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A resenha que realizo sobre o livro Conversa sobre terapia fala a respeito do trabalho com a terapiaexistencial, que o
trabalho realizado com esta terapiaé algo ímpar, pois o paciente cliente ao se encontrar em meio a tantas informações
contidas em seu SER necessita de intervenção acerca do SER em si
O livro nos mostra que é uma metodologia que não tem uma base teórica pré-definida por grandes teorias.
mostra que é fundamental o psicólogo saber que nem sempre ele irá ter a solução para os problemas do seu cliente,
nem semprea terapiaterá solução para os problemas independente da forma como se trabalha, poréma cumplicidade
deverá existir para que a terapia aconteça, porém o conhecimento das diversas teorias ira auxiliar muito nos
momentos em que estiver em analise com seu cliente, pois poderálhe auxiliar de forma grandiosa e rica, o
conhecimento é ferramenta fundamental nesteprocesso, ainda que não seja utilizado como diz as teorias lhe servirá
de parâmetro para um esclarecimento, entendimento e elucidações nos diversos momentos dos prováveis encontros.
Fica bastanteclaro na narrativa do texto o quanto a transferência é importantenestes momentos onde estarão ali se
encontrando momentos e situações obscuras parao paciente e que a informação teórica poderá lhe ajuda a trazer a luz
o que existe em obscuro, porém ao mesmo tempo em que poderáser de grande auxilio deverá ser observado o
cuidado na hora em não utiliza conceitos teóricos para com os pacientes e assim influencia-los em achismos. Esta
metodologia nos mostraque situações podemacontecer como o vazio e a tristeza poremcom calma e atenção que
serão dispensadas ao paciente a compreensão dos fatos podeacontecer.
Mostraqueo foco acontece no SER, ou seja, no individuo em sua individualidade
Segundo o autor, o psicólogo se sentirá realizado pelo “cuidado” na relação com o outro, pela corresponsabilidade
das palavras faladas ou não; ou ainda pelo sentimento de angústia ao conhecer as próprias limitações humanas.
Isso mostra que o próprio psicólogo também é um SER e enquanto ser auxiliar tem suas deficiências que poderá dar
lhe limites porem as várias informações e a busca pelo conhecimento na área lhe dará destrezapara lidar e ajudar o
seu paciente cliente e todos os que o procurarem em busca de si mesma.
No momento da terapia o paciente se entrega esperando somente compreensão. Num momento único, ambos
reconstroem significados de uma história exclusiva que vai sendo refeita a cada sessão a fim de trazer um sentido
exclusivo ao ser, o ser-no-mundo.
Ou seja, a terapiafenomenológica nada mais é que deixar que as coisas e seus significados se mostrem para que
possamser reunidos e articulados. Trazendo o sentido por meio de um trabalho não padronizado que deve ser feito
em cooperação entre os dois.
O trabalho da fenomenologia é fazer com que ambos em conjunto iniciam a atividade de montar as peças do quebra
cabeça da vida destepaciente cliente para que seja montada de forma que seja visualizada com clareza, em outros
momentos, paciente chega ao atendimento com problemas definidos e com nomes como: depressão, bipolaridade, etc.
E o terapeutaque se envolve no compromisso de livrá-lo dessa situação ganhara tempo desdobrando todaessa vida.
A fenomenologia ganhar esse tempo ouvindo o que o cliente tem para expressar.
É o que faz a paratratar dos problemas trazidos pelo ser. O trabalho começa quando ambos estão recolhendo os
pedaços deste quebra cabeça destahistória. Só assim é possível rever tudo o que passou;ou não.
Isso implica em mudanças radicais, a pessoasó muda por ela mesma. O psicólogo ouve e tentainterpretar a vida de
outra pessoa, não adivinhando, e sim interpretando, trazendo a tonacom todos os conhecimentos adquiridos. Por
acaso, Vale lembrar que os fatos acontecidos não são mudados, mas a percepção sobre eles sim!
Tentar descobrir o porquêdo acontecido.
Para Bilê quem poderá saber o real motivo de algo que aconteceu? Se muitas vezes, nem as ditas ciências exatas o
podem responder
A terapiaé um olhar cuidadoso com o paciente sobre sua história. Um olhar diferente que do significado a muita
coisa que passamdespercebidas
Fica explicito que o psicoterapeutaé quem cuida de uma existência do (SER) que sofre, pois quem busca a terapia
tem algo doendo dentro de si. Mesmo que não saiba onde, como, ou o nome da dor da falta de um sentido na vida.
Porque só o homem como ser-no-mundo, existe na compreensão entrelaçada de significados e quer encontrar
significados para as várias escuridões que existem em seu SER
As seções de psicoterapiaé o espaço para se ouvir falando dos pensamentos, sentimentos e ações, é também o
momento de falar das complicações do ser, o que está acontecendo com esteSER e também para tratar do sentido da
vida. Assuntos quedevem ser abordados na terapiasão os mais diversos paraque exista êxito os assuntos devem ser
abordados desde assuntos de valores pessoais que não condiga com a visão do psicoterapeutaestedeverá abordar e
respeitar o ponto de vista do cliente e em busca de seus respectivos significados, auxiliando em que for necessário.
