O documento discute o desempenho energético operacional em edifícios no Brasil. Apresenta dados sobre o aumento projetado do consumo de energia em edifícios e fatores que afetam o desempenho real versus projetado. Também descreve o Projeto DEO do CBCS, que desenvolveu ferramentas como benchmarking, diagnósticos e avaliações para melhorar a eficiência energética de edifícios durante a operação.
2. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES
Agenda
1. Introdução
2. Projeto DEO do CBCS
3. Resultados de projetos
4. Benchmarking de prédios públicos
5. Conclusão
4. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES
Emissões de CO2
Fonte: MCTI
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
0.18
Jan/09 Jan/10 Jan/11 Jan/12 Jan/13 Jan/14 Jan/15 Jan/16
tCO2/MWh
Fator de emissão mensal
Média do Sistema Interligado Nacional
5. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 5
Maior consumo
• Mais edificações
• Prédios maiores
• Aumento da complexidade
• Exigências de conforto
Maior consumo de
energia
Fonte: CBCS, “Aspectos da
construção sustentável no
Brasil” 2014
6. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 6
Previsão de aumentos
Previsão do aumento
de consumo de energia
em edificações até
2050 (dados da EPE)
Fonte: CBCS, “Aspectos da
construção sustentável no
Brasil” 2014
7. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 7
Novas tecnologias em edifícios
• Norma de desempenho
• Normas de sistemas prediais
• Novas tecnologias de automação
• VRF, VFD, VAV, DOAS, vigas frias,
forros radiantes
• Gerentes de facilities
• PBE Edifica, LEED, AQUA
• Projetos de IPTU Verde
9. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 9
Os edifícios funcionam?
Altas índices de reclamações
Dificuldade em atender condições de
conforto térmico
Problemas de manutenção e
operação
Sistemas caros instalados e nunca
comissionados
Grande estoque construído, precisa
trocar equipamentos e fazer retrofit
10. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 10
Performance Gap
Fonte: A.C. Menezes et al, Predicted vs. actual energy performance of non-domestic buildings: Using post-
occupancy evaluation data to reduce the performance gap, Applied Energy 97 (2012) 355-364
11. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 11
Performance Gap
Empreendimentos comerciais no Brasil (certificados LEED)
Fonte:
OLIVEIRA, W. LEED previsto x LEED realizado: o desafio da performance. Conferência GreenBuilding Brasil, São Paulo, 2014.
12. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 12
Fatores no consumo final
Localização Projeto Operação
Forma construtiva PAF
Equipamentos de
escritório, servidores
Clima Vidro Horários de operação
Inserção urbana
Sistema de ar
condicionado
Densidade de ocupação
Iluminação
Setpoints, programação e
controle
Elevadores
Balanceamento,
comissionamento
CPD Monitoramento
15. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 15
Projeto DEO do CBCS
www.cbcs.org.br/deo
1. Indicadores e benchmarks de
desempenho
2. Diagnósticos energéticos completos
3. Qualidade ambiental e satisfação de
usuários
4. Comunicação e etiquetagem
5. Informação para políticas públicas
16. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 16
Projeto DEO do CBCS
1. Indicadores e benchmarks de
desempenho
Sou eficiente?
2. Diagnósticos energéticos completos Como faço para melhorar?
3. Qualidade ambiental e satisfação de
usuários
Meu edifício funciona para os usuários?
4. Comunicação e etiquetagem
Como certificar e mostrar níveis de
desempenho?
5. Informação para políticas públicas
Quais políticas públicas podem
estimular eficiência operacional?
19. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 19
Benchmarking e etiquetagem (2014-2015)
1. Mapeampento de possibilidades para certificação DEO
2. Avaliação dos programas de medidores inteligentes
3. Desenvolvimento de benchmarks para escritórios
24. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 24
Aplicação de benchmarking
(200) (150) (100) (50) - 50 100 150 200
Benchmark
Consumo real
Iluminação Cargas de tomada Ventilação
Refrigeração e rejeição de calor Estacionamento Iluminação (área comum)
Elevador Bombeamento de água potável CPD
Áreas privativasÁreas comuns
25. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 25
Avaliação Global de Desempenho em
Edificações (2015-2016)
1. Software para automação de auditoria energética
2. Metodologia de avaliação de satisfação dos usuários
3. Pilotos para aplicação de avaliações (satisfação + energia)
4. Capacitação e treinamento
5. Publicação de guias
26. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 26
Avaliação global de desempenho
Levanta-
mento
remoto
Reunião
inicial
Visita
técnica
Medições
de
energia
Análise de
dados e
cálculos
Proposição de
medidas de
eficiência
energética
Relatório
Final
Preparação Visita
Aplicação
pesquisa
Análise de
dados
Revisar
resultados
Interpretação
dos resultados
Relatório
Final
ENERGIA
CONFORTO
27. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 27
Metodologia BluePrint
2011 Inglaterra
• Parceria Gov.
Britânico
2015 Brasil
• Idioma
• Lógica
• Medidas e $
• Sistemas prediais
28. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 28
Avaliação de satisfação
1. Produtividade
2. Qualidade ambiental
1% Custo de
Energia
9% Custo de
Aluguel
90% Custo com
equipe com salários e
beneficios
29. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 29
Metodologia BUS
BUS Building Use
Studies
1995-2002
Inglaterra
2009 Arup
2015 Brasil
8 benchmarks
9 línguas
800 edifícios
30. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 30
Estudos de caso
EDIFÍCIO CIDADE
AR
CONDICIONADO
TIPO IDADE
Edifício 1 SP NÃO PÚBLICO ANTIGO
Edifício 2 SP SIM PÚBLICO ANTIGO
Edifício 3 SP SIM PRIVADO MODERNO
Edifício 4 RJ SIM PRIVADO MODERNO
32. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 32
Estudo de caso - Economia
Categoria
Nº de
Medidas
Custo Total
(R$)
Economia Anual
(R$/ano)
Potencial de
Economia (%)
Baixo
Custo 8 Zero R$ 152 a 217 mil 5% a 8%
Médio
Custo 6 R$ 53 mil R$ 43 a 61 mil 2%
Alto
Custo 15
R$ 3,3
milhões
R$ 786 mil a 1,1
milhão
28% a 40%
TOTAL 29
R$ 3,3
milhões
R$ 980 mil a 1,4
milhão
35% a 50%
Refrigeração e
rejeição de
calor
26%
Iluminação
interno
privativa
22%
Cargas de
tomada TI
18%
Ventilação
17%
CPD
12%
Elevador
3%
Bombas água
Consumo e gasto anual por uso final ¹
34. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES
1 SP
Público, Antigo
Sem ar condicionado
2 SP
Público, Antigo
3 SP
Privado, Moderno
4 RJ
Privado, Moderno
Estudo de caso - Satisfação
39. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 39
Benchmarking de eficiência energética em
prédios públicos (2016-2017)
1. Avaliação estatística do estoque e caracterização de prédios públicos
2. Realização de 20 diagnósticos energéticos completos
3. Instalação de medidores de energia
4. Desenvolvimento de benchmarks
5. Construção de plataforma online de avaliação
40. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES
• Projeto de Cooperação Técnica PNUD
Transformação de Mercado de Eficiência Energética no Brasil
• Ministério do Meio Ambiente
Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental
Formação de multiplicadores
• Financiamento
GEF (Global Environmental Facility)
BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
MLF (Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal)
Contexto
41. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES
Execução do projeto
41
Processamento dados
Análise estatística
Seleção de 20 edifícios
• DADOS
Diagnósticos
Energéticos
Instalação de 2
medidores de energia
• 20 EDIFÍCIOS
Metodologia
Benchmark
Equação Benchmark
• BENCHMARK
Plataforma Web
Capacitações
Paper científico
Relatório (12 meses)
• DIVULGAÇÃO
42. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES
Mapa dos edifícios selecionados
42
1
1
1
4
1
1
1
2
1
1 2
2
2
Edifícios maiores Edifícios menores
45. DESEMPENHO ENERGÉTICO OPERACIONAL EM EDIFICAÇÕES 45
Próximos passos
• Publicar estudos de caso
• Gerar benchmarks para mais tipologias
• Programas de treinamento e capacitação
• Certificação de desempenho energético operacional
• Aplicação voluntário no mercado
• Políticas públicas e transparência