2. ANTECEDENTES DA
REFORMA
USURA
DIVERGÊNCIA ENTRE O PAPADO
AVANÇO DAS CIÊNCIAS(IMPRENSA)
COMPORTAMENTO DO CLERO
VENDAS DE INDULGÊNCIA
SIMONIA
3. PRECURSORES
REFORMISTAS
John Wyclif (de barba
branca) trabalhou na
primeira tradução da
Bíblia para o idioma
inglês, ele entrega a
tradução aos padres,
que ficaram conhecidos
como lolardos.
(quadro de William
Frederick Yeames).
4. John Wyclif, um professor universitário, atacou o
sistema eclesiástico, a opulência do clero e a venda
de indulgências. Para ele a base da verdadeira fé
era a Bíblia. Além disso ele pregava o confisco dos
bens dos clérigos na Inglaterra e o voto de pobres
por parte deles.
John Huss era da universidade de praga, uniu à
reforma religiosa o espírito de independência
nacional do Sacro Império. Ele ganhou adeptos,
mas ele foi preso, condenado e queimado na
fogueira em 1415, pela decisão do concílio da
Constança.
5. REFORMA NA ALEMANHA
A Alemanha era uma região feudal e com
comércio ao norte.
A igreja era dona de mais de um terço da
região.
Seus clérigos não tinham um bom
comportamento e os nobres tinham
interesses em suas terras.
Esses fatores foram de importância para o
desejo de autonomia em relação a Roma.
7. Martinho Lutero (1483- 1546 )
NÃO CONCORDAVA COM:
» o interesse sobre a economia e a riqueza
feudal;
» o péssimo comportamento dos clérigos,
que abusavam do seu poder;
» o afastamento da doutrina, dos textos
sagrados;
8. Na universidade de
Wittenberg,Saxônia , defendia:
» a salvação pela fé;
» a bíblia pode ser interpretada livremente;
» sacramentos importantes: batismo e
eucaristia;
» a única verdade é a Escritura Sagrada;
» proibição do celibato clerical e o culto de
imagens;
9. Reação de Lutero
Em 1517, fixou as 95 Teses na porta da
igreja . essas teses mostravam suas críticas
e a nova doutrina.
Em 1521, Lutero foi excomungado pelo
Papa Leão X, por meio de uma Bula papal,
onde havia a ameaça de heresia. Mas a
resposta de Lutero foi bem prática: queimou
a bula em praça pública!
10. APOIO À LUTERO
Lutero, mesmo perseguido, teve apoio da
nobreza alemã. Que tinha forte interesse
político e econômico na reforma. Visto que
esta reforma liberaria os bens da igreja ao
poder da nobreza.
O luteranismo se expandiu rapidamente.
Mesmo em paises fortemente católicos,
como Espanha e Itália.
11. LUTERANISMO
Em 1530 , Lutero e o teólogo Filipe Melanchton
escreveram a confissão de Augsburgo, base da
doutrina luterana. Nesta época, um quarto da
Antuérpia era luterana.
Carlos V, imperador Alemão , não quis oficializar o
luteranismo, os príncipes fizeram uma
confederação para protestar contra essa atitude.
Por isso o nome PROTESTANTES, ou seja, os
seguidores da nova doutrina cristã. Por volta de
1550, muitos alemães já eram luteranos.
12. ANABATISMO
THOMAS MÜNTZER – Liderou uma revolta em
1524 com camponeses da região do Reno. Além
de atacar a Igreja pela cobrança de dízimos,
passam a reivindicar a reforma agrária e a
abolição dos privilégios feudais. Ele afirmava ser
Luterano.
A essas manifestações, seguiu-se uma repressão
violenta, apoiada por Lutero em prol da Nobreza
alemã. Müntzer foi preso e decapitado e houve o
massacre de milhares de camponeses.
13. DOUTRINA ANABATISTA
Necessidade de rebatizar os indivíduos,
Separar a Igreja e o Estado,
Abolir as imagens e o culto dos santos,
Queriam uma igualdade absoluta entre
os homens,
Viver com simplicidade, pois todos
eram inspirados pelo Espírito Santo.
14. REFORMA NA SUÍÇA
A reforma protestante foi iniciada com Ulrich
Zwinglio ( 1489-1531), seguidor de Lutero. Suas
pregações estimularam a guerra civil entre
católicos e reformadores, onde ele próprio morreu.
A guerra findou com a Paz de Kappel, onde cada
região do país tinha autonomia religiosa.
Depois, o francês João Calvino, chega a Suíça. Em
1536, publicou a obra INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO
CRISTÃ. Ele pede proteção para os Huguenotes,
ao rei Francisco I.
16. Sua doutrina baseava-se em:
A riqueza material era um sinal da graça divina sobre o indivíduo. Essa
teoria é assimilada pela burguesia local, que justificava não só seu
comércio, como também as atividades financeiras e o lucro a elas
associado. Ele justifica as atividades econômicas até então condenadas
pela Igreja romana.
- Grande rigidez na moral
- Questiona a Liturgia da Missa (simplifica com o Sermão, a oração e a
leitura da Bíblia).
- Questiona o uso das Imagens (houve quebra-quebra nas paróquias locais)
- Acaba com os jogos, dança ida ao teatro...
- “O homem que não quer trabalhar, não merece comer.” afirma.
- Livre Interpretação da Bíblia;
- Nega o culto aos santos e a Virgem;
- Questiona a autoridade do Papa;
17. CALVINO DEFENDE
- Defende a separação entre a Igreja e o Estado;
- Questiona o Celibato do clero;
- Questiona a Transubstanciação (propõe uma
presença material, o Cristo está presente, mas não
materialmente).
