O documento descreve a história dos ângulos, desde o homem primitivo que percebeu inclinações em caminhos até as primeiras definições sistematizadas por Tales e Euclides. Ele explica como ideias como inclinação, ângulos agudos, refração e ortogonalidade estavam presentes nas sociedades antigas e como foram importantes para atividades como caça, pesca e fazer fogo.
2. História dos ângulos
O homem primitivo, que
vagava à procura de alimento,
se deu conta de que certos
caminhos pelas montanhas
causavam mais fadiga do que
outros; assim a ideia de
inclinação deve ter sido uma
das primeiras a ser intuídas.
Caminhos ótimos
acompanhando as curvas de
nível ainda hoje são utilizados
na moderna engenharia de
construção de estradas. Não é
necessário discorrer sobre o
fato de que há uma inclinação
limite nas rampas, ruas e
estradas.
3. História dos ângulos
Outra idéia bem antiga é
a do ângulo agudo.
Sabemos isto analisando
como são as pontas das
flechas de povos da idade
da pedra, passando pela
idade dos metais e
chegando até nossos
dias. A ponta aguda dá
mais direção, pela
aerodinâmica, e penetra
com mais facilidade no
animal a ser caçado.
4. História dos ângulos
Antropólogos que estudam
sociedades indígenas e tribais
nos trazem outros indícios.
Quando a pesca é feita com
uma flecha, a refração na água
é considerada pelo pescador.
Para produzir fogo com
eficácia, esfregando dois
gravetos, a posição ortogonal
é a mais eficaz.
Vemos, assim, que ideias
como inclinação, ângulo
agudo, refração,
ortogonalidade estão na
origem do desenvolvimento
da noção de ângulo.
5. História dos ângulos
Porém, as primeiras idéias
sistematizadas a respeito
de ângulos são bem mais
recentes e são encontradas
nos gregos, a partir de
Tales (séc. VI A.C.) e em
Euclides (séc. III A.C.).
Para Euclides "Ângulo
plano é a inclinação de
duas linhas, que se tocam
em uma superfície plana.
Quando as linhas são retas,
o ângulo é denominado de
retilíneo."