto
de Saúde. E recebeu a ficha número 10. Mas
dentro do horário previsto pelo médico a
criança não pode ser atendida porque só
atenderam até o número 9. A criança morreu
por causa de um número. Nós somos
culpados.
13. Se há uma guerra, você é classificado por
um número. Numa pulseira com placa
metálica, se não me engano. Ou numa
corrente de pescoço, metálica.
Nós vamos lutar contra isso. Cada um é
um, sem número. O si-mesmo é apenas o si-
mesmo.
E Deus não é um número.
14. Vamos ser gente, por favor. Nossa
sociedade está nos deixando secos como um
número seco, como um osso branco seco
exposto ao Sol. Meu número íntimo é 9. Só. 8.
Só. 7. Só. Sem somá-los nem transformá-los
em novecentos e oitenta e sete. Estou me
classificando com um número? Não, a
intimidade não deixa. Vejam, tentei várias
vezes na vida não ter número e não escapei. O
que faz com que precisemos de muito carinho,
de nome próprio, de genuinidade. Vamos amar
que o amor não tem número. Ou tem?
Fonte: A descoberta do mundo / Clarice Lispector (p. 365 – 367).
15. Reflexões da leitura
• A matemática é para todos?
• Qual o papel desempenhado pelas experiências
sociais na construção do conhecimento
matemático?
• Tem algum número que faz parte de sua vida e
que não foi citado pelo texto?
• Quais são as possíveis funções do número?
• O que é ser numeralizado?
17. Precisamos aproveitar as ideias de Matemática de nossos
alunos para iniciar situações de instrução partindo das
noções que eles já trazem antes mesmo de serem
formalmente ensinados no contexto escolar.
18. NÚMEROS
É fundamental conhecer e considerar as noções que as
crianças já trazem sobre número, sobre contagem para, a
partir disso, selecionar e organizar atividades pedagógicas,
como brincadeiras, jogos, desafios, gincanas, cantigas de
roda, que vão privilegiando a compreensão dessas noções.
Quanto mais diversificado forem as situações de contagem
mais produtivo será o processo de aprendizagem.
19. COMPREENDENDO AS PRIMEIRAS
NOÇÕES
1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 falar inglês
7, 8 comer biscoito
9, 10 comer pastéis
QUANDO A CRIANÇA COMEÇA A USAR NÚMEROS
DE MANEIRA FORMAL?
20. O NÚMERO: DA ORALIDADE PARA A
ESCRITA
Uma característica da contagem é a enunciação de
palavras, nomes dos números, numa determinada
sequência fixa, a começar por “um”;
Quando crianças recitam mecanicamente a sequência dos
números ou quando brincam de esconde-esconde, por
exemplo, elas iniciam a contagem a partir do um;
Recitar a sequência numérica não é a mesma coisa que
saber contar com compreensão elementos de um conjunto.
22. Tiago ficou surpreso ao ver uma joaninha diferente. Ela era
grande e suas pintas não eram pretas, eram sulcos (buraquinhos)
de forma arredondada. Imediatamente, Tiago iniciou a contagem
das pintas, indicando, com o dedo, cada pinta que ia contando.
Contou: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove. A
professora questionou: Tem mesmo nove pintas? Tiago repetiu a
contagem e, novamente contou: um, dois, três, quatro, cinco, seis,
sete. Novamente a professora interviu dizendo: e se a gente
pegasse uma forminha de docinho e fosse colocando em cada
pinta da joaninha que você contar?
Tiago, então, foi colocando uma a uma as forminhas em cada
buraquinho enquanto contava: um, dois, três, quatro, cinco, seis,
sete, oito pintas.
Então, ele disse: – Hum, então a joaninha tem oito pintas!
23. Em se tratando da alfabetização matemática, essa é uma
situação que ocorre frequentemente em nossa sala de aula e
mostra que, inicialmente, nem sempre a criança percebe a
relação entre cada elemento da contagem e o número de objetos
a que ele se refere.
Posteriormente, ao ser instigado sobre o que seria “oito”, Tiago
apontou para a última pinta que havia contado.
