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Bibliografia de Esopo

       As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620—560 a.C.),
um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga.

        Esopo foi um fabulista grego, nascido pelo ano de 620 a. C. Ignora-se o lugar de seu
nascimento: alguns dizem ter sido Samos ou Sardes. Aristófanes o supôs filho de Atenas.
Segundo o historiador Heródoto, Esopo teria nascido na Frígia e trabalhava como escravo
numa casa. Há ainda alguns detalhes atribuídos à biografia de Esopo, cuja veracidade não se
pode comprovar: seria corcunda e gago, protegido do rei Creso. Esopo teria sido condenado à
morte depois de uma falsa acusação de sacrilégio, ou talvez porque os habitantes de Delfos
estivessem irritados com suas zombarias, ou ainda porque suspeitassem de que Esopo teria a
intenção de ficar com o dinheiro que Creso lhes tinha destinado.
        Esopo não deixou nada escrito: as fábulas que lhe são atribuídas pela tradição foram
recolhidas pela primeira vez por Demétrio de Falera, por volta de 325 a.C.
        Antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça, em
manuscritos e até em tecidos. Discute-se a sua existência real. Levanta-se a possibilidade de
sua obra ser uma compilação de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia.

        As características típicas das fábulas de Esopo são: clara construção, explícita
compreensão das cenas, agradável tom da fala, desenvolvimento espirituoso para cada fase
elementar, onde o Homem, ainda muito íntimo dos animais e das plantas, pode transitar entre
todas as criaturas.

A importância do estudo da fábula no contexto escolar, social e disciplinar

    A fábula tem grande valor pedagógico nas lições sobre literatura.
Primeiro é preciso mencionar dois essenciais argumentos para que a fábula tenha
função e significado também no ensino moderno:

   →    Ela esclarece porque a boa literatura universal nos enriquece,
     principalmente, quando nos dá consciência sobre problemas e conflitos de
     diferentes tipos entre seres humanos e nos oferece estratégias para
     solucioná-los.
   → Como base dos cursos e da formação dos alunos, principalmente, ela é
     adequada, para orientá-los na análise sistemática de textos. Isso vale tanto
     para o conteúdo como para o trabalho formal sobre textos.

    Em segundo lugar, pode-se colocar a seguinte pergunta: "O que acrescenta a
fábula aos alunos para realizar estudos sobre a realidade social contemporânea e
futura?".

    As lições de literatura no curso secundário visam aos jovens compreensão do
mundo e noções sobre respeito quando começam a se estabelecer. Assim, a missão
das aulas de literatura é oferecer aos alunos textos adequados contendo
informações sobre o mundo, necessárias e presentes nos elementos da fábula e
tornar possível a eles uma orientação sobre a existência (que possa ser incorporada
à prática da vida), significando para os alunos uma “Ajuda durante o Crescimento”
e (aplicada pelos alunos e pela sociedade no futuro) a conquista de uma
“Experiência do mundo como parte efetiva de uma universal qualificação da vida.”
Esta é a missão que justifica particularmente a fábula. Ela oferece ao aluno um
modelo de raciocínio, que reduz uma situação a uma clara relação de fundamento
da vida, cujos níveis de resultados são alcançados em poucas famosas formas a
partir dos animais: animais falam e transacionam como seres humanos. Nos mais
alto nível mostra-se que de um fato concreto tira-se, em certo nível, um caráter
parabólico e alcança um significado genérico. Uma vez que o aluno reconhece a
fábula como uma forma parabólica, isso possibilita a ele uma orientação para a vida
em dois aspectos: um em que conclui o entendimento de situações humanas
fundamentais e outro, em que a verdade abre os seus olhos para o real,
desconfortável e inamistoso lado da vida. Por isso, não se deve reduzir a aula à
observação do conto da fábula, mas, isto posto, incluir a observação sobre o seu
sentido.

