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“LENDA BARÉ, O AMOR
ALÉM DA VIDA!”
• LENDA BARÉ, O AMOR ALÉM DA VIDA!
• Como havíamos prometido, estamos aqui novamente para falar sobre as deliciosas lendas da Amazônia. Vamos contar a Lenda Baré!
•
No início do mundo entrou no Rio Negro um grande navio, vindo de um rio maior ainda, cheio de gente que formavam pares. Mas
existia nesta viagem um homem solitário que não foi aceito dentro do navio e por isso, viajou pelo lado de fora.
• Quando o navio passou pela foz do Rio Negro, próximo as suas margens, os passageiros notaram que havia muita gente na margem do
rio e o homem, ao avistar tantas pessoas, não resistiu e se jogou para fora do navio nadando para a margem do rio.
• Ao chegar lá, ele foi preso por um grupo de mulheres guerreiras que tinham como princípio, aceitar apenas mulheres em seu grupo.
Quando tinham necessidade de ter filhos, aprisionavam machos de outras tribos e se dessa relação nascesse uma criança do sexo
masculino, elas matavam. Este seria também o destino do homem a quem elas deram o nome de Mira-Bóia (Gente Cobra).
• Após terem submetido ele a um rigoroso teste de masculinidade, as mulheres então prepararam uma grande festa na primeira Lua
Cheia, com uma grande fogueira no centro do pátio, frutas e mel silvestre. Os festejos duraram oito dias. Ao final, o grupo resolveu que
Mira-Bóia ficaria morando com o grupo desde que gerasse um filho em cada uma delas. Teria que dormir três noites com uma mulher
que estivesse em seu período fértil. Depois de cumprida sua missão seria executado assim como todo o filho homem que nascesse.
•
• Assim foi feito e para que gerasse filhos em todas as mulheres ele teve que conviver com o grupo por um longo período. E a última
mulher foi Tipa (Rouxinol), uma jovem bela que estava em seu primeiro período menstrual. Por ser a mais jovem de todas, mais bonita
e muito querida por todos teve o consentimento de morar com Mira-Bóia até que sua barriga crescesse e aparecesse visualmente para
o resto do grupo.
•
Mas a convivência e o tempo fizeram com que Tipa se apaixonasse perdidamente por ele. E a recíproca também era verdadeira.
Sabendo que o destino do amado era a morte ela o convenceu a fugirem. Esta fuga aconteceu no primeiro período de Lua Nova,
aproveitando que as guerreiras haviam saído para caçar e colher mel e frutas que seriam consumidos nos dias da festa da execução do
Mira-Bóia.
•
• Após terem fugido, foram viver bem distante, possivelmente nas proximidades de Mura, no baixo Rio Negro. Anos se passaram e a
família cresceu. O casal vivia momentos muito felizes junto a seus filhos e filhas e viram que podiam ser uma família ainda muito maior.
•
• Foi então que Tupana ordenou que fosse até eles o seu mensageiro, que se chamava Purnaminari que lhes entregou a seguinte
mensagem:
• “O que vocês estão pensando agrada a Tupana, por isso ele me enviou, para ensinar vocês a trabalhar e com isso garantir a comida
de todos os dias.”
• E para que ensinamentos fossem passados Purnaminari passou a viver com eles. Após ter-lhes ensinado tudo, ele organizou uma grande
festa com Dabacury, Adaby e Curiamã e lhes disse que agora que já sabiam de tudo o que lhes foi ensinado para sobreviver, eles
voltariam para a terra de Tipa e tomariam todas as mulheres do grupo para que se tornassem mulheres deles. Assim eles seriam
grandes, respeitados e conhecidos por Baré-Mira (povo Baré).
•
Purnaminari, o mensageiro de Tupana, retornou várias vezes para visitar e instruir seu povo. O grupo cresceu tanto a ponto de dominar
totalmente a região do baixo e médio Rio Negro.
• Ao chegarem a Cachoeira de Tawa (São Gabriel) permaneceram ali até que Purnaminari decidisse o novo destino do seu povo. Mas,
Kurukui e Bururi se desentenderam e brigaram muito e resolveram se separar, cada um ficando de um lado da margem do rio.
• Essa briga e posterior separação dos dois caracterizaram desobediência às regras de Purnaminari e este ordenou ao povo não se
misturar com outros grupos. Porém, os dois acharam que para poder aumentar seus grupos tinham que ter diversas mulheres.
Guerrearam com grupos menores para tomar suas mulheres e assim se multiplicaram.
