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Conflitos Sociais na República
Velha
Conflitos Rurais
A Guerra de Canudos
• A situação de miséria e descaso político fez
nascer no sertão nordestino, no final do
século XIX, um movimento messiânico de
grande importância.
• Liderados por Antônio Conselheiro, o grupo
de miseráveis fundou em uma fazenda
abandonada às margens do rio Vaza Barris,
um arraial (vila).
Antonio Conselheiro:
• Este arraial (Vila) era chamado pelos
habitantes e pelo Conselheiro de Arraial de
Belo Monte. A população das cidades
próximas ao Arraial chamavam-no de
Canudos, por causa do antigo nome da
fazenda abandonada, onde ficava.
Vila de Canudos:
• Os grandes fazendeiros nordestinos
(coronéis)viam Canudos como uma ameaça,
porque muitos trabalhadores deixaram o
campo para seguir o Conselheiro, que
prometia uma vida melhor neste mundo.
Antônio Conselheiro era contra a República;
se recusava a pagar impostos; acusava a Igreja
Católica de colaborar para a exploração dos
pobres.
• Por estas razões eles eram vistos como uma
ameaça à ordem estabelecida pela República.
Logo, os habitantes de Canudos foram
atacados com toda força pelas tropas do
governo da Bahia.
• As duas primeiras expedições enviadas pelo
governo baiano contra o arraial entre 1896 e
1897 fracassaram. De março a outubro de
1897, outras duas expedições enviadas pelo
governo federal e organizadas pelo Exército, a
última com 6 mil homens e artilharia pesada,
consegue finalmente tomar e destruir
Canudos.
Antonio Conselheiro morto:
• Junto com Conselheiro morrem
aproximadamente 20 mil pessoas. Só
sobrevivem cerca de 400 prisioneiros, entre
velhos, mulheres e crianças.
• Ao primeiro sinal de novas ideias, a República
Brasileira ataca com extrema violência.
Euclides da Cunha:
Canudos submersa:
A Guerra do Contestado
1912 - 1916
• A Guerra do Contestado foi um conflito
armado que ocorreu na região Sul do Brasil,
entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O
conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses
que enfrentaram forças militares dos poderes
federal e estadual.
• Foi chamado de Guerra do Contestado, pois
os conflitos ocorrem numa área de disputa
territorial entre os estados do Paraná e Santa
Catarina.
Causas da Guerra do Contestado:
• A estrada de ferro entre São Paulo e Rio
Grande do Sul estava sendo construída por
uma empresa norte-americana, com apoio
dos coronéis (grandes proprietários rurais
com força política) da região e do governo.
• Para que a estrada de ferro fosse construída,
milhares de família de camponeses perderam
suas terras. Isso criou muito desemprego
entre os camponeses da região, que ficaram
sem terras para trabalhar.
• Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande
área da região por de um grupo de pessoas ligadas à
empresa construtora da estrada de ferro. Esta
propriedade foi adquirida para o estabelecimento de
uma grande empresa madeireira, voltada para a
exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas
de suas terras.
• O clima ficou mais tenso quando a estrada de
ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que
atuaram em sua construção tinham sido
trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram
desempregados com o fim da obra. Eles
permaneceram na região sem qualquer apoio
por parte da empresa norte-americana ou do
governo.
• Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil
eram terreno fértil para o aparecimento de
lideranças religiosas de caráter messiânico. Na
área do Contestado não foi diferente, pois,
diante da crise e insatisfação popular, ganhou
força a figura do beato José Maria.
Beato José Maria:
• Ele pregava a criação de um mundo novo,
regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam
em paz, com prosperidade justiça e terras
para trabalhar. José Maria conseguiu reunir
milhares de seguidores, principalmente de
camponeses sem terras.
• Os coronéis da região e os governos (federal e
estadual) começaram a ficar preocupados
com a liderança de José Maria e sua
capacidade de atrair os camponeses.
• O governo passou a acusar o beato de ser um
inimigo da República, que tinha como objetivo
desestruturar o governo e a ordem da região.
Com isso, policiais e soldados do exército
foram enviados para o local, com o objetivo
de desarticular o movimento.
• Os soldados e policiais começaram a perseguir
o beato e seus seguidores. Armados de
espingardas de caça, facões e enxadas, os
camponeses resistiram e enfrentaram as
forças oficiais que estavam bem armadas.
• Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil
rebeldes, na maioria camponeses, morreram.
Alguns historiadores chegam a afirmar que o
número de mortes chegou à 20 mil. As baixas
do lado das tropas oficiais foram bem
menores.
