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Termodinâmica
Prof. Gabriel Tarantino
Introdução
Termodinâmica
Termodinâmica: “converter calor em potência” ou “potência desenvolvida a partir do
calor”, origem grega: therme (calor) e dynamis (potência).
Origem: nasceu no século XVIII com o surgimento das máquinas térmicas
(revolução industrial). Estudava as transformações de calor em potência
(trabalho).
Questões:
• Quanto carvão é necessário para movimentar uma máquina por 1km? (consumo)
• Para o mesmo serviço, quem é mais barato: carvão, madeira, gasolina? (custo)
• Quanta madeira equivale a um balde de carvão? (eficiência)
Introdução
Termodinâmica
Século XIX: estudava a força motriz do calor: capacidade dos corpos quentes em
produzir trabalho.
Atualmente: trata da energia e das relações entre as propriedades da matéria.
Princípios observados para as máquinas foram generalizados em postulados
válidos em vários ramos da ciência (leis da termodinâmica).
Leis da termodinâmica:
• A primeira lei afirma que a energia é conservada;
• A segunda lei impõe restrições sobre à direção da transformação.
Introdução
Termodinâmica
Análise macroscópica: Denominada Termodinâmica clássica. Estuda variações
médias que ocorrem com um número grande de moléculas. É baseado em
observações macroscópicas. É matematicamente mais simples.
Análise microscópica : Denominada Termodinâmica estatística. É diretamente
ligada à estrutura da matéria. O objetivo é caracterizar por métodos estatísticos o
comportamento médio das partículas de um sistema e relaciona-lo com o
comportamento macroscópico do mesmo.
Aplicações industriais:
• Processos de separação: Destilação, extração, absorção, adsorção etc.;
• Ciclos Térmicos;
• Turbinas, Bombas, compressores, válvulas e trocadores de calor;
• Efeitos térmicos em reações industriais;
• Determinação de condições de Equilíbrio.
Introdução
Termodinâmica
Termodinâmica Química: A termodinâmica Química estuda aplicações dos
fundamentos da Termodinâmica em problemas específicos da Engenharia
Química distribuídos nos seguintes tópicos:
• Leis fundamentais da Termodinâmica: originam as equações de balanços de
energia e de equilíbrio termodinâmico.
• Propriedades termodinâmicas de substâncias puras e de misturas:
estabelece princípios para o conhecimento da natureza de materiais, suas
propriedades e o modo de representá-las matematicamente.
• Equilíbrio de fases, teoria de soluções e equilíbrio químico: partindo das
bases do equilíbrio termodinâmico, são estabelecidos estudo e representação
dos fenômenos que regem misturas, soluções e reações químicas.
Introdução
Termodinâmica
A Termodinâmica Química fornece as bases para o conjunto de matérias que
constituirá a Engenharia Química (Terron, L. R., 2009).
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Unidades Básicas ou Fundamentais: Reconhecidas pela nossa percepção
sensitiva e não definida em termos de alguma coisa mais simples. A sua
utilização requer a definição de escalas de medidas arbitrárias.
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Sistemas de unidade
Termodinâmica
5 quilogramas + 3 calorias
Não tem significado, pois as dimensões dos dois termos são diferentes !!!
1 kg + 500 gramas
Pode ser executada apenas após as unidades serem transformadas em iguais,
sejam libras, gramas, kg, onças e assim por diante.
1 kg =1000 gramas, então, 1000 g + 500 g pode ser somado, resultando em
1500g
Exemplo: Transforme 400 in^3/dia em cm^3/min
min
56,4
min60
1
24
1
54,2400
333
cmh
h
dia
in
cm
dia
in






Sistemas de unidade
Termodinâmica
Energia = Força * Distância = (Kg*m/s^2) * (m) = kg*m^2/s^2 = J (Joule)
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Sistemas Absolutos
- Inglês (fps: foot.pound.second ou pé.libra.segundo)
- Métrico
- cgs (centímetro.grama.segundo)
- mks (metro.kilograma.segundo)
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Sistema Inglês: Massa (lbm), comprimento (ft), tempo (s), força (lbf = 32,174 lb.ft/s²)
⇒ 1lbf é a força necessária para acelerar uma massa de 1 lb em 32,174 ft/s²
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Termodinâmica
2
174,32
s
ft
a 
S.I.:
F=C.m.a
1kg
F = 10 N
F = C 1 kg 10 m = 10 N
s^2
C = 1 N.s^2
Kg.m
Permite transformar N em kg.m.s-2
32,174 lbm.ft
F=C.m.a
F = C 1 lbm 32,174 ft = 1 lbf
s^2
C = 1 lbf.s^2
“gc” transforma lbf em lbm.ft.s-2
Sistema Americano:
Condição: é preciso que o valor
numérico da força e da massa seja
o mesmo na superfície da Terra.
1lbm
F= 1 lbf
“gc” ou
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Sistemas de unidade
Termodinâmica
Sistemas de unidade
Cem libras de água passam por uma tubulação a uma velocidade de
10 ft/s. Qual é a energia cinética dessa água nas unidades do sistema
internacional e em ft.lbf ?
Exercício:
Termodinâmica
Sistemas de unidade
No sistema americano de engenharia de unidades, a viscosidade pode
ter as unidades de lbf.h/ft^2, enquanto no SI as unidades são kg/m.s.
Converta uma viscosidade de 20 kg/m.s em unidades do sistema
americano de engenharia.
Massa = M Comprimento = L Tempo = Ø Temperatura = T
Consistência Dimensional
Exemplo: qual a dimensão da força?
F = m . a
2
.

L
MF 
M = kg, g, ton, lb, etc...
L = m, cm, mm, km, pé, polegada, etc...
Ø = h, min, s, dia, ano, etc…
T = °C, K, °R, °F
2
.
s
m
kgF 
Termodinâmica
Sistemas de unidade
Exercício:
A pressão pode ser obtida por:
Essas duas equações possuem
consistência dimensional ?? área
F
P
ou
hgP

 ..
Qual a dimensão do número de Reynolds, dado pela equação
abaixo ??

 ..
Re
D
N 
]./:.[cos scmgexidadevis
densidade
velocidade
diâmetroD







Exercício:
Explique se a seguinte equação para a vazão através de um
vertedouro retangular tem consistência dimensional. (Esta é a
equação de Francis modificada).
ghhLq 2)2,0(415,0
5,1
00
q = vazão volumétrica [ft^3/s]; L=altura da crista [ft]; h0=carga
acima do vertedouro [ft]; g=aceleração da gravidade [32,2ft/s^2].
A equação abaixo representa o comportamento de um gás e é
chamada de Equação de van der Walls. Considere as unidades ao
lado da equação. Qual será a unidade de “R”?
  TRbV
V
a
P ..2







a = ?
b = ?
V = volume, cm^3
P = pressão, atm
T = temperatura, K
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Sistema: Região do espaço onde ocorrem os processos (nosso objeto de estudo).
Tipos de Sistemas
Ambiente ou Vizinhança: Região externa ao sistema que pode interagir com ele.
Fronteira: é o envoltório que separa o sistema da vizinhança. Ex: Fronteiras
adiabáticas, diatérmicas, rígidas, móveis, impermeáveis, permeáveis...
Tipos de sistemas
Isolado: Não trocam massa nem energia com o ambiente.
Fechado: Não trocam massa com o ambiente mas trocam energia.
Aberto: Trocam massa nem energia com o ambiente.
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Propriedades de estado: São características de um sistema cujos valores
numéricos podem ser conhecidos independentemente do caminho do processo.
Algumas propriedades são medidas diretamente (T, P) outras determinadas
indiretamente (U).
Estado: Condição do sistema descrito por suas propriedades.
Funções de caminho: Variáveis que dependem do histórico do processo. Ex: Calor
e trabalho, taxas (vazões mássicas, molares...)
Processo: Resultado da variação das propriedades de estado. É o caminho definido
pelas sucessivas transformações do sistema de um estado para outro.
Propriedades de estado
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Equilíbrio: Estado no qual as propriedades não variam com o tempo. Mudanças
microscópicas podem estar ocorrendo mas se anulando.
Todas as forças motrizes encontram-se equilibradas ⇒ A existência de todos estes
equilíbrios determina o equilíbrio termodinâmico total.
• Pressão ⇒ transferência de energia como trabalho.
• Temperatura ⇒ transferência de energia como calor.
• Potencial químico ⇒ transferência de massa de uma fase a outra ou
possibilidade ou não de haver reação química.
Tipos de Propriedades
Principais Propriedades
Termodinâmica
Volume: Representa o tamanho de um sistema, obtida pelo produto de três
comprimentos.
Massa específica:
Volume Específico: Volume Molar:
Temperatura: Representa o grau de agitação de um sistema de partículas em
equilíbrio térmico.
T(K) = T(oC) + 273,15
T(R) = T(oF) + 459,67
T(R) = 1,8 x T(K)
T(oF) = 1,8 x T(oC) + 32







 V
m
VV
lim
'

Onde V’ é a menor unidade de volume na
qual existe um valor definido para esta
razão.
Principais Propriedades
Termodinâmica
Ebulição do enxofre
Principais Propriedades
Termodinâmica
Principais Propriedades
Termodinâmica
Pressão: definida como a força
normal dividida pela área da seção
transversal em um ponto.
Onde A’ é a menor unidade de volume
na qual existe um valor definido
para esta razão.







 A
normal
'AA
lim
F
p
Principais Propriedades
Termodinâmica
Principais Propriedades
Termodinâmica
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
A regra de fases de Gibbs: Especifica as condições necessárias que determinam o
equilíbrio, ou seja, permite estabelecer as características geométricas do equilíbrio.
É um guia útil para determinar quantas propriedades (como P, T, composição, H),
têm de ser especificadas para a definição conclusiva de todas as propriedades e
número de fases restantes capazes de coexistir em qualquer sistema em equilíbrio.
Considere um sistema constituído por π fases e contendo N componentes que não
reagem. O número de graus de liberdade no equilíbrio é a diferença entre o número
total de variáveis necessárias para caracterizar o estado intensivo do sistema e o
número de equações independentes que podem ser escritas com estas variáveis.
Onde NI é o número total de variáveis intensivas e NE é o número de equações
independentes.
As variáveis itensivas da regra das fases são:
• (N – 1) composições em cada fase;
• 1 temperatura;
• 1 pressão.
F NI NE 
 
Temperatura Pressão
1 11N NI   
2NI N   
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Para um melhor entendimento das equações independentes referentes ao equilíbrio
entre fases, considere os seguintes problemas:
B
A
T, P
Sistema Binário
B
A
T, P
Sistema Ternário
B
A
T, P
Sistema Ternário
C
Sistema binário
constituído por
duas fases
Sistema ternário
constituído por
duas fases
Sistema ternário
constituído por
três fases
As equações independentes são:
1 1
A B
  2 2
A B
 
1 1
A B
  2 2
A B
  3 3
A B
 
1 1
A B
  2 2
A B
 
2 2
A C
 1 1
A C
 
3 3
A B
 
3 3
A C
 
Duas fases e dois componentes: NE = 2;
Duas fases e três componentes: NE = 3;
Três fases e dois componentes: NE = 4;
Três fases e três componentes: NE = 6.
Equações dependentes
2 2
B C
 1 1
B C
  3 3
B C
 
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Portanto, para N componentes e π fases, o número de equações independentes
são:
Em certas situações, restrições especiais podem ser impostas ao sistema de forma
que permitam que equações adicionais sejam escritas. Assim:
Logo:
 1NE N
N N


 
 
NE N N s  
 2
2
NI
N
F E
N
N s
N
N s

 
 
 








NF  2
•   número de fases;
• N  número de espécies químicas;
• F  variância (ou graus de liberdade)
1. Água líquida em equilíbrio com o seu
vapor;
2. Água líquida com uma mistura de
vapor d’água e nitrogênio.
Especificar T ou P
Especificar T e P
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Processo Reversível: Quando a sua direção pode ser revertida em qualquer ponto
por uma variação infinitesimal nas condições externas, o processo é denominado
REVERSÍVEL.
Energia Perdida
devido ao atrito
Sem perdas de
energia
Reversível
Irreversível
Idealização: permite basear os cálculos
nas propriedades do sistema (estados
de equilíbrio)
• Um processo reversível nunca está
afastado mais do que infinitesimalmente
do equilíbrio e, consequentemente,
atravessa uma sucessão de estados de
equilíbrio.
• Processo pode ser revertido para o
mesmo estado inicial quando efetuado o
caminho inverso
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Não-Equilíbrio: descrito só pelos estados inicial e final.
Deve-se salientar que todos os processos executados com substâncias reais em
intervalos de tempo finitos são acompanhados, com alguma intensidade, por
efeitos dissipativos de algum tipo, e todos são, consequentemente, irreversíveis.
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Trabalho: É uma forma de energia em trânsito entre o sistema e suas vizinhanças
resultante do deslocamento de uma força externa que atua sobre o sistema.
No ponto de vista molecular, o trabalho é a transferência de energia que utiliza o
movimento organizado. Por exemplo: levantamento de um peso – os átomos
constituintes do peso deslocam-se de uma maneira organizada.
Trabalho de Expansão
Trabalho de Compressão

2
1
21 WW 
dt
W
W



Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Calor: Transferência de energia entre sistema e vizinhança, induzida por uma
diferença de temperatura entre eles (força motriz). Ocorre sempre
espontaneamente do corpo mais quente para o corpo mais frio. Energia em
trânsito (como o trabalho).
Transferência de Calor

2
1
21 QQ 
dt
Q
Q



Dos experimentos de Joule, conclui-se que a energia que
foi adicionada na forma de trabalho ficou contida dentro do
sistema (água) na forma de energia interna. Depois, a
energia foi removida na forma de calor.
( Energia do Sistema) + (energia da vizinhança) = 0
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Energia: Relação funcional entre diversas variáveis que podem ser medidas e
interpretadas fisicamente. Ex: energia cinética de uma massa é função de sua
velocidade
Pode ser “armazenada” no sistema sob forma de energia das moléculas (vibração,
rotação, ligações química...) –Energia Interna.
Energia cinética macroscópica: É a energia associada ao movimento
macroscópico do sistema.
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Energia Potencial macroscópica: É a energia associada à posição macroscópica
do sistema em um campo gravitacional.
• Energia Interna: É a soma das energias correspondentes aos movimentos
translacionais, rotacionais e vibracionais das moléculas que constituem o
sistema.
Primeira Lei da Termodinâmica: A quantidade total de energia do universo é
constante. Isto é, quando desaparece numa forma reaparece simultaneamente em
outra.
Balanço da Taxa de Energia
ktotal PEE UE   energia do sistema k PU E E      
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Para um sistema fechado não pode ocorrer transferência de energia interna através
das fronteiras do sistema. Assim, a troca de energia entre o sistema e suas
vizinhanças é feita na forma de calor e trabalho. Portanto, a variação total de
energia das vizinhanças é dada por:
Q e W não pertencem nem ao sistema nem às vizinhanças; pertencem à fronteira,
isto é, um corpo não possui calor ou trabalho, calor e trabalho são trocas efetuadas
entre sistema e vizinhanças.
Q e W não são funções de estado pois dependem da natureza do processo que
causam a modificação.
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Funções de estado: Uma função de estado representa uma propriedade do
sistema e tem sempre um valor certo e determinado. Os valores, para uma
determinada substância, podem ser medidos e apresentados em tabelas como
funções da temperatura e da pressão.
• As funções de estado são independentes do processo, ou seja, dependem
apenas das especificações dos estados inicial e final.
• Integração de uma função de estado fornece uma diferença finita:
• Diferencial exata :
• A ordem de diferenciação de uma função de estado é irrelevante:
B
A
dU U 
 ,U f x y
y x
U U
dU dx dy
x y
   
        
y x yx
U U
y x x y
        
              
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Volume constante:
Pressão constante:
A tabulação de valores de Q e W para a lista infinita de possíveis processos é
impossível. Entretanto as funções de estado intensivas como volume específico,
energia interna específica e entalpia específica são propriedades intrínsecas da
matéria.
 VPddUdH .
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Capacidade Calorífica: É uma medida da quantidade de calor necessária para
aumentar de um grau a temperatura de uma dada massa de material.
Quando a energia é transferida sob a forma de calor, ocorre uma variação de estado
que se pode traduzir por um aumento de temperatura,
onde C é a capacidade calorífica. O conhecimento de C permite calcular a energia
na forma de calor, controlando o aumento de temperatura que essa transferência
provoca.
Capacidade Calorífica à volume constante:
Q dT 
Q CdT 
constante)(
constante)(
2
1
2
1
VdTCnUnQ
VdTCU
T
T
V
T
T
V




V
V
T
U
C 








Conceitos Fundamentais
Termodinâmica
Capacidade Calorífica à pressão constante:
Relação entre CP e CV:
constante)(
constante)(
2
1
2
1
PdTCnHnQ
PdTCH
T
T
P
T
T
P