    “Em que oportunidade se adequa esse modelo de pensar? Qual situação, qual
situação       social    é      esclarecida     por      este      modelo?".
Quando o aluno se coloca tais questões, ele desperta para um processo de
reconhecimento, que é tanto existencial como também de específico significado.
Pela observação da fábula, o aluno reconhece que o texto literário contém uma
informação sobre o mundo e sobre um momento da realidade que o poeta ressalta.
Sobre o conhecimento global a respeito da realidade da fábula e da literatura, o
aluno alcança um ganho em sua própria identidade, na qual ele compara as
declarações dos textos aplicados à realidade com suas próprias ideias sobre o
mundo, confrontando o comportamento das figuras com suas próprias normas de
comportamento (“Como eu me comportaria nessa situação de conflito?”) e em que
ele interpreta os eventos nos textos da fábula e transporta os resultados para sua
experiência.

     Junto à orientação existencial e a formação de identidade, a fábula tem nas
aulas de literatura um significado especial na formação da personalidade dos
alunos. Como discurso a fábula é uma forma específica de comunicar pensamentos
críticos. Ela dirige-se à inteligência, provoca discussões, desafia a crítica e fomenta
a capacidade crítica dos alunos.

    As fábulas fazem o aluno observar situações de conflito, que o levam a afastar-
se de conflitos sob determinadas circunstâncias e a oferecer soluções estratégicas
para conflitos. Desafiam-no a fazer exames críticos de comportamentos e ao
mesmo tempo autocriticar-se ao rever seus modos de próprios comportamentos.
Esta reflexão crítica de seus próprios pensares e comportamentos possibilitam ao
aluno finalmente em certa proporção uma auto-avaliação de sua própria pessoa e
de seu modelo de comportamento em situações agudas, aquelas que fundamentam
hipóteses para a capacidade de comunicar-se e inteirar-se socialmente. Finalmente,
significa a capacidade de avaliação de conflitos no dia a dia do aluno, pois os
problemas da fábula e os conflitos apresentam soluções estratégicas análogas aos
diferentes aspectos da vida.

   Para ganhar uma especialização literária e competência em leitura é necessária
a própria noção do aluno sobre o gênero fábula, isto é, conciliar as características
dos elementos estruturais e as regras de formação assim como a história do
gênero.

   Por isso, é de relevância didática o aluno não somente saber sobre a realidade
superficial e sobre a crítica didática internacional da fábula, mas também
acrescentar conhecimento sobre o inventário das figuras, a tipificação das figuras
da fábula, as usuais formas de expressão, os princípios de composição e da
construção da fábula, assim como sobre as ligações dos elementos épicos e
dramáticos, para que a fábula se identifique como gênero e possa diferenciar-se de
outras formas literárias.
A melhor e a pior coisa do mundo, de Esopo.

        Há mais de dois mil anos, um rico mercador grego tinha um escravo chamado Esopo.
Um escravo corcunda, feio, mas de sabedoria única no mundo. Certa vez, para provar as
qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:
        Toma, Esopo. Aqui está esta sacola de moedas. Corre ao mercado. Compra lá o que
houver de melhor para um banquete. A melhor comida do mundo!
        Pouco tempo depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato
coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso:
        Ah, língua? Nada como a boa língua que os pastores gregos sabem tão bem preparar.
Mas por que escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo?
        O escravo de olhos baixos, explicou sua escolha:
        O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando
falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão
da verdade e da razão. Graças à língua é que se constróem as cidades, graças à língua
podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da
compreensão. É a língua que torna eterno os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes
escritores. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se
descreve, se elogia, se demonstra, se afirma. Com a língua dizemos “mãe”, “querida” e “Deus”.
Com a língua dizemos “sim”. Com a língua dizemos “eu te amo”! O que pode haver de melhor
do que a língua, senhor?
        O mercador levantou-se entusiasmado:
        Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta
outra sacola de moedas. Vai de novo ao mercado e traz o que houver de pior, pois quero ver a
tua sabedoria.
        Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo
um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso:
        Hum… já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior…
        O mercador descobriu o prato e ficou indignado:
        O quê?! Língua? Língua outra vez? Língua? Não disseste que a língua era o que havia
de melhor? Queres ser açoitado?
        Esopo encarou o mercador e respondeu:
        A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início
de todos os processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, que
divide os povos. É a língua que usam os maus políticos quando querem nos enganar com suas
falsas promessas. É a língua que usam os vigaristas quando querem trapacear. A língua é o
órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos, das guerras, da exploração. É a língua
que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda,
que mendiga, que xinga, que bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, que
corrompe. Com a língua, dizemos “morre”, “canalha” e “demônio”. Com a língua dizemos
“não”. Com a língua dizemos “eu te odeio”! Aí está, senhor, porque a língua é a pior e a melhor
de todas as coisas!
Análise Interpretativa sobre a Importância da Língua Portuguesa



