2. Moral e Liberdade
Além da consciência racional, lógica, o ser humano
possui também consciência moral, isto é, a faculdade
de observar a própria conduta e julgar (formular
juízos) sobre os atos passados, presentes e as
intenções futuras. Ou seja, julgar é atribuir um valor,
um peso para cada coisa que se apresenta.
3. Liberdade e Escolha
É somente depois de julgar que a pessoa tem condições
de escolher, entre as circunstâncias possíveis, suas
ações e seu próprio caminho na vida. E é justamente
essa possibilidade que cada indivíduo tem de escolher
seu caminho, de construir sua maneira de ser e sua
história que chamamos liberdade.
4. Liberdade e Responsabilidade
Assim, só tem sentido julgar moralmente a ação de uma
pessoa se essa ação foi praticada em liberdade. Quando
não se tem escolha (ou liberdade), quando se é coagido
a praticar uma ação, é impossível decidir entre o bem e o
mal. A decisão, nesse caso, é imposta pelas forças
coativas, isto é, que determinam uma conduta.
5. Liberdade e Responsabilidade
Quando, porém, estamos livres para escolher entre
esta ou aquela ação e fazemos uma escolha, tornamo-
nos responsáveis pelo que praticamos e podemos ser
julgados moralmente por isso.
7. Liberdade versus Determinismo
De acordo com essa via de interpretação, a liberdade não
existe, pois o ser humano seria sempre determinado, seja
por sua natureza biológica (necessidades e instintos), seja
por sua natureza histórico-social (leis, normas, costumes).
Em outras palavras, as ações individuais seriam causadas e
determinadas por fatores naturais ou constrangimentos
sociais, e a liberdade seria apenas uma ilusão.
9. Liberdade Absoluta
Para essa via de interpretação, o ser humano é sempre
livre. Embora os defensores dessa posição admitam a
existência das determinações de origem externa:
sociais, e interna: como desejos, impulsos etc., eles
sustentam a tese de que o indivíduo possui uma
liberdade moral que está acima dessas determinações.
10. Liberdade Absoluta
Assim, apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que
atuam sobre cada indivíduo, ele sempre possui uma
possibilidade de escolha. A maior expressão dessa
concepção filosófica acerca da liberdade é encontrada no
pensamento do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-
1980), que afirmou que “o homem está condenado a ser
livre”.