2. Tudo começou
em finais do
século XVI,
quando era rei
de Portugal
D. Sebastião
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3. Jovem, irreverente e
defensor de uma política de
conquistas no Norte de
África,
D. Sebastião desapareceu
na batalha de Alcácer –
- Quibir em 1578 ! 3
4. Portugal ficou assim, sem
rei, uma vez que D.
Sebastião não tinha
filhos, logo, não existiam
herdeiros directos para a
coroa portuguesa.
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5. Como forma de resolver
temporariamente, o problema,
subiu ao trono o Cardeal D.
Henrique, tio-
-avô de D. Sebastião.
Contudo, já envelhecido
e doente, o Cardeal
apenas reinou durante
dois anos...
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6. Quem seria agora rei de Portugal?
Apresentam – se três pretendentes ao trono:
D. António, Prior do Crato,
D. Catarina de Bragança
e
D. Filipe II de Espanha
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7. D. António, Prior do Crato,
que contava com o apoio
do Povo foi aclamado rei
em Lisboa, Setúbal e
Santarém.
Como resposta, o rei D. Filipe II
de Espanha, mandou um exército
comandado pelo duque de Alba,
invadir Portugal, nos finais do
ano de 1580!
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8. Porquê?
Também ele, como
neto de D.
Manuel I, tinha
direito ao trono
de Portugal e,
pretendia
reivindicá-lo!
Filipe II de Espanha
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9. D. António, Prior do Crato,
procurou defender a capital do
país. Contudo, o seu pequeno
exército foi derrotado pela
poderosa força militar do rei
espanhol, na batalha de
Alcântara, em Lisboa.
D. António, Prior do
Crato
Após abandonar o país, D. António,
apoiado pelos franceses e ingleses,
reorganizou as suas tropas nos
Açores. Mas aí, é também derrotado
pelos exércitos de Filipe II.
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10. Então, onde estava a Nobreza
portuguesa, para defender o nosso
reino, do invasor espanhol?
Estava ao lado do
rei de Espanha …
Assim como a Burguesia!
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11. Nobres e Burgueses portugueses pretendiam
a união das coroas portuguesa e espanhola
Porque:
Tinham esperança de que a boa administração e
a força militar do rei de Espanha ajudassem a
resolver os problemas económicos de Portugal.
A Nobreza aspirava a cargos importantes nos
territórios pertencentes ao império de Espanha.
A burguesia pretendia comerciar livremente no
imenso império de Espanha.
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12. Assim, nas Cortes de Tomar, em
1581, D. Filipe II de Espanha, torna-
-se rei de Portugal, com o nome de
Filipe I de Portugal.
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13. Aquando da sua aclamação como
rei de Portugal, Filipe I de
Portugal, comprometeu-se a
respeitar os interesses do reino
de Portugal, bem como os seus
usos e costumes.
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14. O governo do reino (seja
desempenhado) sempre por naturais
dele e nunca por estrangeiros que
não conhecem os usos da terra. (…)
Vice-rei ou governador será
necessariamente português; o
português é a única língua oficial; o
comércio ultramarino estará sempre
em Portugal e confiado a
portugueses …
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15. Assim, durante 60 anos, viveu-se em Portugal um
período que ficou conhecido na História como
"Domínio Filipino”
Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal)
veio a governação de Filipe III (II de Portugal)
e de Filipe IV (III de Portugal)…
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16. Estes reis governaram Portugal
e Espanha ao mesmo tempo, como
se de um só país se tratasse,
não esquecendo todos os
territórios dos respectivos
Impérios. 16
17. Durante o reinado de Filipe I de Portugal, o rei
não faltou aos compromissos assumidos, nas
Cortes de Tomar, tendo – se assistido a:
progressos na administração do reino
e a uma certa melhoria da situação
económica de Portugal .
Contudo a situação vai
sofrer alterações!!!
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18. Após a morte de Filipe I
de Portugal em 1598, subiu ao
trono o seu filho Filipe II ,
demonstrando de imediato
grande desinteresse pelas
questões políticas do Estado
Português.
"Fraco de espírito,
totalmente desinteressado dos
negócios do Estado,
verdadeira antítese do pai,
Felipe III nunca governou por
si próprio, entregando o poder
real nas mãos de favoritos". Filipe II de Portugal
(III de Espanha,)
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19. Espanha tinha-se envolvido em conflitos com a
França, Inglaterra e Holanda!
