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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.O papel social, profissionais e organizacionais ........................................................................... 4
1.1.Contextualização do tema ......................................................................................................... 4
1.2.O papel social e o seu desempenho no contexto de trabalho e extra-trabalho.......................... 5
1.3.O papel profissional e o seu desempenho no contexto de trabalho e extra-trabalho ................ 6
1.4.O papel organizacional e o seu desempenho no contexto de trabalho e extra-trabalho ........... 8
Conclusão...................................................................................................................................... 10
Bibliografia ................................................................................................................................... 11
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Introdução
O ser humano, durante a sua vida tem desempenhado vários papéis, que marcam o seu dia-a-dia.
A essência destes papéis, na sua maioria, depende do contexto em que ele se encontra juntamente
com o meio ambiente que define as condições naturais do local onde ele vive.
Este trabalho aborda sobre um tema relacionado com estes papéis que o ser humano desempenha
o seu dia.
Assim o tema deste trabalho é:
Os papeis sociais, profissionais e organizacionais e
O desempenho dos papéis sociais, profissionais e organizacionais no contexto de trabalho
e extra-trabalho.
Neste tema o presente trabalho tem como objectivos:
Objectivo geral:
Compreender os papeis sociais profissionais e organizacionais.
Objectivos específicos:
Definir o conceito de papel;
Identificar os diferentes tipos de papeis e
Explicar o desempenho destes papéis no contexto de trabalho e extra-trabalho.
Quanto, a metodologia, este trabalho foi elaborado com base no método bibliográfico, que
consistiu na leitura documental.
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1.O papel social, profissionais e organizacionais
1.1.Contextualização do tema
O conceito de papel em MORENO (1993), assume uma força inovadora significativa por estar
intimamente relacionada com a espontaneidade, marcando assim, a sua diferença entre outros
conceitos de papéis amplamente estudados pela sociologia.
ROCHEBLAVE-SPENLÉ (1969), na mais completa obra sobre as várias teorias dos papéis, “ La
Notion De Role En Psychologie Sociale”, revela que a maioria dos autores, entendem os papéis
como algo estabelecido anteriormente, rígido e acabado, sendo por isso facilitadores das relações
sociais pela sua previsibilidade e por representar padrões de condutas aceitos.
Moreno os contrapõe mostrando que um papel antes de tudo se inventa, pela possibilidade
criativa do homem que se assemelha a Deus, cujas acções são de criação e espontaneidade.
Reflectindo em busca de alguns dos vários conceitos de papel dispersos no constructo moreniano
temos, a saber: “O papel é a forma de funcionamento que o indivíduo assume no momento
específico em que reage a uma situação específica, na qual outras pessoas ou objetos estão
envolvidos.” (MORENO, 1993)
Assim, o papel pode ser definido como uma unidade de experiência sintética em que se fundiram
elementos privados, sociais e culturais ou como sendo uma experiência interpessoal e necessita,
usualmente, de dois ou mais indivíduos para ser realizada.
No contexto de trabalho, papel é uma fusão de elementos particulares e coletivos em busca da
realização de um objectivo pré-determinado.
Quanto ao desempenho do papel, duas capacidades são fundamentais: A primeira é a capacidade
de perceber o seu papel (clareza do seu papel em ação) e o do outro (clareza do contrapapel
correspondente - papel do outro). Isto é a aptidão para decifrar ou ler os próprios papéis e o dos
outros (MORENO, 1993). A segunda é a capacidade de responder adequadamente
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(representação com espontaneidade). “A percepção do papel não significa automaticamente
aptidão para assumi-lo”.
Mas porém, um indivíduo pode ter um alto grau de percepção de um determinado papel (clareza
a nível cognitivo), mas no entanto representá-lo inadequadamente (acção estereotipada,
convencional e sem espontaneidade). Por outro lado, pode representar muito bem os papéis e
perceber muito mal as respostas do contra papel, como por exemplo, ter simpatia por alguém e
não perceber se esta sendo retribuído da mesma forma ou não.
No entanto, para que o papel tenha um bom desempenho é preciso conhecer os objectivos e
actividades sobre o papel, e saber implementá- las na prática.
1.2.O papel social e o seu desempenho no contexto de trabalho e extra-trabalho
Nas ciências sociais, o papel social é definido como o conjunto de normas, direitos, deveres e
explicativas que condicionam o comportamento dos indivíduos junto a um grupo ou dentro de
uma instituição. Os papéis sociais, que podem ser herdados ou conquistados, surgem da
interacção social, sendo sempre resultado de um processo de socialização.