P
P
T
H
C 








 dH dU d PV 
VdU C dT
PdH C dT
PV RT
 P V
V
C dT C dT d RT
C dT RdT
 
 
P VC C R 
1ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Balanço de massa em sistemas abertos: Os sistemas abertos são caracterizados
por correntes que escoam, para isto existem quatro medidas usuais
• Vazão mássica
• Vazão molar
• Vazão volumétrica
• Velocidade média
Para o estado estacionário:
Acúmulo de Material Total de Material Total de Material
dentro do sistema alimentado no sistema retirado do sistema
     
      
     
Volume de Controle
dm
dt
3m
1m
2m
0
dm
dt

1ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Balanço de energia em sistemas abertos:
Nível de Referência
Z1
Z2
u1
u2
A2
Trocador de Calor
Turbina
Volume de
Controle
u1
u2
Q
Weixo
F
A1
Volume de
Controle
L
Tubulação
Tubulação 1 1 1F P A 11W LF
1
1 1 11
1
1
V
P
A
AW VP
 
 
 

Para a entrada Para a saída
2 2 2W PV
1 2
1 1 2 2
Total eixo
eixo
eixo
W W W W
PV PV W
PV W
  
  
  
W1 - trabalho realizado sobre o sistema;
W2 – trabalho realizado pelo sistema;
Weixo – trabalho realizado pelo sistema.
1ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Balanço de energia em sistemas abertos:
Nível de Referência
Z1
Z2
u1
u2
A2
Trocador de Calor
Turbina
Volume de
Controle
u1
u2
Q
Weixo
F
A1
Volume de
Controle
L
Tubulação
Tubulação
K P eixoU E E Q PV W        
K P eixoEU PV E Q W       
K P eixoH E E Q W      
 
 K P
d mU
m H E E Q W
dt
       
Balanço de Energia num VC
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Comportamento PVT de Substâncias Puras: Descreve as relações entre Pressão
(P), Volume (V) e Temperatura(T)para substâncias puras, homogêneas e em
equilíbrio. Descrito pelas Equações de Estado (EDE’s).
• A entalpia e a energia interna não são diretamente mensuráveis; Apesar disto, é
a partir delas que se calculam as necessidades de calor e trabalho .
• Essas propriedades (U e H) são frequentemente avaliadas a partir de dados
volumétricos os quais são parâmetros acessíveis a medição
(Pressão/Volume/Temperatura – PVT).
• Além disso, as relações PVT são importantes na medição de fluidos e no
dimensionamento de vasos e tubulações.
• Fluidos homogêneos são normalmente divididos em duas classes: líquidos e
gases.
• Equilíbrio de fase L-V: Terminologia usada para um fluido puro.
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Fase de Substância Pura
Sistemas Compressíveis Simples: Sistemas de substâncias simples comumente
encontradas como água ou mistura de gases não-reativos como ar ou a mistura
gasolina-ar antes da combustão. Estes sistemas ocorrem em uma vasta gama
de aplicações da engenharia.
Para um sistema compressível simples
puro, pressão pode ser determinada
como uma função de temperatura e
volume específico.
p = p(T, v)
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Diagrama de Fases: Os diagramas termodinâmicos indicam quais as fases em
equilíbrio e o que acontece quando ocorre uma variação de temperatura e de
pressão.
Fase líquida: uma fase é
considerada um líquido se ela
puder ser vaporizada pela redução
da pressão a uma temperatura
constante.
Fase gasosa: uma fase é
considerada um gás se ela puder
ser condensada pela redução da
temperatura a uma pressão
constante.
Vapor: o vapor é uma gás que
pude ser condensado tanto por
compressão a temperatura
constante quando por resfriamento
a pressão constante.
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Diagrama de Fases: Os diagramas termodinâmicos indicam quais as fases em
equilíbrio e o que acontece quando ocorre uma variação de temperatura e de
pressão.
Ponto C – Ponto crítico:
 Representa a maior pressão e a
maior temperatura para as quais
líquido e gás coexistem em
equilíbrio;
 As fases são indistinguíveis;
 É um estado característico de
uma substância.
Região de Fluido: são fluidos com
temperatura e pressão acima do
ponto crítico, não satisfazendo as
definições de fase gasosa e de
fase líquida. Portanto, não pode
ser considerado um gás ou um
líquido.
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Diagrama de Fases: Os diagramas termodinâmicos indicam quais as fases em
equilíbrio e o que acontece quando ocorre uma variação de temperatura e de
pressão.
Temperatura de Saturação:
Designa a temperatura em que
ocorre mudança de fase com a
modificação de pressão.
Pressão de Saturação: Designa a
pressão em que ocorre mudança
de fase com a modificação de
temperatura.
Em uma região bifásica,
temperatura e pressão NÃO são
independentes.
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Diagram PxV: A região onde ocorre o equilíbrio líquido-vapor é chamado domo de
vapor. Onde o estado em que a substância se encontra é chamado estado de
saturação.
Liquido para Vapor
Vapor para Liquido
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Tabelas de propriedades termodinâmicas: Em geral todas as tabelas têm a
mesma forma – usamos a tabela de vapor d’água por comodidade (usada em
plantas de potência e em processos industriais).
T
o
C
v
m3
/kg
u
kJ/kg
h
kJ/kg
s
kJ/kg∙K
v
m3
/kg
u
kJ/kg
h
kJ/kg
s
kJ/kg∙K
p = 80 bar = 8.0 MPa
(Tsat = 295.06o
C)
p = 100 bar = 10.0 MPa
(Tsat = 311.06o
C)
Sat. 0.02352 2569.8 2758.0 5.7432 0.01803 2544.4 2724.7 5.6141
320 0.02682 2662.7 2877.2 5.9489 0.01925 2588.8 2781.3 5.7103
360 0.03089 2772.7 3019.8 6.1819 0.02331 2729.1 2962.1 6.0060
400 0.03432 2863.8 3138.3 6.3634 0.02641 2832.4 3096.5 6.2120
440 0.03742 2946.7 3246.1 6.5190 0.02911 2922.1 3213.2 6.3805
480 0.04034 3025.7 3348.4 6.6586 0.03160 3005.4 3321.4 6.5282
► Exemplo: Propriedades associadas ao vapor d’agua superaquecido a
10MPa e 400oC.
► v = 0.02641 m3/kg
► u = 2832.4 kJ/kg
► h = 3096.5 kJ/kg
► s = 6.2120 kJ/kg∙K
Termodinâmica
► Quando um estado não se encontra dentro dos valores fornacidos pela tabela,
uma interpolação linear se faz necessária entre os valores adjacentes.
Exemplo: Volume específico (v) associado ao vapor superaquecido a 10 bar
e 215oC.
T
o
C
v
m3
/kg
u
kJ/kg
h
kJ/kg
s
kJ/kg∙K
p = 10 bar = 1.0 MPa
(Tsat = 179.91o
C)
Sat. 0.1944 2583.6 2778.1 6.5865
200 0.2060 2621.9 2827.9 6.6940
240 0.2275 2692.9 2920.4 6.8817
(0.2275 – 0.2060) m3/kg (v – 0.2060) m3/kg
(240 – 200)oC (215 – 200)oC
slope = = → v = 0.2141 m3/kg
Termodinâmica
Exemplo:
Determinar as propriedades termodinâmicas do nitrogênio a 100 K e 0,09003
m³/kg. Qual a fase?
Termodinâmica
3
0,001452 m kgLV  3
0,03120 m kgVV  Vapor superaquecidoVV V 
1. Para P0 = 200 kPa e T = 100 K
3
0 0,14252 m kgV 
0 71,73 kJ kgU 
0 100,24 kJ kgH 
0 5,4775 kJ kg KS  
2. Para P1 = 400 kPa e T = 100 K
3
1 0,06806 m kgV 
1 69,30kJ kgU 
1 96,52 kJ kgH 
1 5,2466 kJ kg KS  
0 1 340,99 kPaP c cV   0 1 70,0170 kJ/kgU c cV  
0 1 97,61761483 kJ/kgH c cV   0 1 5,3147 kJ/kg KS c cV   
► Região de equiíbrio
Líquido-Vapor.
Specific Volume
m3
/kg
Internal Energy
kJ/kg
Enthalpy
kJ/kg
Entropy
kJ/kg∙K
Temp
o
C
Press.
bar
Sat.
Liquid
vf×103
Sat.
Vapor
vg
Sat.
Liquid
uf
Sat.
Vapor
ug
Sat.
Liquid
hf
Evap.
hfg
Sat.
Vapor
hg
Sat.
Liquid
sf
Sat.
Vapor
sg
Temp
o
C
.01 0.00611 1.0002 206.136 0.00 2375.3 0.01 2501.3 2501.4 0.0000 9.1562 .01
4 0.00813 1.0001 157.232 16.77 2380.9 16.78 2491.9 2508.7 0.0610 9.0514 4
5 0.00872 1.0001 147.120 20.97 2382.3 20.98 2489.6 2510.6 0.0761 9.0257 5
6 0.00935 1.0001 137.734 25.19 2383.6 25.20 2487.2 2512.4 0.0912 9.0003 6
8 0.01072 1.0002 120.917 33.59 2386.4 33.60 2482.5 2516.1 0.1212 8.9501 8
Termodinâmica
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Determinação do volume específico de uma mistura:
Qualidade (Título): é a
razão entre a massa de
vapor e a massa total da
mistura líquido e vapor.
V V
Total V L
m m
x
m m m
 

L
Total L LV m V V
Total V VV m V
L V
Total Total Total
L L V V
V V V
m V m V
 
 
Total TotalV m V
L V
Total Total Total
L L V V
m V V V
m V m V
 
 
VL
L V
Total Total
L
L V
Total
mm
V V V
m m
m
V xV
m
   
    
   
 
  
 
1 VL
Total Total
mm
m m
 
1
1
VL
Total Total
mm
m m
x
 
 
 1 L VV x V xV  
 1 L VM x M xM  
  VL UxUxU ..1 
  VL HxHxH ..1 
► Exemplo: Um sIstema consiste no equilíbrio líquido-vapor da água a 6oC e
qualidade de 0,4. Determine o volume específico da mistura em m3/kg.
v = vf + x(vg – vf)
Specific Volume
m3
/kg
Internal Energy
kJ/kg
Enthalpy
kJ/kg
Entropy
kJ/kg∙K
Temp
o
C
Press.
bar
Sat.
Liquid
vf×103
Sat.
Vapor
vg
Sat.
Liquid
uf
Sat.
Vapor
ug
Sat.
Liquid
hf
Evap.
hfg
Sat.
Vapor
hg
Sat.
Liquid
sf
Sat.
Vapor
sg
Temp
o
C
.01 0.00611 1.0002 206.136 0.00 2375.3 0.01 2501.3 2501.4 0.0000 9.1562 .01
4 0.00813 1.0001 157.232 16.77 2380.9 16.78 2491.9 2508.7 0.0610 9.0514 4
5 0.00872 1.0001 147.120 20.97 2382.3 20.98 2489.6 2510.6 0.0761 9.0257 5
6 0.00935 1.0001 137.734 25.19 2383.6 25.20 2487.2 2512.4 0.0912 9.0003 6
8 0.01072 1.0002 120.917 33.59 2386.4 33.60 2482.5 2516.1 0.1212 8.9501 8
Table A-2
v = 1.001×10–3 m3/kg + 0.4(137.734 – 1.001×10–3) m3/kg
v = 55.094 m3/kg
Termodinâmica
• Exemplo: Um vaso contendo um volume de 0,4 m³ contém 2,0 kg de uma
mistura de água líquida e seu vapor em equilíbrio numa pressão de 502,06
kPa. Calcule:
a) O volume e a massa de líquido;
b) O volume e a massa de vapor;
c) Qual é a energia interna da mistura?
d) Qual é a entalpia da mistura?
Propriedades de Fluidos Puros
Termodinâmica
Exemplo: Um conjunto pistão-cilindro contem 2 kg de água a 100oC e 1 bar. A
água é comprimida a vapor saturado a pressão de 2.5 bar. Durante a
compressão, 250 kJ de calor são transmitidos da água para as vizinhanças.
Desprezando as alterações de energia cinética e potencial, determine o trabalho
realizado sobre a água.
State 1
2 kg
of water
T1 = 100oC
p1 = 1 bar
State 2
Saturated vapor
p2 = 2.5 bar
Q = –250 kJ
2
●
●
T
v
p1 = 1 bar
1
p2 = 2.5 bar
T1 = 100oC
KE + PE +U = Q – W
W = Q – m(u2 – u1)
Estado 1 é vapor super aquecido, u1 = 2506.7 kJ/kg.
Estado 2 é vapor saturado, u2 = ug = 2537.2 kJ/kg.
W = –250 kJ – (2 kg)(2537.2 – 2506.7) kJ/kg = –311 kJ
Equações de estado
Termodinâmica
Para regiões monofásicas no diagrama PV existe uma relação envolvendo P, V e
T que pode ser representada por:
As derivadas parciais são grandezas mensuráveis, sendo definidas por:
 , , 0f P T V  T P
V V
dV dP dT
P T
    
    
    
1
P
V
V T

  
   
  
 Expansividade Volumétrica  Compressibilidade Isotérmica
1
T
V
k
V P
  
   
  
dV
dT kdP
V
     2
2 1 2 1
1
ln
V
T T k P P
V

 
    
 
Equações de estado
Termodinâmica
Gás ideal: EDE mais simples primeira equação a descrever a relação entre
pressão, volume e temperatura de substâncias puras.
• As moléculas não possuem dimensões, ou seja, os volumes moleculares são
desprezíveis;
• Não existem forças intermoleculares (atrativas e repulsivas) entre as
moléculas, ou seja, as moléculas individuais estão separadas por distâncias
que tendem ao infinito, não ocorrendo interações entre as mesmas.
• U =f(T). Independe de P e v (não existe força intermolecular, não precisa de
energia para variar P e v a T = cte)
Em processos industriais, os gases reais submetidos à baixas pressões são
considerados como ideais devido à facilidade da modelagem matemática.
A equação de estado para os gases ideais pode ser representada em uma forma
geral por:
TRVP .. 
PV cte

Equações de estado
Termodinâmica
Processo Isobárico:
o processo é isobárico se, e somente se, Ω = 0.
1 1 2 2PV PV 
 1 2 2
2 1 1
P V V
P V V



 
   
 
1 2P P cte  
1 2
1 2
V V
T T
  
2
1
2 1
V
rev V
W PdV P V V    
kU E  
0
PE

 
0
revQ W

 
 U Q P V     PQ H C dT   
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Isotérmico:
o processo é isotérmico se, e somente se, Ω = 1.
1 1 2 2PV PV 
 1 2 2
2 1 1
P V V
P V V



 
   
 
1 1 2 2
1 2
PV PV
T T
 1 2 1
2 1 2
P V T
P V T
  
   
  
2 1 2
1 2 1
V T V
V T V

    
    
    
1
1 2
2 1
T V
T V

   
   
   
1 2T T 1 1 2 2PV PV PV C   
2 2
1 1
V V
rev V V
dV
W PdV C
V
    
2
1
lnrev
V
W RT
V
 
   
 
U
0
kE

 
0
PE

 
0
revQ W

  2
1
lnrev
V
Q W RT
V
 
    
 
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Isocórico:
o processo é isocórico se, e somente se, Ω = ∞.
1 1 2 2PV PV 
 1 2 2
2 1 1
P V V
P V V



 
   
 
1
2 1
1 2
V P
V P
 
  
 
2 1V V V   1 2
1 2
P P P
T T T
 
2
1
0
V
rev V
W PdV  
kU E  
0
PE

 
0
revQ W

 
0
VQ U C dT   
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Adiabático:
1 1 2 2PV PV 
 kU E  
0
PE

 
0
Q


0
revW

 U PdV  
VU C dT  RT
P
V
 V
dV
C dT RT
V
 
V
dT R dV
T C V
 
  
 
 dH dU d PV  P VC dT C dT RdT  P VC C R 
P
V
C
k
C
 1V
V V
C R R
k
C C

    1
dT dV
k
T V
 
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Adiabático:
 1
dT dV
k
T V
 
 
 
2 2
1 1
1
2
1
ln 1 ln
ln
k
T V
k
T V
V
V

   
    
   
 
  
 
 1
2 2
1 1
k
T V
T V

 
  
 
1 1 2 2
1 2
PV PV
T T
 2 2 2
1 1 1
T P V
T P V
  
   
  
 1
2 2 2
1 1 1
k
P V V
P V V

    
    
    
 1
2
12 2
1 12
1
k
k
V
VP V
P VV
V


 
 
        
    
 
 
2 1
1 2
k
k
P V
P V
 
 
 
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Adiabático:
o processo é adiabático se, e somente se, Ω = k.
2 1
1 2
k
k
P V
P V
 
