5. Características:
• Subjetivismo;
• Egocentrismo;
• Linguagem Artificial/ Esteriotipada/
Europeizada;
• “Cor Local”( a 3ª geração )
• Ao Gosto Burguês( afirmação dos
valores e hábitos burgueses;
• ‘Medievalismo’.
6. Autores: Poesia
I – Geração: Introdutória; Afirmadora;
Indianista; Nativista; Nacionalista;
Patriótica; dos Gonçalves.
a. Gonçalves de Magalhães( Introdutor ).
Obra: Suspiros Poéticos e Saudades(
saudosismo )Confederação dos Tamoios(
indianista – severas críticas contrárias ).
7. Autores: Poesia
b. Gonçalves Dias. ( Grande nome da 1ª Geração )
- Características: Saudosismo; Nativismo; Lirismo
Amoroso; Indianismo.
Obra: Primeiros Cantos( Canção do Exílio ); Segundos
Cantos; Terceiros Cantos; Últimos Cantos;
Meditações( abolicionista ); I- Juca Pirama(
Indianista ); Sextilhas de Frei Antão( medievalismo –
religiosidade ); Canto da Piega( Indianista ); Canto
do Guerreiro( indianista )Os Timbiras( indianista –
Inacabada ).
8. Canção do exílio – Gonçalves Dias
Minha terra tem Onde canta o Sabiá.
palmeiras, Minha terra tem primores,
Onde canta o Sabiá; Que tais não encontro eu cá;
As aves, que aqui gorjeiam, Em cismar –sozinho, à noite–
Não gorjeiam como lá. Mais prazer eu encontro lá;
Nosso céu tem mais Minha terra tem palmeiras,
estrelas, Onde canta o Sabiá.
Nossas várzeas têm mais Não permita Deus que eu
flores, morra,
Nossos bosques têm mais Sem que eu volte para lá;
vida, Sem que disfrute os primores
Nossa vida mais amores. Que não encontro por cá;
Em cismar, sozinho, à Sem qu'inda aviste as
noite, palmeiras,
Mais prazer eu encontro lá; Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem palmeiras,
9. I – Juca Pirama – Gonçalves Dias
“Meu canto de morte, Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi: Guerreiros, ouvi.
Sou filho das selvas, Já vi cruas brigas,
Nas selvas cresci; De tribos imigas,
Guerreiros, descendo E as duras fadigas
Da tribo tupi. Da guerra provei;
Da tribo pujante, Nas ondas mendaces
Que agora anda errante Senti pelas faces
Por fado inconstante, Os silvos fugaces
Guerreiros, nasci; Dos ventos que amei.”
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
10. Autores: Poesia
II – Geração: Byroniana; Epicureia; Epicurista;
Hedonista; Ultrarromântica; Mal-do-Século;
Pessimista; Egocêntrica.
c. Álvares de Azevedo.
- Características: Pessimismo; Egocentrismo; forte
lirismo.
Obra: Lira dos Vinte Anos; Noite na Taverna; O
Poema do Frade; Macário.
d. Casimiro de Abreu.
- Características: Saudosismo.
Obra: As Primaveras.
11. Oito Anos – Casimiro de Abreu
“Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!” ( ... )
12. Autores: Poesia
e. Fagundes Varela.
- Características: inspirações; pessimismo; angústia;
dor.
Obra: Poesias Completas;( Cântico do Calvário – Elegia
); Vozes da América; Noturnos.
f. Junqueira Freire.
- Características: Saudosismo; Confusão; Dualidade.
Obra: Inspirações do Claustro; Contradições Poéticas.
13. Autores: Poesia
III – Geração: Condoeira; Hugoniana;
Abolicionista; Libertária; Transitória.
g. Castro Alves( O Poeta dos Escravos ).
- Características: Amor dual; Eloquência;
Crítica Social; Lirismo Apológico;
Obra: Escravos( Navio Negreiro ); Gonzaga
ou A Revolução de Minas( Peça de
Teatro ); Espumas Flutuantes( Lirismo
Amoroso ); Cachoeira de Paulo Afonso(
temáticas variadas ).
14. Navio Negreiro – Canto IV
Era um sonho dantesco... o espantadas,
tombadilho No turbilhão de espectros
Que das luzernas avermelha arrastadas,
o brilho. Em ânsia e mágoa vãs!
