Este documento discute a perspectiva do filósofo brasileiro Álvaro Vieira Pinto sobre o conceito de "amanualidade" ou "modos de ser", que se refere às diferentes maneiras como as pessoas se relacionam com artefatos. Vieira Pinto critica visões que enxergam a tecnologia de forma instrumental e funcionalista, defendendo uma abordagem histórica e igualitária dos conhecimentos que leva em conta o contexto social.
‘Graus de amanualidade’ ou ‘ Modos de ser’: equidade entre diferentes manuseios de artefatos
1. ‘Graus de amanualidade’ ou ‘ Modos de ser’:
equidade entre diferentes manuseios de artefatos
‘Grados de amanualidad’ o ‘Modos de ser’:
equidad entre diferentes manejos de artefactos
'Degrees of handiness' or 'modes of being':
equity between different handling artifacts
Rodrigo Freese GONZATTO
Luiz Ernesto MERKLE
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, Brasil
PPGTE – Programa de Pós Graduaçao em Tecnologia
2. Introdução
• Pesquisa em Interação
Humano-Computador (IHC) e
Design de Interação
– Áreas de pesquisa e projeto
da interação entre pessoas e
computadores
• Como pesquisar em um viés
CTS, a partir de uma
perspectiva crítica de
tecnologia?
– Discussões apenas
recentemente aproximadas da
área, e em geral a partir de
referenciais teóricos em CTS
de fora da América Latina
Introducción
• Investigación en Interacción
Hombre-Máquina (IHM) y
Diseño de Interacción
– Áreas de investigación y proyecto
de la interacción entre personas y
máquinas
• Como investigar desde un
sesgo CTS, desde una
perspectiva crítica de la
tecnología?
– Discusiones muy recientes
acerca del área, y en general
desde referenciales teóicos en
CTS afuera de Latinoamerica
3. Questões
• Estudo da IHC geralmente
restrito aos usos dos artefatos
digitais
– E o uso indireto do digital,
realizado fora do digital?
• Visão do digital como artefatos
cuja materialidade pouco
interessa, de possibilidades
quase ‘infinitas’, um ‘material
sem qualidades’
• Foco em transformar o não-digital
em digital
– Mas deve-se sempre faze-lo?
Como? Por quem? Para
quem?
(exemplp: Encyclopedia of Interaction Design:
www.interaction-design.org)
Cuestiones
• Estudios de IHM generalmente
restricto a la utilización de
artefactos digitales
– Y el uso indirecto del digital
realizado afuera del digital
• Visión del digital como
artefactos cuya materialidad
poco importa, de posibilidades
casi ‘infinitas’, un material sin
calidad’
• Enfoque en transformar el no-digital
en digitales
– Pero siempre se debe hacerlo?
Como? Por quien? Para quien?
4. Nossas direções
• Humano-Computador (IHC) e
Design de Interação a partir de
una perspectiva latino-americana
de CTS
– A partir do pensamento do filósofo
brasileiro Álvaro Vieira Pinto
(PLACTS: Pensamento Latino-
Americano em Ciência,
Tecnologia e Sociedade)
Nuestra dirección
• Interaccíon Persona-
Computador y Diseño de
Interacción desde una
perspectiva latinoamericana en
CTS
– Partiendo del pensamiento del
filósofo brasileño Álvaro Vieira Pinto
(PLACTS: Pensamiento
Latinoamericano en Ciencia,
Tecnología y Sociedad)
5. Álvaro Vieira Pinto
• Filósofo brasileiro (1909-1987).
Um dos primeiros pesquisadores
brasileiros em CTS:
– Obra publicada entre 60's e 70's
em educação, demografia e
filosofia da ciência e da tecnologia
– Fundamentação teórica baseada
em fenomenologia, marxismo,
existencialismo e cibernética
– Traduziu para o português livros
de Lucàcks, Chomsky, Jaspers,
Berger e Lucmann
• Tecnologia como existencial do
ser humano e fenômeno de
massa. Ciencia, tecnologia e
educacao sao socialmente
construídas
– Inspirou o método Paulo Freire
Álvaro Vieira Pinto
• Filósofo brasileño (1909-1987) Uno
de los primeros investigadores
brasileños en CTS:
– Obra publicada entre 60 y 70 en
educación, demografia y filosofia de
la ciencia y tecnología
– Fundamentación teórica basada en
fenomenologia, marxismo,
existencialismo y cibernética
– Hizo la traducción para el portugués
de los libros de Lucácks, Chormsky,
Jaspers, Berger y Lucmann
• Tecnología como existencial del ser
humano y fenómeno de masa.
