O documento discute a gestão de mercadorias e serviços no varejo. Ele descreve como a estratégia de mercadorias estabelece os princípios que guiarão as decisões sobre o mix de produtos oferecidos e como o conceito de produto total envolve não apenas os produtos físicos, mas também aspectos estéticos, psicológicos e serviços. Além disso, discute a subdivisão do mix de produtos em linhas, grupos e itens e as estratégias de mix restrito, especializado, variedade e profundo.
1. Gestão de Mercadorias e Serviços 1
Capítulo 9
Gestão de Mercadorias e
Serviços
Administração de Varejo Fauze Najib Mattar
2. Gestão de Mercadorias e Serviços 2
Gestão de mercadorias
Na gestão de mercadorias no varejo,
a estratégia de mercadorias estabelece os
princípios que irão direcionar todas as
decisões do varejista relacionadas com
o mix de produtos a ser ofertado.
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3. Gestão de Mercadorias e Serviços 3
Estratégia de mercadorias
Na estratégia de mercadorias devem estar
refletidos:
Tipo de varejo.
Público-alvo.
Imagem e posicionamento pretendidos.
Capacidades de fornecimento dos
fornecedores.
Diversos aspectos relacionados diretamente
aos produtos a serem oferecidos.
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4. Gestão de Mercadorias e Serviços 4
Produto total
O conceito de produto total parte do
pressuposto que os consumidores esperam
muito mais benefícios do que os
exclusivamente funcionais oferecidos pelo
produto físico em aquisição; suas
expectativas incluem também os benefícios
estéticos, psicológicos e de serviços ao
consumidor.
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5. Gestão de Mercadorias e Serviços 5
Benefícios componentes do produto total
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6. Gestão de Mercadorias e Serviços 6
Produto total (cont.)
O “produto” do varejista é a sua loja, e é ela
que deve ser trabalhada por ele como um
“produto”.
Para obter sucesso, um varejista deve agir na
sua loja segundo o conceito de produto total,
focando não só o mix de produtos físicos que
oferece, mas também os aspectos estéticos e
funcionais da loja, os de segurança e
confiabilidade na realização de negócios com
a loja e o mix de serviços oferecidos aos
consumidores.
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7. Gestão de Mercadorias e Serviços 7
Mix de produtos
É o conjunto de todas as mercadorias
oferecidas pelo varejista.
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8. Gestão de Mercadorias e Serviços 8
Divisão do mix de produtos
O mix de produtos no varejo
é subdividido de forma a facilitar as atividades de
gestão.
Como ser adquirida ou utilizada por um particular
segmento de mercado: produtos femininos,
masculinos, infantis, jovens, bebês etc.
Ou ser utilizada em conjunto: ternos e
complementos masculinos como → camisas,
gravatas, meias, sapatos, cintos; móveis e
artigos de decoração como → vasos, quadros,
luminárias, abajures, estatuetas.
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9. Gestão de Mercadorias e Serviços 9
Subdivisão do mix de produtos
Linhas de produtos
Grupo (ou agrupamento) de produtos
Subgrupo (ou subagrupamento) de produtos
Item de produto ou SKU – Stock Keeping Unit
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10. Gestão de Mercadorias e Serviços 10
Variedade, sortimento e mix de produtos
Fonte: Adaptada de Dale, M. Lewison. Retailing. 4th ed. New York: Macmillan. 1991:398.
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11. Gestão de Mercadorias e Serviços 11
Questionamentos para a inclusão e exclusão de
produtos no mix de produtos de um varejista
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12. Gestão de Mercadorias e Serviços 12
Fatores a considerar na adoção de novos
produtos no mix de produtos do varejo
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13. Gestão de Mercadorias e Serviços 13
Fatores a considerar na adoção de novos
produtos no mix de produtos do varejo (cont.)
Fonte: Adaptado de Berman, Barry; Evans, Joel R. Retail Management – A strategic approach. 9th ed. New Jersey: Prentice Hall, 2004:348.
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14. Gestão de Mercadorias e Serviços 14
Perguntas a serem respondidas pela
gestão de mercadorias de um varejista
Com qual variedade trabalhar (número de linhas)?
Com que sortimento em cada linha (número de
itens)?
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15. Gestão de Mercadorias e Serviços 15
Estratégias varejistas de mix de
produtos
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16. Gestão de Mercadorias e Serviços 16
Mix restrito
Caracterizada por oferecer o mais limitado mix
de produtos, com pequena variedade e
pequeno sortimento ou “ofertar um pouco de
pouco”.