•
Tipa e Mira-Bóia receberam a mensagem que conseguiriam ser pais de um grande povo até que chegaria pelo rio maior, o que seria o
maior e mais poderoso inimigo deles. O grupo imaginou diversas coisas destrutivas, mas em nenhum momento imaginaram que seria o
homem branco, vindo do meio do mar, conforme testemunharam os Tupiniquins, Tupinambás e outros povos nativos da costa
atlântica.
• Como nos relata a história estes homens que vieram, ofereceram presentes, tentando se comunicar através de gestos e sinais. Mas os
indígenas jamais poderiam imaginar as barbaridades que o homem branco seria capaz de fazer.
• Povos e aldeias foram dizimados pelos franceses, holandeses e portugueses. Enquanto os índios lutavam com suas flechas e
zarabatanas, os brancos disparavam com canhões contra eles.
• Mesmo dominado, preso e ferido, Ajuricaba, grande cacique guerreiro preferiu a morte, jogando-se acorrentado ao Rio Negro, aquele
que durante tanto tempo lhe serviu de fonte de alimento e vida.
•
• Hoje o povo que lá vive conta a lenda que Buburi e Curucui, dois índios guerreiros, disputaram o amor da linda índia Adana.
Como ela havia fugido com Curucui de canoa, Bururi foi atrás do casal e os alcançando no meio do rio, as canoas se
alagaram e ambos morreram afogados e seus corpos se transformaram nas respectivas corredeiras lá existentes. A índia
Adana que se afogou no meio de seus pretendentes, transformou-se numa ilha, que recebe seu nome.
E ao falarmos em povos indígenas gostaríamos de dar conhecimento a todos vocês de uma instituição, "NOSSA TRIBO"
http://www.nossatribo.org.br/index_2.asp que busca ampliar a comunicação entre os povos tradicionais indígenas e os
não índios, defender a diversidade cultural, ambiental e os direitos humanos bem como promover e realizar cursos de
informação, documentação e projetos culturais indígenas que estimulem o desenvolvimento sócioeconômico democrático,
a preservação de suas tradições e a garantia de acesso destas etnias à informação.
"Todo ser humano nasce destituído de pensamentos racistas e preconceituosos; a convivência social é quem os insere
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NIT PORTAL SOCIAL - LENDA BARÉ, O AMOR ALÉM DA VIDA!

  • 2. • LENDA BARÉ, O AMOR ALÉM DA VIDA! • Como havíamos prometido, estamos aqui novamente para falar sobre as deliciosas lendas da Amazônia. Vamos contar a Lenda Baré! • No início do mundo entrou no Rio Negro um grande navio, vindo de um rio maior ainda, cheio de gente que formavam pares. Mas existia nesta viagem um homem solitário que não foi aceito dentro do navio e por isso, viajou pelo lado de fora. • Quando o navio passou pela foz do Rio Negro, próximo as suas margens, os passageiros notaram que havia muita gente na margem do rio e o homem, ao avistar tantas pessoas, não resistiu e se jogou para fora do navio nadando para a margem do rio. • Ao chegar lá, ele foi preso por um grupo de mulheres guerreiras que tinham como princípio, aceitar apenas mulheres em seu grupo. Quando tinham necessidade de ter filhos, aprisionavam machos de outras tribos e se dessa relação nascesse uma criança do sexo masculino, elas matavam. Este seria também o destino do homem a quem elas deram o nome de Mira-Bóia (Gente Cobra). • Após terem submetido ele a um rigoroso teste de masculinidade, as mulheres então prepararam uma grande festa na primeira Lua Cheia, com uma grande fogueira no centro do pátio, frutas e mel silvestre. Os festejos duraram oito dias. Ao final, o grupo resolveu que Mira-Bóia ficaria morando com o grupo desde que gerasse um filho em cada uma delas. Teria que dormir três noites com uma mulher que estivesse em seu período fértil. Depois de cumprida sua missão seria executado assim como todo o filho homem que nascesse. • • Assim foi feito e para que gerasse filhos em todas as mulheres ele teve que conviver com o grupo por um longo período. E a última mulher foi Tipa (Rouxinol), uma jovem bela que estava em seu primeiro período menstrual. Por ser a mais jovem de todas, mais bonita e muito querida por todos teve o consentimento de morar com Mira-Bóia até que sua barriga crescesse e aparecesse visualmente para o resto do grupo. • Mas a convivência e o tempo fizeram com que Tipa se apaixonasse perdidamente por ele. E a recíproca também era verdadeira. Sabendo que o destino do amado era a morte ela o convenceu a fugirem. Esta fuga aconteceu no primeiro período de Lua Nova, aproveitando que as guerreiras haviam saído para caçar e colher mel e frutas que seriam consumidos nos dias da festa da execução do Mira-Bóia. •
