Povo do planalto do Irã, reis importantes Ciro que unificou as tribos e Dario que organizou a administração, tratava os vencidos com liberalidade, religião dualista: Zoroastrismo.
2. OS PERSAS
A Antiga Pérsia situava-
se a leste da
Mesopotâmia, no
Planalto do Irã, entre o
Mar Cáspio e o Golfo
Pérsico, possuindo
poucas terras férteis.
A partir de 2.000 a.C., o
território foi sendo
ocupado pelos medos
que se estabeleceram
ao norte e os persas ao
sul.
LOCALIZAÇÃO
GEOGRÁFICA
3. AS ATIVIDADES
ECONÔMICAS
As condições naturais não favoreciam o desenvolvimento
econômico dos iranianos.
Os desertos cobriam mais da metade do território, restando
poucas terras férteis no interior do planalto.
Suas principais riquezas eram os minérios como: ferro, chumbo,
ouro, prata e mármore.
Através de canais traziam água das montanhas para os vales
onde cultivavam legumes e cereais (aveia, cevada, legumes e
centeio)
Os camponeses eram forçados a trabalhar gratuitamente nas
obras públicas e pagavam tributos em espécie para os nobres e
o Estado.
Graças ao sistema de estradas, à liberdade comercial e à
padronização da moeda, as capitais do Império tornaram-se
centros de atração de caravanas que se estendia da China e
Índia até o mar Mediterrâneo.
O comércio estimulou o artesanato, principalmente o de tapetes
persas.
4. HISTORIA POLITICA
Os medos estavam divididos em tribos e foram
unificadas por Déjoas por volta do século VIII
a.C., possuindo um exército ágil e organizado
submetendo os povos vizinhos inclusive os
persas, cobrando-lhes pesados tributos.
Essa situação prolongou-se até 550 a.C., ano
em que o príncipe persa Ciro (559-529) liderou
uma rebelião contra os medos, foi aceito como
imperador de todos os povos da planície
iraniana.
5. CIRO, O GRANDE (559-529
a.C.)
Ciro inaugurou a dinastia
Aquemênida.
Ciro tratou com liberalidade os
povos vencidos, respeitando
suas crenças e governando
com justiça.
Sua capital era Pasárgada,
onde construiu belíssimos
palácios.
Com Ciro teve início o
expansionismo persa para
obter riquezas e resolver
problemas causados pelo
aumento populacional e baixa
6. Em 546 a.C. Ciro conquistou o Reino da Lídia, em
539 a.C., conquistou a Babilônia.
Uma das características da política de Ciro era a
tolerância religiosa e respeito às leis, à língua dos
povos dominados, que dessa forma conquistavam
certa autonomia, mas eram obrigados a pagar
tributos, fornecer homens para o exército persa e
eram excluídos dos empregos públicos.
Morreu em 529 a.C. em combate contra os cita.
7. Seu filho e sucessor Cambises
(530-525 a.C.) continuou sua
política expansionista,
ampliando o território;
conquistou o Egito em 525 a.C.
Devido a uma revolta teve de
retornar à Pérsia, sendo
assassinado.
Dario I sucedeu-o e o Império
atingiu o apogeu. Ele criou um
sistema de correios,
uniformizou o sistema de pesos
e medidas, criou uma moeda
padrão: o dárico (ouro e prata),
dividiu o Império em vinte
províncias chamadas satrápias
e nomeou pessoas de
confiança para governá-las e
cobrar impostos, os sátrapas.
8. O sátrapa era auxiliado por um secretário geral e
por um general responsável pelo comando das
forças militares.
Para evitar traições ou golpes políticos, o rei enviava
para as províncias inspetores secretos conhecidos
como “olhos e ouvidos do rei”, que faziam relatórios
secretos que eram enviados ao rei.
Construiu diversas estradas para facilitar as
comunicações, o comércio e o deslocamento do
exército persa no interior do Império.
A principal estrada era a Estrada Real que ligava a
cidade de Susa à Sardes, na atual Turquia e tinha
24.000 km e a cada 20 km, pontos de parada com
instalações para pousada e troca de cavalos.
9. A OGANIZAÇÃO SOCIAL
A sociedade estava
dividida em classes, com
pouca mobilidade social,
era enorme o contraste
entre a riqueza das
classes dominantes e a
miséria em que viviam a
maior parte da
população.
Estava dividida assim:
Família real.
Nobres e sacerdotes
(donos e terras)
Alta oficialidade do
exército.
Magos (especialistas em
tradições e crenças)
Camadas médias
(comerciantes)
Camadas populares (
trabalhadores
assalariados, pequenos
comerciantes, agricultores
livres e artesãos).
Escravos.
10. A RELIGIÃO PERSA
Primitivamente, os persas eram
politeístas adorando deuses
como Mitras (Sol), Mah (Lua) e
Zam (Terra).
As crenças religiosas eram
rudimentares, marcadas pela
magia e o sacrifício de animais.
Por volta do século VII a.C., um
profeta de nome Zoroastro ou
Zarastutra introduziu entre os
persas uma religião dualista
chamada zoroastrismo, pois
acreditava-se em dois deuses:
o do Bem (Ormuz ou Aura-
Mazda) identificado com as
coisas do espírito, e o deus do
mal (Arimã) que reinava no
mundo material.
11. Há uma luta permanente entre Arimã e Ormuz e embora
os dois tenham poderes equivalentes, no dia do juízo
final, Ormuz sairá vencedor e lançará Arimã ao abismo.
Nesse dia, os mortos ressuscitarão e todos serão
julgados, os justos ganharão o céu e os injustos serão
atirados ao fogo do inferno.
A doutrina de Zoroastro está contida no livro Zend
Avesta, creem na vinda de um Messias, no juízo final, no
livre arbítrio, na existência do céu e do inferno.
Muitas dessas crenças foram incorporados ao Judaísmo,
Cristianismo e ao Islamismo.
O corpo era considerado impuro e a morte representava
uma vitória para Arimã, não era enterrado, era colocado
em altas torres onde era devorado pelos abutres, e
quando eram enterrados, o corpo era coberto com cera
para não contaminar a Terra.
12. O DECLÍNIO DO IMPÉRIO
O grande sonho de Dario era conquistar a Grécia, mas foi
derrotado em 490 a.C., ao tentar invadi-la na batalha de
Maratona.
Em 480 a.C. seu filho e sucessor Xerxes, que também tentou
submeter os gregos foi derrotado na Batalha de Salamina;
essas campanhas receberam o nome de Guerras Greco-
Pérsicas.
Em 479 a.C., os persas foram definitivamente derrotados na
Batalha de Platéia.
A partir daí os imperadores tiveram dificuldades para manter o
controle sobre os seus domínios.
Os sucessivos fracassos militares frente aos gregos, e as
rebeliões dos vários povos dominados, assinalaram a
decadência e os últimos reis da dinastia Aquemênida
governaram num clima de intrigas, conspirações e revoltas,
tornando-se incapazes de manter a unidade imperial.
Enfraquecido, o império foi facilmente conquistado pelos gregos,