Isso nos leva a refletir sobre a importância de compreendermos
as percepções e os conhecimentos que a criança possui sobre a
correspondência entre quantidade e número a partir de
atividades instigadoras e desafiadoras.
24. PARA QUE SERVE A MATEMÁTICA
NA PERSPECTIVA DA CRIANÇA?
Dificilmente perguntamos aos nossos alunos o que eles entendem
por matemática? Quais os significados que um número pode ter?
Para que serve a matemática? Para que servem os números e as
operações? Para que serve medir? Para que serve contar? Etc.
As respostas obtidas quando feitas estas questões para algumas
crianças indicam que diferentes funções sociais são atribuídas à
matemática, o quadro a seguir agrupa as respostas em quatro tipos:
25.
26.
27. QUE DINÂMICAS VOCÊ PROPORIA, A PARTIR
DAS SITUAÇÃO ANTERIOR, PARA DAR
OPORTUNIDADE AOS SEUS ALUNOS DE
FAZEREM COMPARAÇÕES PARA DETERMINAR
ONDE HÁ MAIS, ONDE HÁ MENOS OU TANTOS
QUANTOS?
29. Atividade desenvolvida pela professora Naíse Pereira Cardoso, da Escola
Estadual de Ensino Médio Santa Marta (Santa Maria – RS), com a colaboração
das acadêmicas Andressa Wiedenhoft Marafiga e Gabriela Fontana Gabbi, do
Projeto Clube de Matemática/GEPEMat/UFSM/Obeduc-CAPES.
Inicialmente, a professora Naíse organizou as crianças em círculo,
sentados em suas cadeiras, para ouvir a história “A centopeia que
sonhava”, contada com o auxílio de um fantoche, nomeado pela
turma por Natália. As crianças ouviram a história atentamente,
interagindo a todo o momento com suas ideias e opiniões. Após, foi
distribuída a cada criança uma “parte da centopeia”, ou seja, um
círculo onde estava indicado um número.
30.
31. Quando entregamos as partes da centopeia, fizemos alguns questionamentos:
– O que será que podemos fazer com essas peças?
Alguns logo responderam: podemos formar a centopeia. Mas esta percepção não
foi geral, pois uma das meninas falou “agora entendi porque deram isto para nós”.
– O que está colado nas partes da centopeia?
Todos responderam que tinha números.
– E que números são esses? São todos iguais?
Responderam que cada um tinha um número e alguns falaram qual era o seu
número.
– O que cada um poderia nos falar sobre o número que tem?
Ficamos surpresas com as respostas apresentadas e, assim, conforme iam
falando, íamos dialogando com eles. Foi um diálogo muito interessante. A seguir
foram convidados a montar a centopeia no chão da sala de aula. A professora
iniciou colocando a cabeça e solicitou que cada um fosse colocando o número
conforme a centopeia numérica que conhecia.
32. NA SUA SALA DE AULA, COM SEUS ALUNOS,
VOCÊ PODERIA EXPLORAR ALGUMAS NOÇÕES
NUMÉRICAS A PARTIR DA DINÂMICA DA
CENTOPEIA?
34. Atividade desenvolvida pela professora: Cácia da Silva Cortes, da
Escola Estadual de Educação Básica Prof.a Margarida Lopes (Santa
Maria – RS), com a colaboração das acadêmicas Jucilene
Hundertmarck e Simone Pozebon, do projeto Clube de
Matemática/GEPEMat/UFSM/Obeduc-CAPES.
A atividade seguinte foi desenvolvida pela professora Cácia e
realizada com o objetivo de compreender como as crianças
percebem a relação entre a quantidade e o símbolo que representa
essa quantidade. Para isso, a turma foi dividida em grupos. Cada
grupo recebeu um tabuleiro (desenho de uma fazendinha), um
quadro de registro, um envelope contendo diferentes animais e dois
dados, um com figuras de diferentes animais em cada face e outro
com símbolos de 1 a 6 e um quadro resumo de cartolina afixado na
lousa.
35.
