SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 66
TEORIAS DO CURRICULO
FACULDADE INTEGRADA DO BRASIL
           – FAIBRA

  Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia
    Professora Esp. Natália Santos Luz
      Parambú- CE, Março de 2013.
OBJETIVOS

• Objetivo geral
  - Conscientizar o futuro educador da importância de
  se compreender a questão do currículo, buscando
  desenvolver um olhar crítico a esse respeito, visando à
  sua correta utilização na prática educativa.

• Objetivos específicos
  - Apresentar as teorias do currículo;
  - Compreender a importância do currículo para a
  educação;
  - Refletir sobre cada um dos modelos de currículo.
• Essa disciplina visa oferecer:
  - Uma visão ampla de currículo
  - A sua história e evolução
  - Diferentes modelos de currículo.
Origem do termo currículo
Subdivisões no interior           Facilitar a aprendizagem
     das escolas                   Ensino mais eficiente




                            Coerência estrutural
                          (disciplina) e sequência
                            interna (ordem) que
                          deveria conter qualquer
                              curso ou estudos.




                                                     David Hamilton (1989)
Origem do termo currículo
• Esse princípio foi redimensionado no século
  XX quando se generalizou o termo na
  educação acoplado a noções de controle,
  padronização, eficiência e administração
  educacional e social.

         O que entender por currículo ??
Origem do termo currículo
                    José Contreras (1989)
      O currículo diz respeito ao conjunto das decisões
                  educativas para a escola.

• Responde às perguntas: O que ensinar? Como e por quê?
  Falar em currículo pressupõe pensar a educação tendo
  em vista a questão dos conteúdos.

• Currículo diz respeito às decisões educativas para a
  escola, acha-se mediado por problemas institucionais,
  por conseguinte, reflete sempre as circunstâncias
  históricas e a problemas escolares.
Origem do termo currículo
• O currículo é uma parte importante da organização
  escolar e faz parte do projeto-político-pedagógico de
  cada escola. Por isso ele deve ser pensado e refletido
  pelos sujeitos em interação “que têm um mesmo
  objetivo e a opção por um referencial teórico que o
  sustente” (VEIGA, 2002, p.7).
Teorias sobre currículo ou análise
 para compreensão e mudança
• 1920(EUA) - Qual conhecimento deve ser ensinado?
  O que os alunos devem saber? Qual conhecimento
  ou saber é considerado importante ou válido para
  merecer ser considerado parte do currículo?

• Respondidas a estas perguntas compreendemos que
  o currículo está diretamente relacionado a nós
  mesmos, a como nos desenvolvemos e ao que nos
  tornamos.
Teorias sobre currículo ou análise
 para compreensão e mudança
• Levando em consideração o exposto, percebemos o
  currículo como uma parte importante, integrante do
  dia-a-dia da escola que exercerá influência direta nos
  sujeitos que fazem parte do processo escolar e da
  sociedade em geral, determinando a visão de mundo
  não só dessa sociedade, mas também de nossas
  atitudes e decisões neste meio.
Teorias sobre currículo
• Teorias tradicionais = neutras, científicas e
  objetivas.

• Teorias críticas e pós-críticas = relações de
  poder e demonstra a preocupação com as
  conexões entre saber, identidade e poder.
Teoria Tradicional
• Proporcionar uma educação geral e acadêmica à
  população.

• O currículo era uma questão de organização e ocorria de
  forma mecânica e burocrática. A tarefa dos especialistas
  em currículo consistia em fazer um levantamento das
  habilidades, em desenvolver currículos que permitissem
  que essas habilidades fossem desenvolvidas e,
  finalmente, em planejar e elaborar instrumentos de
  medição para dizer com precisão se elas foram
  aprendidas. Estas ideias influenciaram muito a educação
  nos EUA até os anos de 1980 e em muitos países,
  inclusive no Brasil.
                                                Bobbit
Teorias Críticas
• 1960 (movimentos sociais e culturais) – surgiram
  questionamentos sobre o pensamento e a estrutura
  educacional tradicionais- especificamente sobre
  curriculo.

• Compreender com base em uma análise marxista o
  que o currículo faz.

• Teorias críticas: eram semelhantes em pensamento,
  mas apresentavam suas individualidades.
Teorias Críticas
• Althusser, filósofo francês, em uma breve referência à
  educação em seus estudos: Sustentou que a escola é
  uma forma utilizada pelo capitalismo para manter sua
  ideologia, pois atinge toda a população por um período
  prolongado de tempo.

• Pelo currículo a ideologia dominante transmite seus
  princípios, por meio das disciplinas e conteúdos que
  reproduzem seus interesses, e fazem com que crianças
  de famílias menos favorecidas saiam da escola antes de
  chegarem a aprender as habilidades próprias das classes
  dominantes.
Teorias Críticas
• Escola reprodutora de um sistema dominante
  (Bowles e Gintis )

 - As escolas dirigidas aos trabalhadores subordinados
 tendem a privilegiar relações sociais nas quais, ao
 praticar papéis subordinados, os estudantes
 aprendem a subordinação.

 - Em contraste, as escolas dirigidas aos trabalhadores
 dos escalões superiores da escala ocupacional
 tendem a favorecer relações sociais nas quais os
 estudantes têm a oportunidade de praticar atitudes
 de comando e autonomia.
                               (SILVA, 2003, p. 33).
Teorias Críticas
• É possível perceber a prática mencionada por
  Silva (2003) no processo escolar atual fazendo
  relação, principalmente, entre as escolas
  particulares e as públicas.

• Ex: inclusão de outras disciplinas no curriculo
  escolar de escolas particulares.
Teorias Críticas
• Para Apple a seleção que constitui o currículo é o
  resultado de um processo que reflete os interesses
  particulares das classes e dos grupos dominantes.

• A escola, além de transmitir conhecimento, deve ser
  também, produtora de conhecimento.

• Apple faz uma intensa crítica à função da escola
  como simples transmissora de conhecimentos
  determinados      por     interesses    dominantes
  principalmente valores capitalistas, e questiona o
  papel do professor nesse processo.
Teorias Críticas
• Henry Giroux: é através de um processo pedagógico
  que permita às pessoas se tornarem conscientes do
  papel de controle e poder exercido pelas instituições
  e pelas estruturas sociais que elas podem se tornar
  emancipadas ou libertadas de seu poder e controle.