 
 
2 2 1 1
k k k
PV PV PV  
1 2 1
2 1 2
V P T
V P T
  
   
  
2 2 1
1 1 2
k
P P T
P P T
   
    
   
1
2 1
1 2
k k
P T
P T

   
   
   
1
1 2
2 1
k
kT P
T P

 
  
 
1 2 1
2 1 2
k
V T V
V T V
    
    
    
1
2 1
1 2
k
T V
T V

 
  
 
kU E  
0
PE

 
0
Q


0
revW


revU W 
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Adiabático:
TCUW
dTCdWdU
V
V


11
21







RTRTTR
TCW V
1
1122




VPVP
W11 

 
VVV
V
V
P
C
R
C
R
C
RC
C
C
   

































1
1
1
1
1
1
21
1
1
211




 P
PRT
P
PVP
W
Equações de estado
Termodinâmica
Processo Politrópico: Os valores de Q não podem ser determinados
diretamente, mas são obtidos através da primeira lei com o trabalho calculado
pela integral P.dV. Entretanto, a avaliação desta integral requer a especificação
de uma relação P versus V.
KPV 
 

















1
1
1
1
21


 P
PRT
W
 
  
 


















1
11
1
1
21




P
PRT
Q
Isocórico
Adiabático
Isotérmico1
Isobárico0








Equações de estado
Termodinâmica
Processo Irreversíveis: O trabalho em processos irreversíveis é calculado em
duas etapas:
• Cálculo do trabalho mecanicamente reversível que efetua a mesma mudança
de estado;
• O trabalho reversível é multiplicado por uma eficiência para fornecer o trabalho
irreversível.
• Trabalho efetuado pelo sistema: Máquina Motriz
• Trabalho efetuado sobre sistema: Máquina Operatriz
Real Irrev
Ideal Rev
W W
W W
  
Ideal Rev
Real Irrev
W W
W W
  
Equações de estado
Termodinâmica
8.314 kJ/kmol∙K
1.986 Btu/lbmol∙oR
1545 ft∙lbf/lbmol∙oR
R
Equações de estado
Termodinâmica
Fator de compressibilidade: Uma forma conveniente para quantificar os desvios
de um gás real em relação ao comportamento ideal é introduzir uma nova variável
termodinâmica, denominada de fator de compressibilidade, definida como sendo
a razão entre os volumes molares nos estados real e ideal. Assim:
Em pressões muito baixas, as moléculas individuais estão separadas por
distâncias que tendem ao infinito, não existindo forças intermoleculares;
As forças atrativas predominam sobre as forças repulsivas, contribuindo para a
diminuição do volume molar real, pois são forças de compressão;
As forças repulsivas predominam sobre as forças atrativas, contribuindo para o
aumento do volume molar real, pois são forças de expansão.
Ideal
V
Z
V
 PV ZRT 1Z  Ideal
V V
1Ideal
V V Z  
1Ideal
V V Z  
Equações de estado
Termodinâmica
O desvio da idealidade é medido pelo grau de
afastamento do fator de compressibilidade da
unidade. Portanto, o fator de compressibilidade é
uma medida da natureza e da intensidade das
forças intermoleculares.
Equações de estado
Termodinâmica
Metodologia de Pitzer: Pitzer
(1955) observou que todos os
dados de pressão de vapor dos
fluidos simples (Ar, Kr, Xe) se
encontram sobre uma mesma
linha quando representados na
forma log Pr
sat versus 1/Tr e que
a linha passa por log Pr
sat = - 1
para Tr = 0,7. Para os outros
fluidos, as localizações das
linhas são dadas em relação a
linha do fluido simples pela
diferença:
   Fluido Simples
log logsat sat
r rP P
Equações de estado
Termodinâmica
Teorema dos Estados Correspondentes: Afirma que todos os gases, quando
comparados nas mesmas temperaturas e pressões reduzidas têm o mesmo fator
de compressibilidade e afastam-se em relação ao comportamento ideal da
mesma forma.
Gas Ideal
Estes parâmetros levam em conta a contribuição devido à forma geométrica da
molécula
DOIS PARÂMETROS ( , )r rZ f P T
PV
Z
RT

c c
c
c
PV
Z
RT

r r
c
r
PV
Z Z
T

PR = P/Pc
TR = T/Tc
VR = V/Vc
Validade dos estados
correspondentes de
dois parâmetros:
Todas as substâncias
possuem o mesmo ZC.
TRÊS PARÂMETROS
 , ,r rZ P T Expansão em série de Taylor
     
   
 ,
, , , ,
r r
R R R
r r r r
T P
Z
Z T P Z T P   

 
   
 
Equações de estado
Termodinâmica
  0.7
log 1
r
sat
r T
w P

  
Fator Acêntrico: É uma medida dos desvios da esfericidade do campo de força
molecular.
Moléculas esféricas 0w  w 
 
0
R
w        
   
 ,
, , , ,
r r
R R R
r r r r
T P
Z
Z T P Z T P   

 
   
 
     0 1
, ,r rZ T P w Z Z w     0R
Z Z  1
,r rT P
Z
Z
w
 
  
 
Equações de estado
Termodinâmica
Metodologia Lee-Kesle:
Das correlações tipo Pitzer
disponíveis, a desenvolvida
por Lee e Kesle (1975) tem
maior aceitação. Fornecendo
resultados confiáveis para
gases apolares ou
fracamente polares.
É apresentada em forma de
tabelas que fornecem valores
de Z0 e Z1 como funções de
Tr e Pr
Equações de estado
Termodinâmica
A forma de tabela das correlações generalizadas para o fator de
compressibilidade representa uma desvantagem;
expressões analíticas aproximadas são obtidas para estas funções em um
intervalo limitado de pressões.
Equações de estado
Termodinâmica
Assim, Pitzer e colaboradores propuseram uma segunda correlação:
Os segundos coeficientes do virial são somente funções da temperatura e,
analogamente, B0 e B1 são funções somente da temperatura reduzida.
r
r
C
C
T
P
RT
BP
RT
BP
Z 





 11
10
BB
RT
BP
C
C

r
r
r
r
T
P
B
T
P
BZ 10
1 
r
r
T
P
BZ 00
1
r
r
T
P
BZ 11

6,1
0 422,0
083,0
rT
B  2,4
1 172,0
139,0
rT
B 
r
r
r
r
T
P
B
T
P
BZ 10
1 
Equações de estado
Termodinâmica
Terceiro coeficiente do virial a partir dos estados correspondentes:
Correlação tipo Pitzer.
Assim, Orbey e Vera propuseram :
Exemplo 3.10: Determine o volume molar do n-butano a 510 K e 25 bar através
da:
a) Equação do gás ideal.
b) Correlação de Pitzer para fator de compressibilidade.
c) Correlações de Pitzer para B e C.
Equações de estado
Termodinâmica
Equação do Virial: Do latim vis (força, vigor) leva em consideração as interações
moleculares através de seus coeficientes. A equação de estado do virial explícita
na pressão é uma série polinomial da densidade molar ou do inverso do volume
molar. Assim:
onde os coeficientes do virial B, C e D são funções da temperatura e representam
os efeitos das interações intermoleculares, respectivamente, entre pares de
moléculas, grupos de três moléculas e grupos de quatro moléculas.
A Equação acima é a única com uma base teórica firme Baseada na mecânica
estatística.
2 3 4
2 3 4
P RT RTB RTC RTD
RT RTB RTC RTD
V V V V
       
    
2 3
1Z B C D      
Equações de estado
Termodinâmica
Os coeficientes do virial são definidos, respectivamente, através das seguintes
relações:
Em termos da expansão em série de potencia na pressão, a equação do virial é
escrita como:
 10 0
1
lim lim 1
V
Z
B Z V
  
  
      
  
  10 0
1 1
lim lim 1
V
Z
C B Z V B V
   
     
            
     
  2
2 10 0
1 1
lim lim 1
V
Z B
D C Z V BV C V
    
     
              
     
2 3
1Z B P C P D P      
Termodinâmica
2
1
.
.
V
C
V
B
TR
VP
Z 
Equações de estado
Termodinâmica
Exemplo 3.8: Valores divulgados para os coeficientes do virial do vapor de
isopropanol a 200°C são: B = -388 cm³/mol e C = -26000 cm6/mol². Calcule V e Z
para o vapor de isopropanol, a 200°C e 10 bar, através:
a)Da equação do gás ideal;
b)Da equação do virial truncada no terceiro termo.
Equações de estado
Termodinâmica
Equações Cúbicas: Se uma equação de estado necessitar apresentar o
comportamento PVT de líquidos e vapores, ela terá que atender alguns critérios:
• Abranger uma grande faixa de temperatura e pressão.
• Ser mais abrangente do que a equação do Virial.
• Deve ser suficientemente geral para ser usada para líquidos, bem como para
gases e vapores.
Equação de Van der Waals: A primeira correlação utilizada para aperfeiçoar a
equação dos gases ideais foi proposta por van der Waals. Este aperfeiçoamento
foi obtido através da representação da pressão por meio da soma das
contribuições devido às forças atrativas e repulsivas. Matematicamente:
onde PR e PA são, respectivamente, as pressões devido às contribuições das
forças repulsivas e atrativas entre as moléculas.
R AP P P 
Equações de estado
Termodinâmica
A contribuição devido às forças repulsivas foi definida por van der Waals através
da expressão:
onde b é o covolume de van der Waals (característica de cada substância), sendo
determinada a partir das condições de estabilidade do ponto crítico.
A Equação afirma que as moléculas (consideradas como esferas rígidas) de um
gás real se movimentam em um volume (Vt – nb) menor do que o volume total Vt
ocupado pelo gás.
1 1
BP
Z B P
RT
   
RT
V B
P
 
RT
P
V B


PV
Z
RT

R
t
nRT RT
P
V nb V b
 
 
Equações de estado
Termodinâmica
A contribuição atrativa é obtida através da seguinte expressão:
onde a é o parâmetro atrativo, sendo determinado através das condições de
estabilidade do ponto crítico. Vt e n são, respectivamente, o volume total e o
número de moles.
A Equação afirma que o termo representativo do efeito das forças atrativas entre
moléculas faz com que a relação entre as pressões de um gás nos estados real e
ideal seja a seguinte:
2
2 2A
t
n a a
P
V V
  
2id
a
P P
V
 
2
2
t t
nRT n a
P
V nb V
 

R AP P P 
R
t
nRT RT
P
V nb V b
 
 
2
2 2A
t
n a a
P
V V
   2
RT a
P
V b V
 

Equações de estado
Termodinâmica
     
 
3 2 2
2
2
2
RT a
P
V b V
RTV a
V bV V b V V b V
V b
 







2
RT a
P
V b V
 

   3 2 2RT a
V V b
P
V
P
bV    3 2
0
RT a ab
V b V V
P P P
 
     
 
3 2
0
ZRT ZRT ZRT
P P
RT a ab
b
P P P P
     
     
     
 
     
 
PV
Z
RT

3 2
2 3
0
RT a ab
Z b Z Z
P P
P P P
RT RT RP T
     
     
   
 
     
   
3 2
22 2 2
1 0
b aP P bP
RT
aP
Z Z Z
R TR T RT
   
   
 
   
       
    
 3 2
1 0Z B Z A Z A B   
    
2 2
aP
A
R T


bP
B
RT


Equações de estado
Termodinâmica
Os parâmetros característicos a e b da equação de estado generalizada são
determinados a partir do ajuste de dados experimentais da fase gasosa ou
através das condições de estabilidade do ponto crítico. Para o último caso, dois
métodos podem ser aplicados:
A condição de estabilidade do ponto crítico fornece duas equações de restrição.
No ponto crítico, a equação cúbica possui três raízes reais e iguais.
0
cT
P
V
 
 
 
2
2
0
cT
P
V
 
  
 
3
0cV V 
8
c b c
c c
RT RT
b
P P

 
2 2 2 2
27
64
c a c
c c
R T R T
a
P P

  1 8b 27 64a 
Equações de estado
Termodinâmica
As expressões dos coeficientes A* e B* mostram que os fluidos de van der Waals
obedecem ao princípio dos estados correspondentes de dois parâmetros, pois: A*
= f(Tr, Pr) e B* = f(Tr, Pr). Portanto, a dependência funcional do fator de
compressibilidade é a temperatura reduzida e a pressão reduzida, Z = f(Pr, Tr).
8
c b c
c c
RT RT
b
P P

 
2 2 2 2
27
64
c a c
c c
R T R T
a
P P

  1 8b 27 64a 
2 2
2 2 2
a c a r
c r
R T PP
A
R T P T
   
  
 
2 2
aP
A
R T


bP
B
RT

 b c b r
c r
RT PP
B
RT P T
   
  
 
52
54
56
58
60
62
64
66
68
60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
[FEDF] = [DCBD]
T = 290 KCO2
G
F
E
D
C
B
A
V (cm³/mol)
P(bar)
1.Para pressões inferiores a 56,11
bar, a equação de van der Waals
fornece uma raiz real e duas
raízes complexas conjugadas. A
raiz real é considerada o volume
molar do vapor. Nestes estados,
(P/V)T < 0, obedecendo ao
critério de estabilidade mecânico.
2.Para pressões no intervalo
[56,11 bar, 63,105 bar], a equação
de van der Waals fornece três
raízes reais. Neste caso, o
procedimento é o seguinte:
Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
52
54
56
58
60
62
64
66
68
60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
[FEDF] = [DCBD]
T = 290 KCO2
G
F
E
D
C
B
A
V (cm³/mol)
P(bar)
As raízes intermediárias não
possuem significado físico.
Observe que (P/V)T > 0, não
obedecendo ao critério de
estabilidade mecânica;
As raízes extremas no intervalo
[56,11 bar, 63,105 bar] possuem
significado físico. Observe que
(P/V)T<0, obedecendo ao
critério de estabilidade mecânico;
A pressão de vapor calculada
através da regra de Maxwell é,
aproximadamente, igual a
60,8095 bar;
Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
52
54
56
58
60
62
64
66
68
60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
[FEDF] = [DCBD]
T = 290 KCO2
G
F
E
D
C
B
A
V (cm³/mol)
P(bar)
Para pressões inferiores à
pressão de vapor, no intervalo
[56,11 bar, 63,105 bar], a maior
raiz representa o volume da fase
vapor (fase estável) e a menor
raiz é o volume molar do líquido
(fase metaestável – líquido
superaquecido). são estados de
não equilíbrio.
Para pressão igual à pressão
de vapor, a maior raiz representa
o volume da fase vapor e a menor
raiz é o volume molar do líquido.
fases vapor e líquido em
equilíbrio.
Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
52
54
56
58
60
62
64
66
68
60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340
[FEDF] = [DCBD]
T = 290 KCO2
G
F
E
D
C
B
A
V (cm³/mol)
P(bar)
Para pressões superiores à
pressão de vapor no intervalo
[56,11 bar, 63,105 bar], a maior
raiz representa o volume da fase
vapor (fase metaestável – vapor
sub-resfriado) e a menor raiz é o
volume molar do líquido (fase
estável). são estados de não
equilíbrio.
3.Para pressões acima de 63,105
bar até próximo à pressão crítica,
a equação fornece uma raiz real e
duas raízes complexas
conjugadas. A raiz real é
considerada o volume molar do
líquido. Observe que (P/V)T < 0,
obedecendo ao critério de
estabilidade mecânica.
Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
Equações de estado
Termodinâmica
Equação de Redlich-Kwong: Uma simples equação de estado que é
consideravelmente mais precisa do que a de Van der Waals é a que foi proposta
por Redlich e Kwong em 1949:
O parâmetro  foi introduzindo com a finalidade da correção da curva de pressão
de vapor.
 
 
A
c
R P
a
V V
P
RT
V b
R
b
a
V
P
Vb b
T
V




 
 



1
T
 
1
c
cT
  1
r
rT
 
Equações de estado
Termodinâmica
3 2 2RT RTb a ab
V b V V V
P P P P
   
       
   
3 2 2
0
RT a RTb ab
V V b V
P P P P
   
        
   
3 2
2
0
ZRT ZRT ZRTRT a RTb ab
P
b
P P PP P P
       
            
       
3 2
3
2
2
0
P P PRT a RTb ab
b
P PRT R
Z
RPT TP
Z Z
     
          
     
     
     
     
2 2
3
2
2
2 2
0
P P P P P
R T RT RT R T RT
Z Z Z
a b b a b    
       



 


     
 3 2 2
0Z Z A B B Z A B    
     
Equações de estado
Termodinâmica
0,08664035 c b c
c c
RT RT
b
P P

 
2 2 2 2
0,42748023 c a c
c
c c c c
R T R T
a
P P 

 
2 2 2 2 2
c r a r
r
a P PaP
A
R T R T T
  
  
b r
r
PbP
B
RT T
 
 
As expressões dos coeficientes A* e B* mostram que os fluidos de Redlich-Kwong
obedecem ao princípio dos estados correspondentes de dois parâmetros, pois: 
= f(Tr), A* = f(Tr, Pr) e B* = f(Tr, Pr). Portanto, a dependência funcional do fator de
compressibilidade é a temperatura reduzida e a pressão reduzida, Z = f(Pr, Tr).
Equação de Soave-Redlich-Kwong:
 
2
0,5
1 1 rm T      c = 1r m = 0,480 + 1,574w  0,176w2
Equações de estado
Termodinâmica
Equação de Peng-Robinson: Partindo da equação de Van der Waals, Peng-
Robinson apresentaram em 1976 a seguinte equação:
O parâmetro  foi introduzindo com a finalidade da correção da curva de pressão
de vapor.
 
