O documento descreve uma atividade realizada com alunos do 1o ano do ensino fundamental sobre grandezas e medidas. As crianças trouxeram caixas de produtos e as analisaram, mediram e classificaram. Elas mediram o comprimento de uma fila formada pelas caixas e construíram objetos usando as caixas, aprendendo conceitos matemáticos de uma forma lúdica e significativa.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Medidas e alfabetização com caixas
1. Relato de Experiência
“NOSSA, QUE FILA COMPRIDA!”:
grandezas, medidas e alfabetização
Professora Alfabetizadora: Adriana Fischer Ribeiro
Orientadora de Estudo: Ana Carolina da Conceição
Formadora: Roberta SchnorrBuehring
2. SITUANDO...
Este trabalho foi realizado com turmas do
primeiro ano do ensino fundamental, da
Escola de Ensino Fundamental Professora
Georgina de Carvalho Ramos da Luz, da rede
municipal de educação de Brusque- Santa
Catarina com crianças entre seis e sete anos,
somando um total de 33 alunos, durante o
ano letivo de 2014.
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3. 1º ANO - MATUTINO
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4. 1º ANO - VESPERTINO
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5. AÇÕES PRÉVIAS
Conversas antecipadas, levando em conta o conhecimento prévio
dos alunos,
Medir objetos pequenos (folhas, cadernos, lápis, mesa, etc.);
Carimbos utilizando objetos e tinta guache (para observação de
formatos);
Bingo das formas geométricas planas;
Dobraduras (para análise sobre os formatos e formas geométricas
que aparecem ao dobrar a folha), entre outras atividades do
gênero.
Com isso, foi possível fazer com que os alunos adquirissem
conhecimentos mais aprofundados sobre o assunto em questão.
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6. Para iniciar o trabalho com medidas e os
instrumentos utilizados para tal fim, foi
solicitado que os alunos trouxessem
diversos tipos de caixas, aquelas utilizadas
em embalagens.
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8. Em seguida, houve a roda de conversa, que já
faz parte da rotina, para que se observassem:
Os formatos e cores;
Utilidade e características dos produtos;
Textos contidos nas caixas.
Muitos foram os questionamentos a respeito
do que estava escrito na caixa:
Qual o produto contido na embalagem?
Qual a marca?
Para que serve ?
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9. Com auxílio da professora e dos colegas, as
crianças leram o que estava escrito nas
embalagens e perceberam que eram textos
informativos sobre o conteúdo das caixas. Após,
os alunos escreveram com alfabeto móvel, os
nomes escritos nas embalagens e puderam
analisar a sua escrita: letra inicial, quantidade de
letras, o uso de algarismos, as palavras que
iniciavam com a mesma letra e até mesmo
palavras escritas em inglês.
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11. Como cada um escolheu a palavra ou as palavras
que iriam analisar, ficou evidente suas
preferências por palavras já conhecidas,
presentes no seu cotidiano.
A empolgação das crianças ao ler os textos de
suas caixas e a vivenciar hipóteses de escrita com
o alfabeto móvel foi notório.
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12. Em seguida, desenhou-se em folhas de
papel o contorno de todas as faces das
caixas que foram contadas e analisadas
quanto ao formato. Mediu-se a largura e
comprimento com auxílio da régua e
cada um registrou na mesma folha os
valores encontrados.
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15. DIZERES DOS ALUNOS
“Professora, é muito difícil segurar e
desenhar com o lápis.”
“Não consigo fazer as duas coisas
(segurar e desenhar) ao mesmo tempo.”
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16. •
Ao término desta atividade, as caixas foram colocadas uma ao
lado da outra para que fossem contabilizadas, o que levou a
questionamentos como:
Quais são as caixas grandes, quais são pequenas?
Quantas caixas grandes, quantas médias, quantas pequenas?
Quantas são as caixas de produtos de higiene, limpeza e
alimentação?
Quais as cores predominantes nas caixas?
Neste momento de comparar, classificar, contar e registrar, a
partir do desejo das crianças, foi feita uma grande fila com todas
as caixas da turma na área externa da escola.
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17. DIZERES DOS ALUNOS
“Nossa, que fila comprida!”
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18. Os alunos foram questionados e desafiados a
pensar em possibilidades para medir o
comprimento da fila, tendo em vista que já
havíamos feito conversas sobre esse assunto em
outras aulas e as alternativas encontradas por eles
foram: medir com mãos (palmos), passos, régua,
trena, fita métrica, lápis e linha.
Mesmo a régua sendo um instrumento de
medida, as crianças a utilizaram como unidade de
medida: uma fila mede dez réguas.
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19. DIZERES DOS ALUNOS
“Nossa, dá para medir com as mãos, mas
demora bastante, é melhor fazer dando
passos.”
“Prefiro usar a fita métrica, é mais fácil e
assim todos medirão igual.”
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22. DIZERES DOS ALUNOS
“Prô, a nossa linha tem a mesma medida
da sala, é o mesmo tamanho.”
“É verdade, igualzinho, e a nossa linha é
bem maior que a da turma da tarde,
então nós temos mais caixas que eles.”
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23. É possível observar no
registro as unidades de
medida utilizadas.
REGISTROS
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24. “O Homem que Amava Caixa”, de Stephen
Michael King, 1997
Depois da história cada um falou
sobre sua compreensão e as
conexões do texto com fatos que
haviam vivenciado. Desta forma, logo
surgiu a ideia de fazer o mesmo que
o homem da história: cada um
construiu um objeto com as caixas
que trouxe.
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29. Esse trabalho resultou em uma aprendizagem realmente
significativa, por meio do qual puderam perceber as
características matemáticas presentes nos objetos
utilizados no dia a dia, bem como a função e
importância da escrita contida nesses mesmos objetos.
Foi possível perceber também a construção do senso de
medida e da linguagem matemática a partir das
expressões como “curto, comprido, fino, grosso, longe,
perto...”
O trabalho com materiais manipuláveis e cotidianos, o
desafio, o questionamento e o espírito investigativo
garantiram o envolvimento ativo das crianças com
práticas de letramento.
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30. DIZERES DOS ALUNOS PARA A ORIENTADORA DE ESTUDOS NA
VISITA
“Eu tenho as medidas da minha caixa no
caderno. Quer ver?”
“O mais fácil para medir foi com a trena.”
“O mais difícil com a régua. Precisa de muitas.”
“Nós medimos com mãos, passos, linha. Mas
também com a régua e a trena.”
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31. DIZERES DOS ALUNOS PARA A ORIENTADORA DE ESTUDOS NA
VISITA
“A gente aprendeu que as formas também são
matemáticas.”
“Dá para medir tudo, mas tem que saber com o que.”
“Os de manhã fez o da manhã, os da tarde fez os da tarde.
O da turma da manhã ficou maior, eles tinham mais
caixas.”
“Minha família veio ver nossa Mostra. Contei tudo para eles,
até contei do homem que amava caixas.”
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34. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional
Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa: Grandezas e Medidas. Ministério
da Educação. Brasília: MEC, SEB, 2014.
BRUSQUE/SC. Prefeitura de Brusque. Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes
Curriculares Municipais. Brusque, 2012.
REDIN, Marita Martins. Planejamento, práticas e projetos pedagógicos na Educação
Infantil. Porto Alegre: Mediação, 2013.
STEPHEN, Michael King. O Homem que Amava Caixas. Brinque Book, 1997.
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