O documento discute as principais teorias da comunicação de massa ao longo da história, incluindo: (1) as visões iniciais de Le Bon e Gabriel Tarde sobre as "massas"; (2) a Teoria da Agulha Hipodérmica e o Two Step Flow; (3) a Indústria Cultural e a Cultura Pop; (4) a Semiótica e os signos; (5) as visões de Marcuse e McLuhan; e (6) os mitos e a Teoria do Caos na comunicação.
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Teorias da Comunicação
1. Teorias da Comunicação
surge um novo agrupamento humano . Devido ao processo de
industrialização pessoas foram forçadas à deslocarem-se para
grandes centros o que forçou um contato com desconhecidos.
Século XIX
Novo comportamento coletivo: Sieghele – A Imprensa
Manipula a Massa. Comportamento em Massa é a Novidade do
século XIX: MCM + INDUSTRIALIZAÇÃO
Gustav Le Bon
A civilização está em risco com as massas emergentes pois líderes políticos poderiam manipular as pessoas.
Gabriel Tarde
Discorda de Le Bom. Para Gabriel a “massa” é formada geograficamente e o púlico é fromado socialmente. Com isso a
imprensa estaria criando públicos pois permitiria que pessoas distanciadas geograficamente pudessem partilhar idéias.
Percebe-se a dificuldade em elaborar conceitos de “multidão” e “massa”
Portanto existem três tipos de comportamento coletivo
Multidão
Origem biológica – ação de ferormônios que levam pessoas que convivem a agir de forma igual, mas involuntariamente.
Ex: linchamentos, revoltas, tumultos, incêndios onde morrem mais pessoas pisoteadas do que queimadas.
É impossivel parar uma multidão com a força ou a razão por isso o uso de gás lacrimogêmio:
- inibe a ação dos ferormonios
-irritação nos olhos dá a sensação de que estão sozinhos
Um indivíduo só age em multidão se tiver certeza que está incógnito, ou seja, é a certeza de que seus atos individuais
não serão percebidos que dá a multidão a liberdade de agir.
É necessário dar uma alternativa de ação pois leva o individuo a pensar – multidão que pensa vira individuo.
Massa
Age conforme a multidão, mas sem a influência dos ferormônios.
Nos grandes centros as pessoas são isoladas e solitárias – sofrem grande influência dos Meios de Comunicação de Massa
– MCM.
Hein? Comunicação Page 1
2. A principal caracteristica da massa é o pseudo-pensamento
A massa acredita que pensa, mas só repete o que
Pseudo-Pensamento ouve dos meios de comunicação
Na realidade o grande poder massificante da sociedade é que o individuo não acredita que é apenas uma peça e suas
“idéias” na realidade foram implantadas pela midia.
No âmbito biológico: a ambição máxima de um mamiferi é ser aceito pelos seus pares – instinto de Rebanho. Podemos
verificar isso no clássico exemplo comportamental : “Ficar na Moda” – os Meios de Comunicação usam a necessidade
“rebanho” para vender produtos.
Público
É racional, defende sua individualidade e não se deixa manipular. Suas opiniões são frutos de um raciocínio pessoal.
Para Jung: público passou pelo processo de individualização e é capaz de tomar decisões sozinho.
Da mesma forma que a mídia cria a massa ela pode criar o público exemplos: filmes de consciência crítica, fóruns de
discussão.
Teoria da Agulha Hipodérmica
Primeira metade do séc XX
“Toda resposta corresponde a um estimulo”
Não há estímulo sem resposta. Indivíduos são estudados e compreendidos de acordo com suas reações e estímulos.
E R
A aundiência é vista como amorfa.
O estímulo é a publicidade. Os MCM têm a resposta que desejam da audiência desde que o estímulo seja aplicado de
forma correta.
Mídia = agulha que injeta conteúdos diretamente no cérebro dos receptores.
Hein? Comunicação Page 2
3. Exemplo 1
Em outubro de 1938 a transmissão de rádio de “A Guerra dos Mundos” em forma de noticiário gerou pânico porque as
pessoas ignoraram os avisos iniciais de que era ficção.
Exemplo 2
Utilização dos MCM – rádio e cinema pelo regime nazista.
O Funcionalismo e a Escola de Frankfurt compartilham a idéia de “ Media Toda Poderosa”
Two Step Flow
O funcionalista Lazzarfield descobriu que o grupo em que as pessoas convivem direcionam a ionterpretação que ele tem
dos MCM.
As mensagems midiáticas passam por dois degraus:
1) Formadores de Opinião
2) A leitura dos MCM não está limitado ao objetivo dos emissores.
Cultura Pop e Indústria Cultural
Indústria Cutural
Desde a Escola de Frankfurt que esse tema é usado para configurar produtos veiculados pelos MCM que não são frutos
da elite e nem dos pobres.
Peças culturais são fabricadas para serem consumidas.
“ A Dialética do Iluminismo” 1947 – Horkheimer e Adorno
As afirmações da Escola de Frankfurt foram feitas em um periodo de transição :
Sociedade Sociedade
Industrial Informação
Info
Para Adorno com o Iluminismo o homem livrou-se do medo do mito e da magia, mas não libertou-se pois tornou-se
vítima da dominição técnica.
Os MCM – que são resultado direto do desenvolvimento da técnica – teve papel importante na escravização da massa.
Hein? Comunicação Page 3
4. Para os Frankfurtianos os produtros da Indústria Cultural servem:
-Comercialização
-Deturpar e degradar o gosto popular
-Atitude passiva e acomodada dos consumidores
Os produtos da Indústria Cultural são homogeneos e nivelados por baixo.