É a estratégia típica de pequenos varejos de
alimentos e lojas de conveniência.
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17. Gestão de Mercadorias e Serviços 17
Mix especializado
Caracterizada por oferecer pequena variedade
(às vezes uma única linha de produto) com
um grande sortimento, ou “ofertar um pouco
de tudo”.
É a estratégia típica de lojas especializadas
(farmácias, loja de parafusos, borrachas,
pneus, autopeças, brinquedos, artigos
esportivos etc.).
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18. Gestão de Mercadorias e Serviços 18
Mix variedade
Caracterizada por oferecer grande variedade,
mas com pequeno sortimento em cada linha
(no extremo, pode ofertar apenas um item em
cada linha), ou “ofertar de tudo um pouco”.
É a estratégia típica de lojas de variedades em
que o varejista oferece um pequeno número
de itens (marcas, estilos, tamanhos, cores,
preços etc.) de um grande número de linhas
de produtos.
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19. Gestão de Mercadorias e Serviços 19
Mix profundo
Caracterizada por oferecer grande variedade e
grande sortimento, ou “ofertar tudo de tudo”,
de forma a se constituir, para o consumidor,
como uma opção de local onde comprar de
tudo.
É a estratégia típica de lojas de departamentos
e hipermercados.
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20. Gestão de Mercadorias e Serviços 20
Estratégias varejistas intermediárias de
mix de produtos
Mix Mix
semiespecializado semivariedade
Mix Mix
semiprofundo semissortido
Mix
semiprofundo /
sortido
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21. Gestão de Mercadorias e Serviços 21
Considerações do produto nas decisões
do mix de produtos
Lucratividade
Compatibilidade / afinidade com o mix de produtos
Atributos do produto
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22. Gestão de Mercadorias e Serviços 22
Lucratividade
É o mais importante dos critérios para decidir
se um produto deve passar a fazer parte ou
continuar fazendo parte do mix de produtos
do varejista.
Devem ser avaliadas tanto a margem de
contribuição unitária do produto quanto a
margem de contribuição total (que leva em
consideração o potencial de venda de
unidades no período).
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23. Gestão de Mercadorias e Serviços 23
Cuidados a serem tomados na decisão
de produtos com base na lucratividade
Alguns produtos (produtos promotores),
apesar de terem baixas margens (no extremo,
até margens negativas), atraem tráfego para a
loja ou são responsáveis pela venda de
outros produtos (produtos promovidos) com
altas margens.
Nesse caso, a decisão deve ser tomada em
função dos resultados da análise das vendas
(e lucratividade) conjuntas do produto
promotor e do(s) promovido(s).
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24. Gestão de Mercadorias e Serviços 24
Compatibilidade / afinidade com o mix
de produtos
Substitutos
Relativamente vantajosos
Complementares
Relacionados
Não relacionados
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25. Gestão de Mercadorias e Serviços 25
Atributos dos produtos
Relação dimensão x preço
Padronização
Exigência de serviços complementares
Métodos de vendas
Qualidade
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26. Gestão de Mercadorias e Serviços 26
Fatores a considerar na decisão do nível de
qualidade do mix de produtos da loja e sua
relevância para a decisão
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27. Gestão de Mercadorias e Serviços 27
Fatores a considerar na decisão do nível de
qualidade do mix de produtos da loja e sua
relevância para a decisão (cont.)
Fonte: Adaptado de Berman, Barry; Evans, Joel R. Retail Management – A strategic approach. 9th ed. New Jersey: Prentice Hall, 2004:351.
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28. Gestão de Mercadorias e Serviços 28
Considerações de mercado nas
decisões do mix de produtos
Posicionamento de mercado
Ciclo de vida do produto.
Ciclo de moda.
Adequação ao mercado.
Estilo de vida.
Condições concorrenciais.
Diferenciação por loja e ocasião.
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29. Gestão de Mercadorias e Serviços 29
Posicionamento de mercado
É importante para o varejista a manutenção e
fortalecimento do posicionamento pretendido
no mercado e o seu mix de produtos deve
estar condicionado e adequado a esse
posicionamento.
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30. Gestão de Mercadorias e Serviços 30
Ciclo de vida do produto
A teoria do ciclo de vida do produto pode ajudar
na definição do mix de produtos mostrando o
comportamento esperado de um produto ao
longo de sua vida.