Em sangue a se banhar. E ri-se a orquestra irônica,
Tinir de ferros... estalar de estridente...
açoite... E da ronda fantástica a
Legiões de homens negros serpente
como a noite, Faz doudas espirais ...
Horrendos a dançar... Se o velho arqueja, se no
Negras mulheres, chão resvala,
suspendendo às tetas Ouvem-se gritos... o chicote
Magras crianças, cujas bocas estala.
pretas E voam mais e mais...
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e
15. Navio Negreiro – Canto IV
Presa nos elos de uma só Diz do fumo entre os
cadeia, densos nevoeiros:
A multidão faminta "Vibrai rijo o chicote,
cambaleia, marinheiros!
E chora e dança ali! Fazei-os mais dançar!..."
Um de raiva delira, outro E ri-se a orquestra
enlouquece, irônica, estridente. . .
Outro, que martírios E da ronda fantástica a
embrutece, serpente
Cantando, geme e ri! Faz doudas espirais...
No entanto o capitão Qual um sonho dantesco as
manda a manobra, sombras voam!...
E após fitando o céu que se Gritos, ais, maldições,
desdobra, preces ressoam!
Tão puro sobre o mar, E ri-se Satanás!...
16. O Índio – Caetano Veloso
Um índio preservado
Um índio descerá Em pleno corpo físico
De uma estrela colorida e brilhante Em todo sólido todo
De uma estrala que virá Gás e todo líquido
Numa velocidade estonteante Em átomos palavras cor em gesto em cheiro em sombra
E pousará no coração do hemisfério sul na América num em luz em som magnífico
claro instante Num ponto eqüidistante
Entre o atlântico e o pacifico
Depois de exterminada a última nação indígena Do objeto sim resplandecente
E o espírito dos pássaros Descerá o índio
Das fontes de água límpida E as coisas que eu sei que ele dirá fará não sei dizer assim
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas de um modo explícito
tecnologias
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Virá Surpreenderá a todos não por ser exótico
Impávido que nem muhammad ali Mas pelo fato de poder Ter sempre estado oculto quando
Virá que eu vi terá sido o óbvio.
Apaixonadamente como peri
Virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee
Virá que eu vi
O aché do afoché filhos de ghandi
Virá
17. Os Folhetins
• Prosa Histórica: José de Alencar (O Guarani; As Minas
de Prata; A guerra dos Mascates), Bernardo Guimarães
(Lendas e romances; histórias e tradições da província
de Minas Gerais) e Franklin Távora (O Matuto;
Lourenço; O Cabeleira).
• Prosa Indianista:Iracema.
• Prosa Urbana: José de Alencar (Senhora ; Lucíola;
Diva), Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha; O
Moço Loiro; A Luneta Mágica) e Manuel Antônio de
Almeida (Memórias de um sargento de milícias).
• Prosa Regionalista: José de Alencar( O Tronco do Ipê);
José de Alencar, Taunay (Inocência).
18. Autores: Prosa
a. Joaquim Manuel de Macedo.
Características: Linguagem burguesa e artificial; um
modelo do folhetim romântico.
Obra: A Moreninha; O Moço Loiro, A Luneta Mágica –
Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro; Os Dois
Amores.
b. José de Alencar – Cearense
• Tríade Indianista – Ubirajara; Iracema; O Guarani
• Tríade Feminina – Diva; Lucíola; Senhora.
Obra: Iracema( Martim – Moacir ); O Guarani( Ceci –
Peri ); Senhora( Aurélia Camargo – Fernando Seixas );
Lucíola( Lúcia – Paulo ); O Gaúcho; A Guerra dos
Mascates; O Sertanejo; Cinco Minutos.
19. A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo
“- Então tuas primas são gentis?... perguntou Leopoldo
a Filipe. - A mais velha, respondeu este, tem dezessete
anos, chama-se Joana, tem cabelos negros, belos olhos
da mesma cor, e é pálida. - Hein?... exclamou
Augusto, pondo-se de um pulo duas braças longe do
canapé onde estava deitado, então ela é pálida?... - A
mais moça tem um ano de menos: loura, de olhos
azuis, faces cor-de-rosa... seio de alabastro... dentes... -
Como se chama? - Joaquina. - Ai, meus pecados!... disse
Augusto. - Vejam como Augusto já está enternecido... -
Mas, Filipe, tu já me disseste que tinhas uma irmã. -
Sim, é uma moreninha de quatorze anos. - Moreninha?
diabo!... exclamou outra vez Augusto, dando novo
pulo.”
