2. O que é o autismo?
O autismo agrupa um conjunto
de comportamentos numa
tríade principal:
1. comprometimentos
qualitativos na comunicação,
2. dificuldades na interação
social,
3. atividades restrito-repetitivas.
3. Ainda não se pode dizer com
absoluta certeza as causas do
autismo.
4. Sabe-se, no entanto, que não possui origem
ambiental, como se acreditou durante
muitos anos.
5. Pode aparecer nos primeiros anos de vida ou durante o
período do desenvolvimento da criança. Normalmente, os
sintomas se tornam aparentes por volta da idade de três
anos. Alguns números relatam que a taxa média de
prevalência do Transtorno Autista é de cerca 15 casos
por 10.000 indivíduos, sendo mais comum entre os
meninos.
6. Leo Kanner, psiquiatra austríaco,
naturalizado americano, publicou as
primeiras pesquisas relacionadas ao
autismo em 1943.
Na Alemanha, em 1944, o
pediatra Hans Asperger
desenvolveu uma tese expondo
um conjunto de sinais
semelhantes aos descritos por
Kanner em crianças na idade de
três anos.
7. Ainda que não exista total clareza a
respeito do autismo, precisamos
educar esses aprendentes.
9. Isolar-se das pessoas.
Não manter contato visual.
Agir como se fosse surda.
Birras.
Não aceitar mudança de rotina.
Hiperatividade física.
Calma excessiva.
Apego e manuseio não
apropriado de objetos.
Movimentos circulares no corpo.
Sensibilidade a barulhos.
Estereotipias.
Ecolalias.
10. A atuação dos
profissionais da escola
é fundamental, uma vez
que muitos casos de
autismo foram
percebidos
primeiramente no
ambiente escolar.
11. Cuidados na alimentação
Pesquisas na área da bioquímica nutricional
revelam danos potenciais causados por
alimentos que contêm caseína, glúten, açúcar e
metais pesados como o mercúrio que se
encontra no meio-ambiente e em vacinas. A
alergia alimentar e outros alergênicos, assim
como os efeitos tóxicos de alguns alimentos,
podem alterar o comportamento.
12. A observação é
extremamente
relevante na
educação do
autista. É o primeiro
passo para a
aprendizagem.
13. É importante observar e investigar o
contexto dos comportamentos
inadequados e as suas razões. Para
tanto, é pertinente responder às seguintes
perguntas:
14. Como surge o
comportamento?
Onde ocorre?
Quando ocorre?
Está relacionado ao
ambiente ou algum objeto
ou pessoa?
15. Na escola, é mais comum
depararmos com dois tipos de
autismo:
Autismo clássico
Síndrome de Asperger
18. Como funciona a mente autística?
Há uma relação diferente entre o cérebro
e os sentidos, e as informações nem
sempre se tornam conhecimento.
Os objetos não exercem atração em
razão da sua função, mas em razão do
estímulo que promovem.
19. Limitações da
linguagem são
inerentes ao autista.
Assim, ele também
encontra dificuldades
para simbolizar e ter
compreensão
subjetiva das coisas.
22. Um livro, por exemplo,
passa a ser apenas
um objeto de contato
sensorial. A criança
precisa aprender a
função de cada objeto
e o seu manuseio
adequado.
23. A criança cria formas incomuns de manuseio,
surgindo as estereotipias, que causam atraso no
desenvolvimento motor, principalmente nos
movimentos finos. Diante disso, tudo passa a ter
valor pedagógico: os usos, as habilidades e
atividades mais elementares da vida diária.
27. Uma mãe de uma criança autista definiu: “a
mente do meu filho é como um queijo suíço: de
boa qualidade, mas com muitos buracos”.
28. Por isso, na relação com o aluno autista o
primeiro a aprender será o professor.
29. Algumas dicas para o professor:
Penetrar no mundo do autista
Concentra-se no contato visual
Compartilhar com o autista as suas brincadeiras
Procurar sempre enriquecer a comunicação
Mostrar a cada palavra uma ação e a cada ação
uma palavra
Tornar hábitos cotidianos agradáveis
Fazer tudo com serenidade, mas com voz clara
e firme
31. Priorizando atividades
funcionais
Isto é, atividades que vão surtir
efeito na vida social
32. Observando onde ele
precisa ter mais
autonomia
As necessidades
sociais são as dicas
para as atividades
pedagógicas.
33. Trabalha-se as habilidades sociais mais
importantes que ele precisa aprender,
começando pelas atividades que ele possui
maior domínio.
Tudo com suporte pedagógico
34. No universo autístico, tudo
passa a ter valor pedagógico
Do simples ato de
segurar um lápis ao
hábito de escovar
os dentes
35. As atividades devem
possuir caráter
terapêutico
afetivo
social
pedagógico
36. Terapêutico: Superar os comportamentos
inadequados.
Afetivo: Criar o vínculo com o processo de
aprendizagem, com o professor e com o espaço
escolar.
Social: Propiciar ao autista experiências em
grupo, trabalhando a interação e a
comunicação.
Pedagógico: Estabelecer atividades que
contemplem sua individualidade para o
desenvolvimento de habilidades como aprendiz
no espaço escolar.
37. Há três estágios que devem ser observados
durante a aprendizagem:
Primeiro estágio: o professor reconhece as habilidades
que o aluno possui e as que devem ser adquiridas.
Neste estágio, o mais importante será atrair sua atenção
e provocar o desejo de aprender.
Segundo estágio: Inicia-se quando o educando passa a
interagir mais com o professor, descobrindo nas
brincadeiras momentos de prazer.
Terceiro estágio: o aprendente já sabe o que fazer. Ele
poderá participar normalmente com outros alunos em
sala de aula sem a constante intervenção do professor
ou do psicopedagogo.
38. A essência e os conceitos que
fundamentam essas práticas educativas
aplicam-se em qualquer contexto da
educação e são adequados a qualquer
aluno
39. Por isso, o exercício docente é
primordialmente o trabalho, para adquirir
a percepção que cada aluno aprende
diferentemente e que nem todos têm as
mesmas habilidades.
40. Esta é lógica do processo de
aprendizagem: desloca-se o olhar do
educador prioritariamente para aluno,
seus afetos e suas qualidades e não
para as suas dificuldades.
41. Mas nada se pode fazer sem amor
“Não existe educação sem amor”
42. Paulo Freire diz que
quem não ama os seres
inacabados não pode
educar
43. Por isso, não existe educação sem afeto.
A primeira relação com o aluno será a afetiva
44. Quem ama e planta a boa semente, com
alegria colherá os frutos
45. Ando devagar porque já tive pressa.
Levo este sorriso porque já chorei demais.
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