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31. Gestão de Mercadorias e Serviços 31
Estágios do ciclo de vida do produto
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32. Gestão de Mercadorias e Serviços 32
Estágios do ciclo de vida do produto (cont.)
Saber em qual estágio se encontra um produto
em seu ciclo de vida permite ao varejista fazer
julgamentos sobre seu potencial de vendas e
lucro e tomar decisões quanto a sua adoção,
permanência ou exclusão do mix de produtos.
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33. Gestão de Mercadorias e Serviços 33
Riscos na adoção de novos produtos
Esses riscos estão nos estágios de introdução,
quando os produtos podem “não pegar” e, no
declínio, quando as vendas e os lucros são
pequenos.
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34. Gestão de Mercadorias e Serviços 34
Ciclo de moda
De forma assemelhada ao ciclo de vida do
produto, o ciclo de moda diz respeito
ao ciclo de vida de uma moda e é composto de
três estágios: introdução, aceitação e declínio.
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35. Gestão de Mercadorias e Serviços 35
Conceito de moda
Moda é uma linguagem de sinais, símbolos e
iconografias utilizada para demonstrar
expressões individuais e coletivas de formas não
verbais.
Na moda são refletidos os costumes, os valores
da sociedade ou de grupos sociais em um
determinado espaço de tempo.
É um fenômeno social e cultural, consistindo na
mudança advinda da necessidade individual de
conquistar ou manter uma determinada posição
social e demonstrar a própria personalidade.
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36. Gestão de Mercadorias e Serviços 36
Tipo de ciclo de vida de moda → Fracasso
Caracterizado por
produtos que “não
pegaram”.
São produtos que, no
lançamento, são
imediatamente
rejeitados por todos
os segmentos de
mercado e têm
apenas dois
estágios: introdução
e declínio.
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37. Gestão de Mercadorias e Serviços 37
Fracasso
No Fracasso tanto a aceitação quanto a
permanência são baixas.
Produtos com esse perfil, no ciclo de vida de
moda, devem ser evitados pelos varejistas,
pois podem resultar em grandes perdas
devido aos estoques se tornarem rapidamente
obsoletos.
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38. Gestão de Mercadorias e Serviços 38
Tipo de ciclo de vida de moda → Modismo
Caracterizado por
produtos que, no
ciclo de vida de
moda, têm boa
aceitação, mas curta
permanência.
Tão rapidamente
quanto adotados, são
abandonados.
O modismo percorre os
três estágios no ciclo
de moda: introdução,
curta aceitação e
declínio.
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39. Gestão de Mercadorias e Serviços 39
Modismo
Produtos com este perfil tendem a ser
altamente lucrativos, pois têm altos markups.
O varejista deve trabalhar com esses
produtos, mas ter cuidado com o nível de
estoques, mantendo-os o mais baixo possível
para reduzir o risco de perdas por
obsolescência devido a curta aceitação.
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40. Gestão de Mercadorias e Serviços 40
Tipo de ciclo de vida de moda → Moda
Caracterizada por
produtos que, no
ciclo de vida de
moda, têm grande
aceitação e
permanência média
e limitada.
Os produtos de moda
percorrem também
os três estágios no
ciclo de vida de
moda: introdução,
média e limitada
aceitação e declínio.
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41. Gestão de Mercadorias e Serviços 41
Moda
Ao percorrer os três estágios do ciclo, os produtos
de moda passam por quatro fases: distinção (na
introdução), quando são adotados pelos líderes
de opinião; emulação (na aceitação), quando os
seguidores dos líderes os adotam; massificação
(também na aceitação), quando se tornam
populares e passam a ser adotados pela maioria
dos consumidores; e rejeição (no declínio),
quando seu consumo passa a ser abandonado.
Os produtos de moda são importantes para os
varejistas terem em seu mix de produtos.
São altamente lucrativos e têm permanência
suficiente para evitar riscos com perdas por
estoques obsoletos.
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42. Gestão de Mercadorias e Serviços 42
Tipo de ciclo de vida de moda → Estilo
Forma de expressão
diferenciada existente
no ciclo de moda de
produtos com grande
aceitação e
permanência.
Esses produtos podem
permanecer por muito
tempo entrando e
saindo de moda.
O estilo pode se
manifestar em
residências, móveis,
roupas, objetos de
arte etc.
Fonte: Adaptada de Dale, M. Lewison. Retailing. 4th ed. New York: Macmillan, 1991:406; Kotler, Philip; Keller, Kevin L. Administração de marketing.
12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006:318.