“ A transformação do ato cultural em VALOR suprime sua função crítica e nele dissolve os traços de uma experiência
autêntica” Adorno
Já Mattelart acha que Adorno e Horkheimer estigmatizaram a Indústria Cultural porque a fabricação tira da arte o sacro.
Cultura Pop
Termo utilizado para designar produtos da Indústria Cultural. Está mais próxima da subversão que da ideologia.
O conceito de Cultura Pop é aplicado onde as teorias da Escola de Frankfurt falham = nos produtos da Indústria Cultural
que provocam, incentivam, fazem pensar.
Características da Cultura Pop
- Inovadora em conteúdo e formato
-Leitura crítica do mundo
-Conteúdo arquetipico
- Provocadora
A Ciência dos Signos – SEMIÓTICA
Saussere Análise de signos linguísticos
Pierce Abriram outras formas de representação
O signo tem característica triádica – Triângulo Semiótico.
1) O Significante: aspecto sensível do signo – sons que formam a palavra, sinais gráficos.
2) O Significado: é a imagem que se forma em nossa mente quando ouvimos a palavra.
3) O Referente: ao que estamos nos referindo – objeto/coisa em si.
Polissemia – bala (revólver), bala (doce)
Aspécto da semiótica – Intérprete Nós temos signos quando há pessoas para interpretá-los.
Ex: árvore caindo em uma floresta deserta.
Hein? Comunicação Page 4
5. Signos Primários Signos Secundários
Palávras, desenhos, sinais BMW = status, Pombo Branco = Paz
Para Pierce existem três tipos de signos: Icones, Índices e Símbolos
Icone – relação de semelhança com a coisa: fotos, onomatopéias, filmes, imagens de TV
Índice – relação de contiguidade com a coisa: fumaça é índice de fogo, pegada no chão: índice de ladrão.
Símbolos – relação cultural com a coisa: Cruz – tortura para os budistas e fé para os cristãos. Os símbolos são criados no
momento da criação do código.
*Logomarcas – são ícones interpretados como símbolos.
O Filósofo da Contracultura
Herbert Marcuse – critica à racionalidade técnica – Escola de Frankfurt //Influência na década de 60.
Homem é transformado em “coisa” e massificado.
Homem Unidimensional: consegue ver somente a aparência das coisas, nunca sua essência. O homem undidimensional
se sente feliz quando a mídia diz que ele é feliz. Se está triste vai as compras.
-Conformista – Consumista – Acrítico -
Para Marcuse só haverá mudanças se existir a liberação de uma nova dimensão humana.
A liberdade deveria permear a nova revolução.
A nova sociedade surgiria das ruínas da sociedade consumista – com uma dimensão estético-erótica ao invés de
consumista.
-Felicidade – Paz – Beleza –
“A arte é possível, desde que seja revolucionária”, exemplo: Bob Dylan
Para Marcuse, a arte não é peça de museu, mas algo vivo.
Esse pensamento influenciou a Contracultura (Fanzines, Rádios Alternativas)
Hein? Comunicação Page 5
6. Marshall Mcluhan – O Profeta da Aldeia Global
Canadense, pesquisador com idéias tão independentes ecriticado que não é encaixado em nenhuma corrente de
pensamento
Três teorias:
1-Os MCM como extensões do Homem
2-Os MCM são mensagens
3-Os MCM Aldeia Global
Para Mcluhan o homem age sobre a natureza criando extensões do seu próprio corpo:
- Rádio: extensão da boca e ouvido
- TV: extensão dos olhos e ouvidos
- PC: extensão do cérebro
“ A mensagem de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padão que esse meio ou tecnologia
introduz nas coisas humanas”
“Galaxia de Gutemberg” – mundo criado pela Imprensa – pensamento linear: começo/meio/fim
Mcluhan- Déc 60 – uma nova revoluçaõ está se delineando pelos MCM
TV e canções pop estavam unindo pensamento e ação. Ex: protestos contra guerra do Vietnã, a TV mostrava as
atrocidades da guerra o que foi proibido pelo exército Americano na guerra do Golfo.
Na Internet o emissor também é receptor.
Para Mcluhan o mundo é cada vez mais uma aldeia e cada vez mais as fronteiras nacionais deixam de ser importantes.
Ex, Ataque ao WTC – repercussão mundial imediata
Edgar Morin –As Estrelas e Os Mitos
O cinema é o atual difusor de mitologias.
Mitos: realidades pscicológicas que vivem em nosso inconsciente coletivo. Como virus, passam de pessoa para pessoa.
Antigamente os mitos eram passados através de causos ou conversas, agora através dos MCM – filmes, livros, histórias
em quadrinhos
Morin faz uma análise de mitos cinematográficos: Hollywood é o novo Olimpo
A idolatria está num processo de projeção – identificação - o fã projeta seus desejos no ídolo.
Hein? Comunicação Page 6
7. Para Edgar Morin a Indústria Cultural se aproveita dessa necessidade e transforma isso em mercadoria.
Ex: Havaianas com pessoas famosas / vida das celebridades –Caras
A Estrela só Interessa para a Indústria Cultural enquanto estiver dando lucro.
“Élvis não Morreu” – para a Indústria Cultural e está vivo e rendendo.
Teoria do Caos
Cibernética: primeira ciência preocupada com o caos
Teoria da Informação – filha da Cibernética
As novas gerações têm capacidade maior de captar informações – Teoria do Caos
Isso explica o sucesso de obras complexas: Matrix, Cidade de Deus.
Hein? Comunicação Page 7