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Sala de aula Interativa


        Prof° Marcos Silva
             Introdução




 Um convite ao diálogo
                    Lidiane Fernandes
Os críticos: as três reações mais
               freqüentes
A primeira: é aquela que vê aplicações oportunistas de
moda para significar antigos diálogos e comunicação.

A segunda: com ideologia de estratégia de marketing e
poderio tecno-industrial baseado na informática.

A terceira: a rejeição, rivalidade e dominação da técnica
promovendo a regressão do homem à condição da
máquina.
Argumentos de Marcos Silva
Transição
N o ultimo quarto do século XX opera uma significativa
modificação na esfera da comunicação: transição da modalidade
comunicacional massiva para a modalidade interativa.
Por tanto não se trata simplesmente de modismo, de
argumento de venda ou de dominação da máquina sobre o ser
humano.
A interatividade emerge com a instauração de uma nova
configuração tecnológica e de uma nova dimensão
mercadológica, mas isso ocorre imbricado em transformação que
se dá na esfera social, onde se pode observar não mais a
pregnância da passividade da recepção diante da emissão do
produto.
Ou seja, é preciso considerar que não se pode ignorar essa
recursão, reduzindo a interatividade à dominação lúdica da
Mudança social
Os hábitos que adquiriram manipulando o controle remoto
da TV, o jostick do videogame e o mouse mudaram a
maneira pela qual o indivíduo reage à mídia. Saíram da
modalidade comunicacional massiva: rádio, TV, imprensa e
o emissor contador de histórias. Gerando uma significativa
mudança na natureza da mensagem, no papel do emissor e
no estatuto do receptor.
                                    Rushkoff percebeu o novo
                                    estatuto do receptor: “Já não
                                    posso controlar sua jornada
                                    com facilidade que tinha
                                    antes. Você tornou-se mais
                                    consciente de todas as
                                    tentativas que faço para
                                    programá-lo e é mais capaz
                                    de se esquivar delas”.
H ipertexto
Imbricado
A novidade comunicacional “ conversacional” e o marco
paradigmático, diferente da televisão monológica e emissora. A
passagem de velhos computadores com acessos alfanuméricos,
para os atuais “ clica” com o mouse e abre-se “ janelas”
múltiplas, móveis, “ em cascata” e certamente determinantes
para a formulação do termo interatividade.
E le democratiza a relação do indivíduo com a informação,
permitindo que ele ultrapasse a condição de consumidor, de
espectador passivo, para a condição de sujeito operativo,
participativo e criativo. H ipertexto então assim dizendo e o
divisor de águas entre a comunicação massiva e a
comunicação interativa; “ o hipertexto e essencialmente um
sistema interativo” .
Surge
              O novo espectador
Vem aprendendo a não seguir do modo unitário e contínuo
uma transmissão de TV, fazendo uso do controle remoto. Mas
agora aprende com a não linearidade, com a complexidade do
hipertexto.
A juventude em particular vem passando por uma “ mutação
perceptiva” . Transita da “ percepção tradicional” estática,
linear, à percepção baseada na “ colagem de fragmentos” .
Aprende a “ nova gramática’ dos meios audiovisuais” – a
multimídia, a hipermídia. A leitura é “ de tipo sinestésico,
atenta ao mesmo tempo em que é dito ao que é mostrado nos
vários quadros simultâneos a ao que é comentado por meio
dos inúmeros textos que correm paralelamente sobre a
imagem” .
Complexidade
O Professor com Morin refere-se que, vislumbre a possibilidade
de uma conjunção complexa operando entre usuário e
tecnologia hipertextual de diálogo e multiplicidade que se
opõem a velha categoria unitária de consensos coletivos na base
de disjunções e simplificações. “ Simplificar é a palavra-chave
da Mídia ( comunicação de massa) , ela “ quer distância da
complexidade” . Para Morin, “ pensar complexo” é estar na
perspectiva de tudo religar.
Reforçando
Descarte formulou: a disjunção entre o sujeito remetia o
primeiro para filosofia e o segundo para a ciência, mutilando
uma e outra; daí este divórcio, trágico para ambas, entre
ciência e filosofia. N essa perspectiva, a valorização das
interações foi inviabilizada.
Complexidade: os três princípios
Diálogo: E ntendimento através da palavra, conversação, colóquio,
comunicação. Discussão ou troca de idéias, conceitos, opiniões,
objetivando a solução de problemas e a harmonia1.
Recursividade: recursão especifica ( ou constrói) uma classe de
objetos ou métodos ( ou um objeto de uma certa classe) definindo alguns
poucos casos base ou métodos muito simples ( freqüentemente apenas
um) , e então definindo regras para formular casos complexos em termos
de casos mais simples2. “ os produtos e os efeitos são ao mesmo tempo
causa e efeitos daquilo que os produziu” .