Devido à união dos dois países, os inimigos de
Espanha, tornaram-se também inimigos de
Portugal!
E, não tardou que, franceses,
holandeses e ingleses, começassem a
atacar as possessões de Portugal em
África, no Oriente e no Brasil …
Vejamos:
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20. Ataques de navios holandeses a navios
portugueses ao largo de Goa, na Índia.
Cronologia – Ataques a territórios
portugueses no séc. XVII
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21. Mas, não foram só os inimigos de Espanha que
atacaram Portugal …
Filipe II começa a desrespeitar os
privilégios portugueses … situação que
se agrava no reinado de Filipe III …
Os portugueses foram obrigados:
a combater nos exércitos espanhóis;
enviar para Espanha peças de
artilharia;
A pagar mais impostos para que
Espanha pudesse manter as suas
despesas de guerra
Vejamos:
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22. Para conquistar a Inglaterra, Filipe I
de Portugal, organizou uma poderosa frota
composta por cento e cinquenta navios.
Desses navios, cerca de quarenta eram
portugueses e muitos soldados portugueses
fizeram parte desta armada que foi
chamada de - Armada Invencível. Contudo,
apesar da grandeza do nome e do número
de navios e soldados foi derrotada!
Partida da
Armada Invencível para
Inglaterra
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23. Novos impostos lançados em
Portugal para custear as guerras
espanholas:
Real de Água;
Sobrecarga fiscal sobre o sal e o
açúcar;
A duplicação da sisa;
Meia - Anata, que obrigava o
pagamento de metade da importância
dos ordenados, no prazo de dois anos,
sobre os ofícios e cargos públicos.
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24. Em 1621, faleceu Filipe II
e sucedeu-lhe seu filho
Filipe III de Portugal,
agravando-se ainda mais o
não cumprimento da
autonomia portuguesa,
prometida em Tomar ...
Filipe III de Portugal
(IV de Espanha,)
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25. O primeiro-ministro, Duque de Olivares,
visando uma maior centralização do
poder espanhol sobre os portugueses,
intensifica medidas cada vez mais
impopulares que conduzem a
descontentamentos e revoltas.
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26. No dia 21 de Agosto de 1637,
dois representantes do povo de Évora
foram reclamar junto das autoridades
locais, o lançamento de um novo
imposto.
Como não foram recebidos, a Senhor, vosso
população revoltou-se e acabou por Portugal de vossos
tomar conta da cidade. pais estimado, hoje,
Começaram depois a circular em miséria fatal, está
panfletos, falsamente atribuídos a um pobre e lastimoso, e
o governo rigoroso,
tal Manuelinho, um doente mental que
que tanto o tem
os eborenses muito estimavam. perseguido, lhe nega,
sendo ofendido, o
alivio de ser
Nesses panfletos, encorajava-se queixoso.
o povo a restituir a Coroa
Manuelinho
Portuguesa a um rei nacional.
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27. Ao descontentamento do Povo
associou - se o da Nobreza e da
Burguesia.
Por Portugal, generalizou-se um
clima de revolta e a Nobreza
começou a conspirar e a preparar
a Restauração da Independência.
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28. Era necessário
escolher um rei.
Os conspiradores,
reunidos secretamente
na casa de D. Antão de
Almada, pensaram em D.
João, Duque de Bragança
descendente de D.
Catarina, neta de D.
Manuel I. D. João, Duque de
Bragança
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29. Aproveitando a deslocação das tropas espanholas,
para sufocar uma revolta na Catalunha e contando
com um prometido apoio da França, quarenta
fidalgos portugueses, dirigiram-se ao paço real.
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30. Aprisionaram a Duquesa de
Mântua, prima de Filipe III
e vice rainha de Portugal.
Mataram Miguel de
Vasconcelos, nobre
português, que exercia o
cargo de secretário de
estado.
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31. Entretanto, dois fidalgos partiram para Vila
Viçosa, a dar a noticia da vitória ao 8º duque
de Bragança, D. João, a quem em Lisboa
tinham aclamado como rei de Portugal, com o
titulo de D. João IV.
restaurada a
Estava assim
independência de Portugal!
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32. D. João IV foi aclamado e
jurado rei de Portugal a 15
de Dezembro de 1640,
dando início à 4ª dinastia.
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