20. Iracema – José de Alencar
“ Do antro profundo saiu um medonho
gemido, que parecia arrancado das
entranhas do rochedo. Irapuã não
tremeu, nem enfiou de susto; mas
sentiu estremecer a luz nos olhos, e a
voz nos lábios. – O senhor do trovão é
por ti; o senhor da guerra será por
Irapuã: disse o chefe. O torvo guerreiro
deixou a cabana (...)”.
21. Lucíola – José de Alencar
"Ainda quando soubesse que morreria nos
seus braços... Que morte mais doce podia
eu desejar!" "... desejava que fosse possível
morrermos assim um no outro... uma só
vida extinguindo-se num só corpo!". E
assim se fez. Morreu ao lado do ser amado,
dizendo-lhe: "vou te amar enfim por toda a
eternidade. (...) Recebe-me... Paulo!"
22. Autores: Prosa
c. Bernardo Guimarães.
• Obra: O Seminarista(Fuga pela loucura, religião e
morte – Eugênio e Margarida – celibatário
clerical ); A Escrava Isaura( Isaura; Leôncio ; Álvaro
– crítica à escravidão – visão idealizada ); O Índio
Afonso; O Garimpeiro.
d. Visconde de Taunay.
Obra: Inocência( Cirino – Regionalista – Fuga pela
loucura e morte ); A Retirada de Lacuna.
23. Inocência – Visconde de Taunay
"-- Esta obrigação de casar as mulheres é o
diacho! E depois, as histórias! Hi, meu Deus,
mulheres numa casa é coisa de meter
medo... São redomas de vidro que tudo pode
quebrar (...) O Manecão que se agüente,
quando a tiver por sua... Com gente de saia
não há que fiar... Cruz! botam famílias
inteiras a perder, enquanto o demo esfrega
um olho."
24. O Guarani
“Quando a cavalgada chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbora das árvores, encostado a um
velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à
cintura por uma faixa de penas escarlates, caia-lhe dos ombros até ao meio da
perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava como reflexos
dourados, os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os
cantos exteriores erguidos para a fronte, a pupila negra, móbil cintilante, a boca
forte, mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto um pouco
oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo
duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as
pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma
axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e
veloz na corrida”.
25. O Seminarista – Bernardo Guimarães
“A menina, sentada sobre a relva, despencava
um molho de flores silvestres de que estava
fabricando um ramalhetde.
O sol, que já não se via no céu, tocava com
uma luz de ouro os topes abaulados dos altos
espigões; uma aragem quase imperceptível mal
rumorejava pelas abas do capão e esvoaçava por
aquelas baixadas cheias de sombra.
- Vamos, Eugênio. São horas... vamos apartar
os bezerros e tocar as vacas para a outra banda.
Dizendo isto, a menina levanta-se da
relva, e, atirando para trás dos ombros os negros e
compridos cabelos, sacudiu do regaço uma nuvem
de flores despencadas.”
26. Escrava Isaura – Bernardo Guimarães
“A tez é como o marfim do teclado, alva que não
deslumbra, embaçada por uma nuança delicada,
que não sabereis dizer se é leve palidez ou cor-de-
rosa desmaiada. (…)
Na fronte calma e lisa como o mármore polido, a
luz do ocaso esbatia um róseo e suave reflexo; di-la-
íeis misteriosa lâmpada de alabastro guardando no
seio diáfano o fogo celeste da inspiração. Lembrava,
ligeiramente, Malvina ”
27. Autores: Prosa
e. Manuel Antônio de Almeida
Obra: Memórias de um Sargento de Milícias(
Leonardinho; Maria Horlaiça; Luizinha;Major
vIdigal – obra fora do estilo; pitoresca;
engraçaça; o nosso primeiro Anti-Herói –
Histórica ) ; Dois Amores( poesia ).
f. Franklin Távora.( cearense )
Obra: O Cabeleira( Regionalista – relato
histórico – José Gomes; Joaquim Gomes;
Joana Gomes; Luizinha; ); Os Índios do
Jaguaribe( regionalista – Vale do Jaguaribe );
A Casa de Palha.