• Os professores possuem responsabilidade no sentido
  de serem pessoas atuantes neste processo,
  permitindo e instigando o aluno a participar e
  questionar, bem como propondo questões para que
  reflitam. Os estudantes devem ter seu espaço para
  serem ouvidos e suas ideias serem consideradas.
Teorias Críticas
• Silva (2003) compara a teoria de Giroux ao que diz
  Gadotti (1989) quando se refere à pedagogia do
  colonizador contra uma pedagogia do conflito,
  destacando o papel fundamental do professor na
  busca pela formação da consciência de seus alunos
  para não apenas receberem informações, mas
  refletirem sobre elas, questioná-las e, se necessário,
  se posicionarem contra.
Teorias Críticas
• Outros pensadores: Freire; Basil Berstein

• Teorias Críticas da Educação
• Disponível em:
  http://www.youtube.com/watch?
  v=68Vls43nltc
Teorias pós-críticas
• Currículo Multiculturalista = nenhuma cultura
  pode ser julgada superior a outra.

• Multiculturalismo = contra o currículo
  universitário tradicional (cultura branca,
  masculina e européia e heterossexual).
Teorias pós-críticas
• Perspectivas :
- Liberal ou humanista: tolerância, respeito e
  convivência harmoniosa entre as culturas.

-     Crítica: cultura dominante faria papel de
    permitir que outras culturas tivessem seu espaço.
Teorias pós-críticas
• As questões de gênero são uma das questões muito
  presentes nas terias pós-criticas.

• O acesso a educação era desigual para homens e
  mulheres e dentro do currículo havia distinções de
  disciplinas masculinas e femininas.

• Assim certas carreiras eram exclusivamente
  masculinas sem que as mulheres tivessem
  oportunidade.
Teorias pós-críticas
• A intenção era que os currículos percebessem as
  experiências, os interesses, os pensamentos e os
  conhecimentos      femininos    dando-lhes  igual
  importância.

• As questões raciais e étnicas também começaram a
  fazer parte das teorias pós-críticas do currículo,
  tendo sido percebida a problemática da identidade
  étnica e racial.
É essencial, por meio do currículo, desconstruir
o texto racial, questionar por que e como
valores de certos grupos étnicos e raciais foram
desconsiderados     ou    menosprezados       no
desenvolvimento cultural e histórico da
humanidade e, pela organização do currículo,
proporcionar os mesmos significados e valores a
todos os grupos, sem supervalorização de um ou
de outro.
Tendências curriculares no Brasil
• Início do sec XX – reformas do ensino.

• Participantes do movimento renovador da educação
  - Escola Nova -, como Anísio Teixeira, Mario
  Casasanta, Fernando de Azevedo, Carneiro Leão,
  entre outros.

• Na década de 1950, o Instituto Nacional de estudos e
  Pesquisas – Inep - publicou o primeiro livro brasileiro
  sobre currículo, intitulado ‘Introdução ao estudo da
  Escola Primaria”.
Tendências curriculares no Brasil
• Na década de 1960- introdução das disciplinas ,
  currículos e programas nos cursos de Pedagogia, após a
  Reforma Universitária (Lei 5.540/1968).

• Já nos anos 80 – pensamento crítico sobre o currículo de
  natureza sociológica.

• Atualmente, são múltiplas as abordagens teóricas
  vigentes no campo do currículo no Brasil, entre eles
  podemos citar: o enfoque neomarxista, a abordagem
  processual ou prática, e a corrente pós-moderna.
A perspectiva Teórico-Prática do Currículo
           Como o currículo se realiza de fato ??

• Tal abordagem busca explicar a relação do currículo com
  o exterior e do currículo como regulador do interior das
  instituições escolares.

• Goodson (1997) propõe uma história social do currículo
  que leve em consideração o papel histórico dos grupos
  sociais na definição conflitual acerca das disciplinas e
  programas de ensino, desmistificando a ideia de um
  currículo neutro a-temporal e a-histórico.
A perspectiva Teórico-Prática do
                Currículo
• A dimensão prática significa buscar a aproximação
  do que realmente ocorre nas salas de aula. Além
  dessa concepção ampla, a teoria processual do
  currículo oferece indicações valiosas para o professor
  compreender os problemas curriculares.

• O currículo deixa de ser um instrumento do trabalho
  docente. Algo que o professor percebe como sendo
  inerente e fundamental em seu trabalho, algo sobre
  o qual ele intervém, modela, aperfeiçoa e
  transforma.
A apresentação formal do currículo
•   Os objetivos educacionais;
•   Os conteúdos a serem ensinados;
•   A metodologia ;
•   A avaliação.

• No Brasil as propostas mesmo fundamentando-se
  em perspectivas críticas, mantiveram alguns desses
  elementos atribuindo-lhes novas dimensões e
  significados.
A apresentação formal do currículo
• Destacam-se, especialmente:
  - A apresentação dos fundamentos teóricos,
  - Os critérios de seleção dos conteúdos e a
  concepção de ensino que norteia cada um deles.

• Na mesma direção, são apresentados:
  - Os objetivos educacionais a serem alcançados,
  - Orientações didáticas, incluindo a avaliação e,
  - Uma ampla bibliografia.
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Uma característica marcante da política curricular no
  Brasil : A centralização do currículo nas mãos do
  poder público.

• Estados legislaram sobre o programa de ensino
  primário e secundário durante todo sec. XIX e parte
  do sec. XX.

• Divisor de águas = A reforma do ensino de 1º e 2º
  graus ocorrida em 1971 - Lei 5.692/71.
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Lei 4.024/81, contemplou a questão curricular
  superficialmente       admitindo        experiências
  pedagógicas, e no ensino secundário, a variedade de
  currículos de acordo com as matérias optativas
  escolhidas pelo estabelecimento de ensino.
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Nova estrutura educacional = finalidades da
  educação nacional concernentes ao regime político
  vigente

• O paradigma curricular técnico, adotado na época,
  compreendeu uma complexa articulação que
  envolve quatro aspectos:

   - A determinação dos conteúdos realçando as
  diferenças, semelhanças e identidades que havia
  entre o núcleo comum e a parte diversificada;
As Políticas do Governo Federal para
         o Currículo no Brasil
- O currículo pleno com as noções de atividade, áreas
de estudo e disciplina;

- Em relação ao currículo pleno, o desenvolvimento
das ideias de relacionamento, ordenação, sequência
e a função de cada uma delas para a construção de
um currículo orgânico e flexível;

- A delimitação da amplitude da educação geral e
formação especial, em torno das quais se
desenvolvia toda a nova escolarização.
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Outras categorias curriculares como educação geral
  e formação especial designavam com precisão as
  finalidades atribuídas ao ensino de 1º e 2º graus.