H olograma: Os hologramas possuem uma característica única: cada
parte deles possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de
um holograma terá informações de toda a imagem do mesmo holograma
completo3. “ N ão apenas a parte está no todo, mas o todo está na parte” .
E ducadores
 H oje
Convida os educadores para um desafio de repensar suas
práticas comunicacionais em suas salas de aula. A escola, há
cinco mil anos se baseia no falar/ ditar do mestre.
Tradicionalmente a sala de aula é centrada na transmissão
de informações.

Marcos Silva lembra que Paulo Freire já chamou a nossa
atenção para o problema da transmissão quando dizia: “ A
educação autêntica, repitamos, não se faz de ‘A’ para ‘B’ ou
de ‘A’ sobre ‘B’, mas a‘A’com ‘B’.
E ducadores
Poderia ser:
O professor deixando de identificar-se com contador de
histórias, e adotar uma postura semelhante a do designer de
software interativo. O educador constrói um conjunto de
territórios e a serem explorados pelos alunos e disponibiliza
coautoria e múltiplas conexões, permitindo que o aluno
também faça por si mesmo.

“ Isto significa muito mais do que “ser um conselheiro, uma
ponte entre a informação e o entendimento, [...] um
estimulador de curiosidade e fonte de dicas para que o aluno
viaje sozinho no conhecimento obtido nos livros e nas redes de
computadores”
Conclusão
Marcos Silva termina dizendo que com esse trabalho vem
mostrar que o conceito de interatividade – para além de sua
utilização em escala planetária como estratégia de venda, como
ideologia publicitária ou como dominação da máquina sobre o
usuário - , pode significar reinvenção da sala de aula de escola,
em conformidade com o novo espectador e na perspectiva da
educação que se presta à valorização da vida e do futuro menos
ameaçados.

