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Trabalho de Geografia
Tema: “Primavera Árabe”
Enrico Minacapilli Nº: 4
Rafael Isaac Nº: 17
Rodrigo Rocha Nº:
Primavera Árabe
 O que é ?
 Os protestos no mundo árabe em 2010-2012, também conhecidos como a Primavera
Árabe, são uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo
no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data, tem
havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia e na Síria; grandes
protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã e Iémen e protestos
menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara
Ocidental.
 Por que ocorreu ?
 A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de
protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e,
no caso de Túnis, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos
estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem
os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas
diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos
dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em
governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um
vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.
 Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e
social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e
na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em
crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.
Primavera Árabe - Início
 Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em
campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas
e comícios, bem como o uso das mídias sociais,
como Facebook, Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e
sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de
tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.
 Zine El Abidine Ben Ali (Hammam-Sousse, 3 de setembro de 1936)
é um militar, general, tunisiano, ditador de seu país desde 7 de
novembro de 1987, quando tomou o poder mediante um golpe de
Estado, até 14 de janeiro de 2011, na sequência dos protestos de
2010-2011.
Evolução
 O termo Primavera Árabe, como o evento se tornou
conhecido, apesar de ter-se iniciado durante o inverno do
hemisfério norte, é uma alusão à Primavera de Praga.
Começou com os primeiros protestos que ocorreram na
Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto-
imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma de
protesto contra a corrupção policial e os maus tratos. Com
o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de
instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o
Iêmen, com as maiores, mais organizadas manifestações
que ocorrem em um "dia de fúria". Os protestos também
têm provocado distúrbios semelhantes fora da região.
Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de
Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para
a Arábia Saudita em 14 de janeiro.
Manifestações
 Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três
chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali,
fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos
protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni
Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro, de 2011, após 18 dias de
protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na
Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser
capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado
por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça.
Durante este período de instabilidade regional, vários líderes
anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali
Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em2013,
terminando seu mandato de 35 anos. O presidente
do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a
reeleição em 2015, assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki,
cujo mandato termina em 2014, embora tenha havido
manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão
imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do
governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro
e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro
pelo re Abdullah.
Motivações
 A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de
protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e,
no caso de Túnis, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos
estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem
os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas
diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos
dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em
governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um
vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.
 Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e
social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e
na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em
crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.
 Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a Guerra Fria, os países árabes
submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense ou
do comunismo russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades
políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a
coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente
e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande
presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. Esta, por sua vez,
se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União
Europeia.A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito
receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário
das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação
superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por
outras partes do mundo árabe.
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frente ao efeito dominó desencadeado pelos protestos na Tunísia.

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Primavera arabe

  • 1. Trabalho de Geografia Tema: “Primavera Árabe” Enrico Minacapilli Nº: 4 Rafael Isaac Nº: 17 Rodrigo Rocha Nº:
  • 2. Primavera Árabe  O que é ?  Os protestos no mundo árabe em 2010-2012, também conhecidos como a Primavera Árabe, são uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia e na Síria; grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental.  Por que ocorreu ?  A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso de Túnis, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.  Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.
  • 3.
  • 4. Primavera Árabe - Início  Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados.  Zine El Abidine Ben Ali (Hammam-Sousse, 3 de setembro de 1936) é um militar, general, tunisiano, ditador de seu país desde 7 de novembro de 1987, quando tomou o poder mediante um golpe de Estado, até 14 de janeiro de 2011, na sequência dos protestos de 2010-2011.
  • 5. Evolução  O termo Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido, apesar de ter-se iniciado durante o inverno do hemisfério norte, é uma alusão à Primavera de Praga. Começou com os primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a auto- imolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma de protesto contra a corrupção policial e os maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunísia, uma onda de instabilidade atingiu a Argélia, Jordânia, Egito e o Iêmen, com as maiores, mais organizadas manifestações que ocorrem em um "dia de fúria". Os protestos também têm provocado distúrbios semelhantes fora da região.
  • 6. Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro.
  • 7. Manifestações  Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro, de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em2013, terminando seu mandato de 35 anos. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015, assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato termina em 2014, embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata. Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo, resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador de Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo re Abdullah.
  • 8.
  • 9. Motivações  A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso de Túnis, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais, condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.  Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o beneficio de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.  Estas revoluções não puderam ocorrer antes, pois, até a Guerra Fria, os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo estadunidense ou do comunismo russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet. Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União Europeia.A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe.
  • 10. Uma charge política de Carlos Latuff representando Hosni Mubarak em frente ao efeito dominó desencadeado pelos protestos na Tunísia.