Ciencia, tecnología y educación son
socialmente construidos
– Fue inspiración para el método Paulo
Freire
6. Conceito de
amanualidade
• Conceito que trata da relação
entre ser humano e objetos ao
seu redor (realidade
envolvente).
– E das questões existenciais
desta relações: os modos de
ser.
• O ser humano manuseia o
mundo: mão como metáfora
da agência ativa do sujeito
perante a realidade
• Para Vieira Pinto, ação,
técnica e trabalho são noções
interconectadas e inseparáveis
Concepto de
amanualidad
• Concepto que trata de la
relación entre el ser humano y
los objetos en su alrededor
(realidad circundante)
– Y las cuestiones existenciales
de esta relación: los modos de
ser.
• El ser humano maneja el
mundo: mano como metáfora
de la agencia activa del sujeto
frente a la realidad
• Para Vieira Pinto, acción,
técnica y trabajo son nociones
interconectadas e inseparables
7. • Conceito proveniente das
filosofias fenomenológico-existenciais,
como ready-to-hand
(handiness, ou
Zuhandenheit) de Heidegger
– Este conceito é utilizado em
IHC
• Vieira Pinto critica a
amanualidade heideggeriana,
que aborda o uso dos
artefatos, mas não a produção.
– Seu conceito serve as nações
desenvolvidas, mas não as
subdesenvolvidas
• Concepto desde las filosofías
fenomenológico-existenciales,
como ready-to-hand
(handiness, ou Zuhandenheit)
de Heidegger
– Este concepto es utilizado en
Interacción Persona-
Ordenador
• Vieira Pinto hace la crítica a la
amanualidad heideggeriana, que
trata del uso de los artefactos,
pero no de su producción
– Su concepto sirve a las
naciones desarrolladas, pero
no a las subdesarrolladas
Conceito de
amanualidade
Concepto de
amanualidad
8. • Amanualidade é um conceito
para a relação pessoa
(coletivos) e artefato(s) em
situação.
– A amanualidade não esta no
objeto, nem apenas na
pessoa diante do artefato,
mas é uma relação sócio-historica
entre pessoas
mediada pelo artefato
socialmente construido
– Sua noçao de amanualidade
opoe-se a visao instrumental,
funcionalista, substantivista e
cognitivista da tecnologia
• Amanualidad es un concepto
para la relación persona
(colectivos) y artefacto (s) en
situación
– La amanualidad no está en el
objeto, tampoco en la persona
delante del artefacto, pero es una
relación socio-histórico entre las
personas mediada por el artefacto
socialmente construido
– Su noción de amanualidad se
opone a la visión instrumental ,
funcionalista, substantivista y
cognitivista de la tecnología
Conceito de
amanualidade
Concepto de
amanualidad
9. Graus de amanualidade
(ou) Modos de ser
• A amanualidade é
(historicamente) socialmente
produzida a partir da
amanualidade (do que esta
disponível ‘a-mão’)
• Existem diferentes maneiras
de manusear a realidade
– Mexer no barro, beber com
uma vasilha, tomá-la em mãos
e apreciar sua beleza
• Diferentes graus de manuseio
= Diferentes operações de
trabalho = diferentes modos de
ser
• O trabalho (ação coletiva de
transformação) eleva a
realidade a outro grau de
amanualidade
Grados de Amanualidad
(o) Formas de ser
• La amanualidad es
(históricamente) socialmente
producida desde la amanualidad
(de lo que está disponible a la
mano)
• Existen diferente formas de
manejar la realidad
– Mover la tierra, beber con un
jarro, tomarlo en las manos y
disfrutar de su belleza
• Diferentes grados de manejo =
Diferentes operaciones de trabajo
= diferentes formas de ser
• El trabajo (acción colectiva de
transformación) lleva la realidad
hacia otro nível de amanualidad
10. Graus de amanualidade
(ou) Modos de ser
• ‘Escala zero’ e exemplo em
alfabetizaçao:
– Não existe analfabeto, mas
alfabetizado em ‘escala zero’
– Se a pessoa sobrevive em um
mundo que lhe impoe a
leitura, é porque ela lê a
realidade de alguma forma
– Ler a realidade e responder
ao que o mundo impoe é uma
forma de manusear a
realidade. Um modo de ser
– Podemos pensar esse mesmo
exemplo no caso de
alfabetizacao digital. Como é
o manuseio do digital por
pessoas que dizem não ‘saber
usar’ computadores?