 
A
c
R P
a
V V
P
RT
V b
R
b
a
V
P
Vb b
T
V




 
 



 
2
0,5
1 1 rm T     
2
0,37464 1,54226 0,26992m w w  
As expressões dos coeficientes A* e B* mostram que os fluidos de Peng-
Robinson obedecem ao princípio dos estados correspondentes de três
parâmetros, pois:  = f(Tr, w), A* = f(Tr, Pr, w) e B* = f(Tr, Pr). Portanto, a
dependência funcional do fator de compressibilidade é a temperatura reduzida e a
pressão reduzida, Z = f(Pr, Tr, w).
Equações de estado
Termodinâmica
2
3 2 2 22
3 0
RT bRT a b RT ab
V b V b V b
P P P P P
   
            
   
0,07779607 c
c c
bcRT RT
b
P P

 
2 2 2 2
0,45723553 c c
c
c c c c
aR T R T
a
P P 

 
     3 2 2 3 2
1 3 2 0Z B Z A B B Z A B B B       
        
2 2 2 2 2
c a r r
r
a P PaP
A
R T R T T
  
  
b r
r
PbP
B
RT T
 
 
Equações de estado
Termodinâmica
Equação de Cúbica Generalizada:
R AP P P  R
RT
P
V b


2
2
A
c
a
P
V V
a
V V
 

 
 
 
 
 
2
R AP P P
RT a
V b V V 
 
 
  
3 2
0c
c
RT
V b V
P
aRT
b V
P P
a bRT
b
P P


 


  
     
  
  
      
  
  
   
  
3 2
2
2 2
3
1
0c
c
P bP
Z Z
RT RT
a PP P bP P
Z
RT RT RT RT R T
a bRT P
b
P P RT

 



  
     
  
         
            
         
 
           3 2
2 1 0 0Z A Z A Z A   
Constantes características das equações de estado
Equação Cúbica de Estado  
van der Waals 0 0
Redlich-Kwong (1949) b 0
Wilson (1964) b 0
Soave (1972) b 0
Peng-Robinson (1976) 2b b2
Harmens-Knapp (1980) bc (c 1)b2
Schmidt-Wenzel (1980) ub kb2
Patel-Teja (1982) b+c bc
Stryjek-Vera (1986) 2b b2
Termodinâmica
Equações de estado
Termodinâmica
Raizes com características do vapor e tipo vapor:
Raizes com características do líquido e tipo líquido:
Equações de estado
Termodinâmica
Exemplo 3.11: Qual pressão é gerada quando 1lbmol de metano é armazenado
em um volume de 2 ft³ a 122 °F pela:
a) Equação do gás ideal.
b) Equação de Redlich-Kwong.
c) Correlações de Pitzer.
Equações de estado
Termodinâmica
Correlações para líquidos: Volumes molares dos líquidos podem ser calculados
através das equações de estado cúbicas generalizadas – estes resultados, em
geral, não possuem grande precisão. Rackett (1970) fornece a seguinte
correlação:
Lydersen, Greenkorn e Hougen desenvolveram um método geral para a
estimativa dos volumes de líquidos baseados no princípio dos estados
correspondentes - está baseado numa correlação da densidade reduzida em
função da temperatura e pressão reduzidas.
  2857,0
1 rT
CC
sat
ZVV 

V
VC
C
r 



2
1
12
r
r
VV



Onde V2 = volume requerido
V1 = volume conhecido
r1 , r2 = densidades reduzidas.
Equações de estado
Termodinâmica
Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Limitações da 1ª Lei da Termodinâmica:
• Não indicam a direção em que os processos espontâneos ocorrem;
• Não diferenciam qualitativamente trabalho e calor - trabalho pode ser
transformado em outra forma de energia com eficiência de quase 100%, mas
apenas 40% de calor é transformado em trabalho.
2ª Lei: Espotaneidade e Equilíbrio:
• Impõe restrições quanto ao sentido espontâneo (sem intervenção externa) das
transformações energéticas, estabelece condições para o equilíbrio, determina
melhor desempenho teórico dos ciclos, avaliam fatores que impedem melhor
nível de desempenho teórico
Sentido Espontâneo: Mudança que leva a uma dispersão caótica maior da
energia total de um sistema isolado (conclusão baseada em observações dos
fenômenos naturais);
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Há diversas formulações da 2a lei da termodinâmica, aparentemente diferentes
mas logicamente equivalentes. Estas formulações conduzem ao conceito de
entropia.
Enunciado de Kelvin e Planck: “Nenhum equipamento num processo cíclico
pode operar de modo que o único efeito produzido é a conversão completa de
calor em trabalho.”
Eficiência: É impossível uma máquina térmica com rendimento 100%.
Enunciado de Clausius: “Qualquer processo que consista somente da
transferência de calor de uma fonte mais fria para uma mais quente é impossível”
Espontaneidade: É impossível construir um refrigerador que opere sem receber
energia (trabalho).
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O transporte de calor de uma fonte fria para uma fonte quente, em uma máquina
cíclica, só é possível com trabalho proveniente de uma fonte externa.
• comprovada para ciclos de refrigeração e bombas de calor: “bombeiam” o calor
do interior da (fonte fria) para o ambiente (fonte quente) pela intervenção de
trabalho externo.
Uma máquina térmica, recebe o calor da fonte quente e transfere
necessariamente uma parte deste calor para uma fonte fria.
• comprovada pelo ciclo de centrais termelétricas. A perda do condensador é
inevitável - eficiência < 100% (real: 20 % < η < 45%).
Qual o máximo rendimento possível? É o rendimento do ciclo ideal reversível.
Um processo real se aproxima de um processo ideal reversível, se ele for lento,
sofrer transformações infinitesimais, com um mínimo de atrito.
Todos os processos reais são IRREVERSÍVEIS.
Se os processos do ciclo são ditos reversíveis, o ciclo também será reversível.
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Máquinas Térmicas: são sistemas que, operando de forma cíclica, realizam a
conversão de calor ou energia térmica em trabalho mecânico. Isto se dá quando
uma fonte térmica de calor a alta temperatura leva um fluido de trabalho de um
estado de baixa temperatura para um estado de temperatura mais alta. Parte do
calor absorvido é convertido em trabalho e o calor não convertido é rejeitado em
uma fonte térmica fria.
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Refrigerador e Bomba de Calor: É uma máquina que opera segundo um ciclo
TD recebendo trabalho (potência) e retirando calor da fonte fria (reservatório de
baixa temperatura) e fornecendo calor para a fonte quente (reservatório de alta
temperatura).
bomba de calor - interesse no calor transferido à fonte quente).
refrigerador - interesse no calor recebido da fonte fria.
2ª Lei da Termodinâmica
Máquinas Térmicas
2ª Lei da Termodinâmica
Ciclo padrão ar Otto Ciclo padrão ar Diesel
O motor de combustão interna não opera segundo um ciclo termodinâmico. Entretanto,
com o objetivo de análise térmica, trabalham com ar em um ciclo termodinâmico.
2ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
A máquina de Carnot: Máquina térmica descrita por Sadi Carnot que opera de
uma forma completamente reversível onde todo calor absorvido é absorvido no
reservatório quente e todo calor rejeitado é rejeitado no reservatório frio .
Corolários de Carnot:
• A eficiência térmica de um ciclo de potência real é sempre menor que a
eficiência térmica de um ciclo reversível (máxima eficiência possível) operando
entre as mesmas TH e TC
• Ciclos térmicos reversíveis que operem entre os mesmos reservatórios
térmicos têm a mesma eficiência térmica independente do fluido.
irrevrev  
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot:
Reservatório de alta temperatura
Reservatório de baixa temperatura
Bomba
Condenador
Caldeira
Turbina
W
Qh
QC
 O calor é transferido do reservatório
térmico de alta temperatura para a água
(vapor) na caldeira. Para que este
processo seja uma transferência
reversível, a temperatura da água
(vapor) deve ser apenas um infinitésimo
menor do que a temperatura do
reservatório. Isto significa que a
temperatura da água deve permanecer
constante, uma vez que a temperatura
do reservatório é constante.
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot:
Reservatório de alta temperatura
Reservatório de baixa temperatura
Bomba
Condenador
Caldeira
Turbina
W
Qh
QC
 A segunda etapa, ocorre na turbina sem
transferência de calor. Como todas as
etapas do ciclo de Carnot são
reversíveis, o processo é adiabático
reversível durante o qual a temperatura
do fluido diminui da temperatura do
reservatório quente até a do
reservatório frio.
 O processo seguinte, o calor é rejeitado
do fluido de trabalho para o reservatório
de baixa temperatura. Este processo
deve ser isotérmico reversível, no qual
a temperatura do fluido é um
infinitésimo maior do que aquela do
reservatório de baixa temperatura.
Durante este processo parte do vapor é
condensado.
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot:
Reservatório de alta temperatura
Reservatório de baixa temperatura
Bomba
Condenador
Caldeira
Turbina
W
Qh
QC
 A etapa final é um processo adiabático
reversível, no qual a temperatura do
fluido aumenta desde a temperatura
mais baixa para a temperatura mais
alta. Observe que nesta etapa é
necessário comprimir uma mistura de
líquido-vapor saindo do condensador,
por isso o ciclo de Carnot não pode ser
utilizado na prática.
As dificuldades práticas:
 Etapa 4 – 1: bombas trabalham apenas
com a fase líquida.
 Turbinas alimentadas por vapor
saturado produzem correntes de saída
com alta quantidade de líquidos,
causando problemas de erosão.
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot:
Q = 0
Q = 0
Q2
Q1
V
P
T1
T2
T1, p1, V1
T1, p2, V2
T2, p3, V3
T2, p4, V4
Diagrama PV
Etapa 1: Expansão isotérmica
Etapa 2: Expansão adiabática
Etapa 3: Compressão isotérmica
Etapa 4: Compressão adiabática
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot:
Etapa 1: Expansão isotérmica
Etapa 2: Expansão adiabática
Etapa 3: Compressão isotérmica
Etapa 4: Compressão adiabática
T
S
1 2
34
1 - 2: Caldeira
2 - 3: Turbina
3 - 4: Condensador
4 - 1: Bomba
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Para o caso do ciclo de refrigeração, pode-se representar o ciclo de Carnot como
o ciclo de potência operando de forma inversa. Visto que todos os processos são
reversíveis, as equações envolvidas são as mesmas.
Q = 0
Q = 0
Q2
Q1
Volume
Pressão
T1
T2
T1, p1, V1
T1, p2, V2
T2, p3, V3
T2, p4,
V4
compressor
refrigerador
condensador
válvula
QL
TL
W
QH
TH
TL
TH
QH
compressor
evaporador
condensador
W
TH
ExteriorQL
TL
Interior
TH
TL
válvula
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot com gás ideal:
1ª Etapa: expansão isotérmica
U1 = 0  Q1 = - W1
Q1 = QQ = - W1 = RT1ln(V2/V1)
2ª Etapa: expansão adiabática
Q2 = 0  U2 = W2

2
1
2
T
T
V dTCW
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot com gás ideal:
3ª Etapa: compressão isotérmica
U3 = 0  Q3 = - W3
Q3 = QF = - W3 = RT2ln(V4/V3)
4ª Etapa: compressão adiabática
Q4 = 0  U4 = W4

1
2
2
T
T
V dTCW
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot com gás ideal:
Trabalho Total do Ciclo Wciclo = W1 + W2 + W3 + W4
 












2
1
1
2
3
4
2
1
2
1
T
T
T
T VVciclo dTC
V
V
lnRTdTC
V
V
lnRTW













4
3
2
1
2
1
V
V
lnRT
V
V
lnRTWciclo
V2 e V3
V1 e V4
ligados por etapas adiabáticas reversíveis
1
42
1
11
1
32
1
21

 
VTVTeVTVT
4
3
1
2
V
V
V
V
   






1
2
21
V
V
lnTTRWciclo
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
O ciclo de Carnot com gás ideal:
Eficiência de Carnot:
   
 121
1221
V/VlnRT
V/VlnTTR
Q
W
revQ
ciclo
rev


Q
F
Q
ciclo
Q
Q
Q
W
 1
1
2
1
21
1
T
T
-
T
TT


 ou
Ciclo de Refrigeração:
FQ
F
QQ
Q


21
2
TT
T
max


Bomba de Calor:
FQ
Q
QQ
Q


21
1
TT
T
max


1
2
T
T
Q
Q
revcicloQ
F

2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Se tratando de um processo cíclico reversível, podemos escrever:
A propriedade assim definida é chamada de ENTROPIA e a ela Rudolf Clausius
deu o símbolo S.
1
2
T
T
Q
Q
revcicloQ
F
 0
F
F
Q
Q
T
Q
T
Q
0 T
Qrevd Num ciclo a variação de qualquer propriedade é
nula. Assim, Q/T é uma propriedade de estado
Termodinâmica
Podemos substituir qualquer
processo cíclico por uma
sucessão de ciclos que contêm
os trechos do ciclo original
limitados por adiabáticas.
Assim, qualquer processo
cíclico pode ser operado por
inúmeros ciclos de Carnot.
Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Entropia:
• “Propriedade intrínseca de um sistema que aumenta quando um sistema
recebe calor e diminui quando perde calor. Assim, ΔS dá uma indicação do
sentido e da intensidade do fluxo de calor.”
• A entropia é uma medida do grau de desordem da matéria e da energia. A
entropia é uma função de estado, sendo uma medida conveniente da perda de
capacidade do sistema para produzir trabalho.
• Posteriormente, estudos da termodinâmica estatística relaciona esta
propriedade com a distribuição molecular em diversas possibilidades
energéticas do sistema.
 