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Sala de aula interativa

  • 1. Sala de aula Interativa Prof° Marcos Silva Introdução Um convite ao diálogo Lidiane Fernandes
  • 2. Os críticos: as três reações mais freqüentes A primeira: é aquela que vê aplicações oportunistas de moda para significar antigos diálogos e comunicação. A segunda: com ideologia de estratégia de marketing e poderio tecno-industrial baseado na informática. A terceira: a rejeição, rivalidade e dominação da técnica promovendo a regressão do homem à condição da máquina.
  • 3. Argumentos de Marcos Silva Transição N o ultimo quarto do século XX opera uma significativa modificação na esfera da comunicação: transição da modalidade comunicacional massiva para a modalidade interativa. Por tanto não se trata simplesmente de modismo, de argumento de venda ou de dominação da máquina sobre o ser humano. A interatividade emerge com a instauração de uma nova configuração tecnológica e de uma nova dimensão mercadológica, mas isso ocorre imbricado em transformação que se dá na esfera social, onde se pode observar não mais a pregnância da passividade da recepção diante da emissão do produto. Ou seja, é preciso considerar que não se pode ignorar essa recursão, reduzindo a interatividade à dominação lúdica da
  • 4. Mudança social Os hábitos que adquiriram manipulando o controle remoto da TV, o jostick do videogame e o mouse mudaram a maneira pela qual o indivíduo reage à mídia. Saíram da modalidade comunicacional massiva: rádio, TV, imprensa e o emissor contador de histórias. Gerando uma significativa mudança na natureza da mensagem, no papel do emissor e no estatuto do receptor. Rushkoff percebeu o novo estatuto do receptor: “Já não posso controlar sua jornada com facilidade que tinha antes. Você tornou-se mais consciente de todas as tentativas que faço para programá-lo e é mais capaz de se esquivar delas”.
  • 5. H ipertexto Imbricado A novidade comunicacional “ conversacional” e o marco paradigmático, diferente da televisão monológica e emissora. A passagem de velhos computadores com acessos alfanuméricos, para os atuais “ clica” com o mouse e abre-se “ janelas” múltiplas, móveis, “ em cascata” e certamente determinantes para a formulação do termo interatividade. E le democratiza a relação do indivíduo com a informação, permitindo que ele ultrapasse a condição de consumidor, de espectador passivo, para a condição de sujeito operativo, participativo e criativo. H ipertexto então assim dizendo e o divisor de águas entre a comunicação massiva e a comunicação interativa; “ o hipertexto e essencialmente um sistema interativo” .
  • 6. Surge O novo espectador Vem aprendendo a não seguir do modo unitário e contínuo uma transmissão de TV, fazendo uso do controle remoto. Mas agora aprende com a não linearidade, com a complexidade do hipertexto. A juventude em particular vem passando por uma “ mutação perceptiva” . Transita da “ percepção tradicional” estática, linear, à percepção baseada na “ colagem de fragmentos” . Aprende a “ nova gramática’ dos meios audiovisuais” – a multimídia, a hipermídia. A leitura é “ de tipo sinestésico, atenta ao mesmo tempo em que é dito ao que é mostrado nos vários quadros simultâneos a ao que é comentado por meio dos inúmeros textos que correm paralelamente sobre a imagem” .
  • 7. Complexidade O Professor com Morin refere-se que, vislumbre a possibilidade de uma conjunção complexa operando entre usuário e tecnologia hipertextual de diálogo e multiplicidade que se opõem a velha categoria unitária de consensos coletivos na base de disjunções e simplificações. “ Simplificar é a palavra-chave da Mídia ( comunicação de massa) , ela “ quer distância da complexidade” . Para Morin, “ pensar complexo” é estar na perspectiva de tudo religar. Reforçando Descarte formulou: a disjunção entre o sujeito remetia o primeiro para filosofia e o segundo para a ciência, mutilando uma e outra; daí este divórcio, trágico para ambas, entre ciência e filosofia. N essa perspectiva, a valorização das interações foi inviabilizada.
  • 8. Complexidade: os três princípios Diálogo: E ntendimento através da palavra, conversação, colóquio, comunicação. Discussão ou troca de idéias, conceitos, opiniões, objetivando a solução de problemas e a harmonia1. Recursividade: recursão especifica ( ou constrói) uma classe de objetos ou métodos ( ou um objeto de uma certa classe) definindo alguns poucos casos base ou métodos muito simples ( freqüentemente apenas um) , e então definindo regras para formular casos complexos em termos de casos mais simples2. “ os produtos e os efeitos são ao mesmo tempo causa e efeitos daquilo que os produziu” . H olograma: Os hologramas possuem uma característica única: cada parte deles possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de um holograma terá informações de toda a imagem do mesmo holograma completo3. “ N ão apenas a parte está no todo, mas o todo está na parte” .
  • 9. E ducadores H oje Convida os educadores para um desafio de repensar suas práticas comunicacionais em suas salas de aula. A escola, há cinco mil anos se baseia no falar/ ditar do mestre. Tradicionalmente a sala de aula é centrada na transmissão de informações. Marcos Silva lembra que Paulo Freire já chamou a nossa atenção para o problema da transmissão quando dizia: “ A educação autêntica, repitamos, não se faz de ‘A’ para ‘B’ ou de ‘A’ sobre ‘B’, mas a‘A’com ‘B’.
  • 10. E ducadores Poderia ser: O professor deixando de identificar-se com contador de histórias, e adotar uma postura semelhante a do designer de software interativo. O educador constrói um conjunto de territórios e a serem explorados pelos alunos e disponibiliza coautoria e múltiplas conexões, permitindo que o aluno também faça por si mesmo. “ Isto significa muito mais do que “ser um conselheiro, uma ponte entre a informação e o entendimento, [...] um estimulador de curiosidade e fonte de dicas para que o aluno viaje sozinho no conhecimento obtido nos livros e nas redes de computadores”
  • 11. Conclusão Marcos Silva termina dizendo que com esse trabalho vem mostrar que o conceito de interatividade – para além de sua utilização em escala planetária como estratégia de venda, como ideologia publicitária ou como dominação da máquina sobre o usuário - , pode significar reinvenção da sala de aula de escola, em conformidade com o novo espectador e na perspectiva da educação que se presta à valorização da vida e do futuro menos ameaçados.

Notas do Editor

  1. Hipertexto:A idéia básica do hipertexto é aproveitar a arquitetura não linear das memórias de computador para viabilizar textos tridimensionais como aqueles do holopoema, porém dotados de uma estrutura dinâmica que os torne manipuláveis interativamente.
  2. Recursividade (ciência da computação): Em Ciência da computação , a recursividade é a definição de uma subrotina (função ou método) que pode invocar a si mesma. Um exemplo de aplicação da recursividade pode ser encontrado nos analisadores sintáticos recursivos para linguagens de programação . A grande vantagem da recursão está na possibilidade de usar um programa de computador finito para definir, analisar ou produzir um estoque potencialmente infinito de sentenças, designs ou outros dados. 1- http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1logo 2 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Recursividade 3 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Holograma