O terapeutapodeapontar para o paciente o fato trazido, mas isso ainda não é o significado daquela atitude. É
necessário tempo em conversas facilitando o aparecimento de outras histórias que serão tecidas no enredo da terapia
por este paciente. Os valores morais devem ser falados na terapia quando for algo importante para o paciente, nunca
porquenão deve prejudicar outras pessoas. Afinal o propósito daterapiaé cuidar do paciente.
Deverá trabalhar os significados de respeito, amizade, amor em contraposição ao grande objetivo escusos.
Este é um bom motivo parase falar sobre valores. O terapeutaabre e acolhe a fim de descortinar diversos fatos que
são aguardados atentae calmamente. Ira surgir em algum gesto, posturaou palavra que poderá ser tristeou bem-
humorada. Ser sereno na terapiaé essencial aumentar o tamanho real dos problemas calculando soluções
Não é uma boa, até porque, poderácom que isso vire uma grande decepção ou abandono na vida desse ser.
Experiências de vida precisam ser vividas e alguns problemas podemser no máximo ultrapassados, nem sempre
resolvidos. Ela reflete sobre o terapeutaser também aquele que confia na mudança do paciente. Através de uma
conversa aparentemente simples que implica ouvir, falar e silenciar sem julgar ou interromper usando palavras
corretas. O falar semprequer dizer algo e o implícito diz muito mais do que queremos sobre o outro. Ser cuidadoso
nessa conversa mostrao entendimento sobre a existência de alguém que a princípio confia.
Deverá existir momentos de felicidade e leveza.na terapiaexiste brincadeiras que serão válidas paraque os vínculos
de confiança entre terapeutae paciente exista e seja mantido. O jeito de conduzir a sessão e de cada um, e cada um
deve desenvolver seu jeito. Sempre se adequando. É muito importantemanter a troca de informações com colegas de
profissão. Porém todo cuidado deve ser tomado para não confundir com técnica advinda da ciência.
Fenomenologia, ao contrário, não é isso, mas também não quer dizer que devemos ignorar informações científicas.
O fato de não partir de referencial teórico, não ter técnica definida, não significa improvisar, pois esta abordagem lida
com o fenômeno da existentes tentando explicar ao paciente a sua existência.
Fenomenologia quer dizer servir, assistir, interferir nas necessárias para se tornar o melhor possível, olhando parao
sentido único daquela vida a fenomenologia é terapêutica, é resgatar o que foi perdido por algum motivo para
devolver a responsabilidade dele de cuidar da sua própriaexistência.
A fenomenologia exige muito estudo e dedicação exclusiva, mostraao ser humano o que ele é, lhes dando sentido à
vida. O terapeutaprecisará respeitar os limites do paciente para a mudança no decorrer dos encontros, a transferência
é imprescindível assim como paciência comprometimento de ambas as partes.
Compreensão do ser-no-mundo como “ser- como”, realizando a existência através do cuidado. Paciente: aquele que
sonha, faz planos;sabe que é finito e se angustia diante da possibilidade do nada
No momento da terapia: privilegiado, precioso. Sua existência se abre paraser compreendida. A cada sessão,
terapeutae paciente reúnem pedaços de significados que estavam dispersos na vida do paciente. Espaço que se abre
para mudanças.
Na fenomenologia, o terapeutanão trabalha contra o tempo, e sim a favor dele. Paciente vai precisar de um tempo
para poder desdobrar pormenores da sua vida. O nome já diz: PACIENTE! Olha para o que foi vivido e passou (ou
não!)
O encontro terapêutico descrito por Bilê nos revela sessões ricas em nuances, questionamentos, reflexões e
sentimentos, tanto protagonizados pela paciente quanto pela terapeuta. Lendo o livro, nos tornamos cúmplices destes
bastidores. Tendo acesso a uma história possívelde uma terapeuta familiarizado com os fundamentos do existir
humano, que, tocada pela dor de sua paciente, se dispõeà acolhê-la em terapia. Terapeutae paciente se debruçam
corajosa e cuidadosamente à beira do abismo da imprevisibilidade do
Porvir e do desenrolar-se da história da paciente, à procura de ampliar e iluminar o acesso à sua própriaexistência, à
espera do surgimento, ou não, de novas rearticulações de sentido capazes de permear seu mundo com uma disposição
afetiva de constant O processode reorganizaçãoda personalidade afirmaaimportânciadopapel
do terapeutanarelaçãoe confiança.