2
1
12
revT
Q
SSS

2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Estudos posteriores desenvolvidos por Clausius demonstraram que, para ciclos
irreversíveis, tem-se:
Para processos irreversíveis a variação da entropia do sistema se dá não só pela
transferência de calor entre sistema e vizinhanças como também pela presença
das irreversibilidades inerentes ao sistema.
0
d
 T
Q
para todos os ciclos irreversíveis
T
dQ
dSirrev  desigualdades de Clausius
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
I
T
dQ
dSirrev 
Geração de entropia devido
às irreversibilidades
 I  0
= dSrev
0
d
  T
Q
dS rev
rev
para todos os ciclos reversíveis
ISS revirr

0 sVizinhançaSistemaTotal SSS
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
“Qualquer processo evolui no sentido do aumento da entropia total (sistema +
vizinhanças) e quando o processo se aproxima da reversibilidade, a variação de
entropia se aproxima de zero”
“A entropia do sistema ou das vizinhanças pode aumentar ou diminuir isto
acontece freqüentemente nos processos irrreversíveis”
Corolário:
“Nenhum processo no qual a entropia total (sistema + vizinhança) diminui é
possível”
“A energia do universo é constante e a entropia tende a atingir um máximo”
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Um Sistema opera em um ciclo de potência enquanto recebe 1000 kJ sob a
forma de calor de um reservatório a 500 K e descarrega 600 kJ sob a forma de
calor para um reservatório a (a) 200 K, (b) 300 K, (c) 400 K. para cada caso
determine se o ciclo opera de forma reversível, irreversível ou impossível.
4.0
kJ1000
kJ600
11
H
C

Q
Q

(a) 6.0
K500
K200
11
H
C
max 
T
T

(b) 4.0
K500
K300
11
H
C
max 
T
T

(c) 2.0
K500
K400
11
H
C
max 
T
T

Reversibly0.4 = 0.4
Impossible0.4 > 0.2
Irreversibly0.4 < 0.6
 max
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Um Sistema opera em um ciclo de potência enqianto recebe 1000 kJ sob a forma
de calor de um reservatório a 500 K e descarrega 600 kJ sob a forma de calor
para um reservatório a (a) 200 K, (b) 300 K, (c) 400 K. para cada caso determine
se o ciclo opera de forma reversível, irreversível ou impossível.
cycle
C
out
H
in

T
Q
T
Q
b






T
Q
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Determinação da entropia de substância pura:
• Gráficos HS (Mollier)
• Gráficos TS
• Tabelas de Vapor
• Cálculo para a região de duas fases
• Cálculo para mudança de fase p cte.
• Cálculo para fluidos incompressíveis.
s = sl + x.slv
dQ = dH
T
dH
T
dQ
dS 
T
HH
SS lg
lg


.equil
.equil
T
H
S


   
1
2
12
T
T
lncTSTS 
Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Processo Reversível
2ª Lei da Termodinâmica
Processo Irreversível
2ª Lei da Termodinâmica
Entropia Função de Estado
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Variação de entropia para um gás ideal:
dU dQ dW 
revdU dQ PdV
TdS PdV
 
 
dUS dTd P V 
d
d
U
H dU dPV
VdV PPd




dH TdS VdP 
Tds = du + Pdv
Tds = dh - vdP
PdH C dT
V R
T P
 PC dT dP
dS R
T P
 
dH V
dS dP
T T
 
  
 
PCdS dT dP
R R T P
 
  
 
0 0
T P
P
T P
C dT dP
S R
T P
   
0 0
T P
P
T P
CS dT dP
R R T P
  
  
 
 
   
1
2
1122
2
1
P
P
lnR
T
dT
cP,TSP,TS
T
T
p  
   
1
2
1122
2
1
v
v
lnR
T
dT
cv,TSv,TS
T
T
v  
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Variação de entropia para um gás ideal:
2 3 4
PC A BT CT DT ET    
 
0
2 3 4
0
ln
T
T
A BT CT DT ET dT P
S R
T P
     
    
 

   
   
2 2
0 0
0
3 3 4 4
0 0
0
2
3 4
ln
ln
T C
A B T T T T
T
S
D E P
T T T T R
P
  
      
   
  
      
   
2 2PC
A BT CT DT
R

   
 0 0
2 2
T P
T P
S dT dP
A BT CT DT
R T P

     
   
 
2 2
0 0
0
2 2
0
0
2
2
ln
ln
T C
A B T T T T
TS
R D P
T T
P
 
  
      
   
  
    
   
2ª Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
Balnçõ de Entropia Sis Fechados.
Bal da Taxa de Entropia sistemas abertos.
2ª Lei da Termodinâmica
Força Associada a Entropia
2ª Lei da Termodinâmica
Entropia e Probabilidade
2ª Lei da Termodinâmica
Entropia e Probabilidade
Termodinâmica: Introdução e conceitos

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Termodinâmica: Introdução e conceitos