• A educação geral destinava-se a transmitir uma base
  comum de conhecimentos indispensáveis a todos,
  tendo em vista a continuidade dos estudos; a parte
  especial tinha como objetivo a sondagem de
  aptidões e a indicação para o trabalho no 1º grau, e a
  habilitação profissional no 2º grau.
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Em relação aos conteúdos, optou-se pela classificação
  tríplice das matérias em:

  - Comunicação e Expressão,
  - Estudos Sociais e                 Conteúdos
  - Ciências                         Particulares

• A arte     - Artes plásticas
            - Desenho
            - Teatro, entre outras
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Da mesma forma, programas de saúde substituem a
  visão higienista predominante, pela compreensão mais
  abrangente de saúde e prevenção.

• Assim foram definidos os objetivos das matérias.
• Em Comunicação e Expressão: o cultivo de linguagens
  que ensejem ao aluno o contato coerente com os seus
  semelhantes e a manifestação harmônica de sua
  personalidade dos aspectos físico, psíquico e emocional,
  ressaltando-se a Língua Portuguesa como expressão da
  cultura brasileira.
As Políticas do Governo Federal para
          o Currículo no Brasil
• Nos Estudos Sociais, o ajustamento crescente do
  educando ao meio cada vez mais amplo e complexo,
  em que deve apenas viver como conviver, dando-se
  ênfase ao conhecimento do Brasil na perspectiva
  atual do seu desenvolvimento.

• Nas Ciências, o desenvolvimento do pensamento
  lógico e a vivência do método científico e de suas
  aplicações.
A organização curricular definida
pela Reforma de 1971 vogou por
quase três décadas até ser
revogada pela nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação : -
LDB (Lei 9.394/96), em 1976.

Apesar da vigência da lei, varias
reestruturações      curriculares
ocorreram na década de 1980,
implementadas pela ação dos
governos estaduais e de alguns
municípios.
A Organização do Trabalho na Escola

• A escola é vista como uma construção
coletiva permanente.




• Para ser uma organização eficaz no cumprimento de
  propósitos estabelecidos, a escola deve pautar-se pela
  autonomia, pelo trabalho coletivo e pela construção do
  projeto pedagógico.
A Organização por Ciclos
• A proposta adota a organização do currículo por
  ciclos, áreas de conhecimento e temas transversais,
  a justificativa para a fixação dos ciclos baseia-se em
  argumentos de natureza pedagógica.
A Organização por Ciclos
As Áreas de Conhecimento
• A concepção de área evidencia a natureza dos
  conteúdos tratados, definido claramente o corpo de
  conhecimentos e o objetivo de aprendizagem.

• Neste sentido, os parâmetros optaram por
  considerar a fundamentação das opções teóricas e
  metodológicas de cada área possibilitando ao
  professor refletir sobre cada conteúdo.
Temas Transversais
• Os objetivos a serem alcançados no ensino das áreas
  e temas transversais foram definidos em função das
  capacidades que devem ser desenvolvidas pelos
  alunos ao longo da escolaridade.

• Os objetivos se definem em termos de capacidades
  de ordem cognitiva, afetiva, de relação interpessoal
  e inserção social, ética e estética, tendo em vista
  uma formação ampla.
Classificação dos Conteúdos
• De forma semelhante é indicada no Referencial
  Curricular Nacional para Educação Infantil, os
  conteúdos são abordados nos PCNs em três grandes
  categorias: formação pessoal e social, conhecimento
  de mundo e natureza e sociedade.

• Os conteúdos conceituais referem-se à construção
  ativa das capacidades intelectuais para operar com
  símbolos, ideias, imagens e representações que
  permitem organizar a realidade.
Classificação dos Conteúdos
• Veja alguns exemplos:
  1- Em Ciências Naturais: identificar e compreender as
  relações entre o solo e os seres vivos nos fenômenos
  de escoamento da água, erosão e fertilidade do solo
  no ambiente urbano e rural
  2- Em Língua Portuguesa: conhecer e respeitar as
  diferentes variedades linguísticas do português
  falado.
  3- Em História: identificar os diferentes tipos de
  organizações urbanas. Destacando suas funções e
  origem.
Classificação dos Conteúdos
• Os Conteúdos e procedimentos: expressam um
  saber fazer, que envolve tomada de decisões e
  realização de uma série de ações, de forma ordenada
  e não-aleatória, para atingir uma meta. Veja alguns
  exemplos:

• 1. Em Ciências Naturais: organizar e registrar as
  informações por intermédio de desenhos, quadros,
  esquemas, gráficos, listas, textos e maquetes, de
  acordo com as exigências do assunto em estudo, sob
  orientação do professor.
Classificação dos Conteúdos
• Conteúdos atitudinais: referem-se aos valores, às
  normas e atitudes. A aprendizagem desses aspectos
  permeia todo o conhecimento escolar. Alguns
  exemplos a seguir:

• 1. Em Ciências Naturais: valorizar a vida em sua
  diversidade e a preservação dos ambientes.
• 2. Em Língua Portuguesa: valorizar a leitura como
  fonte de informação.
Currículo e Fracasso Escolar
• Na história da educação brasileira, a avaliação tem
  sido sistematicamente utilizada com a função de
  classificar, selecionar, disciplinar e punir os alunos.



        Analisar a relação entre currículo e a
           produção do fracasso escolar.
Currículo e Fracasso Escolar


Aplicação das provas    Verificar aprendizado




    Os resultados           A avaliação produz o
     expressam o              fracasso escolar
  currículo realizado
Currículo e Fracasso Escolar
• Ainda de acordo com Gimeno (1998, p. 312), [...] os
  alunos e o próprio professor não distinguem
  procedimentos de avaliação realizados com
  propósitos de diagnostico de outros com função
  sancionador de níveis de aprendizagem com vistas à
  promoção do aluno pelo currículo regulado dentro
  da regularidade.
• Embora a educação obrigatória não seja seletiva, a
  avaliação realizada dentro dela gradua os alunos,
  hierarquiza-os, porque assim ordena sua progressão.
O Currículo como Formação
• Em primeiro lugar, trata-se de o professor assumir o
  currículo como a matéria-prima do seu trabalho e de
  assumir a responsabilidade em colocá-lo em ação,
  mantendo o compromisso com a qualidade do ensino.