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Por acaso, Vale lembrar que os fatos acontecidos não são mudados, mas a percepção sobre eles sim! Tentar descobrir o porquêdo acontecido. Para Bilê quem poderá saber o real motivo de algo que aconteceu? Se muitas vezes, nem as ditas ciências exatas o podem responder A terapiaé um olhar cuidadoso com o paciente sobre sua história. Um olhar diferente que do significado a muita coisa que passamdespercebidas Fica explicito que o psicoterapeutaé quem cuida de uma existência do (SER) que sofre, pois quem busca a terapia tem algo doendo dentro de si. Mesmo que não saiba onde, como, ou o nome da dor da falta de um sentido na vida. Porque só o homem como ser-no-mundo, existe na compreensão entrelaçada de significados e quer encontrar significados para as várias escuridões que existem em seu SER As seções de psicoterapiaé o espaço para se ouvir falando dos pensamentos, sentimentos e ações, é também o momento de falar das complicações do ser, o que está acontecendo com esteSER e também para tratar do sentido da vida. Assuntos quedevem ser abordados na terapiasão os mais diversos paraque exista êxito os assuntos devem ser abordados desde assuntos de valores pessoais que não condiga com a visão do psicoterapeutaestedeverá abordar e respeitar o ponto de vista do cliente e em busca de seus respectivos significados, auxiliando em que for necessário. O terapeutapodeapontar para o paciente o fato trazido, mas isso ainda não é o significado daquela atitude. É necessário tempo em conversas facilitando o aparecimento de outras histórias que serão tecidas no enredo da terapia por este paciente. Os valores morais devem ser falados na terapia quando for algo importante para o paciente, nunca porquenão deve prejudicar outras pessoas. Afinal o propósito daterapiaé cuidar do paciente. Deverá trabalhar os significados de respeito, amizade, amor em contraposição ao grande objetivo escusos. Este é um bom motivo parase falar sobre valores. O terapeutaabre e acolhe a fim de descortinar diversos fatos que são aguardados atentae calmamente. Ira surgir em algum gesto, posturaou palavra que poderá ser tristeou bem- humorada. Ser sereno na terapiaé essencial aumentar o tamanho real dos problemas calculando soluções Não é uma boa, até porque, poderácom que isso vire uma grande decepção ou abandono na vida desse ser. Experiências de vida precisam ser vividas e alguns problemas podemser no máximo ultrapassados, nem sempre resolvidos. Ela reflete sobre o terapeutaser também aquele que confia na mudança do paciente. Através de uma conversa aparentemente simples que implica ouvir, falar e silenciar sem julgar ou interromper usando palavras corretas. O falar semprequer dizer algo e o implícito diz muito mais do que queremos sobre o outro. Ser cuidadoso nessa conversa mostrao entendimento sobre a existência de alguém que a princípio confia. Deverá existir momentos de felicidade e leveza.na terapiaexiste brincadeiras que serão válidas paraque os vínculos
  • 2. de confiança entre terapeutae paciente exista e seja mantido. O jeito de conduzir a sessão e de cada um, e cada um deve desenvolver seu jeito. Sempre se adequando. É muito importantemanter a troca de informações com colegas de profissão. Porém todo cuidado deve ser tomado para não confundir com técnica advinda da ciência. Fenomenologia, ao contrário, não é isso, mas também não quer dizer que devemos ignorar informações científicas. O fato de não partir de referencial teórico, não ter técnica definida, não significa improvisar, pois esta abordagem lida com o fenômeno da existentes tentando explicar ao paciente a sua existência. Fenomenologia quer dizer servir, assistir, interferir nas necessárias para se tornar o melhor possível, olhando parao sentido único daquela vida a fenomenologia é terapêutica, é resgatar o que foi perdido por algum motivo para devolver a responsabilidade dele de cuidar da sua própriaexistência. A fenomenologia exige muito estudo e dedicação exclusiva, mostraao ser humano o que ele é, lhes dando sentido à vida. O terapeutaprecisará respeitar os limites do paciente para a mudança no decorrer dos encontros, a transferência é imprescindível assim como paciência comprometimento de ambas as partes. Compreensão do ser-no-mundo como “ser- como”, realizando a existência através do cuidado. Paciente: aquele que sonha, faz planos;sabe que é finito e se angustia diante da possibilidade do nada No momento da terapia: privilegiado, precioso. Sua existência se abre paraser compreendida. A cada sessão, terapeutae paciente reúnem pedaços de significados que estavam dispersos na vida do paciente. Espaço que se abre para mudanças. Na fenomenologia, o terapeutanão trabalha contra o tempo, e sim a favor dele. Paciente vai precisar de um tempo para poder desdobrar pormenores da sua vida. O nome já diz: PACIENTE! Olha para o que foi vivido e passou (ou não!) O encontro terapêutico descrito por Bilê nos revela sessões ricas em nuances, questionamentos, reflexões e sentimentos, tanto protagonizados pela paciente quanto pela terapeuta. Lendo o livro, nos tornamos cúmplices destes bastidores. Tendo acesso a uma história possívelde uma terapeuta familiarizado com os fundamentos do existir humano, que, tocada pela dor de sua paciente, se dispõeà acolhê-la em terapia. Terapeutae paciente se debruçam corajosa e cuidadosamente à beira do abismo da imprevisibilidade do Porvir e do desenrolar-se da história da paciente, à procura de ampliar e iluminar o acesso à sua própriaexistência, à espera do surgimento, ou não, de novas rearticulações de sentido capazes de permear seu mundo com uma disposição afetiva de constant O processode reorganizaçãoda personalidade afirmaaimportânciadopapel do terapeutanarelaçãoe confiança.