36. Antes de iniciar o jogo, as crianças identificaram os tipos de animais
que havia nas cartelas que estavam dentro dos envelopes. Com
base nisso, foi feita uma discussão no grande grupo sobre as
características desses animais e a importância deles na vida das
pessoas.
A seguir, cada criança iniciou jogando os dois dados
simultaneamente. Por exemplo, se o dado de números indicou “2” e
o dos animais indicou “pássaro” significava que poderia pegar duas
cartelas de pássaro e colocar no tabuleiro da fazenda. À medida que
iam colocando as cartelas dos animais indicados nos dados, faziam
o respectivo registro no quadro de registro que cada uma recebeu.
Em consenso, cada grupo escolheu o símbolo que usaria para
registrar a quantidade de cada animal indicado no dado.
37. Após, para socializar a atividade no grande grupo, um
representante de cada um deles ia à lousa para preencher o quadro
final que indicava a quantidade total de cada
animal. A partir dessa atividade, discutiram as diferentes formas
usadas para fazer os registros e, também, questões do tipo:
– Qual animal está representado em maior quantidade? E em
menor quantidade?
A quantidade de peixes é maior, menor ou igual a quantidade de
vacas?
– O que você sabe sobre o cavalo? Sobre o peixe?
38.
39. ESSA ATIVIDADE POSSIBILITA À CRIANÇA, ALÉM DA
MANIPULAÇÃO DO MATERIAL CONCRETO, FAZER OS
REGISTROS E REPRESENTAR CADA MOMENTO DA
ATIVIDADE QUE ESTÁ SENDO DESENVOLVIDA. TAMBÉM
OFERECE OPORTUNIDADE PARA QUE A CRIANÇA
SOCIALIZE FATOS E RESULTADOS COM OS COLEGAS.
HAVERIA OUTRAS AÇÕES QUE PODERIAM SER
DESENVOLVIDAS COM SEUS ALUNOS A PARTIR DESSA
ATIVIDADE?
40. NÚMERO:
DE QUALIDADES A QUANTIDADES
As qualidades dos seres e objetos que nos rodeiam são
características. Ao comparar seres e objetos em relação a
seus atributos, podemos classifica-los. E a classificação nos
ajuda a organizar as coisas.
42. Naquele dia, a turma já havia realizado atividades nas quais precisava
classificar seus materiais de contagem, entre os quais os lápis de
desenho. A professora pediu ao grupo que escolhesse uma coleção de
lápis da cor que mais gostasse. Jade escolheu os verde-escuros. Era
uma grande coleção. Então, a professora solicitou que eles
observassem-nos com cuidado e que decidissem o que fazer para
colocá-los em uma sequência, por exemplo, em ordem de tamanho,
do menor ao maior. Imediatamente, iniciou-se uma grande discussão e
cooperação no grupo. A primeira coisa que decidiram foi por onde
começar.
Tiago: – Esse lápis é o maioral de todos! (mostrando o maior deles).
Jade: – E esse é o mais pequenininho. É o primeiro!
Professora: – E agora, qual o próximo da sequência?
43.
44. Seguiu-se uma série de diálogos que pôs em destaque o uso e o domínio de
um expressivo vocabulário relativo aos aspectos perceptíveis dos lápis que
estavam sobre a mesa, como tamanhos relacionados a comprimentos. Foi se
demonstrando o domínio dos alunos no emprego de expressões como: maior
que, menor que, pequeno, médio, grande, mais grandinho que e mais
pequenininho que. Outras expressões demonstravam o entendimento dos
alunos sobre conceitos relativos à posição do lápis na sequência (ordenação):
antes que, no meio, entre, depois de, primeiro e último também foram
empregados.
O grupo foi discutindo, na medida em que comparava dois a dois, os tamanhos
dos lápis. Partindo do menor deles, a discussão travava-se em decidir qual
seria o próximo lápis: coordenavam a comparação entre os comprimentos de
dois lápis (um já situado na sequência e o seguinte), considerando que este
deveria ser maior que o anterior, mas menor que o próximo depois dele.
