3. Concílio Vaticano II: pediu
perdão a Deus e aos seus
contemporâneos pelo pecado da
divisão, supondo reciprocidade
dos irmãos separados
Jubileu de 1975: incentivou a
reconciliação entre os fiéis da
Igreja Católica
4. Grande Jubileu do Ano 2000:
purificação da memória
de “todas as formas
de contratestemunho e
escândalo” ocorridas no último
milênio
conversão
recordação dos Santos
perdão mais generoso
olhar ao futuro
5. Neste ano jubilar, ninguém queira
excluir-se do abraço do Pai. Ninguém
se porte como o irmão mais velho da
parábola evangélica que se recusa a
entrar em casa para festejar. (IM 11)
6. João Paulo II sempre venceu
tendo fé na força da verdade
A Igreja ganha autoridade
Pedir perdão não é só retórica,
haja vista as eventuais
consequências judiciais de
reconhecimentos desse tipo
7. ORIENTE
Temor de que
o exame final do milênio
pudesse causar contentamento
à velha propaganda anticatólica
dos regimes comunistas
AMÉRICA LATINA
Receio de que
o reconhecimento de culpas
estranhas à cultura local
pudesse causar um reflexo
negativo sem qualquer
contribuição pastoral positiva
8. Fonte de mal-estar,
ambiguidades e
insegurança
para os simples
Como amar uma Igreja
que tem “ficha suja”?
Impressão de que,
ao converter-se ao
catolicismo, entra-se
numa gang de
malfeitores e não na
Comunhão dos Santos
Um reconhecimento
unilateral das culpas
só é vantajoso
para os acusadores
Em vez de reconhecer
culpas, a Igreja deveria
assumir
responsabilidades na
reparação dos ofendidos
Para purificar a memória,
bastaria rejeitar aquilo
de ruim que se descubra
ter ocorrido no passado
9. É justo que a Igreja contribua para
modificar imagens de si falsas e
inaceitáveis, especialmente nos
campos em que, por ignorância ou
má-fé, alguns setores de opinião se
comprazem em identificá-la com o
obscurantismo e a intolerância.
(MR, p. 19)
10. É preciso distinguir a santidade
da Igreja da santidade na Igreja
Nossas ações pecaminosas são
ações extraeclesiais quanto ao
seu ser
A Igreja, embora composta de
pecadores, é sempre santa:
ex maculatis immaculata
11. O pecado é sempre pessoal,
podendo-se falar de “pecado
social” apenas por analogia
João Paulo II estimulou o
aprofundamento teológico desse
assumir as culpas do passado e
de um eventual pedido de perdão
aos contemporâneos
12. A Comissão Teológica Internacional,
presidida pelo então
Cardeal Ratzinger,
apresentou o livro
Memória e Reconciliação,
a Igreja e as culpas do passado
14. Não há
correspondência
bíblica unívoca
dos pedidos de
perdão de João
Paulo II
A santidade de Deus exige
arrependimento dirigido a
ele antes que aos homens
Existe uma solidariedade
intergeneracional do Povo
de Deus, especialmente
no reconhecimento de ser
pecador
O espírito do Jubileu
bíblico reclama o
restabelecimento da
ordem originária querida
por Deus para o mundo
15. Os pecados subsistem aos que
os cometeram como
responsabilidade objetiva se nos
aderimos subjetivamente a eles
nas consequências
comportamentais
Só Deus conhece o valor moral
de cada ato humano
17. Ressaltar a estraneidade entre
o passado e o historiador (as
interfaces)
Reconhecer a copertença ao
passado pela tradição (razões da
escolha das interfaces)
Permitir a osmose (“fusão de
horizontes”), que é compreensão
luminosa do presente e força para
o futuro
18. Dia do Perdão do Grande Jubileu do
Ano 2000
(1º Domingo da Quaresma)
19. Irmãos e irmãs,
supliquemos com confiança a
Deus, nosso Pai misericordioso e
compassivo, pequeno na ira e
grande no amor e na fidelidade,
que aceite o arrependimento de
seu povo que confessa
humildemente suas próprias
culpas e pede por misericórdia.