  • 2. Introdução Termodinâmica Termodinâmica: “converter calor em potência” ou “potência desenvolvida a partir do calor”, origem grega: therme (calor) e dynamis (potência). Origem: nasceu no século XVIII com o surgimento das máquinas térmicas (revolução industrial). Estudava as transformações de calor em potência (trabalho). Questões: • Quanto carvão é necessário para movimentar uma máquina por 1km? (consumo) • Para o mesmo serviço, quem é mais barato: carvão, madeira, gasolina? (custo) • Quanta madeira equivale a um balde de carvão? (eficiência)
  • 3. Introdução Termodinâmica Século XIX: estudava a força motriz do calor: capacidade dos corpos quentes em produzir trabalho. Atualmente: trata da energia e das relações entre as propriedades da matéria. Princípios observados para as máquinas foram generalizados em postulados válidos em vários ramos da ciência (leis da termodinâmica). Leis da termodinâmica: • A primeira lei afirma que a energia é conservada; • A segunda lei impõe restrições sobre à direção da transformação.
  • 4. Introdução Termodinâmica Análise macroscópica: Denominada Termodinâmica clássica. Estuda variações médias que ocorrem com um número grande de moléculas. É baseado em observações macroscópicas. É matematicamente mais simples. Análise microscópica : Denominada Termodinâmica estatística. É diretamente ligada à estrutura da matéria. O objetivo é caracterizar por métodos estatísticos o comportamento médio das partículas de um sistema e relaciona-lo com o comportamento macroscópico do mesmo. Aplicações industriais: • Processos de separação: Destilação, extração, absorção, adsorção etc.; • Ciclos Térmicos; • Turbinas, Bombas, compressores, válvulas e trocadores de calor; • Efeitos térmicos em reações industriais; • Determinação de condições de Equilíbrio.
  • 5. Introdução Termodinâmica Termodinâmica Química: A termodinâmica Química estuda aplicações dos fundamentos da Termodinâmica em problemas específicos da Engenharia Química distribuídos nos seguintes tópicos: • Leis fundamentais da Termodinâmica: originam as equações de balanços de energia e de equilíbrio termodinâmico. • Propriedades termodinâmicas de substâncias puras e de misturas: estabelece princípios para o conhecimento da natureza de materiais, suas propriedades e o modo de representá-las matematicamente. • Equilíbrio de fases, teoria de soluções e equilíbrio químico: partindo das bases do equilíbrio termodinâmico, são estabelecidos estudo e representação dos fenômenos que regem misturas, soluções e reações químicas.
  • 6. Introdução Termodinâmica A Termodinâmica Química fornece as bases para o conjunto de matérias que constituirá a Engenharia Química (Terron, L. R., 2009).
  • 7. Sistemas de unidade Termodinâmica Unidades Básicas ou Fundamentais: Reconhecidas pela nossa percepção sensitiva e não definida em termos de alguma coisa mais simples. A sua utilização requer a definição de escalas de medidas arbitrárias.
  • 9. Sistemas de unidade Termodinâmica 5 quilogramas + 3 calorias Não tem significado, pois as dimensões dos dois termos são diferentes !!! 1 kg + 500 gramas Pode ser executada apenas após as unidades serem transformadas em iguais, sejam libras, gramas, kg, onças e assim por diante. 1 kg =1000 gramas, então, 1000 g + 500 g pode ser somado, resultando em 1500g Exemplo: Transforme 400 in^3/dia em cm^3/min min 56,4 min60 1 24 1 54,2400 333 cmh h dia in cm dia in      
  • 10. Sistemas de unidade Termodinâmica Energia = Força * Distância = (Kg*m/s^2) * (m) = kg*m^2/s^2 = J (Joule)
  • 11. Sistemas de unidade Termodinâmica Sistemas Absolutos - Inglês (fps: foot.pound.second ou pé.libra.segundo) - Métrico - cgs (centímetro.grama.segundo) - mks (metro.kilograma.segundo)
  • 12. Sistemas de unidade Termodinâmica Sistema Inglês: Massa (lbm), comprimento (ft), tempo (s), força (lbf = 32,174 lb.ft/s²) ⇒ 1lbf é a força necessária para acelerar uma massa de 1 lb em 32,174 ft/s²
  • 14. Termodinâmica 2 174,32 s ft a  S.I.: F=C.m.a 1kg F = 10 N F = C 1 kg 10 m = 10 N s^2 C = 1 N.s^2 Kg.m Permite transformar N em kg.m.s-2 32,174 lbm.ft F=C.m.a F = C 1 lbm 32,174 ft = 1 lbf s^2 C = 1 lbf.s^2 “gc” transforma lbf em lbm.ft.s-2 Sistema Americano: Condição: é preciso que o valor numérico da força e da massa seja o mesmo na superfície da Terra. 1lbm F= 1 lbf “gc” ou Sistemas de unidade
  • 18. Cem libras de água passam por uma tubulação a uma velocidade de 10 ft/s. Qual é a energia cinética dessa água nas unidades do sistema internacional e em ft.lbf ? Exercício: Termodinâmica Sistemas de unidade No sistema americano de engenharia de unidades, a viscosidade pode ter as unidades de lbf.h/ft^2, enquanto no SI as unidades são kg/m.s. Converta uma viscosidade de 20 kg/m.s em unidades do sistema americano de engenharia.
  • 19. Massa = M Comprimento = L Tempo = Ø Temperatura = T Consistência Dimensional Exemplo: qual a dimensão da força? F = m . a 2 .  L MF  M = kg, g, ton, lb, etc... L = m, cm, mm, km, pé, polegada, etc... Ø = h, min, s, dia, ano, etc… T = °C, K, °R, °F 2 . s m kgF  Termodinâmica Sistemas de unidade
  • 20.
  • 21. Exercício: A pressão pode ser obtida por: Essas duas equações possuem consistência dimensional ?? área F P ou hgP   .. Qual a dimensão do número de Reynolds, dado pela equação abaixo ??   .. Re D N  ]./:.[cos scmgexidadevis densidade velocidade diâmetroD       
  • 22. Exercício: Explique se a seguinte equação para a vazão através de um vertedouro retangular tem consistência dimensional. (Esta é a equação de Francis modificada). ghhLq 2)2,0(415,0 5,1 00 q = vazão volumétrica [ft^3/s]; L=altura da crista [ft]; h0=carga acima do vertedouro [ft]; g=aceleração da gravidade [32,2ft/s^2]. A equação abaixo representa o comportamento de um gás e é chamada de Equação de van der Walls. Considere as unidades ao lado da equação. Qual será a unidade de “R”?   TRbV V a P ..2        a = ? b = ? V = volume, cm^3 P = pressão, atm T = temperatura, K
  • 23. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Sistema: Região do espaço onde ocorrem os processos (nosso objeto de estudo). Tipos de Sistemas Ambiente ou Vizinhança: Região externa ao sistema que pode interagir com ele. Fronteira: é o envoltório que separa o sistema da vizinhança. Ex: Fronteiras adiabáticas, diatérmicas, rígidas, móveis, impermeáveis, permeáveis... Tipos de sistemas Isolado: Não trocam massa nem energia com o ambiente. Fechado: Não trocam massa com o ambiente mas trocam energia. Aberto: Trocam massa nem energia com o ambiente.
  • 24. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Propriedades de estado: São características de um sistema cujos valores numéricos podem ser conhecidos independentemente do caminho do processo. Algumas propriedades são medidas diretamente (T, P) outras determinadas indiretamente (U). Estado: Condição do sistema descrito por suas propriedades. Funções de caminho: Variáveis que dependem do histórico do processo. Ex: Calor e trabalho, taxas (vazões mássicas, molares...) Processo: Resultado da variação das propriedades de estado. É o caminho definido pelas sucessivas transformações do sistema de um estado para outro. Propriedades de estado
  • 25. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Equilíbrio: Estado no qual as propriedades não variam com o tempo. Mudanças microscópicas podem estar ocorrendo mas se anulando. Todas as forças motrizes encontram-se equilibradas ⇒ A existência de todos estes equilíbrios determina o equilíbrio termodinâmico total. • Pressão ⇒ transferência de energia como trabalho. • Temperatura ⇒ transferência de energia como calor. • Potencial químico ⇒ transferência de massa de uma fase a outra ou possibilidade ou não de haver reação química. Tipos de Propriedades
  • 26. Principais Propriedades Termodinâmica Volume: Representa o tamanho de um sistema, obtida pelo produto de três comprimentos. Massa específica: Volume Específico: Volume Molar: Temperatura: Representa o grau de agitação de um sistema de partículas em equilíbrio térmico. T(K) = T(oC) + 273,15 T(R) = T(oF) + 459,67 T(R) = 1,8 x T(K) T(oF) = 1,8 x T(oC) + 32         V m VV lim '  Onde V’ é a menor unidade de volume na qual existe um valor definido para esta razão.
  • 28. Ebulição do enxofre Principais Propriedades Termodinâmica
  • 29. Principais Propriedades Termodinâmica Pressão: definida como a força normal dividida pela área da seção transversal em um ponto. Onde A’ é a menor unidade de volume na qual existe um valor definido para esta razão.         A normal 'AA lim F p
  • 32. Conceitos Fundamentais Termodinâmica A regra de fases de Gibbs: Especifica as condições necessárias que determinam o equilíbrio, ou seja, permite estabelecer as características geométricas do equilíbrio. É um guia útil para determinar quantas propriedades (como P, T, composição, H), têm de ser especificadas para a definição conclusiva de todas as propriedades e número de fases restantes capazes de coexistir em qualquer sistema em equilíbrio. Considere um sistema constituído por π fases e contendo N componentes que não reagem. O número de graus de liberdade no equilíbrio é a diferença entre o número total de variáveis necessárias para caracterizar o estado intensivo do sistema e o número de equações independentes que podem ser escritas com estas variáveis. Onde NI é o número total de variáveis intensivas e NE é o número de equações independentes. As variáveis itensivas da regra das fases são: • (N – 1) composições em cada fase; • 1 temperatura; • 1 pressão. F NI NE    Temperatura Pressão 1 11N NI    2NI N   
  • 33. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Para um melhor entendimento das equações independentes referentes ao equilíbrio entre fases, considere os seguintes problemas: B A T, P Sistema Binário B A T, P Sistema Ternário B A T, P Sistema Ternário C Sistema binário constituído por duas fases Sistema ternário constituído por duas fases Sistema ternário constituído por três fases As equações independentes são: 1 1 A B   2 2 A B   1 1 A B   2 2 A B   3 3 A B   1 1 A B   2 2 A B   2 2 A C  1 1 A C   3 3 A B   3 3 A C   Duas fases e dois componentes: NE = 2; Duas fases e três componentes: NE = 3; Três fases e dois componentes: NE = 4; Três fases e três componentes: NE = 6. Equações dependentes 2 2 B C  1 1 B C   3 3 B C  
  • 34. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Portanto, para N componentes e π fases, o número de equações independentes são: Em certas situações, restrições especiais podem ser impostas ao sistema de forma que permitam que equações adicionais sejam escritas. Assim: Logo:  1NE N N N       NE N N s    2 2 NI N F E N N s N N s                NF  2 •   número de fases; • N  número de espécies químicas; • F  variância (ou graus de liberdade) 1. Água líquida em equilíbrio com o seu vapor; 2. Água líquida com uma mistura de vapor d’água e nitrogênio. Especificar T ou P Especificar T e P
  • 36. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Processo Reversível: Quando a sua direção pode ser revertida em qualquer ponto por uma variação infinitesimal nas condições externas, o processo é denominado REVERSÍVEL. Energia Perdida devido ao atrito Sem perdas de energia Reversível Irreversível Idealização: permite basear os cálculos nas propriedades do sistema (estados de equilíbrio) • Um processo reversível nunca está afastado mais do que infinitesimalmente do equilíbrio e, consequentemente, atravessa uma sucessão de estados de equilíbrio. • Processo pode ser revertido para o mesmo estado inicial quando efetuado o caminho inverso
  • 37. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Não-Equilíbrio: descrito só pelos estados inicial e final. Deve-se salientar que todos os processos executados com substâncias reais em intervalos de tempo finitos são acompanhados, com alguma intensidade, por efeitos dissipativos de algum tipo, e todos são, consequentemente, irreversíveis.
  • 38. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Trabalho: É uma forma de energia em trânsito entre o sistema e suas vizinhanças resultante do deslocamento de uma força externa que atua sobre o sistema. No ponto de vista molecular, o trabalho é a transferência de energia que utiliza o movimento organizado. Por exemplo: levantamento de um peso – os átomos constituintes do peso deslocam-se de uma maneira organizada. Trabalho de Expansão Trabalho de Compressão  2 1 21 WW  dt W W   
  • 39. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Calor: Transferência de energia entre sistema e vizinhança, induzida por uma diferença de temperatura entre eles (força motriz). Ocorre sempre espontaneamente do corpo mais quente para o corpo mais frio. Energia em trânsito (como o trabalho). Transferência de Calor  2 1 21 QQ  dt Q Q    Dos experimentos de Joule, conclui-se que a energia que foi adicionada na forma de trabalho ficou contida dentro do sistema (água) na forma de energia interna. Depois, a energia foi removida na forma de calor. ( Energia do Sistema) + (energia da vizinhança) = 0
  • 40. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Energia: Relação funcional entre diversas variáveis que podem ser medidas e interpretadas fisicamente. Ex: energia cinética de uma massa é função de sua velocidade Pode ser “armazenada” no sistema sob forma de energia das moléculas (vibração, rotação, ligações química...) –Energia Interna. Energia cinética macroscópica: É a energia associada ao movimento macroscópico do sistema.
  • 41. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Energia Potencial macroscópica: É a energia associada à posição macroscópica do sistema em um campo gravitacional. • Energia Interna: É a soma das energias correspondentes aos movimentos translacionais, rotacionais e vibracionais das moléculas que constituem o sistema. Primeira Lei da Termodinâmica: A quantidade total de energia do universo é constante. Isto é, quando desaparece numa forma reaparece simultaneamente em outra. Balanço da Taxa de Energia ktotal PEE UE   energia do sistema k PU E E      
  • 42. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Para um sistema fechado não pode ocorrer transferência de energia interna através das fronteiras do sistema. Assim, a troca de energia entre o sistema e suas vizinhanças é feita na forma de calor e trabalho. Portanto, a variação total de energia das vizinhanças é dada por: Q e W não pertencem nem ao sistema nem às vizinhanças; pertencem à fronteira, isto é, um corpo não possui calor ou trabalho, calor e trabalho são trocas efetuadas entre sistema e vizinhanças. Q e W não são funções de estado pois dependem da natureza do processo que causam a modificação.
  • 43. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Funções de estado: Uma função de estado representa uma propriedade do sistema e tem sempre um valor certo e determinado. Os valores, para uma determinada substância, podem ser medidos e apresentados em tabelas como funções da temperatura e da pressão. • As funções de estado são independentes do processo, ou seja, dependem apenas das especificações dos estados inicial e final. • Integração de uma função de estado fornece uma diferença finita: • Diferencial exata : • A ordem de diferenciação de uma função de estado é irrelevante: B A dU U   ,U f x y y x U U dU dx dy x y              y x yx U U y x x y                        
  • 44. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Volume constante: Pressão constante: A tabulação de valores de Q e W para a lista infinita de possíveis processos é impossível. Entretanto as funções de estado intensivas como volume específico, energia interna específica e entalpia específica são propriedades intrínsecas da matéria.  VPddUdH .
  • 45. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Capacidade Calorífica: É uma medida da quantidade de calor necessária para aumentar de um grau a temperatura de uma dada massa de material. Quando a energia é transferida sob a forma de calor, ocorre uma variação de estado que se pode traduzir por um aumento de temperatura, onde C é a capacidade calorífica. O conhecimento de C permite calcular a energia na forma de calor, controlando o aumento de temperatura que essa transferência provoca. Capacidade Calorífica à volume constante: Q dT  Q CdT  constante)( constante)( 2 1 2 1 VdTCnUnQ VdTCU T T V T T V     V V T U C         
  • 46. Conceitos Fundamentais Termodinâmica Capacidade Calorífica à pressão constante: Relação entre CP e CV: constante)( constante)( 2 1 2 1 PdTCnHnQ PdTCH T T P T T P     P P T H C           dH dU d PV  VdU C dT PdH C dT PV RT  P V V C dT C dT d RT C dT RdT     P VC C R 
  • 47. 1ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Balanço de massa em sistemas abertos: Os sistemas abertos são caracterizados por correntes que escoam, para isto existem quatro medidas usuais • Vazão mássica • Vazão molar • Vazão volumétrica • Velocidade média Para o estado estacionário: Acúmulo de Material Total de Material Total de Material dentro do sistema alimentado no sistema retirado do sistema                    Volume de Controle dm dt 3m 1m 2m 0 dm dt 
  • 48. 1ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Balanço de energia em sistemas abertos: Nível de Referência Z1 Z2 u1 u2 A2 Trocador de Calor Turbina Volume de Controle u1 u2 Q Weixo F A1 Volume de Controle L Tubulação Tubulação 1 1 1F P A 11W LF 1 1 1 11 1 1 V P A AW VP        Para a entrada Para a saída 2 2 2W PV 1 2 1 1 2 2 Total eixo eixo eixo W W W W PV PV W PV W          W1 - trabalho realizado sobre o sistema; W2 – trabalho realizado pelo sistema; Weixo – trabalho realizado pelo sistema.
  • 49. 1ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Balanço de energia em sistemas abertos: Nível de Referência Z1 Z2 u1 u2 A2 Trocador de Calor Turbina Volume de Controle u1 u2 Q Weixo F A1 Volume de Controle L Tubulação Tubulação K P eixoU E E Q PV W         K P eixoEU PV E Q W        K P eixoH E E Q W          K P d mU m H E E Q W dt         Balanço de Energia num VC
  • 50. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Comportamento PVT de Substâncias Puras: Descreve as relações entre Pressão (P), Volume (V) e Temperatura(T)para substâncias puras, homogêneas e em equilíbrio. Descrito pelas Equações de Estado (EDE’s). • A entalpia e a energia interna não são diretamente mensuráveis; Apesar disto, é a partir delas que se calculam as necessidades de calor e trabalho . • Essas propriedades (U e H) são frequentemente avaliadas a partir de dados volumétricos os quais são parâmetros acessíveis a medição (Pressão/Volume/Temperatura – PVT). • Além disso, as relações PVT são importantes na medição de fluidos e no dimensionamento de vasos e tubulações. • Fluidos homogêneos são normalmente divididos em duas classes: líquidos e gases. • Equilíbrio de fase L-V: Terminologia usada para um fluido puro.
  • 51. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Fase de Substância Pura Sistemas Compressíveis Simples: Sistemas de substâncias simples comumente encontradas como água ou mistura de gases não-reativos como ar ou a mistura gasolina-ar antes da combustão. Estes sistemas ocorrem em uma vasta gama de aplicações da engenharia. Para um sistema compressível simples puro, pressão pode ser determinada como uma função de temperatura e volume específico. p = p(T, v)
  • 52. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Diagrama de Fases: Os diagramas termodinâmicos indicam quais as fases em equilíbrio e o que acontece quando ocorre uma variação de temperatura e de pressão. Fase líquida: uma fase é considerada um líquido se ela puder ser vaporizada pela redução da pressão a uma temperatura constante. Fase gasosa: uma fase é considerada um gás se ela puder ser condensada pela redução da temperatura a uma pressão constante. Vapor: o vapor é uma gás que pude ser condensado tanto por compressão a temperatura constante quando por resfriamento a pressão constante.