45. QUE OUTROS OBJETOS PODERÍAMOS UTILIZAR, DE MODO
QUE OS ALUNOS PUDESSEM COLOCÁ-LOS EM SEQUÊNCIA
DO MENOR AO MAIOR, COMPARANDO-OS EM RELAÇÃO A
ALGUMA OUTRA CARACTERÍSTICA QUE LHES FOSSE
COMUM E NÃO SOMENTE O COMPRIMENTO?
HAVERIA OUTRAS POSSIBILIDADES DE CRITÉRIO DE
COMPARAÇÃO QUANDO PENSAMOS EM TERMOS DE
TAMANHO DOS OBJETOS?
47. Antes do término da aula, um professor reservou um tempo
para que a turma organizasse todo o material coletivo antes
de guardá-lo no armário. As crianças discutiram e decidiram
critérios para classificar e arrumar esses materiais no
armário da sala.
Examinando as imagens abaixo, quais critérios as crianças
utilizaram para classificar e guardar os materiais? Como
você exploraria os materiais abaixo para oferecer a elas
oportunidades de classificação desses objetos?
51. A professora havia organizado o ambiente com certos recursos didáticos
para verificar o domínio das crianças sobre a contagem de objetos de
uma coleção. Além do domínio da ordem de contagem, pretendia
verificar sobre o significado do resultado da contagem para elas: será
que já compreendiam que a última palavra enunciada da contagem
indicava, não o último objeto apontado, mas a quantidade total de
objetos da coleção? Assim, preparou a sala de aula de modo que as
crianças pudessem trabalhar em duplas, dialogando durante a atividade
e que ela pudesse ouvi-los sobre como estavam pensando.
52. As crianças encontraram sobre a mesa um pequeno varal feito de
canudos fixos com argila sobre uma base de papelão. Havia também
uma coleção miniatura de prendedores de roupa vermelhos e verdes
e símbolos dos algarismos de 0 a 9 e da operação de adição (+).
53. A professora perguntou pelo número que eles mais gostavam. O
grupo disse: “Cinco!”. Então, pediu que colocassem cinco
prendedores no varal. Um a um, eles foram colocando no varal e
contando até cinco. Dois prendedores eram verdes e três
vermelhos.
A professora perguntou-lhes o que havia mais no varal:
prendedores de roupa ou prendedores de roupa vermelhos. Eles
disseram que havia mais prendedores de roupa. Então, ela
continuou: “E o que há mais: prendedores de roupas verdes ou
prendedores de roupa vermelhos?”. Novamente, as crianças
respondem de acordo com o esperado, que havia mais
prendedores de roupa vermelhos.
54. Então, a professora
perguntou:
– E quantos a mais?
(Silêncio).
As crianças olharam-se e
uma disse:
– Como assim? Eu não sei
o que é ”a mais”.
E, agora, como você
continuaria esse diálogo?
Como atuaria nesse
processo de ensino?
55. I. Qual a principal relação entre a aula
apresentada no vídeo “Matemática é D+” e a
atividade do “Varal”?
II. Como acontece a contagem?
III. Como acontece o registro dos números?
IV. Qual o papel do professor nesse processo?
V. Qual a relação do vídeo “Matemática é D+” e
da atividade “O varal” com a atividade “fio de
contas”?
57. O PASTOR E SUAS OVELHAS
Existia um pastor de ovelhas que amava cuidar de seus
animais. Todos os dias, pela manhã, ele levava as ovelhas
para passear pela fazenda, onde podiam se alimentar, correr
e descansar. Quando anoitecia, o pastor reunia todas as
ovelhas e as colocava de novo no cercado. Mas havia um
problema: às vezes, algumas delas iam para muito longe do
grupo e o pastor não as via e, na hora de entrar, ele não
percebia que estavam faltando ovelhas. Como o pastor, que
não sabia contar, poderia saber se todas as ovelhas estavam
dentro do cercado?
58.
59.
60. A partir daí, ela solicitou que seus alunos, em grupos, discutissem
como poderiam ajudar o pastor a “controlar a quantidade” de
ovelhas que tinha. Depois disso, cada grupo fez o desenho da
solução encontrada. Essas soluções foram apresentadas e
discutidas no grande grupo para que, em conjunto, decidissem o
que seria mais adequado.