• No dia a dia de seu trabalho, o professor se defronta
  com certas questões como, por exemplo:
  - Que conteúdos selecionar, de tal forma que sejam
  significativos para os alunos e que tenham valor para
  eles fora da escola?
O Currículo como Formação
- Que atividades podem garantir o interesse dos alunos?
- Que metodologia adotar?
- Como lidar com a disciplina e a avaliação de forma
menos arbitrária?
- Como partir dos conhecimentos prévios dos alunos?
- Como atuar de forma a facilitar a construção do
conhecimento pelos alunos?
- Como tornar o ensino e a aprendizagem eficaz com vistas
a promover o sucesso do aluno e não o fracasso escolar?
O Currículo como Formação

                Currículo como uma
         ferramenta de trabalho operacional e
                     conceitual.

• O desenvolvimento do currículo faz parte das
  competências profissionais do docente, essa
  competência exercida de forma individual ou
  coletiva resulta em processos de profissionalização
  distintos
O Currículo como Formação
• De fato, como ressalta Gimeno (1998), o “saber
  fazer” docente é construído na prática com os alunos
  e na troca de experiências com os colegas, mediante
  “dicas”, afirmações, modelos de atividades e provas,
  empréstimos de livros e outros materiais, relatos de
  experiências bem ou mal sucedidas, entre outros.

• A atuação individualizada tem predominado no
  exercício do trabalho de professor. No entanto,
  práticas de exercícios profissionais de forma coletiva
  tendem a proporcionar melhores resultados.
O Currículo como Formação
• Essa posição é defendida por Gimeno que apresenta
  para tal defesa, três tipos de justificativas:

  - Boa parte dos objetivos educacionais são
  abordados por todos os professores; a organização
  do currículo em ciclos; a ordenação dos conteúdos
  em temas, a adoção do método de projetos. Entre
  outras propostas, são inovações que exigem o
  trabalho coletivo dos professores.
O Currículo como Formação
- A tomada de decisões coletivas e compartilhada
favorece a resolução de problemas profissionais. A
relação   escola-comunidade    requer     projetos
educativos elaborados de forma coletiva,
proporcionando a participação democrática e o
envolvimento da comunidade escolar.
O Currículo como Formação
- Professores que já tiveram a oportunidade de
vivenciarem experiências de trabalho em instituições
educacionais pautadas pelas relações democráticas
de poder e no incentivo à participação, cooperação
e trabalho integrado desenvolvem competências
profissionais enriquecedoras e diferenciadas
daqueles que não tiveram a mesma oportunidade.
O professor se profissionalizará no
 desenvolvimento de um currículo e nas
       condições em que o realiza.
   Nesse processo, o professor domina
 mais conteúdos com os quais trabalha,
  adquire mais versatilidade no uso de
determinadas metodologias, de recursos
  didáticos e instrumento de avaliação.
    A experiência docente é, portanto,
    resultado do desenvolvimento do
                 currículo.
O currículo como campo de
               experimentação.
• Essa ideia é desenvolvida por Contreras (1991), que
  ressalta a importância dos professores assumirem
  um currículo não como uma solução estabelecida,
  mas sim, como espaço no qual se pode buscar e
  experimentar soluções.

• Pg 31
Atividade 01

                 SEMINÁRIO
• 4 Grupos;
• 30 minutos para cada grupo
• Nota individual
GRUPOS
• Grupo 01: Como se constitui um currículo escolar
  ? (Pg 33-35)

• Grupo 02: O currículo na educação infantil. (Pg.
  38-39 e texto complementar)

• Grupo 03: Como alguns educadores veem o
  currículo na educação Infantil ?(Pg. 40-42 e texto
  complementar)

• Grupo 04 : Qual o seu modelo curricular ?
  (Pg 44-46)
Atividades

• 1. Em grupo discuta os principais pontos sobre
  as Tendências curriculares no Brasil.

• 2. Elabore um texto de no mínimo 20 linhas e
  no Maximo 30 linhas, contendo os principais
  pontos sobre as Tendências curriculares no
  Brasil, discutidos com os seus colegas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...
3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...
3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...Paulo Lima
 
Organização e gestão da escola
Organização e gestão da escolaOrganização e gestão da escola
Organização e gestão da escolaUlisses Vakirtzis
 
Gestao da educação escolar
Gestao da educação escolarGestao da educação escolar
Gestao da educação escolareliasdemoch
 
Tendências Pedagógicas
Tendências PedagógicasTendências Pedagógicas
Tendências PedagógicasMarcelo Assis
 
Desafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagem
Desafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagemDesafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagem
Desafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagemAna Maria Louzada
 
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
 
O papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorO papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorna educação
 
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval SavianiPedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval SavianiNatalia Ribeiro
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaCamilla Follador
 
Tendência pedagógica histórico crítica
Tendência pedagógica histórico críticaTendência pedagógica histórico crítica
Tendência pedagógica histórico críticaFábio Vasconcelos
 
Didática
DidáticaDidática
Didáticagadea
 

Mais procurados (20)

3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...
3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...
3. Gestão escolar democrática e gestão escolar participativa - Prof. Dr. Paul...
 
Organização e gestão da escola
Organização e gestão da escolaOrganização e gestão da escola
Organização e gestão da escola
 
Aula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão EscolarAula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão Escolar
 
Currículo escolar
Currículo escolarCurrículo escolar
Currículo escolar
 
Gestao da educação escolar
Gestao da educação escolarGestao da educação escolar
Gestao da educação escolar
 
Tendências Pedagógicas
Tendências PedagógicasTendências Pedagógicas
Tendências Pedagógicas
 
Desafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagem
Desafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagemDesafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagem
Desafios e estratégias da avaliação no processo de ensino aprendizagem
 
Teorias do Currículo
Teorias do CurrículoTeorias do Currículo
Teorias do Currículo
 
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
 
A Escola Nova
A Escola Nova A Escola Nova
A Escola Nova
 
O papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professorO papel da didática na formação do professor
O papel da didática na formação do professor
 
A atuação do pedagogo em espaços não escolares
A atuação do pedagogo em espaços não escolaresA atuação do pedagogo em espaços não escolares
A atuação do pedagogo em espaços não escolares
 
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval SavianiPedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogia
 
PPP
PPPPPP
PPP
 
Tendência pedagógica histórico crítica
Tendência pedagógica histórico críticaTendência pedagógica histórico crítica
Tendência pedagógica histórico crítica
 
Didática
DidáticaDidática
Didática
 
Conhecendo a didática
Conhecendo a didáticaConhecendo a didática
Conhecendo a didática
 
Dermeval Saviani
Dermeval Saviani Dermeval Saviani
Dermeval Saviani
 
Conceitos de curriculo
Conceitos  de curriculoConceitos  de curriculo
Conceitos de curriculo
 

Destaque

Destaque (7)

