Este documento discute a importância da caridade discreta e sem ostentação. Em três frases:
1) Jesus ensinou a dar esmolas secretamente para receber recompensa divina, não aplauso humano.
2) Ele também pediu discrição ao curar um leproso, para evitar exibicionismo.
3) A caridade verdadeira é delicada e respeita a dignidade do beneficiado, escondendo o benefício para não humilhar.
1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO X- DA LEI DE LIBERDADE
RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS
AÇOES
Dubai, 19-05-2019 Por Patrícia Farias
2. Dubai, 26-05-2019 Por Patrícia Farias
Pensamento é vida.
Vida é criação.
Criação vem do desejo.
Desejo é semente.
Semente plantada no terreno da
ação traz o fruto que lhe
corresponde.
Toda semente produz.
A escolha é nossa.
Do livro "Livro de respostas" Pelo espírito
de Emmanuel Psicografia de Chico Xavier
3. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
872. A questão do livre-arbítrio pode resumir-se assim:
- o homem não é fatalmente conduzido ao mal;
- os atos que pratica não “estavam escritos”;
- os crimes que comete não são o resultado de um decreto do destino.
Ele pode como prova e expiação, escolher uma existência com que se
sentirá arrastado para o crime, seja pelo meio em que estiver situado,
seja pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de
agir como quiser. Assim, o livre-arbítrio existe para ele, no estado de
Espírito, ao fazer a escolha da existência e das provas; e, quando no
estado corpóreo, com a faculdade de ceder ou resistir aos
arrastamentos a que voluntariamente estamos submetidos.
Cabe à educação combater as más tendências, e ela o fará de maneira
eficiente quando se basear no estudo aprofundado da natureza moral
do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza
moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modificam a inteligência
pela instrução (…)
X - DA LEI DE LIBERDADE
4. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
A fatalidade, como vulgarmente é entendida, supõe a decisão prévia e
irrevogável de todos os acontecimentos da vida, qualquer que seja a
sua importância. Se assim fosse, o homem seria uma máquina
destituída de vontade. Para que lhe serviria a inteligência, se ele fosse
invariavelmente dominado, em todos os seus atos, pelo poder do
destino?
(…) Semelhante lei seria ainda a negação da lei do progresso, porque o
homem que tudo esperasse da sorte nada tentaria fazer para melhorar
a sua posição, desde que não poderia torná-la melhor nem pior.
X - DA LEI DE LIBERDADE
5. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
A fatalidade não é, entretanto, uma palavra vã; ela existe no tocante à
posição do homem na Terra e às funções que nela desempenha, como
conseqüência do gênero de existência que o seu Espírito
escolheu, como prova, expiação ou missão. Sofre ele, de maneira fatal,
todas as vicissitudes dessa existência e todas as tendências boas ou más
que lhe são inerentes. Mas a isso se reduz a fatalidade, porque
depende de sua vontade ceder ou não a essas tendências. Os detalhes
dos acontecimentos estão na dependência das circunstâncias que ele mesmo
provoque, com os seus atos, e sobre os quais podem influir os Espíritos,
através dos pensamentos que lhe sugerem. (Ver item 459.)
X - DA LEI DE LIBERDADE
6. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
X - DA LEI DE LIBERDADE
É na morte que o homem é submetido, de uma maneira absoluta, à
inexorável lei da fatalidade, porque ele não pode fugir ao decreto que
fixa o termo de sua existência, nem ao gênero de morte que deve
interromper-lhe o curso.
A fatalidade está, portanto, nos acontecimentos que se apresentam
ao homem como conseqüência da escolha de existência feita pelo
Espírito; mas pode não estar no resultado desses acontecimentos,
pois pode depender do homem modificar o curso das coisas, pela
sua prudência; e jamais se encontra nos atos da vida moral.
7. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
X - DA LEI DE LIBERDADE
(…) Assim, segundo a doutrina espírita, não existem arrastamentos
irresistíveis: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta
que o solicita para o mal no seu foro íntimo, como os pode fechar à
voz material de alguém que lhe fale; ele o pode pela sua vontade,
pedindo a Deus a força necessária e reclamando para esse fim a
assistência dos bons Espíritos. É isso que Jesus ensina na sublime
fórmula da Oração dominical, quando nos manda dizer: “Não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”.
8. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
(…) As faltas que cometemos têm, portanto, sua origem primeira nas
imperfeições do nosso próprio Espírito, que ainda não atingiu a
superioridade moral a que se destina, mas nem por isso tem menos
livre-arbítrio. A vida corpórea lhe é dada para purgar-se de suas
imperfeições através das provas que nela sofre, e são precisamente
essas imperfeições que o tornam mais fraco e mais acessível às
sugestões de outros Espíritos imperfeitos, que se aproveitam do fato
de fazê-lo sucumbir na luta que empreendeu. Se ele sai vitorioso dessa
luta, se eleva; se fracassa, continua a ser o que era, nem pior, nem
melhor: é a prova que terá de recomeçar e para o que ainda poderá
demorar muito tempo na condição em que se encontra. Quanto mais
ele se depura, mais diminuem as suas fraquezas e menos acessível se
torna aos que o solicitam para o mal. Sua força moral cresce na razão
da sua elevação e os maus Espíritos se distanciam dele.
X - DA LEI DE LIBERDADE
9. RESUMO TEÓRICO DO MOVEL DAS NOSSAS AÇOES
Todos os Espíritos mais ou menos bons, quando encarnados,
constituem a espécie humana. E como a Terra é um dos mundos
menos adiantados, nela se encontram mais Espíritos maus do que
bons; eis porque nela vemos tanta perversidade. Façamos, pois, todos
os esforços para não regressar a este mundo após esta passagem e
para merecermos repousar num mundo melhor, num desses mundos
privilegiados onde o bem reina inteiramente e onde nos lembraremos
de nossa permanência neste planeta como de um tempo de exílio
temporário.
X - DA LEI DE LIBERDADE
Terceira Parte –
As potências da Alma
10. O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o
que faz a vossa mão direita; – a fim de que a esmola fique em
segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos
recompensará (Mateus 6:1 a 4)
11. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
1. Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem
vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. –
Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que
eles já receberam sua recompensa. – Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão
esquerda o que faz a vossa mão direita; – a fim de que a esmola fique em segredo, e
vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. (S. Mateus 6:1 a 4.)
12. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
2. Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. – Ao mesmo tempo, um
leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-
me. – Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo
instante desapareceu a lepra. – Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem
quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés,
a fim de que lhes sirva de prova. (S. Mateus 8:1 a 4.)
13. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
3. Fazer o bem sem se exibir, sem ostentação, é um grande mérito. Esconder a mão
que dá é ainda mais louvável. É o sinal indiscutível de uma grande superioridade
moral, porque, para compreender além da vulgaridade comum as coisas do mundo,
é preciso elevar-se acima da vida presente e se identificar com a vida futura. É
preciso, em uma palavra, colocar-se acima da Humanidade para renunciar à
satisfação que o aplauso dos homens proporciona e pensar na aprovação de Deus.
(…)
Qual será, portanto, a recompensa daquele que faz pesar seus benefícios
sobre o beneficiado, que lhe obriga, de alguma maneira, os testemunhos de
reconhecimento, que lhe faz sentir sua posição realçando as dificuldades e
os sacrifícios a que se impôs por ele? Para este, nem mesmo existe a
recompensa terrena, pois ele é privado da doce satisfação de ouvir abençoar
seu nome. E aí está o primeiro castigo de seu orgulho. As lágrimas que ele
seca em benefício de sua vaidade, ao invés de subirem ao Céu, recaem
sobre o coração do aflito e o ferem. O bem que ele faz não lhe traz o menor
proveito, pois, ele o lamenta, e todo benefício lamentado é moeda falsa e
sem valor.
14. Cap. XIII – NÃO SAIBA A VOSSA MÃO ESQUERDAO
QUE DÊ A VOSSA MÃO DIREITA
A beneficência sem exibicionismo tem um duplo mérito: além de ser caridade material é
caridade moral. Ela respeita os sentimentos do beneficiado. Faz com que, em aceitando o
benefício, seu amor próprio não seja atingido, protegendo assim sua dignidade de homem, pois
este poderá aceitar um serviço, mas não uma esmola. Acontece que converter um serviço em
esmola, conforme a maneira como é proposto que se faça, é humilhar aquele que o recebe e
sempre há orgulho e maldade em humilhar alguém. A verdadeira caridade, pelo contrário, é
delicada, habilidosa e sutil em disfarçar o benefício, em evitar até as menores aparências que
ferem, pois toda contrariedade moral aumenta o sofrimento do necessitado. Ela sabe encontrar
palavras doces e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em face do benfeitor, enquanto a
caridade orgulhosa o humilha. O sublime da verdadeira generosidade é quando o benfeitor,
invertendo os papéis, encontra um meio de parecer ser ele próprio o beneficiado frente àquele a
quem presta um favor. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o
que faz a mão direita.