      Língua é a linguagem comum de um ou mais povos com cultura, costumes
semelhantes ou não; é a linguagem falada ou escrita expressa por outras formas (verbal e
não verbal: gestos, pinturas, esculturas, dança, etc); é aquilo que usamos para nos
comunicar no cotidiano com outras pessoas.

       Ela é de suma importância em nossa vida por que, como forma de linguagem, serve
para pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, negociar,
cooperar, de forma que os indivíduos participem do mundo social.

       Por sua vez, a linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos
e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de representação que variam de acordo com a
necessidade e experiência de vida em sociedade. É a produção de sentido. Por meio dela,
se pode manipular atos e pensamentos uma vez que a compreensão da arbitrariedade da
linguagem pode permitir ao homem a problematização dos modos de “ver a si mesmos e
ao mundo”, das categorias de pensamento. Como é uma atividade mental, permeia o
conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a
comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir.

        A Língua Portuguesa como forma de linguagem é utilizada oficialmente em vários
países: Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo
Verde e Timor Leste. Ela possui algumas variantes por isso, temos a língua portuguesa
brasileira (Brasil) e a língua portuguesa europeia (de Portugal). Ou seja, a língua tem suas
regularidades, um sistema a ser seguido. Mas, como é um sistema aberto, a língua oferece
inúmeras possibilidades de variação de uso, que criam, junto com o contexto, interações
sempre novas e irrepetíveis. Também há variação da língua segundo a idade. As crianças
não falam como os jovens, adultos ou idosos e vice-versa. O sujeito aprende a sua língua
em convívio com a família, amigos, com as pessoas que estão ao seu redor e que
participam do seu cotidiano. Cada um vai assimilando os usos linguísticos daquele grupo,
ainda que construindo a seu modo esse seu saber. Em geral, o sujeito não tem consciência
dessa “norma” que ele vai internalizando no contato com os outros elementos do grupo.
Usar a língua característica de certo grupo é uma contingência e esse traço aparecerá
quase certamente no seu comportamento e na sua fala. Entretanto, mesmo com estas
diferenças, na maior parte em que seus povos se comunicam, conseguem se entender. Nas
últimas duas décadas ela tem tido grande importância comunicativa, como por exemplos,
no bloco econômico Mercosul e, mundialmente, na ONU (Organização das Nações Unidas).

        Entretanto, a Língua Portuguesa, como qualquer outra, pode ser utilizada para o
bem ou para o mal, pode-se utilizá-la bem ou mal. E, isto, dependerá da finalidade do
locutor para com seu interlocutor, ou seja, o que o locutor quer dizer?, para quem?, para
quê?, como ele se utilizará da Língua?

        Tais questões devem ser bem trabalhadas em sala de aula. Trabalhar com todas as
formas de linguagem da Língua Portuguesa inclui prática social e na história elas se
confrontam e fazem com que a articulação de sentidos produza formas sensoriais e
cognitivas diferenciadas. O objetivo maior do ensino da língua é desenvolver no sujeito a
competência para a leitura e produção de textos. Nas interações, relações comunicativas
de conhecimento e reconhecimento, códigos, símbolos são gerados e transformados e
representações são convencionadas e padronizadas. Os códigos se mostram nos discursos,
gramáticas, fonologia, etc. Desse modo, a Língua deve ser utilizada, como discurso, de
acordo com a história, o social e o cultural dos símbolos que permeiam o cotidiano.