20. Oremos para que nossa confissão e nosso arrependimento estejam
inspirados no Espírito Santo, nossa dor seja consciente, profunda e
considerando com humildade as culpas do passado em uma autêntica
“purificação da memória”, sigamos um caminho de verdadeira conversão.
Senhor Deus, tua Igreja peregrina, santificada sempre por Ti com o sangue
de teu Filho, acolhe em seu seio em cada época a novos membros que
lutam por sua santidade e a outros que, com desobediência a Ti,
contradizem a fé professada no Santo Evangelho. Tu, que permaneces fiel
mesmo quando nós te somos infiéis, perdoa nossas culpas e nos concede
ser, entre os homens, autênticos testemunhos Teus. Por Cristo Nosso
Senhor.
21. Oremos para que cada um de nós, reconhecendo que também os
homens da Igreja, em nome da fé e da moral, tenham recorrido, às
vezes, a métodos não evangélicos em seu justo dever de defender a
verdade, imitem o Senhor Jesus, manso e humilde de coração.
Senhor, Deus de todos os homens, em algumas épocas da história os
cristãos às vezes agiram com métodos de intolerância e não seguiram o
mandamento do amor, desfigurando assim o rosto da Igreja, tua
esposa. Tem misericórdia de teus filhos pecadores e aceita nosso
propósito de buscar e promover a verdade na doçura da caridade,
conscientes de que a verdade só se impõe com a força da própria
verdade. Por Cristo Nosso Senhor.
22. Oremos para que o reconhecimento dos pecados que lastimaram a
unidade do Corpo de Cristo e feriram a caridade fraterna abram
caminho para a reconciliação e a comunhão de todos os cristãos.
Pai misericordioso, na véspera da paixão, Teu Filho orou pela unidade
dos que Nele creem: eles, no entanto, ao contrário de Tua vontade, se
enfrentaram e se dividiram, se condenaram e se combateram.
Imploramos ardentemente o Teu perdão e Te pedimos o dom de um
coração penitente, para que todos os cristãos, reconciliados Contigo e
entre si em um só corpo e em um só espírito, possam reviver a
experiência edificante da plena comunhão. Por Cristo Nosso Senhor.
23. Oremos para que, recordando os padecimentos sofridos pelo povo de
Israel, os cristãos possam reconhecer os pecados cometidos por muitos
deles contra o povo da Aliança, para assim purificar seu coração.
Deus de nossos pais, tu elegeste Abraão e sua descendência para que
Teu Nome fosse dado a conhecer pelas nações: dói-nos
profundamente o comportamento de quantos, no curso da história,
causaram sofrimento a teus filhos e agora Te pedimos perdão,
queremos nos comprometer em uma autêntica fraternidade com o povo
da Aliança. Por Cristo Nosso Senhor.
24. Oremos para que, contemplando a Jesus, Nosso Senhor e Nossa Paz os
cristãos se arrependam das palavras e condutas às vezes suscitadas pelo
orgulho, o ódio, a vontade de domínio sobre os demais, a hostilidade com
os grupos sociais mais enfraquecidos, como são os imigrantes e os
ciganos.
Senhor do mundo, Pai de todos os homens, por meio de Teu Filho nos
pediste para amar os inimigos, fazer bem aos que nos odeiam e orar pelos
que nos perseguem. Muitas vezes, no entanto, os cristãos desmentiram o
Evangelho e, cedendo à lógica da força, violaram os direitos de etnias e
povos, depreciando suas culturas e tradições religiosas. Mostra-Te
paciente e misericordioso conosco e nos perdoa. Por Cristo Nosso Senhor.
25. Ó Pai misericordioso, Teu Filho Jesus Cristo, juiz de vivos e mortos, na
humildade de sua primeira vinda, resgatou a humanidade do pecado e,
em Seu retorno glorioso, pedirá contas de todas as culpas: concede
Tua misericórdia e Teu perdão dos pecados a nossos irmãos. E a nós,
Teus servos, impulsionados pelo Espírito Santo, possamos voltar a Ti
arrependidos de todo o coração. Por Cristo Nosso Senhor.