  • 53. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Diagrama de Fases: Os diagramas termodinâmicos indicam quais as fases em equilíbrio e o que acontece quando ocorre uma variação de temperatura e de pressão. Ponto C – Ponto crítico:  Representa a maior pressão e a maior temperatura para as quais líquido e gás coexistem em equilíbrio;  As fases são indistinguíveis;  É um estado característico de uma substância. Região de Fluido: são fluidos com temperatura e pressão acima do ponto crítico, não satisfazendo as definições de fase gasosa e de fase líquida. Portanto, não pode ser considerado um gás ou um líquido.
  • 54. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Diagrama de Fases: Os diagramas termodinâmicos indicam quais as fases em equilíbrio e o que acontece quando ocorre uma variação de temperatura e de pressão. Temperatura de Saturação: Designa a temperatura em que ocorre mudança de fase com a modificação de pressão. Pressão de Saturação: Designa a pressão em que ocorre mudança de fase com a modificação de temperatura. Em uma região bifásica, temperatura e pressão NÃO são independentes.
  • 55. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Diagram PxV: A região onde ocorre o equilíbrio líquido-vapor é chamado domo de vapor. Onde o estado em que a substância se encontra é chamado estado de saturação. Liquido para Vapor Vapor para Liquido
  • 56. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Tabelas de propriedades termodinâmicas: Em geral todas as tabelas têm a mesma forma – usamos a tabela de vapor d’água por comodidade (usada em plantas de potência e em processos industriais).
  • 57. T o C v m3 /kg u kJ/kg h kJ/kg s kJ/kg∙K v m3 /kg u kJ/kg h kJ/kg s kJ/kg∙K p = 80 bar = 8.0 MPa (Tsat = 295.06o C) p = 100 bar = 10.0 MPa (Tsat = 311.06o C) Sat. 0.02352 2569.8 2758.0 5.7432 0.01803 2544.4 2724.7 5.6141 320 0.02682 2662.7 2877.2 5.9489 0.01925 2588.8 2781.3 5.7103 360 0.03089 2772.7 3019.8 6.1819 0.02331 2729.1 2962.1 6.0060 400 0.03432 2863.8 3138.3 6.3634 0.02641 2832.4 3096.5 6.2120 440 0.03742 2946.7 3246.1 6.5190 0.02911 2922.1 3213.2 6.3805 480 0.04034 3025.7 3348.4 6.6586 0.03160 3005.4 3321.4 6.5282 ► Exemplo: Propriedades associadas ao vapor d’agua superaquecido a 10MPa e 400oC. ► v = 0.02641 m3/kg ► u = 2832.4 kJ/kg ► h = 3096.5 kJ/kg ► s = 6.2120 kJ/kg∙K Termodinâmica
  • 58. ► Quando um estado não se encontra dentro dos valores fornacidos pela tabela, uma interpolação linear se faz necessária entre os valores adjacentes. Exemplo: Volume específico (v) associado ao vapor superaquecido a 10 bar e 215oC. T o C v m3 /kg u kJ/kg h kJ/kg s kJ/kg∙K p = 10 bar = 1.0 MPa (Tsat = 179.91o C) Sat. 0.1944 2583.6 2778.1 6.5865 200 0.2060 2621.9 2827.9 6.6940 240 0.2275 2692.9 2920.4 6.8817 (0.2275 – 0.2060) m3/kg (v – 0.2060) m3/kg (240 – 200)oC (215 – 200)oC slope = = → v = 0.2141 m3/kg Termodinâmica
  • 59. Exemplo: Determinar as propriedades termodinâmicas do nitrogênio a 100 K e 0,09003 m³/kg. Qual a fase? Termodinâmica 3 0,001452 m kgLV  3 0,03120 m kgVV  Vapor superaquecidoVV V  1. Para P0 = 200 kPa e T = 100 K 3 0 0,14252 m kgV  0 71,73 kJ kgU  0 100,24 kJ kgH  0 5,4775 kJ kg KS   2. Para P1 = 400 kPa e T = 100 K 3 1 0,06806 m kgV  1 69,30kJ kgU  1 96,52 kJ kgH  1 5,2466 kJ kg KS   0 1 340,99 kPaP c cV   0 1 70,0170 kJ/kgU c cV   0 1 97,61761483 kJ/kgH c cV   0 1 5,3147 kJ/kg KS c cV   
  • 60. ► Região de equiíbrio Líquido-Vapor. Specific Volume m3 /kg Internal Energy kJ/kg Enthalpy kJ/kg Entropy kJ/kg∙K Temp o C Press. bar Sat. Liquid vf×103 Sat. Vapor vg Sat. Liquid uf Sat. Vapor ug Sat. Liquid hf Evap. hfg Sat. Vapor hg Sat. Liquid sf Sat. Vapor sg Temp o C .01 0.00611 1.0002 206.136 0.00 2375.3 0.01 2501.3 2501.4 0.0000 9.1562 .01 4 0.00813 1.0001 157.232 16.77 2380.9 16.78 2491.9 2508.7 0.0610 9.0514 4 5 0.00872 1.0001 147.120 20.97 2382.3 20.98 2489.6 2510.6 0.0761 9.0257 5 6 0.00935 1.0001 137.734 25.19 2383.6 25.20 2487.2 2512.4 0.0912 9.0003 6 8 0.01072 1.0002 120.917 33.59 2386.4 33.60 2482.5 2516.1 0.1212 8.9501 8 Termodinâmica
  • 61. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Determinação do volume específico de uma mistura: Qualidade (Título): é a razão entre a massa de vapor e a massa total da mistura líquido e vapor. V V Total V L m m x m m m    L Total L LV m V V Total V VV m V L V Total Total Total L L V V V V V m V m V     Total TotalV m V L V Total Total Total L L V V m V V V m V m V     VL L V Total Total L L V Total mm V V V m m m V xV m                     1 VL Total Total mm m m   1 1 VL Total Total mm m m x      1 L VV x V xV    1 L VM x M xM     VL UxUxU ..1    VL HxHxH ..1 
  • 62. ► Exemplo: Um sIstema consiste no equilíbrio líquido-vapor da água a 6oC e qualidade de 0,4. Determine o volume específico da mistura em m3/kg. v = vf + x(vg – vf) Specific Volume m3 /kg Internal Energy kJ/kg Enthalpy kJ/kg Entropy kJ/kg∙K Temp o C Press. bar Sat. Liquid vf×103 Sat. Vapor vg Sat. Liquid uf Sat. Vapor ug Sat. Liquid hf Evap. hfg Sat. Vapor hg Sat. Liquid sf Sat. Vapor sg Temp o C .01 0.00611 1.0002 206.136 0.00 2375.3 0.01 2501.3 2501.4 0.0000 9.1562 .01 4 0.00813 1.0001 157.232 16.77 2380.9 16.78 2491.9 2508.7 0.0610 9.0514 4 5 0.00872 1.0001 147.120 20.97 2382.3 20.98 2489.6 2510.6 0.0761 9.0257 5 6 0.00935 1.0001 137.734 25.19 2383.6 25.20 2487.2 2512.4 0.0912 9.0003 6 8 0.01072 1.0002 120.917 33.59 2386.4 33.60 2482.5 2516.1 0.1212 8.9501 8 Table A-2 v = 1.001×10–3 m3/kg + 0.4(137.734 – 1.001×10–3) m3/kg v = 55.094 m3/kg Termodinâmica
  • 63. • Exemplo: Um vaso contendo um volume de 0,4 m³ contém 2,0 kg de uma mistura de água líquida e seu vapor em equilíbrio numa pressão de 502,06 kPa. Calcule: a) O volume e a massa de líquido; b) O volume e a massa de vapor; c) Qual é a energia interna da mistura? d) Qual é a entalpia da mistura?
  • 64. Propriedades de Fluidos Puros Termodinâmica Exemplo: Um conjunto pistão-cilindro contem 2 kg de água a 100oC e 1 bar. A água é comprimida a vapor saturado a pressão de 2.5 bar. Durante a compressão, 250 kJ de calor são transmitidos da água para as vizinhanças. Desprezando as alterações de energia cinética e potencial, determine o trabalho realizado sobre a água. State 1 2 kg of water T1 = 100oC p1 = 1 bar State 2 Saturated vapor p2 = 2.5 bar Q = –250 kJ 2 ● ● T v p1 = 1 bar 1 p2 = 2.5 bar T1 = 100oC KE + PE +U = Q – W W = Q – m(u2 – u1) Estado 1 é vapor super aquecido, u1 = 2506.7 kJ/kg. Estado 2 é vapor saturado, u2 = ug = 2537.2 kJ/kg. W = –250 kJ – (2 kg)(2537.2 – 2506.7) kJ/kg = –311 kJ
  • 65. Equações de estado Termodinâmica Para regiões monofásicas no diagrama PV existe uma relação envolvendo P, V e T que pode ser representada por: As derivadas parciais são grandezas mensuráveis, sendo definidas por:  , , 0f P T V  T P V V dV dP dT P T                1 P V V T             Expansividade Volumétrica  Compressibilidade Isotérmica 1 T V k V P           dV dT kdP V      2 2 1 2 1 1 ln V T T k P P V          
  • 66. Equações de estado Termodinâmica Gás ideal: EDE mais simples primeira equação a descrever a relação entre pressão, volume e temperatura de substâncias puras. • As moléculas não possuem dimensões, ou seja, os volumes moleculares são desprezíveis; • Não existem forças intermoleculares (atrativas e repulsivas) entre as moléculas, ou seja, as moléculas individuais estão separadas por distâncias que tendem ao infinito, não ocorrendo interações entre as mesmas. • U =f(T). Independe de P e v (não existe força intermolecular, não precisa de energia para variar P e v a T = cte) Em processos industriais, os gases reais submetidos à baixas pressões são considerados como ideais devido à facilidade da modelagem matemática. A equação de estado para os gases ideais pode ser representada em uma forma geral por: TRVP ..  PV cte 
  • 67. Equações de estado Termodinâmica Processo Isobárico: o processo é isobárico se, e somente se, Ω = 0. 1 1 2 2PV PV   1 2 2 2 1 1 P V V P V V            1 2P P cte   1 2 1 2 V V T T    2 1 2 1 V rev V W PdV P V V     kU E   0 PE    0 revQ W     U Q P V     PQ H C dT   
  • 68. Equações de estado Termodinâmica Processo Isotérmico: o processo é isotérmico se, e somente se, Ω = 1. 1 1 2 2PV PV   1 2 2 2 1 1 P V V P V V            1 1 2 2 1 2 PV PV T T  1 2 1 2 1 2 P V T P V T           2 1 2 1 2 1 V T V V T V                 1 1 2 2 1 T V T V              1 2T T 1 1 2 2PV PV PV C    2 2 1 1 V V rev V V dV W PdV C V      2 1 lnrev V W RT V         U 0 kE    0 PE    0 revQ W    2 1 lnrev V Q W RT V         
  • 69. Equações de estado Termodinâmica Processo Isocórico: o processo é isocórico se, e somente se, Ω = ∞. 1 1 2 2PV PV   1 2 2 2 1 1 P V V P V V            1 2 1 1 2 V P V P        2 1V V V   1 2 1 2 P P P T T T   2 1 0 V rev V W PdV   kU E   0 PE    0 revQ W    0 VQ U C dT   
  • 70. Equações de estado Termodinâmica Processo Adiabático: 1 1 2 2PV PV   kU E   0 PE    0 Q   0 revW   U PdV   VU C dT  RT P V  V dV C dT RT V   V dT R dV T C V         dH dU d PV  P VC dT C dT RdT  P VC C R  P V C k C  1V V V C R R k C C      1 dT dV k T V  
  • 71. Equações de estado Termodinâmica Processo Adiabático:  1 dT dV k T V       2 2 1 1 1 2 1 ln 1 ln ln k T V k T V V V                       1 2 2 1 1 k T V T V         1 1 2 2 1 2 PV PV T T  2 2 2 1 1 1 T P V T P V            1 2 2 2 1 1 1 k P V V P V V                  1 2 12 2 1 12 1 k k V VP V P VV V                         2 1 1 2 k k P V P V      
  • 72. Equações de estado Termodinâmica Processo Adiabático: o processo é adiabático se, e somente se, Ω = k. 2 1 1 2 k k P V P V       2 2 1 1 k k k PV PV PV   1 2 1 2 1 2 V P T V P T           2 2 1 1 1 2 k P P T P P T              1 2 1 1 2 k k P T P T              1 1 2 2 1 k kT P T P         1 2 1 2 1 2 k V T V V T V                1 2 1 1 2 k T V T V         kU E   0 PE    0 Q   0 revW   revU W 
  • 73. Equações de estado Termodinâmica Processo Adiabático: TCUW dTCdWdU V V   11 21        RTRTTR TCW V 1 1122     VPVP W11     VVV V V P C R C R C RC C C                                      1 1 1 1 1 1 21 1 1 211      P PRT P PVP W
  • 74. Equações de estado Termodinâmica Processo Politrópico: Os valores de Q não podem ser determinados diretamente, mas são obtidos através da primeira lei com o trabalho calculado pela integral P.dV. Entretanto, a avaliação desta integral requer a especificação de uma relação P versus V. KPV                     1 1 1 1 21    P PRT W                          1 11 1 1 21     P PRT Q Isocórico Adiabático Isotérmico1 Isobárico0        
  • 75. Equações de estado Termodinâmica Processo Irreversíveis: O trabalho em processos irreversíveis é calculado em duas etapas: • Cálculo do trabalho mecanicamente reversível que efetua a mesma mudança de estado; • O trabalho reversível é multiplicado por uma eficiência para fornecer o trabalho irreversível. • Trabalho efetuado pelo sistema: Máquina Motriz • Trabalho efetuado sobre sistema: Máquina Operatriz Real Irrev Ideal Rev W W W W    Ideal Rev Real Irrev W W W W   
  • 76. Equações de estado Termodinâmica 8.314 kJ/kmol∙K 1.986 Btu/lbmol∙oR 1545 ft∙lbf/lbmol∙oR R
  • 77. Equações de estado Termodinâmica Fator de compressibilidade: Uma forma conveniente para quantificar os desvios de um gás real em relação ao comportamento ideal é introduzir uma nova variável termodinâmica, denominada de fator de compressibilidade, definida como sendo a razão entre os volumes molares nos estados real e ideal. Assim: Em pressões muito baixas, as moléculas individuais estão separadas por distâncias que tendem ao infinito, não existindo forças intermoleculares; As forças atrativas predominam sobre as forças repulsivas, contribuindo para a diminuição do volume molar real, pois são forças de compressão; As forças repulsivas predominam sobre as forças atrativas, contribuindo para o aumento do volume molar real, pois são forças de expansão. Ideal V Z V  PV ZRT 1Z  Ideal V V 1Ideal V V Z   1Ideal V V Z  
  • 78. Equações de estado Termodinâmica O desvio da idealidade é medido pelo grau de afastamento do fator de compressibilidade da unidade. Portanto, o fator de compressibilidade é uma medida da natureza e da intensidade das forças intermoleculares.
  • 79. Equações de estado Termodinâmica Metodologia de Pitzer: Pitzer (1955) observou que todos os dados de pressão de vapor dos fluidos simples (Ar, Kr, Xe) se encontram sobre uma mesma linha quando representados na forma log Pr sat versus 1/Tr e que a linha passa por log Pr sat = - 1 para Tr = 0,7. Para os outros fluidos, as localizações das linhas são dadas em relação a linha do fluido simples pela diferença:    Fluido Simples log logsat sat r rP P
  • 80. Equações de estado Termodinâmica Teorema dos Estados Correspondentes: Afirma que todos os gases, quando comparados nas mesmas temperaturas e pressões reduzidas têm o mesmo fator de compressibilidade e afastam-se em relação ao comportamento ideal da mesma forma. Gas Ideal Estes parâmetros levam em conta a contribuição devido à forma geométrica da molécula DOIS PARÂMETROS ( , )r rZ f P T PV Z RT  c c c c PV Z RT  r r c r PV Z Z T  PR = P/Pc TR = T/Tc VR = V/Vc Validade dos estados correspondentes de dois parâmetros: Todas as substâncias possuem o mesmo ZC. TRÊS PARÂMETROS  , ,r rZ P T Expansão em série de Taylor            , , , , , r r R R R r r r r T P Z Z T P Z T P            
  • 81. Equações de estado Termodinâmica   0.7 log 1 r sat r T w P     Fator Acêntrico: É uma medida dos desvios da esfericidade do campo de força molecular. Moléculas esféricas 0w  w    0 R w              , , , , , r r R R R r r r r T P Z Z T P Z T P                  0 1 , ,r rZ T P w Z Z w     0R Z Z  1 ,r rT P Z Z w       
  • 82. Equações de estado Termodinâmica Metodologia Lee-Kesle: Das correlações tipo Pitzer disponíveis, a desenvolvida por Lee e Kesle (1975) tem maior aceitação. Fornecendo resultados confiáveis para gases apolares ou fracamente polares. É apresentada em forma de tabelas que fornecem valores de Z0 e Z1 como funções de Tr e Pr
  • 83.
  • 84. Equações de estado Termodinâmica A forma de tabela das correlações generalizadas para o fator de compressibilidade representa uma desvantagem; expressões analíticas aproximadas são obtidas para estas funções em um intervalo limitado de pressões.
  • 85. Equações de estado Termodinâmica Assim, Pitzer e colaboradores propuseram uma segunda correlação: Os segundos coeficientes do virial são somente funções da temperatura e, analogamente, B0 e B1 são funções somente da temperatura reduzida. r r C C T P RT BP RT BP Z        11 10 BB RT BP C C  r r r r T P B T P BZ 10 1  r r T P BZ 00 1 r r T P BZ 11  6,1 0 422,0 083,0 rT B  2,4 1 172,0 139,0 rT B  r r r r T P B T P BZ 10 1 
  • 86. Equações de estado Termodinâmica Terceiro coeficiente do virial a partir dos estados correspondentes: Correlação tipo Pitzer. Assim, Orbey e Vera propuseram : Exemplo 3.10: Determine o volume molar do n-butano a 510 K e 25 bar através da: a) Equação do gás ideal. b) Correlação de Pitzer para fator de compressibilidade. c) Correlações de Pitzer para B e C.
  • 87. Equações de estado Termodinâmica Equação do Virial: Do latim vis (força, vigor) leva em consideração as interações moleculares através de seus coeficientes. A equação de estado do virial explícita na pressão é uma série polinomial da densidade molar ou do inverso do volume molar. Assim: onde os coeficientes do virial B, C e D são funções da temperatura e representam os efeitos das interações intermoleculares, respectivamente, entre pares de moléculas, grupos de três moléculas e grupos de quatro moléculas. A Equação acima é a única com uma base teórica firme Baseada na mecânica estatística. 2 3 4 2 3 4 P RT RTB RTC RTD RT RTB RTC RTD V V V V              2 3 1Z B C D      
  • 88. Equações de estado Termodinâmica Os coeficientes do virial são definidos, respectivamente, através das seguintes relações: Em termos da expansão em série de potencia na pressão, a equação do virial é escrita como:  10 0 1 lim lim 1 V Z B Z V                   10 0 1 1 lim lim 1 V Z C B Z V B V                                2 2 10 0 1 1 lim lim 1 V Z B D C Z V BV C V                                 2 3 1Z B P C P D P      
  • 90. Equações de estado Termodinâmica Exemplo 3.8: Valores divulgados para os coeficientes do virial do vapor de isopropanol a 200°C são: B = -388 cm³/mol e C = -26000 cm6/mol². Calcule V e Z para o vapor de isopropanol, a 200°C e 10 bar, através: a)Da equação do gás ideal; b)Da equação do virial truncada no terceiro termo.
  • 91.
  • 92. Equações de estado Termodinâmica Equações Cúbicas: Se uma equação de estado necessitar apresentar o comportamento PVT de líquidos e vapores, ela terá que atender alguns critérios: • Abranger uma grande faixa de temperatura e pressão. • Ser mais abrangente do que a equação do Virial. • Deve ser suficientemente geral para ser usada para líquidos, bem como para gases e vapores. Equação de Van der Waals: A primeira correlação utilizada para aperfeiçoar a equação dos gases ideais foi proposta por van der Waals. Este aperfeiçoamento foi obtido através da representação da pressão por meio da soma das contribuições devido às forças atrativas e repulsivas. Matematicamente: onde PR e PA são, respectivamente, as pressões devido às contribuições das forças repulsivas e atrativas entre as moléculas. R AP P P 
  • 93. Equações de estado Termodinâmica A contribuição devido às forças repulsivas foi definida por van der Waals através da expressão: onde b é o covolume de van der Waals (característica de cada substância), sendo determinada a partir das condições de estabilidade do ponto crítico. A Equação afirma que as moléculas (consideradas como esferas rígidas) de um gás real se movimentam em um volume (Vt – nb) menor do que o volume total Vt ocupado pelo gás. 1 1 BP Z B P RT     RT V B P   RT P V B   PV Z RT  R t nRT RT P V nb V b    
  • 94. Equações de estado Termodinâmica A contribuição atrativa é obtida através da seguinte expressão: onde a é o parâmetro atrativo, sendo determinado através das condições de estabilidade do ponto crítico. Vt e n são, respectivamente, o volume total e o número de moles. A Equação afirma que o termo representativo do efeito das forças atrativas entre moléculas faz com que a relação entre as pressões de um gás nos estados real e ideal seja a seguinte: 2 2 2A t n a a P V V    2id a P P V   2 2 t t nRT n a P V nb V    R AP P P  R t nRT RT P V nb V b     2 2 2A t n a a P V V    2 RT a P V b V   
  • 95. Equações de estado Termodinâmica         3 2 2 2 2 2 RT a P V b V RTV a V bV V b V V b V V b          2 RT a P V b V       3 2 2RT a V V b P V P bV    3 2 0 RT a ab V b V V P P P           3 2 0 ZRT ZRT ZRT P P RT a ab b P P P P                             PV Z RT  3 2 2 3 0 RT a ab Z b Z Z P P P P P RT RT RP T                             3 2 22 2 2 1 0 b aP P bP RT aP Z Z Z R TR T RT                             3 2 1 0Z B Z A Z A B         2 2 aP A R T   bP B RT  
  • 96. Equações de estado Termodinâmica Os parâmetros característicos a e b da equação de estado generalizada são determinados a partir do ajuste de dados experimentais da fase gasosa ou através das condições de estabilidade do ponto crítico. Para o último caso, dois métodos podem ser aplicados: A condição de estabilidade do ponto crítico fornece duas equações de restrição. No ponto crítico, a equação cúbica possui três raízes reais e iguais. 0 cT P V       2 2 0 cT P V        3 0cV V  8 c b c c c RT RT b P P    2 2 2 2 27 64 c a c c c R T R T a P P    1 8b 27 64a 
  • 97. Equações de estado Termodinâmica As expressões dos coeficientes A* e B* mostram que os fluidos de van der Waals obedecem ao princípio dos estados correspondentes de dois parâmetros, pois: A* = f(Tr, Pr) e B* = f(Tr, Pr). Portanto, a dependência funcional do fator de compressibilidade é a temperatura reduzida e a pressão reduzida, Z = f(Pr, Tr). 8 c b c c c RT RT b P P    2 2 2 2 27 64 c a c c c R T R T a P P    1 8b 27 64a  2 2 2 2 2 a c a r c r R T PP A R T P T          2 2 aP A R T   bP B RT   b c b r c r RT PP B RT P T         
  • 98. 52 54 56 58 60 62 64 66 68 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 [FEDF] = [DCBD] T = 290 KCO2 G F E D C B A V (cm³/mol) P(bar) 1.Para pressões inferiores a 56,11 bar, a equação de van der Waals fornece uma raiz real e duas raízes complexas conjugadas. A raiz real é considerada o volume molar do vapor. Nestes estados, (P/V)T < 0, obedecendo ao critério de estabilidade mecânico. 2.Para pressões no intervalo [56,11 bar, 63,105 bar], a equação de van der Waals fornece três raízes reais. Neste caso, o procedimento é o seguinte: Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