Várias foram as hipóteses levantadas. Após testá-las, com o
auxílio do cenário, os alunos chegaram à conclusão de que a
melhor solução seria encontrar um “contador”, ou seja, um
material que pudesse representar cada uma das ovelhas. O
material escolhido foi pedrinhas e, para poder controlar o conjunto
de ovelhas, o pastor da história poderia usar um conjunto de
pedras: ao sair com as ovelhas para passear pela fazenda, para
cada uma que saía do cercado, ele separaria uma pedra, ou seja,
cada ovelha corresponderia a uma pedra. Assim, ao retornar para
o cercado, ele poderia fazer novamente a correspondência e
verificar: se haviam sobrado pedras, faltavam ovelhas; caso
contrário, todas teriam voltado.
61.
62. Posteriormente foram apresentadas outras
situações-problema envolvendo diferentes
correspondências de coleções fixas, contendo
imagens de crianças e ovelhas.
63.
64.
65. Finalmente, para apresentar situações através das quais
as quantidades fossem geradas pela ação da criança, ao
invés de fornecidas pelo professor, foi sugerido o “Jogo da
Pescaria”. Para isso, cada grupo recebeu uma vara de
pescar com um imã na ponta. No centro da sala, no chão,
foram dispostos peixes de papel com um clip, para que o
imã pudesse atraí-lo. No final, os grupos deveriam
encontrar formas de registrar a quantidade de peixes que
foi pescada.
66.
67.
68. PARA CASA
APLICAR EM SALA DE AULA AS SEQUÊNCIAS
DIDÁTICAS ELABORADAS DURANTE O MOMENTO DE
FORMAÇÃO, REGISTRANDO AS OBSERVAÇÕES DE
SEUS ALUNOS PARA SOCIALIZAR NO PROXIMO
ENCONTRO.
ELABORAR UMA PESQUISA PARA SER FEITA PELOS
SEUS ALUNOS, COM VISTAS A REFLEXÃO ACERCA
DOS USOS E FUNÇÕES DOS NÚMEROS NAS
PROFISSÕES, ASSOCIANDO A MATEMÁTICA A OUTROS
CAMPOS DO CONHECIMENTO.
70. “TRAVESSIA DO RIO”
2 dados com faces numeradas de 1 à 6;
2 tabuleiros;
2 conjuntos de 12 cada um de cor ou forma
diferente.
71.
72. QUESTÕES PARA O GRUPO
1. Houve alguma dificuldade ao jogar? Qual(is)?
2. As regras do jogo são importantes? Justifique.
3. Qual a função das regras do jogo?
4. Que tipo de texto é a regra do jogo?
5. Será que as crianças teriam alguma dificuldade
para compreender as regras do jogo ? Qual(is)?
6. Que sugestão você daria para o
encaminhamento desse jogo?
73. QUESTÃO FINAL
1. Diante de tudo que foi elencado, você acha
que é importante explorar o gênero “regra do
jogo” com estudantes do ciclo de
alfabetização? Justifique.
74. REGRAS DO JOGO
Cada jogador coloca as suas fichas, numa das
margens do rio, da maneira que quiser, podendo pôr
mais do que uma na mesma casa e deixando outras
vazias.
Alternadamente, os jogadores lançam dados e
calculam a soma obtida.
Se a soma corresponder a uma casa onde estejam
as suas fichas, passa-se uma delas para o outro lado
do rio.
Ganha quem conseguir passar primeiro todas as
fichas para o outro lado.
Recitar o poema com o grupo e questionar: “Se uma criança recita este poema, sem erros, podemos afirmar que ela apropriou-se dos números de 1 a 10?” É possível, a partir de cantigas e parlendas, levar a criança a se apropriar dos números? Explorar outros exemplos de uso informal dos números pelas crianças, incluindo casos de exploração informal de números escritos. Em seguida, “a” pergunta: “Quando a criança começa a usar números de maneira formal?” Fundamentação de estudo: p.33-34.