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  • 1. Bibliografia de Esopo As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620—560 a.C.), um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga. Esopo foi um fabulista grego, nascido pelo ano de 620 a. C. Ignora-se o lugar de seu nascimento: alguns dizem ter sido Samos ou Sardes. Aristófanes o supôs filho de Atenas. Segundo o historiador Heródoto, Esopo teria nascido na Frígia e trabalhava como escravo numa casa. Há ainda alguns detalhes atribuídos à biografia de Esopo, cuja veracidade não se pode comprovar: seria corcunda e gago, protegido do rei Creso. Esopo teria sido condenado à morte depois de uma falsa acusação de sacrilégio, ou talvez porque os habitantes de Delfos estivessem irritados com suas zombarias, ou ainda porque suspeitassem de que Esopo teria a intenção de ficar com o dinheiro que Creso lhes tinha destinado. Esopo não deixou nada escrito: as fábulas que lhe são atribuídas pela tradição foram recolhidas pela primeira vez por Demétrio de Falera, por volta de 325 a.C. Antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos. Discute-se a sua existência real. Levanta-se a possibilidade de sua obra ser uma compilação de fábulas ditadas pela sabedoria popular da antiga Grécia. As características típicas das fábulas de Esopo são: clara construção, explícita compreensão das cenas, agradável tom da fala, desenvolvimento espirituoso para cada fase elementar, onde o Homem, ainda muito íntimo dos animais e das plantas, pode transitar entre todas as criaturas. A importância do estudo da fábula no contexto escolar, social e disciplinar A fábula tem grande valor pedagógico nas lições sobre literatura. Primeiro é preciso mencionar dois essenciais argumentos para que a fábula tenha função e significado também no ensino moderno: → Ela esclarece porque a boa literatura universal nos enriquece, principalmente, quando nos dá consciência sobre problemas e conflitos de diferentes tipos entre seres humanos e nos oferece estratégias para solucioná-los. → Como base dos cursos e da formação dos alunos, principalmente, ela é adequada, para orientá-los na análise sistemática de textos. Isso vale tanto para o conteúdo como para o trabalho formal sobre textos. Em segundo lugar, pode-se colocar a seguinte pergunta: "O que acrescenta a fábula aos alunos para realizar estudos sobre a realidade social contemporânea e futura?". As lições de literatura no curso secundário visam aos jovens compreensão do mundo e noções sobre respeito quando começam a se estabelecer. Assim, a missão das aulas de literatura é oferecer aos alunos textos adequados contendo informações sobre o mundo, necessárias e presentes nos elementos da fábula e tornar possível a eles uma orientação sobre a existência (que possa ser incorporada à prática da vida), significando para os alunos uma “Ajuda durante o Crescimento” e (aplicada pelos alunos e pela sociedade no futuro) a conquista de uma “Experiência do mundo como parte efetiva de uma universal qualificação da vida.” Esta é a missão que justifica particularmente a fábula. Ela oferece ao aluno um modelo de raciocínio, que reduz uma situação a uma clara relação de fundamento da vida, cujos níveis de resultados são alcançados em poucas famosas formas a
  • 2. partir dos animais: animais falam e transacionam como seres humanos. Nos mais alto nível mostra-se que de um fato concreto tira-se, em certo nível, um caráter parabólico e alcança um significado genérico. Uma vez que o aluno reconhece a fábula como uma forma parabólica, isso possibilita a ele uma orientação para a vida em dois aspectos: um em que conclui o entendimento de situações humanas fundamentais e outro, em que a verdade abre os seus olhos para o real, desconfortável e inamistoso lado da vida. Por isso, não se deve reduzir a aula à observação do conto da fábula, mas, isto posto, incluir a observação sobre o seu sentido. “Em que oportunidade se adequa esse modelo de pensar? Qual situação, qual situação social é esclarecida por este modelo?". Quando o aluno se coloca tais questões, ele desperta para um processo de reconhecimento, que é tanto existencial como também de específico significado. Pela observação da fábula, o aluno reconhece que