  • 3. • Após terem fugido, foram viver bem distante, possivelmente nas proximidades de Mura, no baixo Rio Negro. Anos se passaram e a família cresceu. O casal vivia momentos muito felizes junto a seus filhos e filhas e viram que podiam ser uma família ainda muito maior. • • Foi então que Tupana ordenou que fosse até eles o seu mensageiro, que se chamava Purnaminari que lhes entregou a seguinte mensagem: • “O que vocês estão pensando agrada a Tupana, por isso ele me enviou, para ensinar vocês a trabalhar e com isso garantir a comida de todos os dias.” • E para que ensinamentos fossem passados Purnaminari passou a viver com eles. Após ter-lhes ensinado tudo, ele organizou uma grande festa com Dabacury, Adaby e Curiamã e lhes disse que agora que já sabiam de tudo o que lhes foi ensinado para sobreviver, eles voltariam para a terra de Tipa e tomariam todas as mulheres do grupo para que se tornassem mulheres deles. Assim eles seriam grandes, respeitados e conhecidos por Baré-Mira (povo Baré). • Purnaminari, o mensageiro de Tupana, retornou várias vezes para visitar e instruir seu povo. O grupo cresceu tanto a ponto de dominar totalmente a região do baixo e médio Rio Negro. • Ao chegarem a Cachoeira de Tawa (São Gabriel) permaneceram ali até que Purnaminari decidisse o novo destino do seu povo. Mas, Kurukui e Bururi se desentenderam e brigaram muito e resolveram se separar, cada um ficando de um lado da margem do rio. • Essa briga e posterior separação dos dois caracterizaram desobediência às regras de Purnaminari e este ordenou ao povo não se misturar com outros grupos. Porém, os dois acharam que para poder aumentar seus grupos tinham que ter diversas mulheres. Guerrearam com grupos menores para tomar suas mulheres e assim se multiplicaram. • Tipa e Mira-Bóia receberam a mensagem que conseguiriam ser pais de um grande povo até que chegaria pelo rio maior, o que seria o maior e mais poderoso inimigo deles. O grupo imaginou diversas coisas destrutivas, mas em nenhum momento imaginaram que seria o homem branco, vindo do meio do mar, conforme testemunharam os Tupiniquins, Tupinambás e outros povos nativos da costa atlântica. • Como nos relata a história estes homens que vieram, ofereceram presentes, tentando se comunicar através de gestos e sinais. Mas os indígenas jamais poderiam imaginar as barbaridades que o homem branco seria capaz de fazer. • Povos e aldeias foram dizimados pelos franceses, holandeses e portugueses. Enquanto os índios lutavam com suas flechas e zarabatanas, os brancos disparavam com canhões contra eles. • Mesmo dominado, preso e ferido, Ajuricaba, grande cacique guerreiro preferiu a morte, jogando-se acorrentado ao Rio Negro, aquele que durante tanto tempo lhe serviu de fonte de alimento e vida. •
  • 4. • Hoje o povo que lá vive conta a lenda que Buburi e Curucui, dois índios guerreiros, disputaram o amor da linda índia Adana. Como ela havia fugido com Curucui de canoa, Bururi foi atrás do casal e os alcançando no meio do rio, as canoas se alagaram e ambos morreram afogados e seus corpos se transformaram nas respectivas corredeiras lá existentes. A índia Adana que se afogou no meio de seus pretendentes, transformou-se numa ilha, que recebe seu nome. E ao falarmos em povos indígenas gostaríamos de dar conhecimento a todos vocês de uma instituição, "NOSSA TRIBO" http://www.nossatribo.org.br/index_2.asp que busca ampliar a comunicação entre os povos tradicionais indígenas e os não índios, defender a diversidade cultural, ambiental e os direitos humanos bem como promover e realizar cursos de informação, documentação e projetos culturais indígenas que estimulem o desenvolvimento sócioeconômico democrático, a preservação de suas tradições e a garantia de acesso destas etnias à informação. "Todo ser humano nasce destituído de pensamentos racistas e preconceituosos; a convivência social é quem os insere nas mentes das pessoas fracas.” • Ana Porto/Sergio Honorato • Gestores