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43. Gestão de Mercadorias e Serviços 43
Estilo
Os produtos com estilo são bastante seguros
para o varejista ter em seu mix de produtos,
pois não geram problemas com obsolescência,
além de oferecerem volumes de vendas com
margens interessantes.
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44. Gestão de Mercadorias e Serviços 44
Adequação ao mercado
Principalmente em relação à adoção de novos
produtos no mix, os varejistas precisam
avaliar as chances de sucesso.
Diversos indicadores podem ser observados
para caracterizar as chances de sucesso do
novo produto: vantagem relativa, afinidade,
experimentabilidade, observabilidade e
complexidade.
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45. Gestão de Mercadorias e Serviços 45
Estilo de vida
É um padrão de consumo que reflete as
escolhas de um indivíduo sobre como gastar
seu tempo e dinheiro.
Conhecendo as atividades, os interesses e as
opiniões do seu público-alvo, o varejista
estará em melhor condição de definir seu mix
de produtos de forma consistente ao estilo de
vida do público-alvo e à imagem pretendida.
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46. Gestão de Mercadorias e Serviços 46
Condições concorrenciais
Para decidir quais produtos devem ser incluídos
ou excluídos do mix de produtos, o varejista
precisa considerar as condições
concorrenciais sob dois aspectos: o tipo e o
grau de concorrência.
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47. Gestão de Mercadorias e Serviços 47
Tipo de concorrência
Refere-se a se o produto está também
disponível em concorrentes diretos
ou indiretos.
Um concorrente direto, entre outros fatores, é
aquele cujo mix de produtos é o mesmo do
varejista; indireto é aquele cujo mix de
produtos é visivelmente diferente do varejista.
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48. Gestão de Mercadorias e Serviços 48
Tipo de concorrência (cont.)
Um produto que esteja também disponível em
um concorrente direto não é fonte de
vantagem competitiva para nenhum dos
varejistas concorrentes, mas sua manutenção
faz-se necessária no mix de produtos, pois
sua ausência poderá ser foco de uma
desvantagem competitiva do varejista perante
os concorrentes diretos que o mantiveram no
mix de produtos.
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49. Gestão de Mercadorias e Serviços 49
Tipo de concorrência (cont.)
A decisão de adotar um produto que está
disponível em um concorrente indireto vai
depender da imagem desse concorrente; se
for melhor que a do varejista, a adoção do
produto ajudará a melhorar sua própria
imagem; se pior, sua adoção tenderá a piorá-
la, assemelhando-a à do concorrente.
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50. Gestão de Mercadorias e Serviços 50
Grau de concorrência
Refere-se ao número de concorrentes que
trabalham com o produto.
As condições concorrenciais podem ser:
exclusiva (não concorrência), seletiva (pouca
concorrência) e intensiva (muita
concorrência).
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51. Gestão de Mercadorias e Serviços 51
Exclusiva (não concorrência)
Vantagens:
Possibilita diferenciação perante os demais
concorrentes.
Possibilita grande liberdade na comercialização
do produto, pois o varejista não precisa se
preocupar com o que os concorrentes estão
fazendo.
Desvantagem:
Fornecedores exijam exclusividade como a de
não trabalhar com marcas concorrentes e, isto
ocorrendo, pode surgir uma desvantagem em
relação aos concorrentes ao não apresentar as
outras opções de marcas no mix de produtos.
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52. Gestão de Mercadorias e Serviços 52
Exclusiva (não concorrência) (cont.)
Ter produtos com concorrência exclusiva no
mix de produtos só se justifica quando não for
acompanhada de exigência de exclusividade
por parte do fornecedor, quando se tratar de
produto de grande penetração e aceitação ou
não for produto de compra comparada.
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53. Gestão de Mercadorias e Serviços 53
Seletiva (pouca concorrência)
Apesar de não apresentar as vantagens da
exclusiva, é, para o varejista, a melhor
alternativa, pois, diante de uma concorrência
limitada, permite facilitar as operações de
compra dos clientes, nos produtos de compra
comparada, através da oferta de muitas
opções.
Para produtos com concorrência limitada, o
varejista pode procurar a diferenciação
oferecendo uma variedade limitada de linhas,
mas com grande profundidade de itens.
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54. Gestão de Mercadorias e Serviços 54
Intensiva (muita concorrência)
A concorrência intensiva é a menos desejável e,
sempre que puder, o varejista
deverá evitá-la.