  • 99. 52 54 56 58 60 62 64 66 68 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 [FEDF] = [DCBD] T = 290 KCO2 G F E D C B A V (cm³/mol) P(bar) As raízes intermediárias não possuem significado físico. Observe que (P/V)T > 0, não obedecendo ao critério de estabilidade mecânica; As raízes extremas no intervalo [56,11 bar, 63,105 bar] possuem significado físico. Observe que (P/V)T<0, obedecendo ao critério de estabilidade mecânico; A pressão de vapor calculada através da regra de Maxwell é, aproximadamente, igual a 60,8095 bar; Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
  • 100. 52 54 56 58 60 62 64 66 68 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 [FEDF] = [DCBD] T = 290 KCO2 G F E D C B A V (cm³/mol) P(bar) Para pressões inferiores à pressão de vapor, no intervalo [56,11 bar, 63,105 bar], a maior raiz representa o volume da fase vapor (fase estável) e a menor raiz é o volume molar do líquido (fase metaestável – líquido superaquecido). são estados de não equilíbrio. Para pressão igual à pressão de vapor, a maior raiz representa o volume da fase vapor e a menor raiz é o volume molar do líquido. fases vapor e líquido em equilíbrio. Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
  • 101. 52 54 56 58 60 62 64 66 68 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 [FEDF] = [DCBD] T = 290 KCO2 G F E D C B A V (cm³/mol) P(bar) Para pressões superiores à pressão de vapor no intervalo [56,11 bar, 63,105 bar], a maior raiz representa o volume da fase vapor (fase metaestável – vapor sub-resfriado) e a menor raiz é o volume molar do líquido (fase estável). são estados de não equilíbrio. 3.Para pressões acima de 63,105 bar até próximo à pressão crítica, a equação fornece uma raiz real e duas raízes complexas conjugadas. A raiz real é considerada o volume molar do líquido. Observe que (P/V)T < 0, obedecendo ao critério de estabilidade mecânica. Comportamento volumétrico do CO2 para a isoterma de 290 K
  • 102. Equações de estado Termodinâmica Equação de Redlich-Kwong: Uma simples equação de estado que é consideravelmente mais precisa do que a de Van der Waals é a que foi proposta por Redlich e Kwong em 1949: O parâmetro  foi introduzindo com a finalidade da correção da curva de pressão de vapor.     A c R P a V V P RT V b R b a V P Vb b T V            1 T   1 c cT   1 r rT  
  • 103. Equações de estado Termodinâmica 3 2 2RT RTb a ab V b V V V P P P P                 3 2 2 0 RT a RTb ab V V b V P P P P                  3 2 2 0 ZRT ZRT ZRTRT a RTb ab P b P P PP P P                              3 2 3 2 2 0 P P PRT a RTb ab b P PRT R Z RPT TP Z Z                                          2 2 3 2 2 2 2 0 P P P P P R T RT RT R T RT Z Z Z a b b a b                           3 2 2 0Z Z A B B Z A B          
  • 104. Equações de estado Termodinâmica 0,08664035 c b c c c RT RT b P P    2 2 2 2 0,42748023 c a c c c c c c R T R T a P P     2 2 2 2 2 c r a r r a P PaP A R T R T T       b r r PbP B RT T     As expressões dos coeficientes A* e B* mostram que os fluidos de Redlich-Kwong obedecem ao princípio dos estados correspondentes de dois parâmetros, pois:  = f(Tr), A* = f(Tr, Pr) e B* = f(Tr, Pr). Portanto, a dependência funcional do fator de compressibilidade é a temperatura reduzida e a pressão reduzida, Z = f(Pr, Tr). Equação de Soave-Redlich-Kwong:   2 0,5 1 1 rm T      c = 1r m = 0,480 + 1,574w  0,176w2
  • 105. Equações de estado Termodinâmica Equação de Peng-Robinson: Partindo da equação de Van der Waals, Peng- Robinson apresentaram em 1976 a seguinte equação: O parâmetro  foi introduzindo com a finalidade da correção da curva de pressão de vapor.     A c R P a V V P RT V b R b a V P Vb b T V              2 0,5 1 1 rm T      2 0,37464 1,54226 0,26992m w w  
  • 106. As expressões dos coeficientes A* e B* mostram que os fluidos de Peng- Robinson obedecem ao princípio dos estados correspondentes de três parâmetros, pois:  = f(Tr, w), A* = f(Tr, Pr, w) e B* = f(Tr, Pr). Portanto, a dependência funcional do fator de compressibilidade é a temperatura reduzida e a pressão reduzida, Z = f(Pr, Tr, w). Equações de estado Termodinâmica 2 3 2 2 22 3 0 RT bRT a b RT ab V b V b V b P P P P P                      0,07779607 c c c bcRT RT b P P    2 2 2 2 0,45723553 c c c c c c c aR T R T a P P          3 2 2 3 2 1 3 2 0Z B Z A B B Z A B B B                 2 2 2 2 2 c a r r r a P PaP A R T R T T       b r r PbP B RT T    
  • 107. Equações de estado Termodinâmica Equação de Cúbica Generalizada: R AP P P  R RT P V b   2 2 A c a P V V a V V              2 R AP P P RT a V b V V         3 2 0c c RT V b V P aRT b V P P a bRT b P P                                          3 2 2 2 2 3 1 0c c P bP Z Z RT RT a PP P bP P Z RT RT RT RT R T a bRT P b P P RT                                                                 3 2 2 1 0 0Z A Z A Z A   
  • 108. Constantes características das equações de estado Equação Cúbica de Estado   van der Waals 0 0 Redlich-Kwong (1949) b 0 Wilson (1964) b 0 Soave (1972) b 0 Peng-Robinson (1976) 2b b2 Harmens-Knapp (1980) bc (c 1)b2 Schmidt-Wenzel (1980) ub kb2 Patel-Teja (1982) b+c bc Stryjek-Vera (1986) 2b b2 Termodinâmica
  • 109. Equações de estado Termodinâmica Raizes com características do vapor e tipo vapor: Raizes com características do líquido e tipo líquido:
  • 110. Equações de estado Termodinâmica Exemplo 3.11: Qual pressão é gerada quando 1lbmol de metano é armazenado em um volume de 2 ft³ a 122 °F pela: a) Equação do gás ideal. b) Equação de Redlich-Kwong. c) Correlações de Pitzer.
  • 111. Equações de estado Termodinâmica Correlações para líquidos: Volumes molares dos líquidos podem ser calculados através das equações de estado cúbicas generalizadas – estes resultados, em geral, não possuem grande precisão. Rackett (1970) fornece a seguinte correlação: Lydersen, Greenkorn e Hougen desenvolveram um método geral para a estimativa dos volumes de líquidos baseados no princípio dos estados correspondentes - está baseado numa correlação da densidade reduzida em função da temperatura e pressão reduzidas.   2857,0 1 rT CC sat ZVV   V VC C r     2 1 12 r r VV    Onde V2 = volume requerido V1 = volume conhecido r1 , r2 = densidades reduzidas.
  • 114. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Limitações da 1ª Lei da Termodinâmica: • Não indicam a direção em que os processos espontâneos ocorrem; • Não diferenciam qualitativamente trabalho e calor - trabalho pode ser transformado em outra forma de energia com eficiência de quase 100%, mas apenas 40% de calor é transformado em trabalho. 2ª Lei: Espotaneidade e Equilíbrio: • Impõe restrições quanto ao sentido espontâneo (sem intervenção externa) das transformações energéticas, estabelece condições para o equilíbrio, determina melhor desempenho teórico dos ciclos, avaliam fatores que impedem melhor nível de desempenho teórico Sentido Espontâneo: Mudança que leva a uma dispersão caótica maior da energia total de um sistema isolado (conclusão baseada em observações dos fenômenos naturais);
  • 115. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Há diversas formulações da 2a lei da termodinâmica, aparentemente diferentes mas logicamente equivalentes. Estas formulações conduzem ao conceito de entropia. Enunciado de Kelvin e Planck: “Nenhum equipamento num processo cíclico pode operar de modo que o único efeito produzido é a conversão completa de calor em trabalho.” Eficiência: É impossível uma máquina térmica com rendimento 100%. Enunciado de Clausius: “Qualquer processo que consista somente da transferência de calor de uma fonte mais fria para uma mais quente é impossível” Espontaneidade: É impossível construir um refrigerador que opere sem receber energia (trabalho).
  • 116. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O transporte de calor de uma fonte fria para uma fonte quente, em uma máquina cíclica, só é possível com trabalho proveniente de uma fonte externa. • comprovada para ciclos de refrigeração e bombas de calor: “bombeiam” o calor do interior da (fonte fria) para o ambiente (fonte quente) pela intervenção de trabalho externo. Uma máquina térmica, recebe o calor da fonte quente e transfere necessariamente uma parte deste calor para uma fonte fria. • comprovada pelo ciclo de centrais termelétricas. A perda do condensador é inevitável - eficiência < 100% (real: 20 % < η < 45%). Qual o máximo rendimento possível? É o rendimento do ciclo ideal reversível. Um processo real se aproxima de um processo ideal reversível, se ele for lento, sofrer transformações infinitesimais, com um mínimo de atrito. Todos os processos reais são IRREVERSÍVEIS. Se os processos do ciclo são ditos reversíveis, o ciclo também será reversível.
  • 117. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Máquinas Térmicas: são sistemas que, operando de forma cíclica, realizam a conversão de calor ou energia térmica em trabalho mecânico. Isto se dá quando uma fonte térmica de calor a alta temperatura leva um fluido de trabalho de um estado de baixa temperatura para um estado de temperatura mais alta. Parte do calor absorvido é convertido em trabalho e o calor não convertido é rejeitado em uma fonte térmica fria.
  • 118. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Refrigerador e Bomba de Calor: É uma máquina que opera segundo um ciclo TD recebendo trabalho (potência) e retirando calor da fonte fria (reservatório de baixa temperatura) e fornecendo calor para a fonte quente (reservatório de alta temperatura). bomba de calor - interesse no calor transferido à fonte quente). refrigerador - interesse no calor recebido da fonte fria.
  • 119. 2ª Lei da Termodinâmica Máquinas Térmicas
  • 120. 2ª Lei da Termodinâmica Ciclo padrão ar Otto Ciclo padrão ar Diesel O motor de combustão interna não opera segundo um ciclo termodinâmico. Entretanto, com o objetivo de análise térmica, trabalham com ar em um ciclo termodinâmico. 2ª Lei da Termodinâmica
  • 121. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica A máquina de Carnot: Máquina térmica descrita por Sadi Carnot que opera de uma forma completamente reversível onde todo calor absorvido é absorvido no reservatório quente e todo calor rejeitado é rejeitado no reservatório frio . Corolários de Carnot: • A eficiência térmica de um ciclo de potência real é sempre menor que a eficiência térmica de um ciclo reversível (máxima eficiência possível) operando entre as mesmas TH e TC • Ciclos térmicos reversíveis que operem entre os mesmos reservatórios térmicos têm a mesma eficiência térmica independente do fluido. irrevrev  
  • 122. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot: Reservatório de alta temperatura Reservatório de baixa temperatura Bomba Condenador Caldeira Turbina W Qh QC  O calor é transferido do reservatório térmico de alta temperatura para a água (vapor) na caldeira. Para que este processo seja uma transferência reversível, a temperatura da água (vapor) deve ser apenas um infinitésimo menor do que a temperatura do reservatório. Isto significa que a temperatura da água deve permanecer constante, uma vez que a temperatura do reservatório é constante.
  • 123. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot: Reservatório de alta temperatura Reservatório de baixa temperatura Bomba Condenador Caldeira Turbina W Qh QC  A segunda etapa, ocorre na turbina sem transferência de calor. Como todas as etapas do ciclo de Carnot são reversíveis, o processo é adiabático reversível durante o qual a temperatura do fluido diminui da temperatura do reservatório quente até a do reservatório frio.  O processo seguinte, o calor é rejeitado do fluido de trabalho para o reservatório de baixa temperatura. Este processo deve ser isotérmico reversível, no qual a temperatura do fluido é um infinitésimo maior do que aquela do reservatório de baixa temperatura. Durante este processo parte do vapor é condensado.
  • 124. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot: Reservatório de alta temperatura Reservatório de baixa temperatura Bomba Condenador Caldeira Turbina W Qh QC  A etapa final é um processo adiabático reversível, no qual a temperatura do fluido aumenta desde a temperatura mais baixa para a temperatura mais alta. Observe que nesta etapa é necessário comprimir uma mistura de líquido-vapor saindo do condensador, por isso o ciclo de Carnot não pode ser utilizado na prática. As dificuldades práticas:  Etapa 4 – 1: bombas trabalham apenas com a fase líquida.  Turbinas alimentadas por vapor saturado produzem correntes de saída com alta quantidade de líquidos, causando problemas de erosão.
  • 125. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot: Q = 0 Q = 0 Q2 Q1 V P T1 T2 T1, p1, V1 T1, p2, V2 T2, p3, V3 T2, p4, V4 Diagrama PV Etapa 1: Expansão isotérmica Etapa 2: Expansão adiabática Etapa 3: Compressão isotérmica Etapa 4: Compressão adiabática
  • 126. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot: Etapa 1: Expansão isotérmica Etapa 2: Expansão adiabática Etapa 3: Compressão isotérmica Etapa 4: Compressão adiabática T S 1 2 34 1 - 2: Caldeira 2 - 3: Turbina 3 - 4: Condensador 4 - 1: Bomba
  • 127. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Para o caso do ciclo de refrigeração, pode-se representar o ciclo de Carnot como o ciclo de potência operando de forma inversa. Visto que todos os processos são reversíveis, as equações envolvidas são as mesmas. Q = 0 Q = 0 Q2 Q1 Volume Pressão T1 T2 T1, p1, V1 T1, p2, V2 T2, p3, V3 T2, p4, V4 compressor refrigerador condensador válvula QL TL W QH TH TL TH QH compressor evaporador condensador W TH ExteriorQL TL Interior TH TL válvula
  • 128. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot com gás ideal: 1ª Etapa: expansão isotérmica U1 = 0  Q1 = - W1 Q1 = QQ = - W1 = RT1ln(V2/V1) 2ª Etapa: expansão adiabática Q2 = 0  U2 = W2  2 1 2 T T V dTCW
  • 129. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot com gás ideal: 3ª Etapa: compressão isotérmica U3 = 0  Q3 = - W3 Q3 = QF = - W3 = RT2ln(V4/V3) 4ª Etapa: compressão adiabática Q4 = 0  U4 = W4  1 2 2 T T V dTCW
  • 130. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot com gás ideal: Trabalho Total do Ciclo Wciclo = W1 + W2 + W3 + W4               2 1 1 2 3 4 2 1 2 1 T T T T VVciclo dTC V V lnRTdTC V V lnRTW              4 3 2 1 2 1 V V lnRT V V lnRTWciclo V2 e V3 V1 e V4 ligados por etapas adiabáticas reversíveis 1 42 1 11 1 32 1 21    VTVTeVTVT 4 3 1 2 V V V V           1 2 21 V V lnTTRWciclo
  • 131. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica O ciclo de Carnot com gás ideal: Eficiência de Carnot:      121 1221 V/VlnRT V/VlnTTR Q W revQ ciclo rev   Q F Q ciclo Q Q Q W  1 1 2 1 21 1 T T - T TT    ou Ciclo de Refrigeração: FQ F QQ Q   21 2 TT T max   Bomba de Calor: FQ Q QQ Q   21 1 TT T max   1 2 T T Q Q revcicloQ F 
  • 132. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Se tratando de um processo cíclico reversível, podemos escrever: A propriedade assim definida é chamada de ENTROPIA e a ela Rudolf Clausius deu o símbolo S. 1 2 T T Q Q revcicloQ F  0 F F Q Q T Q T Q 0 T Qrevd Num ciclo a variação de qualquer propriedade é nula. Assim, Q/T é uma propriedade de estado
  • 133. Termodinâmica Podemos substituir qualquer processo cíclico por uma sucessão de ciclos que contêm os trechos do ciclo original limitados por adiabáticas. Assim, qualquer processo cíclico pode ser operado por inúmeros ciclos de Carnot.
  • 135. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Entropia: • “Propriedade intrínseca de um sistema que aumenta quando um sistema recebe calor e diminui quando perde calor. Assim, ΔS dá uma indicação do sentido e da intensidade do fluxo de calor.” • A entropia é uma medida do grau de desordem da matéria e da energia. A entropia é uma função de estado, sendo uma medida conveniente da perda de capacidade do sistema para produzir trabalho. • Posteriormente, estudos da termodinâmica estatística relaciona esta propriedade com a distribuição molecular em diversas possibilidades energéticas do sistema.         2 1 12 revT Q SSS 
  • 136. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Estudos posteriores desenvolvidos por Clausius demonstraram que, para ciclos irreversíveis, tem-se: Para processos irreversíveis a variação da entropia do sistema se dá não só pela transferência de calor entre sistema e vizinhanças como também pela presença das irreversibilidades inerentes ao sistema. 0 d  T Q para todos os ciclos irreversíveis T dQ dSirrev  desigualdades de Clausius
  • 137. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica I T dQ dSirrev  Geração de entropia devido às irreversibilidades  I  0 = dSrev 0 d   T Q dS rev rev para todos os ciclos reversíveis ISS revirr  0 sVizinhançaSistemaTotal SSS
  • 138. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica “Qualquer processo evolui no sentido do aumento da entropia total (sistema + vizinhanças) e quando o processo se aproxima da reversibilidade, a variação de entropia se aproxima de zero” “A entropia do sistema ou das vizinhanças pode aumentar ou diminuir isto acontece freqüentemente nos processos irrreversíveis” Corolário: “Nenhum processo no qual a entropia total (sistema + vizinhança) diminui é possível” “A energia do universo é constante e a entropia tende a atingir um máximo”
  • 139. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Um Sistema opera em um ciclo de potência enquanto recebe 1000 kJ sob a forma de calor de um reservatório a 500 K e descarrega 600 kJ sob a forma de calor para um reservatório a (a) 200 K, (b) 300 K, (c) 400 K. para cada caso determine se o ciclo opera de forma reversível, irreversível ou impossível. 4.0 kJ1000 kJ600 11 H C  Q Q  (a) 6.0 K500 K200 11 H C max  T T  (b) 4.0 K500 K300 11 H C max  T T  (c) 2.0 K500 K400 11 H C max  T T  Reversibly0.4 = 0.4 Impossible0.4 > 0.2 Irreversibly0.4 < 0.6  max
  • 140. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Um Sistema opera em um ciclo de potência enqianto recebe 1000 kJ sob a forma de calor de um reservatório a 500 K e descarrega 600 kJ sob a forma de calor para um reservatório a (a) 200 K, (b) 300 K, (c) 400 K. para cada caso determine se o ciclo opera de forma reversível, irreversível ou impossível. cycle C out H in  T Q T Q b       T Q
  • 141. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Determinação da entropia de substância pura: • Gráficos HS (Mollier) • Gráficos TS • Tabelas de Vapor • Cálculo para a região de duas fases • Cálculo para mudança de fase p cte. • Cálculo para fluidos incompressíveis. s = sl + x.slv dQ = dH T dH T dQ dS  T HH SS lg lg   .equil .equil T H S       1 2 12 T T lncTSTS 
  • 143.
  • 144.
  • 145. 2ª Lei da Termodinâmica Processo Reversível
  • 146. 2ª Lei da Termodinâmica Processo Irreversível
  • 147. 2ª Lei da Termodinâmica Entropia Função de Estado
  • 148. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Variação de entropia para um gás ideal: dU dQ dW  revdU dQ PdV TdS PdV     dUS dTd P V  d d U H dU dPV VdV PPd     dH TdS VdP  Tds = du + Pdv Tds = dh - vdP PdH C dT V R T P  PC dT dP dS R T P   dH V dS dP T T        PCdS dT dP R R T P        0 0 T P P T P C dT dP S R T P     0 0 T P P T P CS dT dP R R T P               1 2 1122 2 1 P P lnR T dT cP,TSP,TS T T p       1 2 1122 2 1 v v lnR T dT cv,TSv,TS T T v  
  • 149. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Variação de entropia para um gás ideal: 2 3 4 PC A BT CT DT ET       0 2 3 4 0 ln T T A BT CT DT ET dT P S R T P                       2 2 0 0 0 3 3 4 4 0 0 0 2 3 4 ln ln T C A B T T T T T S D E P T T T T R P                             2 2PC A BT CT DT R       0 0 2 2 T P T P S dT dP A BT CT DT R T P              2 2 0 0 0 2 2 0 0 2 2 ln ln T C A B T T T T TS R D P T T P                            
  • 150. 2ª Lei da Termodinâmica Termodinâmica Balnçõ de Entropia Sis Fechados. Bal da Taxa de Entropia sistemas abertos.
  • 151. 2ª Lei da Termodinâmica Força Associada a Entropia
  • 152. 2ª Lei da Termodinâmica Entropia e Probabilidade
  • 153. 2ª Lei da Termodinâmica Entropia e Probabilidade