1. EE Professor João Cruz
Gabriel Alves da Silva n° 07
2° EMD
Movimento Literário
Romantismo
2. Contexto Histórico
O Romantismo surgiu no final
do século XVIII, e durou
cerca de meio século,
acabando no começo do
século XIX
A obra que marca o inicio do
movimento no Brasil é
“Suspiros Poéticos e
Saudades” de Gonçalves
Magalhães
3. Principais características do
Romantismo
Individualismo – A arte romântica é a
representação do mundo interior do autor,
representação de seus sentimentos e de
sua visão do mundo
4. Idealismo – Ideia de perfeição, mundos
criados pelo artista, como amores
verdadeiros, lugares perfeitos,
personagens com características ideiais;
Fuga da realidade – criação de mundos
e lugares ideais para o artista, ou
valorização do passado, seguindo o ideal
romantico (perfeição), uso da evasão;
Valorização da natureza – A natureza
“entende” os sentimentos do artista, ela
segue os sentimentos do escritor;
5. Sentimentalismo – A principal
característica do Romantismo, sendo a
arte sempre representação de seus
sentimentos;
No Romantismo foi o começo da
“liberdade” dos escritores, sem ter mais
padrões como os movimentos anteriores
6. Romantismo no Brasil
O Romantismo no Brasil chegou por volta
de 1836, teve três gerações de poetas
7. Primeira Geração
Influenciada pela Independência do Brasil, a
poesia buscava a identificação do país com
suas raízes históricas, linguísticas e culturais.
Caracterizava o índio como herói, e exaltava os
elementos da natureza brasileira. Com o
objetivo de se diferenciar da influência
portuguesa, o sentimento era nacionalidade
8. Principais artistas da primeira
geração do Romantismo
Além de Gonçalves de Magalhães, que foi
responsavel por introduzir o romantismo
no Brasil, Gonçalves Dias foi quem
consolidou de fato o movimento no país.
Gonçalves Dias usava muito da literatura
indianista nas suas obras, como em “I-Juca
Pirama”
9. Trecho de “I-Juca Pirama”
de Gonçalves Dias
“Meu canto de
morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das
selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros,
descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda
errante
Por fado
inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou
forte,
Sou filho do
Norte;
Meu canto de
morte,
Guerreiros, ouvi.”
10. Segunda Geração
Neste período, que se iniciou por volta de
1850, a poesia vinha de encontro às ideias
e temáticas da geração anterior: o eu-
lírico volta-se mais para si e afasta-se da
realidade social à sua volta.
O eu-lírico “sofre” mais, valorizando mais
os sentimentos, a melancolia, o
sofrimento, a solidão e o medo do amor. O
eu-lírico vive em meio à solidão,
devaneios e as idealizações.
11. Principais poetas da
Segunda Geração
Álvares de Azevedo
Soneto
Pálida, à luz da lâmpada
sombria,
Sobre o leito de flores
reclinada,
Como a lua por noite
embalsamada,
Entre as nuvens do amor
ela dormia!
Era a virgem do mar! Na
escuma fria
Pela maré das águas
embalada!
Era um anjo entre
nuvens d'alvorada
Que em sonhos se
banhava e se esquecia!
Era mais bela! O seio
palpitando...
Negros olhos as
pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito
resvalando...
Não te rias de mim, meu
anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei
chorando,
Por ti - nos sonhos
morrerei sorrindo!
12. Casimiro de Abreu
• Saudades
Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar !
Nessas horas de silêncio,
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
13. Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
Então - proscrito e sozinho -
Eu solto os ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
- Saudades - dos meus amores,
- Saudades da minha terra !
15. Terceira Geração
Caracterizada pela poesia libertária
A poesia dessa geração é combativa e
prima pela denúncia das condições dos
escravos, decorrência do sistema
econômico brasileiro, baseado no trabalho
escravo. Os poetas dessa geração também
clamam por uma poesia social em que a
humanidade trabalhe por igualdade,
justiça e liberdade.
16. Principais artistas
Castro Alves (1847 -
1871)
Navio Negreiro: Canto VI
Existe um povo que a bandeira
empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e
cobardia!...
E deixa-a transformar-se
nessa festa
Em manto impuro de
bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas
que bandeira é esta,
Que impudente na gávea
tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e
chora tanto
Que o pavilhão se lave no
teu pranto! ...
Auriverde pendão de minha
terra,
Que a brisa do Brasil beija e
balança,
Estandarte que a luz do sol
encerra
E as promessas divinas da
esperança...
Tu que, da liberdade após a
guerra,
Foste hasteado dos heróis
na lança
Antes te houvessem roto na
batalha,
Que servires a um povo de
mortalha!...
17. Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
O poema anterior é um exemplo de poesia
libertária