• A guerra terminou somente em 1916, quando
as tropas oficiais conseguiram prender
Adeodato, que era um dos chefes do último
reduto de rebeldes da revolta. Ele foi
condenado a trinta anos de prisão.
• A Guerra do Contestado mostra a forma com
que os políticos e os governos tratavam as
questões sociais no início da República. Os
interesses financeiros de grandes empresas e
proprietários rurais ficavam sempre acima das
necessidades da população mais pobre
• Não havia espaço para a tentativa de
solucionar os conflitos com negociação.
Quando havia organização daqueles que eram
injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos
coronéis, combatiam os movimentos com
repressão e força militar.
O Cangaço
1870 - 1930
• Foi uma onda de banditismo, crime e violência
que se alastrou por quase todo o sertão do
Nordeste brasileiro entre o século XVIII e
meados do século XX. Para alguns
especialistas, o cangaço teria nascido como
uma forma de defesa dos sertanejos diante da
ineficiência do governo em manter a ordem e
aplicar a lei.
• Mas o fato é que os bandos de cangaceiros
logo se transformaram em quadrilhas que
aterrorizaram o sertão, pilhando,
assassinando e estuprando.
• O Cangaço pode ser dividido em três
subgrupos: os que prestavam serviços
temporários para os latifundiários; os
"políticos", expressão de poder dos grandes
fazendeiros; e os cangaceiros independentes,
com características de banditismo.
• Os cangaceiros conheciam a caatinga e o
território nordestino muito bem, e por isso,
era tão difícil serem capturados pelas
autoridades. Estavam sempre preparados
para enfrentar todo o tipo de situação.
• Conheciam as plantas medicinais, as fontes de
água, locais com alimento, rotas de fuga e
lugares de difícil acesso.
Caatinga:
Bando de Lampião:
• O primeiro bando de cangaceiros que se tem
conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo
Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta
de 1870. E o último foi de "Corisco" (Cristino
Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em
25 de maio de 1940.
Lampião:
Lampião e Maria Bonita:
• O cangaceiro mais famoso foi Virgulino
Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o
"Senhor do Sertão" e também "O Rei do
Cangaço". Atuou durante as décadas de 1920
e 1930 em praticamente todos os estados do
Nordeste brasileiro.
Lampião:
Maria Bonita:
• As primeiras mulheres juntaram-se ao
cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi Maria
Bonita, companheira de Lampião.
• Estima-se que o bando de Lampião chegou a
matar mais de mil pessoas.
• Para combater os cangaceiros, o governo
reagia com as "volantes", grupos de policiais
disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes
eram mais brutais que os próprios
cangaceiros.
Volante:
Volante de Alagoas:
• . Em 1938, Lampião e Maria Bonita foram
mortos por uma volante. Um dos
sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar
do chefe, mas foi morto pela polícia em 1940,
num ataque que encerra o cangaço.
Cabeças do Bando de Lampião:
Cabeça Lampião e Maria Bonita:
Corisco:
Corisco e Pancada:
Dadá em 1972:
Raso da Catarina: O esconderijo de
Lampião e seu bando:
Padre Cícero
• Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de 1844
— Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934) foi um
padre brasileiro. Na devoção popular é conhecido
como Padre Cícero ou Padim Ciço.
• Proprietário de terras, gado e dono de diversos
imóveis, o Padre Cícero fazia parte da sociedade e
política conservadora do sertão do Cariri.
Padre Cícero Romão Batista:
• O médico Floro Bartolomeu seu braço direito
e integrava o sistema político cearense que
ficou sob o controle da família Accioli durante
mais de duas décadas. Carismático, obteve
grande prestígio e influência sobre a vida
social, política e religiosa do Ceará e da Região
Nordeste do Brasil.
• Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era
devoto de padre Cícero e respeitava as suas
crenças e conselhos. Os dois se encontraram
uma única vez, em Juazeiro do Norte, no ano
de 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes,
liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o
interior do Brasil desafiando o Governo
Federal.
• Para combatê-la foram criados os chamados
Batalhões Patrióticos, comandados por líderes
regionais que muitas vezes convocavam
cangaceiros.
• O certo é que ao chegarem em Juazeiro,
Lampião e os quarenta e nove cangaceiros
que o acompanhavam, ouviram padre Cícero
aconselhá-los a abandonar o cangaço.
• Como Lampião exigia receber a patente que
lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque
Uchoa, único funcionário público federal no
município, escreveu em uma folha de papel
que Lampião seria, a partir daquele momento,
Capitão e receberia anistia por seus crimes. O
bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna
Prestes.
