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1. Máquinas Térmicas e o Segundo Princípio da Termodinâmica 
2. Processos Reversíveis e Irreversíveis 
3. Máquina de Carnot 
4. Bombas de Calor e Refrigeradores 
5. Entropia 
Lord Kelvin 
(1824-1907)
Máquinas Térmicas e o Segundo Princípio da 
Termodinâmica 
Do ponto de vista da engenharia, talvez a 
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térmica 
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2 
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que propulsiona a locomotiva 
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em vez de madeira ou carvão
Segundo Princípio da Termodinâmica 
Consideremos um sistema de temperaturas diferentes que estão em contato e 
isolado da vizinhança por paredes adiabáticas. 
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fluxo de calor do corpo 1 ao corpo 2. A energia total do sistema permanece a 
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3 
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4 
Processos Reversíveis e Irreversíveis 
A segunda lei da termodinâmica determina 
o sentido preferencial do processo 
termodinâmico. 
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na natureza são todos IRREVERSÍVEIS. 
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em determinados sentidos e não ocorrem 
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Processos Reversíveis e Irreversíveis 
Se um processo real ocorrer muito lentamente, de tal forma que o sistema esteja 
sempre muito próximo do equilíbrio, esse processo pode ser considerado como 
reversível 
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Comprimir um gás muito lentamente ao deixar cair sobre o pistão sem 
atrito alguns grãos de areia 
5 
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Compressão isotérmica e reversível 
Cada grão de areia adicionado 
representa uma pequena mudança para 
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lenta remoção dos grãos de areia do 
pistão
O estado aleatório ou o grau de desordem do estado final de um sistema pode ser 
relacionado ao sentido da realização de um processo natural. Ex: Catalago 
jogado. 
A energia cinética macroscópica é a energia associada à organização, ao 
movimento coordenado de muitas moléculas, porém, a transferência de calor 
envolve variações de energia do estado aleatório, ou o movimento molecular 
desordenado. Logo, a conversão de energia mecânica em calor envolve um 
aumento de desordem do sistema. 
6 
Desordem e Processos Termodinâmicos
Máquina térmica: absorvem calor de uma fonte a temperatura 
relativamente altas, realizam trabalho mecânico e rejeitam algum 
calor a uma temperatura mais baixa. 
Em geral, uma máquina térmica faz com que alguma 
substância de trabalho realize processo(s) cíclico(s) 
durante os quais 
(1) calor é transferido de uma fonte a uma 
temperatura elevada 
7 
(2) trabalho é feito pela máquina 
(3) calor é lançado pela máquina para uma 
fonte a uma temperatura mais baixa 
A máquina absorve calor Qq do reservatório quente, rejeita calor Qf para 
o reservatório frio e realiza trabalho Wmáq 
q f W = Q - Q máq
8 
Pelo Primeiro Princípio da termodinâmica 
DU = 0 
A formulação de Kelvin-Planck do 
Segundo Princípio da Termodinâmica 
Rendimento da máquina térmica 
f 
Q Q 
e = - 
q Q 
q 
q f 
q 
Q 
Q 
W 
Q 
- 
= máq = 1 
Þ 
DU = Q -W = 0 líq máq Q =W =W 
Área=Wmáq 
“É impossível construir uma máquina térmica 
que, operando num ciclo, não produza 
nenhum efeito além da absorção de calor de 
um reservatório e da realização de uma 
quantidade igual de trabalho” 
É impossível construir uma máquina que 
trabalhe com rendimento de 100%
“A primeira lei proibe a criação ou 
destruição da energia; enquanto a segunda 
lei limita a disponibilidade da energia e os 
modos de conservação e de uso da energia.” 
9
10 
Exemplo 01.
Máquina de Carnot 
De acordo com a segunda lei, nenhuma máquina térmica pode ter eficiência 
de 100%. Qual é a eficiência máxima que uma dada maquina pode ter? 
11
Máquina de Carnot 
Em 1824, um engenheiro francês chamado Sadi Carnot descreveu uma máquina 
teórica - Máquina de Carnot 
Ciclo de Carnot 
(1) No processo A ® B, o gás se expande 
isotermicamente quando em contacto com 
um reservatório de calor a Tq 
(2) No processo B® C, o gás se expande 
adiabaticamente (Q = O) 
(3) No processo C ® D, o gás é 
comprimido isotermicamente durante o 
contato com o reservatório de calor a Tf< Tq 
(4) No processo D ® A, o gás é 
comprimido adiabaticamente 
12 
A B 
D C 
http://www.cs.sbcc.net/~physics/flash/heatengines/Carnot%20cycle.html
13 
Diagrama PV para o ciclo de Carnot 
A ® B: Tranformação isortérmica. O 
sistema absorve calor Q. 
B ® C: Expansão adiabática 
C ® D: Compressão isotérmica. O sistema 
libera Q. 
D ® A: Compressão adiabática. 
O trabalho líquido realizado Wmáq, é igual ao calor líquido recebido num ciclo. 
Observe que para o ciclo 
q f DU = 0 W = DQ = Q - Q 
Rendimento térmico da máquina de Carnot 
f 
Q 
e = W =1- ou =1- 
C T 
q 
C 
f 
q 
q 
T 
e 
Q 
Q 
Carnot mostrou que 
f 
T 
q 
f 
q 
T 
Q 
Q 
=
14 
Refrigeradores 
Se quisermos transferir calor do reservatório frio para o 
reservatório quente? 
Como esta não é a direção natural do fluxo, temos que realizar 
trabalho para fazer com que isso ocorra utilizando dispositivos 
como os refrigeradores 
É a máquina térmica de ciclo de Carnot funcionando ao 
contrário 
Refrigerador 
A bomba absorve o calor Qf de um 
reservatório frio e rejeita o calor Qq 
para um reservatório quente. O 
trabalho realizado na bomba de calor é 
W 
Coeficiente de desempenho do Refrigerador 
Q = = q 
W 
CDD calor transferido para o reservatório quente 
trabalho realizado sobre a bomba
15 
O mecanismo básico de uma geladeira funciona assim: 
1.O compressor comprime o gás refrigerante. Isto eleva a 
pressão e temperatura do fluido refrigerante, de modo que 
as serpentinas externas de troca de calor da geladeira 
permitem que o fluido refrigerante dissipe o calor devido à 
pressurização; 
2.À medida que esfria, o fluido refrigerante se condensa em 
forma líquida e flui pela válvula de expansão; 
3.Quando passa pela válvula de expansão, o líquido 
refrigerante se move da zona de alta pressão para a zona 
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4.As serpentinas dentro da geladeira permitem que o fluido 
refrigerante absorva calor, fazendo com que a parte interna 
da geladeira fique fria. Então, o ciclo se repete.
Os processos reais seguem um sentido preferencial 
É o Segundo Princípio da Termodinâmica que determina as direções 
em que ocorrem os fenómenos naturais 
16 
Formulação alternativa do segundo princípio da termodinâmica 
Enunciado de Clausius da segunda Lei da 
Termodinâmica: 
“O calor não flúi espontaneamente de um corpo frio para 
um corpo quente” 
Bomba de calor impossível 
É impossível existir uma bomba de calor ou frigorífico 
(refrigerador) que absorve calor de um reservatório frio e 
transfere uma quantidade de calor equivalente para um 
reservatório quente sem a realização de trabalho viola essa 
formulação do Segundo Princípio da Termodinâmica
4.5 Entropia 
A variável de estado relacionada com o Segundo Princípio da Termodinâmica, é a 
entropia S 
Os sistemas isolados tendem à desordem e a entropia é uma medida dessa 
desordem 
A ideia de entropia surgiu no seguimento de uma função criada pelo físico 
alemão Rudolf Clausius (1822-1888). Expressou a entropia em escala 
macroscópica pela primeira vez em 1865 
Obteve a relação a razão Q/T tem um significado especial 
Se dQr for o calor transferido quando o sistema segue uma trajetória reversível 
entre dois estados, a variação da entropia, independentemente da trajetória real 
seguida, é igual a 
17 
A partir da equação que descreve a máquina de Carnot = 
Q 
q 
q 
f 
f 
T 
Q 
T 
= 
f 
T 
q 
f 
q 
T 
Q 
Q 
dS = dQr 
T 
f 
S dQ integro dS 
D = ò 
i 
r 
T
Exemplo de Microestados - posições que 
uma molécula pode ocupar no volume 
18 
Em 1887 Boltzmann definiu a entropia dum ponto de vista microscópico 
Baixa entropia Alta entropia 
S k W B º ln 
W é o número de microestados 
possíveis para o sistema 
Entropia e o Segundo Princípio da Termodinâmica 
Outra maneira de enunciar o segundo princípio da 
termodinâmica 
“A entropia do Universo aumenta em todos os processos 
naturais”

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1ª Lei da Termodinâmica - Resumo
 

Segundo Princípio da Termodinâmica e Entropia

  • 1. 1 1. Máquinas Térmicas e o Segundo Princípio da Termodinâmica 2. Processos Reversíveis e Irreversíveis 3. Máquina de Carnot 4. Bombas de Calor e Refrigeradores 5. Entropia Lord Kelvin (1824-1907)
  • 2. Máquinas Térmicas e o Segundo Princípio da Termodinâmica Do ponto de vista da engenharia, talvez a aplicação mais importante dos conceitos deste capítulo seja a eficiência limitada das máquinas térmicas Um dispositivo muito útil para compreender a segunda lei da termodinâmica é a máquina térmica Uma máquina térmica é um dispositivo que converte energia interna em outras formas úteis de energia, tal como energia cinética A locomotiva a vapor obtém sua energia por meio da queima de madeira ou carvão 2 A energia gerada transforma água em vapor, que propulsiona a locomotiva Locomotivas modernas utilizam óleo diesel em vez de madeira ou carvão
  • 3. Segundo Princípio da Termodinâmica Consideremos um sistema de temperaturas diferentes que estão em contato e isolado da vizinhança por paredes adiabáticas. Depois de um tempo, os corpos estarão em equilíbrio termodinâmico, devido o fluxo de calor do corpo 1 ao corpo 2. A energia total do sistema permanece a mesma. Se pensarmos no processo inverso. É possivel? 3 O que determina o sentido em que o processo natural terá lugar?
  • 4. 4 Processos Reversíveis e Irreversíveis A segunda lei da termodinâmica determina o sentido preferencial do processo termodinâmico. A segunda lei da termodinâmica introduz uma função de estado chamada ENTROPIA que permanece constante ou aumenta em qualquer processo possível, em um sistema isolado. Os processos termodinâmicos que ocorrem na natureza são todos IRREVERSÍVEIS. Esses processos são aqueles que ocorrem em determinados sentidos e não ocorrem no sentido contrário. Dissipação de energia mecânica Troca de calor Expansão livre Mistura de espécies químicas diferentes Reações químicas
  • 5. Processos Reversíveis e Irreversíveis Se um processo real ocorrer muito lentamente, de tal forma que o sistema esteja sempre muito próximo do equilíbrio, esse processo pode ser considerado como reversível Exemplo Comprimir um gás muito lentamente ao deixar cair sobre o pistão sem atrito alguns grãos de areia 5 Areia Reservatório de calor Compressão isotérmica e reversível Cada grão de areia adicionado representa uma pequena mudança para um novo estado de equilíbrio O processo pode ser revertido pela lenta remoção dos grãos de areia do pistão
  • 6. O estado aleatório ou o grau de desordem do estado final de um sistema pode ser relacionado ao sentido da realização de um processo natural. Ex: Catalago jogado. A energia cinética macroscópica é a energia associada à organização, ao movimento coordenado de muitas moléculas, porém, a transferência de calor envolve variações de energia do estado aleatório, ou o movimento molecular desordenado. Logo, a conversão de energia mecânica em calor envolve um aumento de desordem do sistema. 6 Desordem e Processos Termodinâmicos
  • 7. Máquina térmica: absorvem calor de uma fonte a temperatura relativamente altas, realizam trabalho mecânico e rejeitam algum calor a uma temperatura mais baixa. Em geral, uma máquina térmica faz com que alguma substância de trabalho realize processo(s) cíclico(s) durante os quais (1) calor é transferido de uma fonte a uma temperatura elevada 7 (2) trabalho é feito pela máquina (3) calor é lançado pela máquina para uma fonte a uma temperatura mais baixa A máquina absorve calor Qq do reservatório quente, rejeita calor Qf para o reservatório frio e realiza trabalho Wmáq q f W = Q - Q máq
  • 8. 8 Pelo Primeiro Princípio da termodinâmica DU = 0 A formulação de Kelvin-Planck do Segundo Princípio da Termodinâmica Rendimento da máquina térmica f Q Q e = - q Q q q f q Q Q W Q - = máq = 1 Þ DU = Q -W = 0 líq máq Q =W =W Área=Wmáq “É impossível construir uma máquina térmica que, operando num ciclo, não produza nenhum efeito além da absorção de calor de um reservatório e da realização de uma quantidade igual de trabalho” É impossível construir uma máquina que trabalhe com rendimento de 100%
  • 9. “A primeira lei proibe a criação ou destruição da energia; enquanto a segunda lei limita a disponibilidade da energia e os modos de conservação e de uso da energia.” 9
  • 11. Máquina de Carnot De acordo com a segunda lei, nenhuma máquina térmica pode ter eficiência de 100%. Qual é a eficiência máxima que uma dada maquina pode ter? 11
  • 12. Máquina de Carnot Em 1824, um engenheiro francês chamado Sadi Carnot descreveu uma máquina teórica - Máquina de Carnot Ciclo de Carnot (1) No processo A ® B, o gás se expande isotermicamente quando em contacto com um reservatório de calor a Tq (2) No processo B® C, o gás se expande adiabaticamente (Q = O) (3) No processo C ® D, o gás é comprimido isotermicamente durante o contato com o reservatório de calor a Tf< Tq (4) No processo D ® A, o gás é comprimido adiabaticamente 12 A B D C http://www.cs.sbcc.net/~physics/flash/heatengines/Carnot%20cycle.html