Teorias pós críticas
Teorias pós críticasTeorias pós críticas
Teorias pós críticas
 
Resumo do texto1
Resumo do texto1Resumo do texto1
Resumo do texto1
 
O que é currículo
O que é currículoO que é currículo
O que é currículo
 
Teoria Crítica
Teoria CríticaTeoria Crítica
Teoria Crítica
 
Teoria critica do currículo educacional
Teoria critica do currículo educacionalTeoria critica do currículo educacional
Teoria critica do currículo educacional
 
Orientações portfólio
Orientações   portfólioOrientações   portfólio
Orientações portfólio
 
Planejamento e execução do currículo
Planejamento e execução do currículoPlanejamento e execução do currículo
Planejamento e execução do currículo
 

Semelhante a Teorias do curriculo

Pedagogia e educação
Pedagogia e educaçãoPedagogia e educação
Pedagogia e educaçãoJosé Barros
 
Currículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para ConcursosCurrículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para ConcursosAdriano Martins
 
Aula 1 perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)
Aula 1   perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)Aula 1   perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)
Aula 1 perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)Rosangela Gusmao-Pereira
 
17. teorias do curriculo.docx
17. teorias  do curriculo.docx17. teorias  do curriculo.docx
17. teorias do curriculo.docxAlineMelo123
 
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...Jonnathann Nagato-Luto
 
Tendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileiraTendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileirarichard_romancini
 
Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)
Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)
Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)Thiago Manfredi
 
Seminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismoSeminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismoCosmo Matias Gomes
 
INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...
INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...
INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...Julhinha Camara
 
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura  A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura Haroldo Nunes
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  LibâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura LibâneoHaroldo Nunes
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneoHaroldo Nunes
 
Lista de questões tendencias (1)
Lista de questões   tendencias (1)Lista de questões   tendencias (1)
Lista de questões tendencias (1)Rosenice Mendes
 
Lista de questões tendencias (1)
Lista de questões   tendencias (1)Lista de questões   tendencias (1)
Lista de questões tendencias (1)Rosenice Mendes
 
Apresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.ppt
Apresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.pptApresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.ppt
Apresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.pptHelenAndrade21
 
"Tendências pedagógicas"
"Tendências pedagógicas""Tendências pedagógicas"
"Tendências pedagógicas"Cléo Lima
 

Semelhante a Teorias do curriculo (20)

Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
Pedagogia e educação
Pedagogia e educaçãoPedagogia e educação
Pedagogia e educação
 
Currículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para ConcursosCurrículo - Pedagogia para Concursos
Currículo - Pedagogia para Concursos
 
Aula 1 perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)
Aula 1   perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)Aula 1   perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)
Aula 1 perspectivas curriculares contemporâneas profa marília mira (1)
 
17. teorias do curriculo.docx
17. teorias  do curriculo.docx17. teorias  do curriculo.docx
17. teorias do curriculo.docx
 
Docência no Ensino Superior
Docência no Ensino SuperiorDocência no Ensino Superior
Docência no Ensino Superior
 
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...Slide seminário   avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
Slide seminário avaliação da aprendizagem escolar - apontamentos sobre a...
 
Slide tendências pedagógicas
Slide   tendências pedagógicasSlide   tendências pedagógicas
Slide tendências pedagógicas
 
Tendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileiraTendências e correntes na educação brasileira
Tendências e correntes na educação brasileira
 
Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)
Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)
Pedagogia crítico social dos conteúdos (final)
 
Seminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismoSeminário 01 - Para além do autoritarismo
Seminário 01 - Para além do autoritarismo
 
INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...
INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...
INTRODUZINDO A QUESTÃO DO PLANEJAMENTO: GLOBALIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE E...
 
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura  A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
A corrente pedagógica racional tecnológica Libâneo e cibercultura
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  LibâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  Libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura Libâneo
 
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneoA corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura  libâneo
A corrente pedagógica racional tecnológica e cibercultura libâneo
 
Lista de questões tendencias (1)
Lista de questões   tendencias (1)Lista de questões   tendencias (1)
Lista de questões tendencias (1)
 
Lista de questões tendencias (1)
Lista de questões   tendencias (1)Lista de questões   tendencias (1)
Lista de questões tendencias (1)
 
Vídeo aula 5
Vídeo aula 5Vídeo aula 5
Vídeo aula 5
 
Apresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.ppt
Apresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.pptApresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.ppt
Apresentação Tendências Pedagogicas 09_03_13.ppt
 
"Tendências pedagógicas"
"Tendências pedagógicas""Tendências pedagógicas"
"Tendências pedagógicas"
 