28.
29. • Marque a alternativa incorreta sobre a poesia
do Romantismo:
– Em obras como Escravos de Castro Alves, a Terceira
Geração se mostra voltada para as questões sociais
no Brasil.
– A Geração Byroniana mostra uma profunda
preocupação com a temática indianista, pois os
autores desta Geração tinham uma necessidade de
reescrever a história do Brasil.
– A Geração que se inspira nas obras do escritor
francês Vitor Hugo, foi a Terceira Geração.
– A Segunda Geração também recebe o nome de
Geração Epicurista ou Epicuréia.
30. Realismo/ Naturalismo: 1881 -
1882
• Origem: “Memórias Póstumas de Brás
Cubas”, de Machado de Assis e “O
Mulato”, de Aluísio de Azevedo.
32. Características:
• Antropocentrismo;
• Razão;
• Preocupação com a realidade objetiva;
• Linguagem clara e direta;
• Análise Psicológica;
• Romance de tese;
• Gosto pela patologia;
• Determinismo.
33. Autores:
• Machado de Assis.
Obra: Dom Casmurro; Quincas Borba;
Memorial de Aires; Esaú e Jacó; O Alienista;
A Cartomante; A Missa do Galo; Banco de
Escola; Ocidentais.
• Aluísio de Azevedo.
Obra: O Cortiço; Casa de Pensão.
34. • Raul Pompéia.
Obra; O Ateneu( Sergio;Ema;
Aristarco ).
• Inglês de Sousa.
Obra: O Missionário( Antônio de
Moraes e Clarinha ).
• Adolfo Caminha.
Obra: O Bom Crioulo( Aleijo; Amaro;
Carolina ); A Normalista( João da
Mata; Maria do Carmo ).
35. • Oliveira Paiva.
Obra: Dona Guidinha do Poço( Dona
Margarida; Secundino ).
• Antônio Sales.
Obra: Aves de Arribação( Alípio; Florzinha;
Bilinha ).
• Júlio Ribeiro.
Obra: A Carne( Lenita; Manuel ).
• Domingos Olímpico.
Obra: Luzia-Homem( Luzia; Crapiúna )
36. Memórias Póstumas de Brás Cubas –
Machado de Assis
“Esta é a grande vantagem da
morte, que, se não deixa boca
para rir, também não deixa
olhos para chorar...”
37. O Bom Crioulo – Adolfo Caminha
“ Macas de lona suspensas em varais de ferro,
umas sobre as outras, encardidas como panos de
cozinha, oscilavam à luz moribunda e macilenta
das lanternas. Imagine-se o porão do navio
mercante carregado de miséria. No intervalo das
peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-
se corpos seminus. Respirava-se um odor
nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor
humano diluído em urina e alcatrão. Negros, de
boca aberta, roncavam profundamente,
contorcendo-se na inconsciência do sono.”
38. • Leia atentamente:
– “ A segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o
progresso tecnológico, o socialismo utópico, a filosofia
positivista de Auguste Comte, o evolucionismo formam o
contexto sócio-político-econômico-filosófico-cientifíco em
que se desenvolveu a estética realista.”
– “ O escritor realista acercar-se dos objetos e das pessoas de
um modo pessoal, apoiando-se na intuição e nos
sentimentos.”
–“ Os maiores representantes da estética
Realista/Naturalista no Brasil foram: Machado de
Assis, Aluísio de Azevedo.”
Verificamos que em relação ao
Realismo/Naturalismo está ( ão ) correta ( s ):
a. Apenas I e II.
b. Apenas I e III.
c. Apenas II.
d. Apenas II e III.
39. • Assinale a alternativa incorreta sobre a prosa
naturalista:
a. O estilo caracteriza-se por um descritivismo
intenso, capaz de refletir a visualização pictórica
do ambiente.
b. Os tipos são muito bem delimitados, física e
moralmente, compondo verdadeiras
representações caricaturais.
c. Tem como objetivo maior aprofundar a
dimensão psicológica das personagens.
d. O comportamento das personagens e sua
movimentação no espaço determinam-lhe a
condição humana.
e. As personagens se submetem às leis da
natureza.