Para produtos com concorrência intensiva, o
varejista pode praticar uma das duas alternativas:
trabalhar somente com os itens de maiores
vendas para procurar satisfazer aos clientes cujos
itens preferidos não estão disponíveis e que
aceitam um substituto; trabalhar com um
sortimento profundo para satisfazer a maioria dos
consumidores e, assim, criar uma imagem de loja
de “seleção completa”.
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55. Gestão de Mercadorias e Serviços 55
Diferenciação por lojas
Muitos varejistas de redes de lojas fazem
diferenciações do mix de produtos por
agrupamento de lojas, principalmente em
função dos diferentes perfis de públicos
atendidos nas lojas.
As lojas são agrupadas em dois ou três
grupos e, para cada grupo, é estabelecido um
mix de produtos diferentes.
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56. Gestão de Mercadorias e Serviços 56
Forma de estabelecer os mixes de
produtos para grupos de lojas
Ter informação a priori das preferências dos
públicos-alvo de cada agrupamento de lojas.
Estabelecer inicialmente um único mix de
produtos para todas as lojas e,
gradativamente, com o conhecimento
adquirido dos giros dos diferentes produtos
em cada loja, agrupá-las e definir o mix de
produtos adequado para cada agrupamento.
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57. Gestão de Mercadorias e Serviços 57
Diferenciação por ocasião
Normalmente o mix de produtos tem a maior
parte formada por produtos e itens
permanentes, oferecidos de forma contínua
ao longo do tempo; no entanto, há produtos e
itens não permanentes que somente em
ocasiões e épocas do ano especiais são
ofertados (Férias, Carnaval, Dia dos Pais, Dia
das Mães, Dia dos Namorados, festas
diversas etc.) .
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58. Gestão de Mercadorias e Serviços 58
Considerações sobre marcas nas
decisões do mix de produtos
Marcas de fabricantes ou produtores.
Marcas próprias, privadas ou do distribuidor.
Marcas genéricas.
Produtos sem marca.
Licenciamentos.
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59. Gestão de Mercadorias e Serviços 59
Fatores favoráveis e desfavoráveis à
utilização de marcas de fabricantes por
varejistas
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60. Gestão de Mercadorias e Serviços 60
Fatores favoráveis e desfavoráveis à
utilização de marcas próprias por varejistas
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61. Gestão de Mercadorias e Serviços 61
Considerações sobre suprimento nas
decisões do mix de produtos
Disponibilidade de fornecedores
Confiabilidade dos fornecedores
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62. Gestão de Mercadorias e Serviços 62
Gestão de serviços
Os serviços no varejo compreendem os serviços ao
consumidor e os serviços utilitários.
Os serviços ao consumidor são aqueles que,
agregados ao produto físico, interferem
diretamente na percepção do produto total
oferecido ao cliente, ampliando a percepção do
valor recebido.
Os serviços utilitários são aqueles essenciais para o
funcionamento do varejista, sem os quais ele não
poderá operar adequadamente, como: vigilância e
segurança, limpeza, manutenção, eletricidade,
iluminação, logística etc.
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63. Gestão de Mercadorias e Serviços 63
Objetivos dos serviços ao consumidor
no varejo
Incrementar a utilidade.
Facilitar a utilidade de tempo.
Ampliar a utilidade de lugar.
Promover a utilidade de posse.
Elevar a conveniência.
Contribuir para criar imagem para a loja.
Prover segurança ao cliente.
Elevar o tráfego na loja.
Firmar posição competitiva
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64. Gestão de Mercadorias e Serviços 64
Classificação dos serviços ao
consumidor
Os serviços ao consumidor, em função de suas
expectativas, podem ser classificados em:
essenciais, esperados e opcionais.
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65. Gestão de Mercadorias e Serviços 65
Estratégia de mix de serviços
O mix de serviços a ser oferecido pelo varejista
deve ser definido a partir das expectativas do
público-alvo e da estratégia de mix de serviços
escolhida para atuar no mercado.
Essa estratégia pode ser de: autosserviço,
serviços limitados ou serviços completos.
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66. Gestão de Mercadorias e Serviços 66
Relação entre a expectativa esperada do
nível de serviços, estratégia do mix de
serviços, tipos de serviços oferecidos
e nível de preços praticado
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67. Gestão de Mercadorias e Serviços 67
Serviços essenciais e estratégia de
autosserviço
Os seguintes serviços são essenciais para a
maioria dos varejistas: horário de
funcionamento, informações aos
consumidores, exposição de mercadorias,
orientação na compra, atendimento de
reclamações etc.