Teorias do curriculo

  • 1. TEORIAS DO CURRICULO FACULDADE INTEGRADA DO BRASIL – FAIBRA Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia Professora Esp. Natália Santos Luz Parambú- CE, Março de 2013.
  • 2. OBJETIVOS • Objetivo geral - Conscientizar o futuro educador da importância de se compreender a questão do currículo, buscando desenvolver um olhar crítico a esse respeito, visando à sua correta utilização na prática educativa. • Objetivos específicos - Apresentar as teorias do currículo; - Compreender a importância do currículo para a educação; - Refletir sobre cada um dos modelos de currículo.
  • 3.
  • 4. • Essa disciplina visa oferecer: - Uma visão ampla de currículo - A sua história e evolução - Diferentes modelos de currículo.
  • 5. Origem do termo currículo Subdivisões no interior Facilitar a aprendizagem das escolas Ensino mais eficiente Coerência estrutural (disciplina) e sequência interna (ordem) que deveria conter qualquer curso ou estudos. David Hamilton (1989)
  • 6. Origem do termo currículo • Esse princípio foi redimensionado no século XX quando se generalizou o termo na educação acoplado a noções de controle, padronização, eficiência e administração educacional e social. O que entender por currículo ??
  • 7. Origem do termo currículo José Contreras (1989) O currículo diz respeito ao conjunto das decisões educativas para a escola. • Responde às perguntas: O que ensinar? Como e por quê? Falar em currículo pressupõe pensar a educação tendo em vista a questão dos conteúdos. • Currículo diz respeito às decisões educativas para a escola, acha-se mediado por problemas institucionais, por conseguinte, reflete sempre as circunstâncias históricas e a problemas escolares.
  • 8. Origem do termo currículo • O currículo é uma parte importante da organização escolar e faz parte do projeto-político-pedagógico de cada escola. Por isso ele deve ser pensado e refletido pelos sujeitos em interação “que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente” (VEIGA, 2002, p.7).
  • 9. Teorias sobre currículo ou análise para compreensão e mudança • 1920(EUA) - Qual conhecimento deve ser ensinado? O que os alunos devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado importante ou válido para merecer ser considerado parte do currículo? • Respondidas a estas perguntas compreendemos que o currículo está diretamente relacionado a nós mesmos, a como nos desenvolvemos e ao que nos tornamos.
  • 10. Teorias sobre currículo ou análise para compreensão e mudança • Levando em consideração o exposto, percebemos o currículo como uma parte importante, integrante do dia-a-dia da escola que exercerá influência direta nos sujeitos que fazem parte do processo escolar e da sociedade em geral, determinando a visão de mundo não só dessa sociedade, mas também de nossas atitudes e decisões neste meio.
  • 11. Teorias sobre currículo • Teorias tradicionais = neutras, científicas e objetivas. • Teorias críticas e pós-críticas = relações de poder e demonstra a preocupação com as conexões entre saber, identidade e poder.
  • 12. Teoria Tradicional • Proporcionar uma educação geral e acadêmica à população. • O currículo era uma questão de organização e ocorria de forma mecânica e burocrática. A tarefa dos especialistas em currículo consistia em fazer um levantamento das habilidades, em desenvolver currículos que permitissem que essas habilidades fossem desenvolvidas e, finalmente, em planejar e elaborar instrumentos de medição para dizer com precisão se elas foram aprendidas. Estas ideias influenciaram muito a educação nos EUA até os anos de 1980 e em muitos países, inclusive no Brasil. Bobbit
  • 13. Teorias Críticas • 1960 (movimentos sociais e culturais) – surgiram questionamentos sobre o pensamento e a estrutura educacional tradicionais- especificamente sobre curriculo. • Compreender com base em uma análise marxista o que o currículo faz. • Teorias críticas: eram semelhantes em pensamento, mas apresentavam suas individualidades.
  • 14. Teorias Críticas • Althusser, filósofo francês, em uma breve referência à educação em seus estudos: Sustentou que a escola é uma forma utilizada pelo capitalismo para manter sua ideologia, pois atinge toda a população por um período prolongado de tempo. • Pelo currículo a ideologia dominante transmite seus princípios, por meio das disciplinas e conteúdos que reproduzem seus interesses, e fazem com que crianças de famílias menos favorecidas saiam da escola antes de chegarem a aprender as habilidades próprias das classes dominantes.
  • 15. Teorias Críticas • Escola reprodutora de um sistema dominante (Bowles e Gintis ) - As escolas dirigidas aos trabalhadores subordinados tendem a privilegiar relações sociais nas quais, ao praticar papéis subordinados, os estudantes aprendem a subordinação. - Em contraste, as escolas dirigidas aos trabalhadores dos escalões superiores da escala ocupacional tendem a favorecer relações sociais nas quais os estudantes têm a oportunidade de praticar atitudes de comando e autonomia. (SILVA, 2003, p. 33).
  • 16. Teorias Críticas • É possível perceber a prática mencionada por Silva (2003) no processo escolar atual fazendo relação, principalmente, entre as escolas particulares e as públicas. • Ex: inclusão de outras disciplinas no curriculo escolar de escolas particulares.
  • 17. Teorias Críticas • Para Apple a seleção que constitui o currículo é o resultado de um processo que reflete os interesses particulares das classes e dos grupos dominantes. • A escola, além de transmitir conhecimento, deve ser também, produtora de conhecimento. • Apple faz uma intensa crítica à função da escola como simples transmissora de conhecimentos determinados por interesses dominantes principalmente valores capitalistas, e questiona o papel do professor nesse processo.
  • 18. Teorias Críticas • Henry Giroux: é através de um processo pedagógico que permita às pessoas se tornarem conscientes do papel de controle e poder exercido pelas instituições e pelas estruturas sociais que elas podem se tornar emancipadas ou libertadas de seu poder e controle. • Os professores possuem responsabilidade no sentido de serem pessoas atuantes neste processo, permitindo e instigando o aluno a participar e questionar, bem como propondo questões para que reflitam. Os estudantes devem ter seu espaço para serem ouvidos e suas ideias serem consideradas.
  • 19. Teorias Críticas • Silva (2003) compara a teoria de Giroux ao que diz Gadotti (1989) quando se refere à pedagogia do colonizador contra uma pedagogia do conflito, destacando o papel fundamental do professor na busca pela formação da consciência de seus alunos para não apenas receberem informações, mas refletirem sobre elas, questioná-las e, se necessário, se posicionarem contra.
  • 20. Teorias Críticas • Outros pensadores: Freire; Basil Berstein • Teorias Críticas da Educação • Disponível em: http://www.youtube.com/watch? v=68Vls43nltc
  • 21. Teorias pós-críticas • Currículo Multiculturalista = nenhuma cultura pode ser julgada superior a outra. • Multiculturalismo = contra o currículo universitário tradicional (cultura branca, masculina e européia e heterossexual).
  • 22. Teorias pós-críticas • Perspectivas : - Liberal ou humanista: tolerância, respeito e convivência harmoniosa entre as culturas. - Crítica: cultura dominante faria papel de permitir que outras culturas tivessem seu espaço.
  • 23. Teorias pós-críticas • As questões de gênero são uma das questões muito presentes nas terias pós-criticas. • O acesso a educação era desigual para homens e mulheres e dentro do currículo havia distinções de disciplinas masculinas e femininas. • Assim certas carreiras eram exclusivamente masculinas sem que as mulheres tivessem oportunidade.