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Conflitos sociais na rep. velha rurais

  • 1. Conflitos Sociais na República Velha Conflitos Rurais
  • 2. A Guerra de Canudos
  • 3. • A situação de miséria e descaso político fez nascer no sertão nordestino, no final do século XIX, um movimento messiânico de grande importância. • Liderados por Antônio Conselheiro, o grupo de miseráveis fundou em uma fazenda abandonada às margens do rio Vaza Barris, um arraial (vila).
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  • 8. • Este arraial (Vila) era chamado pelos habitantes e pelo Conselheiro de Arraial de Belo Monte. A população das cidades próximas ao Arraial chamavam-no de Canudos, por causa do antigo nome da fazenda abandonada, onde ficava.
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  • 13. • Os grandes fazendeiros nordestinos (coronéis)viam Canudos como uma ameaça, porque muitos trabalhadores deixaram o campo para seguir o Conselheiro, que prometia uma vida melhor neste mundo. Antônio Conselheiro era contra a República; se recusava a pagar impostos; acusava a Igreja Católica de colaborar para a exploração dos pobres.
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  • 15. • Por estas razões eles eram vistos como uma ameaça à ordem estabelecida pela República. Logo, os habitantes de Canudos foram atacados com toda força pelas tropas do governo da Bahia.
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  • 19. • As duas primeiras expedições enviadas pelo governo baiano contra o arraial entre 1896 e 1897 fracassaram. De março a outubro de 1897, outras duas expedições enviadas pelo governo federal e organizadas pelo Exército, a última com 6 mil homens e artilharia pesada, consegue finalmente tomar e destruir Canudos.
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  • 27. • Junto com Conselheiro morrem aproximadamente 20 mil pessoas. Só sobrevivem cerca de 400 prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças. • Ao primeiro sinal de novas ideias, a República Brasileira ataca com extrema violência.
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  • 31. A Guerra do Contestado 1912 - 1916 • A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual.
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  • 33. • Foi chamado de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
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  • 36. Causas da Guerra do Contestado: • A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo.
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  • 39. • Para que a estrada de ferro fosse construída, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Isso criou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
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  • 42. • Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
  • 43. • O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
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  • 45. • Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria.
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  • 48. • Ele pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
  • 49. • Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses.
  • 50. • O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
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  • 53. • Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas.
  • 54. • Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. Alguns historiadores chegam a afirmar que o número de mortes chegou à 20 mil. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
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  • 56. • A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
  • 57. • A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre
  • 58. • Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.
  • 59. O Cangaço 1870 - 1930 • Foi uma onda de banditismo, crime e violência que se alastrou por quase todo o sertão do Nordeste brasileiro entre o século XVIII e meados do século XX. Para alguns especialistas, o cangaço teria nascido como uma forma de defesa dos sertanejos diante da ineficiência do governo em manter a ordem e aplicar a lei.
  • 60. • Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram em quadrilhas que aterrorizaram o sertão, pilhando, assassinando e estuprando.
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  • 64. • O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços temporários para os latifundiários; os "políticos", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.
  • 65. • Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. • Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
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  • 69. • O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870. E o último foi de "Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
  • 71. Lampião e Maria Bonita:
  • 72. • O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o "Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 1920 e 1930 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro.
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  • 77. • As primeiras mulheres juntaram-se ao cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi Maria Bonita, companheira de Lampião. • Estima-se que o bando de Lampião chegou a matar mais de mil pessoas.
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  • 79. • Para combater os cangaceiros, o governo reagia com as "volantes", grupos de policiais disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes eram mais brutais que os próprios cangaceiros.
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  • 83. • . Em 1938, Lampião e Maria Bonita foram mortos por uma volante. Um dos sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar do chefe, mas foi morto pela polícia em 1940, num ataque que encerra o cangaço.
  • 84. Cabeças do Bando de Lampião:
  • 85. Cabeça Lampião e Maria Bonita:
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  • 90. Raso da Catarina: O esconderijo de Lampião e seu bando:
  • 91. Padre Cícero • Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de 1844 — Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934) foi um padre brasileiro. Na devoção popular é conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço. • Proprietário de terras, gado e dono de diversos imóveis, o Padre Cícero fazia parte da sociedade e política conservadora do sertão do Cariri.
  • 93. • O médico Floro Bartolomeu seu braço direito e integrava o sistema político cearense que ficou sob o controle da família Accioli durante mais de duas décadas. Carismático, obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política e religiosa do Ceará e da Região Nordeste do Brasil.
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  • 95. • Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, no ano de 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal.
  • 96. • Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes convocavam cangaceiros.
  • 97. • O certo é que ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os quarenta e nove cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço.
  • 98. • Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.
  • 100. Floro Bartolomeu e Padre Cícero: