ESDE - Módulo XVIII - Roteiro 1: penas e gozos terrestres.
1. ESDE – Tomo II
Módulo XVIII – Esperanças e Consolações
Aleandro S.Freitas
Jun 2014
2. Objetivos Específicos
Explicar o que é felicidade e infelicidade terrestres,
segundo o Espiritismo.
Refletir a respeito das consequências dos atos
humanos.
3. 1. Bem-aventurados os que choram, pois que serão
consolados. – Bem-aventurados os famintos e os
sequiosos de justiça, pois que serão saciados. – Bem-
aventurados os que sofrem perseguição pela justiça,
pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, 5:4, 6 e
10.)
2. Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque vosso
é o reino dos céus. – Bem-aventurados vós, que agora
tendes fome, porque sereis saciados. – Ditosos sois, vós
que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, 6:20 e 21.)
Mas, ai de vós, ricos! que tendes no mundo a vossa
consolação. – Ai de vós que estais saciados, porque
tereis fome. – Ai de vós que agora rides, porque sereis
constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, 6:24 e
25.)
4. Penas e Gozos Terrestres
Livro dos Espíritos:
Q 920 a 927
6. Destinação da Terra
Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade
e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e
enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a
espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo
do acanhado ponto de vista em que se colocam os que
o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto.
Deve-se considerar que na Terra não está a
Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da
Humanidade. (...) A situação material e moral da
Humanidade terrena nada tem que espante, desde que
se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos
que a habitam.
7. Destinação da Terra
Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um
hospital, uma penitenciária, um sítio malsão, e ela é
simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por
que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se
mandam para o hospital os que se acham com saúde,
nem para as casas de correção os que nenhum mal
praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se
podem ter por lugares de deleite (...)
Ora, assim como, numa cidade, a população não se
encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na
Terra não está a Humanidade inteira. (ESE – Cap.III –
it.7)
8. Causas das Aflições
Compreendendo que somos os próprios artífices do
destino, passamos a ser mais cuidadosos com os nossos
desejos e com as nossas escolhas.
4. De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o
preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes,
que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida
presente; outras, fora desta vida.
10. Causas Atuais das Aflições
Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e,
portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho
reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma
infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis
consequências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue
que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é
sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos
que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que
procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a
diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de
se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma
fonte de amarguras;
11. Causas Anteriores das Aflições
6. Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o
homem, outros há também aos quais, pelo menos na
aparência, ele é completamente estranho e que
parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por
exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o
amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que
nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da
fortuna, que frustram todas as precauções
aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as
enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a
tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo
trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.
12. Causas Anteriores das Aflições
Todavia, por virtude do axioma segundo o qual todo efeito
tem uma causa, tais misérias são efeitos que hão de ter uma
causa e, desde que se admita um Deus justo, essa causa
também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a
causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser
anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência
precedente. Por outro lado, não podendo Deus punir
alguém pelo bem que fez, nem pelo mal que não fez, se
somos punidos, é que fizemos o mal; se esse mal não o
fizemos na presente vida, tê-lo-emos feito noutra. É uma
alternativa a que ninguém pode fugir e em que a lógica
decide de que parte se acha a justiça de Deus. (ESE Cap.V –
It.6)
13. Causas Anteriores das Aflições
ESE CAP. V it.7, 9 e 10.
Compreendendo que somos os próprios artífices do
destino, passamos a ser mais cuidadosos com os nossos
desejos e com as nossas escolhas.
14. Devemos lembrar que a nossa precária evolução
espiritual representa sério obstáculo à correta
utilização do livre-arbítrio, de forma que as nossas
escolhas nem sempre são as mais acertadas.
Entretanto, à medida que vamos incorporando maior
cabedal de conhecimento e de moralidade, passamos a
dar menos importância às exigências impostas pela
vida no plano material. Neste sentido, o sentimento de
posse, em geral aceito como um estado de felicidade
plena, é substituído por outro: o de desprendimento
das coisas materiais.