De acordo com WORSLEY (1983, p. 287), um papel social é aquilo que se espera de alguém
que tem um certo estatuto social. É o conjunto de deveres ou funções que a pessoa tem. Por
exemplo: espera-se que um professor explique as matérias, que avalie os alunos, etc.
Para ERVING (1999, p. 23). O papel social envolve a interação face a face“ a interação (face a
face) pode ser entendida, em linhas gerais, como a influência recíproca dos indivíduos sobre as
acções uns dos outros, quando em presença física imediata” Compreender esse processo de
interação nos facilita projectar nossas acções e expressões nos diversos ambientes (cenários),
especialmente no ambiente de trabalho.
A cultura é muito importante para a definição dos Papéis sociais, porém para MORENO (1993) o
fundamental é o indivíduo e suas relações. O foco é a dinâmica e a qualidade da interação.
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Assim a representação deste papel social depende da nossa habilidade de compreensão do
cenário e das personagens interpretadas pelos demais actores para projectarmos nossa
representação. O papel social que representaremos dependerá de nossa habilidade de
compreensão desses elementos
O que compete a um certo papel social pode estar formalmente definido num regulamento ou
estabelecido de modo informal nas tradições de uma sociedade.
No contexto de trabalho, o desempenho deste papel social centra-se nas seguintes funções:
Manter boa cultura de trabalho;
Incentivar o espirito de tralhos em equipa;
Realizar actividades para o bem-estar dos funcionários;
Respeitar os laços sociais dos funcionários;
Aumentar a assistência social dos funcionários no acto da realização de actividades.
No contexto extra-trabalho, o desempenho deste papel centra-se nas seguintes actividades:
Garantir o bem-estar da sociedade;
Educar a sociedade;
Respeitar os hábitos e costumes da sociedade e
Manter boas relações com os demais membros da sociedade.
1.3.O papel profissional e o seu desempenho no contexto de trabalho e extra-trabalho
O papel profissional é concebido como o conjunto de funções e das condições necessárias para
que alguém o assuma e o exerça. O papel dá uma identidade, focaliza e delimita o campo de ação
profissional; estabelece as interfaces com outros campos. (MORENO, 1993)
O papel profissional é um dos vários papéis assumidos pelas pessoas na vida social. Representa a
contribuição para a evolução do mundo, para o bem-estar social.
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O papel profissional gera uma expectativa de comportamento, no sentido de sua contribuição
para a acção global da Empresa, da sociedade. Exercer um papel profissional é exercer as
funções que lhe foram conferidas, nos limites estabelecidos; é atender às expectativas que
suscita; é contribuir para o alcance dos objetivos institucionais; é contribuir para o
desenvolvimento da Organização na qual esse papel é exercido. Assumir um papel profissional é
ter uma referência como pessoa. E a escolha do papel profissional é uma decisão importante na
vida, porque representa uma forma de viver.
Estes se manifestam e se diferenciam inicialmente através da estrutura organizacional, dos
planos de cargos e salários (se houver) e das atribuições normativas.
O repensar e o redefinir destes papéis quase não acontece ao longo da vida organizacional, mas
no entanto frequentemente ouvimos queixas com relação a desvios de funções. A constatação de
que há desvio de função é um sinal de que aquele papel não foi ou não está claramente definido
no momento. Isto acontece por conta da conserva cultural que congela os papéis e suas funções
no tempo. (QUADROS e KHOURI, 1994).
Na atuação ou desempenho d um papel implica relação, daí o “eu experimental é um eu de
papéis” (GARRIDO, 1984, p. 213).
Assim, numa dimensão mais global e sistêmica o papel profissional a ser desenvolvido, também
requer: a) um suplemento de conhecimentos (caráter conceitual) afins ao papel a ser
desenvolvido; b) uma contextualização do papel a partir da análise da cultura e das subculturas
que permeiam a empresa (ética, valores, princípios, missão, meta), buscando sempre uma
posição relativizadora; c) uma homogeneização (e não uniformização!) das percepções acerca
das ameaças e oportunidades do papel e da empresa no cenário atual; d) uma conscientização
sobre os leques de papéis profissionais potenciais que o indivíduo poderá desenvolver dentro ou
fora da empresa em que atua (visão de empregabilidade).
No contexto de trabalho, o desempenho deste papel centra-se nas seguintes actividades:
Apresentar um excelente nível de conhecimento técnico;
Perceber as funções do papel perante as demandas diárias;
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Colaborar da melhor forma com os órgãos superiores;
Garantir o sucesso da organização;
Participar em reuniões de trabalho; etc.