A estratégia varejista para atender apenas aos
serviços essenciais é o autosserviço.
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68. Gestão de Mercadorias e Serviços 68
Serviços esperados e estratégia de
serviços limitados
Os serviços esperados não são essenciais
para a operação do varejista, mas são
esperados pelo consumidor.
Não oferecer os serviços esperados significa
falhar no atendimento das expectativas do
consumidor e, consequentemente, correr o
risco de perdê-los para a concorrência.
Realizar pesquisas junto aos consumidores-
alvo é o melhor caminho para conhecer os
serviços esperados.
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69. Gestão de Mercadorias e Serviços 69
Serviços esperados e estratégia de
serviços limitados (cont.)
Dentre os serviços esperados podem estar:
entrega domiciliar, listas de casamento,
opções de crédito, ajustes nos produtos etc.
A estratégia varejista para atender aos
serviços esperados (incluídos os essenciais) é
chamada de serviços limitados.
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70. Gestão de Mercadorias e Serviços 70
Serviços opcionais e estratégia de
serviços completos
São serviços, nem essenciais para a operação
do varejista e nem esperados pelos
consumidores, no entanto, são utilizados
pelos varejistas para o desenvolvimento de
uma oferta diferenciada e única no mix de
serviços de forma a distingui-lo dos outros
varejistas com menor oferta de serviços.
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71. Gestão de Mercadorias e Serviços 71
Serviços opcionais e estratégia de
serviços completos (cont.)
Dentre os serviços opcionais podem estar:
venda pessoal com atendimento
personalizado; desenvolvimento de projetos
personalizados de móveis e cozinhas;
recepção de devoluções ou atendimento de
trocas sem questionamentos; manutenção de
registros de clientes com o perfil
socioeconômico, histórico do relacionamento
com a loja, hábitos, preferências e gostos;
entregas em domicílio com dia e hora
previamente agendados etc.
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72. Gestão de Mercadorias e Serviços 72
Serviços opcionais e estratégia de
serviços completos (cont.)
A estratégia varejista para atender aos serviços
opcionais (incluídos também os essenciais e
os esperados) é denominada de serviços
completos.
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73. Gestão de Mercadorias e Serviços 73
Principais diferenças nas práticas das
estratégias de serviços completos e de
autosserviço
Fonte: Adaptado de Dale, M. Lewison. Retailing. 4th ed. New York: Macmillan, 1991:441-442.
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74. Gestão de Mercadorias e Serviços 74
Outras classificações para os serviços
ao consumidor
Serviços de pré-tansação → Facilitam ao cliente
buscar e selecionar alternativas de compra.
Serviços de transação → Facilitam e possibilitam
ao cliente encontrar a alternativa correta e
efetuar a compra.
Serviços de pós-transação → Visam ajudar o
cliente a solucionar problemas que possam ter
ocorrido com a compra ou com o produto
comprado.
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75. Gestão de Mercadorias e Serviços 75
Rol de serviços possíveis de serem
oferecidos ao consumidor
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76. Gestão de Mercadorias e Serviços 76
Rol de serviços possíveis de serem
oferecidos ao consumidor (cont.)
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77. Gestão de Mercadorias e Serviços 77
Rol de serviços possíveis de serem
oferecidos ao consumidor (cont.)
Administração de Varejo Fauze Najib Mattar
78. Gestão de Mercadorias e Serviços 78
Rol de serviços possíveis de serem
oferecidos ao consumidor (cont.)
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79. Gestão de Mercadorias e Serviços 79
Serviços oferecidos para evitar
reclamações / trocas / devoluções
Efetuar ajustes ou consertos no produto ou
refazer o serviço sem custo adicional.
Efetuar ajustes no preço, reembolsando ao
cliente a diferença.
Realizar a troca do produto defeituoso por outra
unidade semelhante, sem defeito.
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80. Gestão de Mercadorias e Serviços 80
Serviços oferecidos para evitar
reclamações / trocas / devoluções (cont.)
Possibilitar a troca por outro tipo de produto
com ajuste na diferença de preço (para mais ou
para menos).
Caso o cliente não aceite nenhuma das
propostas, oferecer um crédito no valor do
produto reclamado para ser utilizado
futuramente ou, se não for aceito, receber a
devolução do produto e reembolsá-lo
imediatamente.
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81. Gestão de Mercadorias e Serviços 81
Sugestões de procedimentos para lidar
com reclamações no varejo
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