- Ele cria um conselho para reger a vida religiosa em
Genebra de “12 anciãos”. Eles julgavam, ditavam
regras. Consistório de Genebra.
- A doutrina afirma que não há certeza da salvação;
18. INGLATERRA
Os ingleses, durante a época dos Tudor,
também criticavam os abusos da Igreja
Romana, a ineficiência dos tribunais
eclesiásticos e o favoritismo na distribuição
de cargos públicos para membros do Clero,
além de queixar-se do pagamento e do
envio de dízimos para Roma. Durante o
governo de Henrique VIII (1509-1547), a
burguesia fazia pressão para o aumento do
poder do parlamento.
19. REFORMA NA INGLATERRA
Na Inglaterra, foi o rei Henrique VIII que
tomou a frente na revolução protestante.
Essa tinha caráter político. O rei rompeu com
a igreja por motivos pessoais.
Ele queria divorciar-se de Catarina de Aragão
para casar-se com Ana Bolena. O motivo da
separação: ele queria ter um herdeiro para o
trono inglês.
21. REAÇÃO DA IGREJA
CATÓLICA
O papa negou a anulação do casamento, porque
Catarina era aparentada de Carlos V, imperador do
Sacro Império Romano-Germânico. Logo o papa não
queria ter problemas com Carlos que era seu aliado.
Por isso Henrique VIII rompeu com a igreja em
1534. publicou pelo Parlamento o ATO DE
SUPREMACIA. Esse documento o fazia chefe da
igreja, que logo mais ficou conhecida como
Anglicana. O Papa o excomungou , e ele como rei
confiscou os bens da igreja católica na Inglaterra.
Suas reformas só terminaram com Elisabeth I, sua
filha com Ana Bolena que firma o culto anglicano na
Lei dos 39 Artigos, em 1563
22. REFORMA ANGLICANA
A Reforma anglicana, na prática, apresenta
poucas modificações com a Igreja romana:
Questiona o Culto aos santos; A
autoridade máxima é o Rei e não o
papa; Questiona o culto às relíquias;
Prega a popularização da leitura da
Bíblia.
23. EXPANSÃO CALVINISTA
O Calvinismo também criou raízes na
Inglaterra. Seus adeptos, os puritanos,
iriam entrar em choque com os
anglicanos, gerando inúmeros conflitos
no século XVII, que levaram às
imigrações maciças para a região da
Nova Inglaterra, na América do Norte.
24. A Reforma na Escandinávia
Na Dinamarca, a difusão das idéias de Lutero
deveu-se a Hans Tausen. Em 1536, na Dieta de
Copenhaga, o rei Cristiano III aboliu a autoridade
dos bispos católicos, tendo sido confiscados os
bens das igrejas e dos mosteiros. A Reforma na
Noruega e na Islândia será uma consequência da
dominação da Dinamarca sobre estes territórios;
assim, logo em 1537 ela é introduzida na Noruega
e entre 1541 e 1550 na Islândia, tendo assumido
neste último território características violentas.
25. REFORMA NA SUÉCIA
Na Suécia, o movimento reformista foi liderado
pelo irmãos Olaus e Laurentius Petri. Foi em larga
medida uma forma do rei Gustavo I Vasa cimentar
o poder da monarquia face a um clero influente, ao
qual confiscará os bens que distribui pela nobreza.
O rei rompe com Roma em 1525, na Dieta de
Vasteras. O luteranismo penetrará neste país de
maneira lenta, tendo a Igreja reformada
preservado aspectos do catolicismo, como a
organização episcopal e a liturgia. Em 1593, a
Igreja sueca adotará a Confissão de Augsburgo.
26. CONTRA-REFORMA
Foi um movimento de reação ao
protestantismo. A Igreja precisava auto-
reformar-se ou não sobreviveria, pois
precisava, ainda, evitar que outras regiões
virassem protestantes.
. Entre 1545 e 1563, foi convocado o
CONCÍLIO DE TRENTO, onde houve
reafirmações e mudanças. Dentre elas:
28. - Conserva os sete Sacramentos e confirma os Dogmas;
Afirma a presença real de Cristo na Eucaristia;
- Inicia a redação de um Catecismo;
- Criação de Seminários para a formação de sacerdotes;
- Reafirma o Celibato, a veneração aos Santos e a Virgem;
- Aprova os Estatutos da Companhia de Jesus, criada
antes do Concílio por Inácio de Loyola;
29. - Mantém o Latim como língua do Culto e tradução
oficial das Sagradas Escrituras;
Confirma como texto autêntico, a tradução de São
Jerônimo, no século IV;
- Fortalece a Hierarquia e, portanto a unidade da
Igreja Católica, ao afirmar a supremacia do Papa
como “Pastor Universal de toda a Igreja”
- Reorganizou o tribunal da Inquisição ou Santo Ofício,
que fica encarregado de combater a Reforma;
- Criação do “Índex” (índice), encarregada da censura
de obras impressas, lista de livros cuja leitura era
proibida aos fiéis;
30. OUTROS CONCÍLIOS
Houve o Concílio Vaticano I (08/12/1869 -
20/10/1870), convocado pelo Papa PIO IX (1846-
1878), mas que foi interrompido devido à Guerra
Franco-Alemã que havia iniciado.
As maiores mudanças começariam a acontecer
apenas em 1962, quando o papa João XXIII
convocou o Concílio Vaticano II (11/10/1962 a
07/12/1965), para redefinir as posições da Igreja e
adequá-la às necessidades e desafios do mundo
contemporâneo.