Para o contexto de extra-trabalho, o desempenho deste papel centra-se nas seguintes funções:
Atender bem os clientes ou utentes dos serviços d organização;
Usar as habilidades profissionais para realizar actividades fora da organização;
Manter boa imagem que dignifique a sua profissão;
Respeitar os diversos níveis sociais da sociedade que se encontra fora do trabalho;
Contribuir para o desenvolvimento comum;
Ajudar os que necessitam;
Acompanhar a evolução e contribuir para a sua expansão; etc.
1.4.O papel organizacional e o seu desempenho no contexto de trabalho e extra-trabalho
D e acordo com SCHEIN, (1982, p. 153), a organização é um conjunto de pessoas – superiores,
subordinados, colegas e circundantes – com os quais existe relacionamento relacionado a
papeis, constitui, então, o conjunto de papéis.
A organização como um todo pode então ser considerada um conjunto de papeis interlaçados e
imbricados, alguns deles transcendendo o limite da organização.
Assim, o papel da organização estuda o comportamento dos membros de uma organização.
Como a dinâmica do mundo dos negócios é muito intensa, os limites e as formas de atuação dos
papéis organizacionais também variam. Mesmo assim, ainda observa-se pessoas atuando nos
vários papéis profissionais, principalmente no gerencial, de forma inadequada aos novos cenários
em que a empresa se encontra.
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Desempenho no contexto de trabalho:
Manter a higiene no trabalho;
Manter a segurança;
Proporcionar bom ambiente trabalho;
Traçar estratégias de relacionamento entre os diversos membros da organização;
Cumprir com as sus obrigações em trenos de remuneração dos seus funcionários; etc.
Desempenho no contexto de extra-trabalho:
Envolvimento em responsabilidades sociais;
Reduzir os riscos ambientais provenientes das suas actividades;
Garantir segurança familiar dos seus colaboradores;
Responsabilizar-se na saúde dos eus profissionais; etc.
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Conclusão
Depois desta breve sintética explanação sobre os papeis sociais, profissionais e organizacionais,
pode-se concluir os papeis são na essência um conjunto funções que são desempenhadas por um
individuo ou um conjunto de indivíduos que, a fim de realizar as actividades que compõem o
papel a se desempenhar. Assim, o papel pode se considerado como a unidade da cultura e cada
cultura se caracteriza por uma série de papéis que são “impostos” a todos os membros da
sociedade.
Neste caso, pode concluir também que:
O papel social é aquele que envolve tarefas ou actividades que se enquadram no âmbito
social.
O papel profissional é aquele que envolve actividades que funções de uma tarefa ou
carreira profissional.
O papel organizacional é aquele que envolve tarefas ou actividades de uma organização
ou empresa, seja do ramo público ou privado.
Assim pode-se afirmar que o desempenho dos papéis no trabalho é vital para o sucesso de
qualquer modelo de gestão pois amplia a rede de significados dos papéis profissionais e
desenvolve mais rapidamente o seu poder de acção. Não basta tão somente ter mecanismos de
gestão muito bem definidos, a exemplos de planeamento estratégico, desdobramento de
diretrizes, arquitetura do negócio, processos rotinizados, tratamentos de anomalia, etc, se quem
vai executar não tenha clareza e o compromisso no fazer.
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Bibliografia
ERVING, Goffman. A representação do Eu na vidacotidiana. 8ª edição, Editora Vozes.
Petrópolis, 1999
GARRIDO MARTÍN, E. - J.L.MORENO: Psicologia do encontro. São Paulo, Livraria Duas
Cidades, 1984.
QUADROS, r.a.p &,khouri, g.s. Encontro com zerka moreno, anotações do curso intensivo “The
evolution of psicodrama” , com zerka moreno do Instituto Moreno de New York - usa, são paulo,
agosto 1993, apresentado em salvador -ba no ii encontro de psicodrama regional norte nordeste :
o psicodrama e suas cenas, dezembro 1994.
MORENO, J.L. - Psicodrama. São Paulo, Editora Cultrix, 9a edição, 1993.
ROCHEBLAVE-SPENLÉ, A.M. - La Notion de Role en Psychologie Sociale. Paris, PUF, 1969.
SCHIED, Edgar H. Psicologia Organizacional. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1982
WORSLEY, Peter; Introdução à Sociologia, 5ª edição, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1983,.