  • 13. 13 Diagrama PV para o ciclo de Carnot A ® B: Tranformação isortérmica. O sistema absorve calor Q. B ® C: Expansão adiabática C ® D: Compressão isotérmica. O sistema libera Q. D ® A: Compressão adiabática. O trabalho líquido realizado Wmáq, é igual ao calor líquido recebido num ciclo. Observe que para o ciclo q f DU = 0 W = DQ = Q - Q Rendimento térmico da máquina de Carnot f Q e = W =1- ou =1- C T q C f q q T e Q Q Carnot mostrou que f T q f q T Q Q =
  • 14. 14 Refrigeradores Se quisermos transferir calor do reservatório frio para o reservatório quente? Como esta não é a direção natural do fluxo, temos que realizar trabalho para fazer com que isso ocorra utilizando dispositivos como os refrigeradores É a máquina térmica de ciclo de Carnot funcionando ao contrário Refrigerador A bomba absorve o calor Qf de um reservatório frio e rejeita o calor Qq para um reservatório quente. O trabalho realizado na bomba de calor é W Coeficiente de desempenho do Refrigerador Q = = q W CDD calor transferido para o reservatório quente trabalho realizado sobre a bomba
  • 15. 15 O mecanismo básico de uma geladeira funciona assim: 1.O compressor comprime o gás refrigerante. Isto eleva a pressão e temperatura do fluido refrigerante, de modo que as serpentinas externas de troca de calor da geladeira permitem que o fluido refrigerante dissipe o calor devido à pressurização; 2.À medida que esfria, o fluido refrigerante se condensa em forma líquida e flui pela válvula de expansão; 3.Quando passa pela válvula de expansão, o líquido refrigerante se move da zona de alta pressão para a zona de baixa pressão, e se expande e evapora; 4.As serpentinas dentro da geladeira permitem que o fluido refrigerante absorva calor, fazendo com que a parte interna da geladeira fique fria. Então, o ciclo se repete.
  • 16. Os processos reais seguem um sentido preferencial É o Segundo Princípio da Termodinâmica que determina as direções em que ocorrem os fenómenos naturais 16 Formulação alternativa do segundo princípio da termodinâmica Enunciado de Clausius da segunda Lei da Termodinâmica: “O calor não flúi espontaneamente de um corpo frio para um corpo quente” Bomba de calor impossível É impossível existir uma bomba de calor ou frigorífico (refrigerador) que absorve calor de um reservatório frio e transfere uma quantidade de calor equivalente para um reservatório quente sem a realização de trabalho viola essa formulação do Segundo Princípio da Termodinâmica
  • 17. 4.5 Entropia A variável de estado relacionada com o Segundo Princípio da Termodinâmica, é a entropia S Os sistemas isolados tendem à desordem e a entropia é uma medida dessa desordem A ideia de entropia surgiu no seguimento de uma função criada pelo físico alemão Rudolf Clausius (1822-1888). Expressou a entropia em escala macroscópica pela primeira vez em 1865 Obteve a relação a razão Q/T tem um significado especial Se dQr for o calor transferido quando o sistema segue uma trajetória reversível entre dois estados, a variação da entropia, independentemente da trajetória real seguida, é igual a 17 A partir da equação que descreve a máquina de Carnot = Q q q f f T Q T = f T q f q T Q Q dS = dQr T f S dQ integro dS D = ò i r T
  • 18. Exemplo de Microestados - posições que uma molécula pode ocupar no volume 18 Em 1887 Boltzmann definiu a entropia dum ponto de vista microscópico Baixa entropia Alta entropia S k W B º ln W é o número de microestados possíveis para o sistema Entropia e o Segundo Princípio da Termodinâmica Outra maneira de enunciar o segundo princípio da termodinâmica “A entropia do Universo aumenta em todos os processos naturais”