o texto literário contém uma informação sobre o mundo e sobre um momento da realidade que o poeta ressalta. Sobre o conhecimento global a respeito da realidade da fábula e da literatura, o aluno alcança um ganho em sua própria identidade, na qual ele compara as declarações dos textos aplicados à realidade com suas próprias ideias sobre o mundo, confrontando o comportamento das figuras com suas próprias normas de comportamento (“Como eu me comportaria nessa situação de conflito?”) e em que ele interpreta os eventos nos textos da fábula e transporta os resultados para sua experiência. Junto à orientação existencial e a formação de identidade, a fábula tem nas aulas de literatura um significado especial na formação da personalidade dos alunos. Como discurso a fábula é uma forma específica de comunicar pensamentos críticos. Ela dirige-se à inteligência, provoca discussões, desafia a crítica e fomenta a capacidade crítica dos alunos. As fábulas fazem o aluno observar situações de conflito, que o levam a afastar- se de conflitos sob determinadas circunstâncias e a oferecer soluções estratégicas para conflitos. Desafiam-no a fazer exames críticos de comportamentos e ao mesmo tempo autocriticar-se ao rever seus modos de próprios comportamentos. Esta reflexão crítica de seus próprios pensares e comportamentos possibilitam ao aluno finalmente em certa proporção uma auto-avaliação de sua própria pessoa e de seu modelo de comportamento em situações agudas, aquelas que fundamentam hipóteses para a capacidade de comunicar-se e inteirar-se socialmente. Finalmente, significa a capacidade de avaliação de conflitos no dia a dia do aluno, pois os problemas da fábula e os conflitos apresentam soluções estratégicas análogas aos diferentes aspectos da vida. Para ganhar uma especialização literária e competência em leitura é necessária a própria noção do aluno sobre o gênero fábula, isto é, conciliar as características dos elementos estruturais e as regras de formação assim como a história do gênero. Por isso, é de relevância didática o aluno não somente saber sobre a realidade superficial e sobre a crítica didática internacional da fábula, mas também acrescentar conhecimento sobre o inventário das figuras, a tipificação das figuras da fábula, as usuais formas de expressão, os princípios de composição e da construção da fábula, assim como sobre as ligações dos elementos épicos e dramáticos, para que a fábula se identifique como gênero e possa diferenciar-se de outras formas literárias.
  • 3. A melhor e a pior coisa do mundo, de Esopo. Há mais de dois mil anos, um rico mercador grego tinha um escravo chamado Esopo. Um escravo corcunda, feio, mas de sabedoria única no mundo. Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou: Toma, Esopo. Aqui está esta sacola de moedas. Corre ao mercado. Compra lá o que houver de melhor para um banquete. A melhor comida do mundo! Pouco tempo depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso: Ah, língua? Nada como a boa língua que os pastores gregos sabem tão bem preparar. Mas por que escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo? O escravo de olhos baixos, explicou sua escolha: O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão da verdade e da razão. Graças à língua é que se constróem as cidades, graças à língua podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da compreensão. É a língua que torna eterno os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes escritores. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se demonstra, se afirma. Com a língua dizemos “mãe”, “querida” e “Deus”. Com a língua dizemos “sim”. Com a língua dizemos “eu te amo”! O que pode haver de melhor do que a língua, senhor? O mercador levantou-se entusiasmado: Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta outra sacola de moedas. Vai de novo ao mercado e traz o que houver de pior, pois quero ver a tua sabedoria. Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso: Hum… já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior… O mercador descobriu o prato e ficou indignado: O quê?! Língua? Língua outra vez? Língua? Não disseste que a língua era o que havia de melhor? Queres ser açoitado? Esopo encarou o mercador e respondeu: A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, que divide os povos. É a língua que usam os maus políticos quando querem nos enganar com suas falsas promessas. É a língua que usam os vigaristas quando querem trapacear. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos, das guerras, da exploração. É a língua que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que mendiga, que xinga, que bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, que corrompe. Com a língua, dizemos “morre”, “canalha” e “demônio”. Com a língua dizemos “não”. Com a língua dizemos “eu te odeio”! Aí está, senhor, porque a língua é a pior e a melhor de todas as coisas!
  • 4. Análise Interpretativa sobre a Importância da Língua Portuguesa Língua é a linguagem comum de um ou mais povos com cultura, costumes semelhantes ou não; é a linguagem falada ou escrita expressa por outras formas (verbal e não verbal: gestos, pinturas, esculturas, dança, etc); é aquilo que usamos para nos comunicar no cotidiano com outras pessoas. Ela é de suma importância em nossa vida por que, como forma de linguagem, serve para pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, negociar, cooperar, de forma que os indivíduos participem do mundo social. Por sua vez, a linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de representação que variam de acordo com a necessidade e experiência de vida em sociedade. É a produção de sentido. Por meio dela, se pode manipular atos e pensamentos uma vez que a compreensão da arbitrariedade da linguagem pode permitir ao homem a problematização dos modos de “ver a si mesmos e ao mundo”, das categorias de pensamento. Como é uma atividade mental, permeia o conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir. A Língua Portuguesa como forma de linguagem é utilizada oficialmente em vários países: Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor Leste. Ela possui algumas variantes por isso, temos a língua portuguesa brasileira (Brasil) e a língua portuguesa europeia (de Portugal). Ou seja, a língua tem suas regularidades, um sistema a ser seguido. Mas, como é um sistema aberto, a língua oferece inúmeras possibilidades de variação de uso, que criam, junto com o contexto, interações sempre novas e irrepetíveis. Também há variação da língua segundo a idade. As crianças não falam como os jovens, adultos ou idosos e vice-versa. O sujeito aprende a sua língua em convívio com a família, amigos, com as pessoas que estão ao seu redor e que participam do seu cotidiano. Cada um vai assimilando os usos linguísticos daquele grupo, ainda que construindo a seu modo esse seu saber. Em geral, o sujeito não tem consciência dessa “norma” que ele vai internalizando no contato com os outros elementos do grupo. Usar a língua característica de certo grupo é uma contingência e esse traço aparecerá quase certamente no seu comportamento e na sua fala. Entretanto, mesmo com estas diferenças, na maior parte em que seus povos se comunicam, conseguem se entender. Nas últimas duas décadas ela tem tido grande importância comunicativa, como por exemplos, no bloco econômico Mercosul e, mundialmente, na ONU (Organização das Nações Unidas). Entretanto, a Língua Portuguesa, como qualquer outra, pode ser utilizada para o bem ou para o mal, pode-se utilizá-la bem ou mal. E, isto, dependerá da finalidade do locutor para com seu interlocutor, ou seja, o que o locutor quer dizer?, para quem?, para quê?, como ele se utilizará da Língua? Tais questões devem ser bem trabalhadas em sala de aula. Trabalhar com todas as formas de linguagem da Língua Portuguesa inclui prática social e na história elas se confrontam e fazem com que a articulação de sentidos produza formas sensoriais e cognitivas diferenciadas. O objetivo maior do ensino da língua é desenvolver no sujeito a
  • 5. competência para a leitura e produção de textos. Nas interações, relações comunicativas de conhecimento e reconhecimento, códigos, símbolos são gerados e transformados e representações são convencionadas e padronizadas. Os códigos se mostram nos discursos, gramáticas, fonologia, etc. Desse modo, a Língua deve ser utilizada, como discurso, de acordo com a história, o social e o cultural dos símbolos que permeiam o cotidiano.