  • 24. Teorias pós-críticas • A intenção era que os currículos percebessem as experiências, os interesses, os pensamentos e os conhecimentos femininos dando-lhes igual importância. • As questões raciais e étnicas também começaram a fazer parte das teorias pós-críticas do currículo, tendo sido percebida a problemática da identidade étnica e racial.
  • 25. É essencial, por meio do currículo, desconstruir o texto racial, questionar por que e como valores de certos grupos étnicos e raciais foram desconsiderados ou menosprezados no desenvolvimento cultural e histórico da humanidade e, pela organização do currículo, proporcionar os mesmos significados e valores a todos os grupos, sem supervalorização de um ou de outro.
  • 26. Tendências curriculares no Brasil • Início do sec XX – reformas do ensino. • Participantes do movimento renovador da educação - Escola Nova -, como Anísio Teixeira, Mario Casasanta, Fernando de Azevedo, Carneiro Leão, entre outros. • Na década de 1950, o Instituto Nacional de estudos e Pesquisas – Inep - publicou o primeiro livro brasileiro sobre currículo, intitulado ‘Introdução ao estudo da Escola Primaria”.
  • 27. Tendências curriculares no Brasil • Na década de 1960- introdução das disciplinas , currículos e programas nos cursos de Pedagogia, após a Reforma Universitária (Lei 5.540/1968). • Já nos anos 80 – pensamento crítico sobre o currículo de natureza sociológica. • Atualmente, são múltiplas as abordagens teóricas vigentes no campo do currículo no Brasil, entre eles podemos citar: o enfoque neomarxista, a abordagem processual ou prática, e a corrente pós-moderna.
  • 28. A perspectiva Teórico-Prática do Currículo Como o currículo se realiza de fato ?? • Tal abordagem busca explicar a relação do currículo com o exterior e do currículo como regulador do interior das instituições escolares. • Goodson (1997) propõe uma história social do currículo que leve em consideração o papel histórico dos grupos sociais na definição conflitual acerca das disciplinas e programas de ensino, desmistificando a ideia de um currículo neutro a-temporal e a-histórico.
  • 29.
  • 30. A perspectiva Teórico-Prática do Currículo • A dimensão prática significa buscar a aproximação do que realmente ocorre nas salas de aula. Além dessa concepção ampla, a teoria processual do currículo oferece indicações valiosas para o professor compreender os problemas curriculares. • O currículo deixa de ser um instrumento do trabalho docente. Algo que o professor percebe como sendo inerente e fundamental em seu trabalho, algo sobre o qual ele intervém, modela, aperfeiçoa e transforma.
  • 31. A apresentação formal do currículo • Os objetivos educacionais; • Os conteúdos a serem ensinados; • A metodologia ; • A avaliação. • No Brasil as propostas mesmo fundamentando-se em perspectivas críticas, mantiveram alguns desses elementos atribuindo-lhes novas dimensões e significados.
  • 32. A apresentação formal do currículo • Destacam-se, especialmente: - A apresentação dos fundamentos teóricos, - Os critérios de seleção dos conteúdos e a concepção de ensino que norteia cada um deles. • Na mesma direção, são apresentados: - Os objetivos educacionais a serem alcançados, - Orientações didáticas, incluindo a avaliação e, - Uma ampla bibliografia.
  • 33. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Uma característica marcante da política curricular no Brasil : A centralização do currículo nas mãos do poder público. • Estados legislaram sobre o programa de ensino primário e secundário durante todo sec. XIX e parte do sec. XX. • Divisor de águas = A reforma do ensino de 1º e 2º graus ocorrida em 1971 - Lei 5.692/71.
  • 34. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Lei 4.024/81, contemplou a questão curricular superficialmente admitindo experiências pedagógicas, e no ensino secundário, a variedade de currículos de acordo com as matérias optativas escolhidas pelo estabelecimento de ensino.
  • 35.
  • 36. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Nova estrutura educacional = finalidades da educação nacional concernentes ao regime político vigente • O paradigma curricular técnico, adotado na época, compreendeu uma complexa articulação que envolve quatro aspectos: - A determinação dos conteúdos realçando as diferenças, semelhanças e identidades que havia entre o núcleo comum e a parte diversificada;
  • 37. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil - O currículo pleno com as noções de atividade, áreas de estudo e disciplina; - Em relação ao currículo pleno, o desenvolvimento das ideias de relacionamento, ordenação, sequência e a função de cada uma delas para a construção de um currículo orgânico e flexível; - A delimitação da amplitude da educação geral e formação especial, em torno das quais se desenvolvia toda a nova escolarização.
  • 38. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Outras categorias curriculares como educação geral e formação especial designavam com precisão as finalidades atribuídas ao ensino de 1º e 2º graus. • A educação geral destinava-se a transmitir uma base comum de conhecimentos indispensáveis a todos, tendo em vista a continuidade dos estudos; a parte especial tinha como objetivo a sondagem de aptidões e a indicação para o trabalho no 1º grau, e a habilitação profissional no 2º grau.
  • 39. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Em relação aos conteúdos, optou-se pela classificação tríplice das matérias em: - Comunicação e Expressão, - Estudos Sociais e Conteúdos - Ciências Particulares • A arte - Artes plásticas - Desenho - Teatro, entre outras
  • 40. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Da mesma forma, programas de saúde substituem a visão higienista predominante, pela compreensão mais abrangente de saúde e prevenção. • Assim foram definidos os objetivos das matérias. • Em Comunicação e Expressão: o cultivo de linguagens que ensejem ao aluno o contato coerente com os seus semelhantes e a manifestação harmônica de sua personalidade dos aspectos físico, psíquico e emocional, ressaltando-se a Língua Portuguesa como expressão da cultura brasileira.
  • 41. As Políticas do Governo Federal para o Currículo no Brasil • Nos Estudos Sociais, o ajustamento crescente do educando ao meio cada vez mais amplo e complexo, em que deve apenas viver como conviver, dando-se ênfase ao conhecimento do Brasil na perspectiva atual do seu desenvolvimento. • Nas Ciências, o desenvolvimento do pensamento lógico e a vivência do método científico e de suas aplicações.
  • 42. A organização curricular definida pela Reforma de 1971 vogou por quase três décadas até ser revogada pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação : - LDB (Lei 9.394/96), em 1976. Apesar da vigência da lei, varias reestruturações curriculares ocorreram na década de 1980, implementadas pela ação dos governos estaduais e de alguns municípios.
  • 43. A Organização do Trabalho na Escola • A escola é vista como uma construção coletiva permanente. • Para ser uma organização eficaz no cumprimento de propósitos estabelecidos, a escola deve pautar-se pela autonomia, pelo trabalho coletivo e pela construção do projeto pedagógico.
  • 44. A Organização por Ciclos • A proposta adota a organização do currículo por ciclos, áreas de conhecimento e temas transversais, a justificativa para a fixação dos ciclos baseia-se em argumentos de natureza pedagógica.