Grados de Amanualidad
(o) Formas de ser
• ‘Escala de cero’ y ejemplo en
alfabetización:
– No existe analfabeto, pero el
alfabetizado en ‘escala cero’
– Si la persona sobrevive en un
mundo en que tiene que leer, es
porque ella sabe leer su realidad
de alguna manera
– Leer la realidad y contestar a lo
que el mundo te impone es una
forma de manejar a la realidad,
Un modo de ser
– Podemos pensar este mismo
ejemplo en el caso de
analfabetización digital. Como es
la manipulación del digital por las
personas que dicen ‘ no saber
usar “ las computadoras?
11. Outras questões: dialética
e desenvolvimento
• Não confundir os modos de ser
como uma posição essencialista
– Existencialismo: existência
precede essência
– Os graus (modos de ser) podem
ser desenvolvidos (pelo trabalho
com a realidade)
– Não se desenvolve a
amanualidade ‘ do outro’. É um
processo sócio-cultural
• Não confundir ‘graus’ com uma
visão linear de desenvolvimento
– Graus de amanualidade não são
uma escala quantitativa. Servem
para visualizar a mudança
qualitativa da amanualidade
– Dialética: mudança de qualidade,
mudança de modos de ser
Otros temas: dialéctica y
desarrollo
• No confundir los modos de ser
como una posición esencialista
– Existencialismo: existencia
precede la esencia
– Los grados (modos de ser) llegan
a ser desarrollados (por el trabajo
con la realidad)
– No se desarrolla la amanualidad
‘del otro’. Es in proceso socio-cultural
• No confundir ‘grados’ con una
visión lineal de desarrollo
– Grados de amanualidad no son
una escala cuantitativa . Sirven
para vislumbrar los cambios
cualitativos de amanualidad
– Dialéctica: cambio de calidad,
cambio de modos de ser
12. Equidade entre
manuseios
• O conceito de Vieira Pinto viabiliza
uma compreensão igualitária e
histórica dos conhecimentos
– Visão horizontal dos
conhecimentos. Sem hierarquizar
sujeitos e diferentes modos de
amanualidade
• Não substancializa os artefatos
– Possibilidades de uso do artefato
não estão apenas no artefato,
mas também
• Distância de uma visão
instrumental dos artefatos
– Um mesmo artefato não “oferece
as mesmas possibilidades” para
todas as pessoas
• Questiona determinismo
tecnológico
– O desenvolvimento tecnológico e
dos artefatos se da apenas
inscrito na amanualidade dos
sujeitos. É histórico.
– Cada época possuiu a tecnologia
¨mais avançada¨.
Equidad entre
manejos
• El concepto de Vieira Pinto permite una
comprensión de igualitária e histórica
de los conocimientos
– Visión horizontal de los conocimientos.
Sin jerarquizar sujetos y diferentes
modos de amanualidad
• No corrobora los artefactos
– Posibilidades del uso del artefacto, no
está solamente en el artefacto, pero
tambien
• Distáncia de una visión instrumental de
los artefactos
– El mismo artefacto “no ofrece las
mismas posibilidades” para todas las
personas
• Cuestiona el determinismo tecnológico
– El desarrollo tecnológico y de los artefactos
ocurre solamente desde la amanualidad de
los sujetos. Es histórico
– Cada época tiene su tecnologia más
desarrollada
13. Considerações
finais
• Estudo da IHC geralmente restrito
aos usos dos artefatos digitais ?
– Pensar o manuseio do digital em
‘escala zero’
• Visao do digital como artefatos de
possibilidades quase ‘infinitas’, um
‘material sem qualidades’ ?
– O digital, por si só (artefato
externo), nao indica suas
possibilidades de uso
– Todo artefato foi feito, é feito, e
está em construção. Nunca é
neutro
• Foco em transformar o não-digital
em digital ?
– Que amanualidade se desenvolve
com a digitalização. Desenvolve?
Amanualidade de quem?
Consideraciones
finales
• Estudio del Interacción Persona-
Ordenador en general restricto al
manejo de los artefactos digitales ?
– Pensar la manipulación digital en
‘escala cero’
• Visión del digital como artefactos de
posibilidades casi ‘infinitas, un
‘material sin calidades’ ?
– El digital, sólo (artefacto externo),
no produce sus posibilidades de
manejo
– Todo artefacto fue hecho, es hecho,
y está en construcción. No hay
neutralidad ’
• Enfoque en transformar el no-digital
en digital ?
– Que amanualidad se desarrolla con
la digitalización. Desarrolla?
Amanualidad de quién?