  • 46. As Áreas de Conhecimento • A concepção de área evidencia a natureza dos conteúdos tratados, definido claramente o corpo de conhecimentos e o objetivo de aprendizagem. • Neste sentido, os parâmetros optaram por considerar a fundamentação das opções teóricas e metodológicas de cada área possibilitando ao professor refletir sobre cada conteúdo.
  • 47. Temas Transversais • Os objetivos a serem alcançados no ensino das áreas e temas transversais foram definidos em função das capacidades que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo da escolaridade. • Os objetivos se definem em termos de capacidades de ordem cognitiva, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, ética e estética, tendo em vista uma formação ampla.
  • 48. Classificação dos Conteúdos • De forma semelhante é indicada no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, os conteúdos são abordados nos PCNs em três grandes categorias: formação pessoal e social, conhecimento de mundo e natureza e sociedade. • Os conteúdos conceituais referem-se à construção ativa das capacidades intelectuais para operar com símbolos, ideias, imagens e representações que permitem organizar a realidade.
  • 49. Classificação dos Conteúdos • Veja alguns exemplos: 1- Em Ciências Naturais: identificar e compreender as relações entre o solo e os seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão e fertilidade do solo no ambiente urbano e rural 2- Em Língua Portuguesa: conhecer e respeitar as diferentes variedades linguísticas do português falado. 3- Em História: identificar os diferentes tipos de organizações urbanas. Destacando suas funções e origem.
  • 50. Classificação dos Conteúdos • Os Conteúdos e procedimentos: expressam um saber fazer, que envolve tomada de decisões e realização de uma série de ações, de forma ordenada e não-aleatória, para atingir uma meta. Veja alguns exemplos: • 1. Em Ciências Naturais: organizar e registrar as informações por intermédio de desenhos, quadros, esquemas, gráficos, listas, textos e maquetes, de acordo com as exigências do assunto em estudo, sob orientação do professor.
  • 51. Classificação dos Conteúdos • Conteúdos atitudinais: referem-se aos valores, às normas e atitudes. A aprendizagem desses aspectos permeia todo o conhecimento escolar. Alguns exemplos a seguir: • 1. Em Ciências Naturais: valorizar a vida em sua diversidade e a preservação dos ambientes. • 2. Em Língua Portuguesa: valorizar a leitura como fonte de informação.
  • 52. Currículo e Fracasso Escolar • Na história da educação brasileira, a avaliação tem sido sistematicamente utilizada com a função de classificar, selecionar, disciplinar e punir os alunos. Analisar a relação entre currículo e a produção do fracasso escolar.
  • 53. Currículo e Fracasso Escolar Aplicação das provas Verificar aprendizado Os resultados A avaliação produz o expressam o fracasso escolar currículo realizado
  • 54. Currículo e Fracasso Escolar • Ainda de acordo com Gimeno (1998, p. 312), [...] os alunos e o próprio professor não distinguem procedimentos de avaliação realizados com propósitos de diagnostico de outros com função sancionador de níveis de aprendizagem com vistas à promoção do aluno pelo currículo regulado dentro da regularidade. • Embora a educação obrigatória não seja seletiva, a avaliação realizada dentro dela gradua os alunos, hierarquiza-os, porque assim ordena sua progressão.
  • 55. O Currículo como Formação • Em primeiro lugar, trata-se de o professor assumir o currículo como a matéria-prima do seu trabalho e de assumir a responsabilidade em colocá-lo em ação, mantendo o compromisso com a qualidade do ensino. • No dia a dia de seu trabalho, o professor se defronta com certas questões como, por exemplo: - Que conteúdos selecionar, de tal forma que sejam significativos para os alunos e que tenham valor para eles fora da escola?
  • 56. O Currículo como Formação - Que atividades podem garantir o interesse dos alunos? - Que metodologia adotar? - Como lidar com a disciplina e a avaliação de forma menos arbitrária? - Como partir dos conhecimentos prévios dos alunos? - Como atuar de forma a facilitar a construção do conhecimento pelos alunos? - Como tornar o ensino e a aprendizagem eficaz com vistas a promover o sucesso do aluno e não o fracasso escolar?
  • 57. O Currículo como Formação Currículo como uma ferramenta de trabalho operacional e conceitual. • O desenvolvimento do currículo faz parte das competências profissionais do docente, essa competência exercida de forma individual ou coletiva resulta em processos de profissionalização distintos
  • 58. O Currículo como Formação • De fato, como ressalta Gimeno (1998), o “saber fazer” docente é construído na prática com os alunos e na troca de experiências com os colegas, mediante “dicas”, afirmações, modelos de atividades e provas, empréstimos de livros e outros materiais, relatos de experiências bem ou mal sucedidas, entre outros. • A atuação individualizada tem predominado no exercício do trabalho de professor. No entanto, práticas de exercícios profissionais de forma coletiva tendem a proporcionar melhores resultados.
  • 59. O Currículo como Formação • Essa posição é defendida por Gimeno que apresenta para tal defesa, três tipos de justificativas: - Boa parte dos objetivos educacionais são abordados por todos os professores; a organização do currículo em ciclos; a ordenação dos conteúdos em temas, a adoção do método de projetos. Entre outras propostas, são inovações que exigem o trabalho coletivo dos professores.
  • 60. O Currículo como Formação - A tomada de decisões coletivas e compartilhada favorece a resolução de problemas profissionais. A relação escola-comunidade requer projetos educativos elaborados de forma coletiva, proporcionando a participação democrática e o envolvimento da comunidade escolar.
  • 61. O Currículo como Formação - Professores que já tiveram a oportunidade de vivenciarem experiências de trabalho em instituições educacionais pautadas pelas relações democráticas de poder e no incentivo à participação, cooperação e trabalho integrado desenvolvem competências profissionais enriquecedoras e diferenciadas daqueles que não tiveram a mesma oportunidade.
  • 62. O professor se profissionalizará no desenvolvimento de um currículo e nas condições em que o realiza. Nesse processo, o professor domina mais conteúdos com os quais trabalha, adquire mais versatilidade no uso de determinadas metodologias, de recursos didáticos e instrumento de avaliação. A experiência docente é, portanto, resultado do desenvolvimento do currículo.
  • 63. O currículo como campo de experimentação. • Essa ideia é desenvolvida por Contreras (1991), que ressalta a importância dos professores assumirem um currículo não como uma solução estabelecida, mas sim, como espaço no qual se pode buscar e experimentar soluções. • Pg 31
  • 64. Atividade 01 SEMINÁRIO • 4 Grupos; • 30 minutos para cada grupo • Nota individual
  • 65. GRUPOS • Grupo 01: Como se constitui um currículo escolar ? (Pg 33-35) • Grupo 02: O currículo na educação infantil. (Pg. 38-39 e texto complementar) • Grupo 03: Como alguns educadores veem o currículo na educação Infantil ?(Pg. 40-42 e texto complementar) • Grupo 04 : Qual o seu modelo curricular ? (Pg 44-46)
  • 66. Atividades • 1. Em grupo discuta os principais pontos sobre as Tendências curriculares no Brasil. • 2. Elabore um texto de no mínimo 20 linhas e no Maximo 30 linhas, contendo os principais pontos sobre as Tendências curriculares no Brasil, discutidos com os seus colegas.