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PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA
     Prof. Anderson Coser Gaudio
     Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo
     http://www.cce.ufes.br/anderson
     anderson@npd.ufes.br                               Última atualização: 29/09/2005 12:23 H




                                         RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED.,
                                               LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.


                                                              FÍSICA 2

                                          Capítulo 25 - Calor e Primeira
                                             Lei da Termodinâmica




                                          Problemas

01         02         03         04         05         06         07         08         09         10
11         12         13         14         15         16         17         18         19         20
21         22         23         24         25         26         27         28         29         30
31         32         33         34         35         36         37         38         39         40
41         42         43         44         45         46         47         48         49         50
51         52         53         54         55         56         57         58         59         60
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Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

                                      Problemas Resolvidos

02. Icebergs no Atlântico Norte representam riscos ao tráfego de navios (veja a Fig. 22), fazendo
    com que a extensão das rotas de navegação aumente em cerca de 30% durante a temporada de
    icebergs. Tentativas de destruição dessas montanhas de gelo incluem a implantação de
    explosivos, bombardeio, torpedeamento, colisão e pintura com negro de fumo. Suponha que se
    tente derreter o iceberg, pela colocação de fontes de calor sobre o gelo. Quanto calor é
    necessário para derreter 10% de um iceberg de 210.000 toneladas?




                                                                                                (Pág. 235)
Solução.
A massa de gelo a ser derretida (m) é:
       m = 0,1m0
onde m0 é a massa total do iceberg. A quantidade de calor necessária para fundir uma massa m de
gelo é dada por:
        Q = L f m0                                                                            (1)
onde Lf é o calor latente de fusão do gelo (obtido a partir da Tabela 2, pag. 220). Substituindo-se os
valores numéricos em (1):
        Q = (3,33 × 10 5 J/mol)0,1(2,1 × 10 8 kg) = 6,993 × 1012 J
        Q ≈ 7,0 TJ

                                                   [Início]


06. Usa-se um pequeno aquecedor elétrico de imersão para ferver 136 g de água para uma xícara de
    café instantâneo. O aquecedor está especificado para 220 watts. Calcule o tempo necessário
    para se trazer essa água de 23,5oC ao ponto de ebulição, ignorando quaisquer perdas de calor.
                                                                                        (Pág. 235)
Solução.
A potência (P) é definida pela seguinte equação diferencial
            dQ
       P=
            dt
Nesta equação, dQ é o calor transferido durante o intervalo de tempo dt. Resolvendo-se em função
de dQ:
       dQ = P × dt
Se a potência não possui dependência em relação à temperatura, pode-se fazer:
       Q = P × Δt
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                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

Logo, o intervalo de tempo procurado é dado por:
             Q
        Δt =                                                                                            (1)
             P
O calor necessário para aquecer uma massa m de água de uma temperatura ΔT é dado por:
       Q = mcΔT = mc(T − T0 )                                                                           (2)
Nesta equação, c é o calor específico da água. Substituindo-se (2) em (1):
            mc(T − T0 )
       Δt =
                 P
            (0,136 kg)(4.190 J/K.mol)(76,5 K )
       Δt =                                     = 198,1489 s
                          (220 W)
        Δt ≈ 198 s

                                                   [Início]


09. Calcule a quantidade mínima de calor exigida para derreter completamente 130 g de prata
    inicialmente a 16,0oC. Suponha que o calor específico não varie com a temperatura.
                                                                                       (Pág. 235)
Solução.
O processo de aquecimento e fusão da massa m de prata pode ser representado pelo seguinte
esquema:
                   aquecim.                     fusão
         Prata(s)                 Prata(s)                 Prata(l)
                     Qaq                         Qfus
           T0                       Tf                       Tf
O calor transferido durante o aquecimento é:
       Qaq = mcΔTaq = mc (T f − T0 )                                                                    (1)
        Qaq = (0,130 kg )(236 J/kg.K)(1. 234,0 K − 288,2 K )
        Qaq = 29.018,678 J
Na equação (1), c é o calor específico da prata (obtido a partir da Tabela 20-1, pag. 185). O calor
transferido durante a fusão é:
        Q fus = L f m                                                                             (2)
Nesta equação, Lf é o calor latente de fusão da prata (obtido a partir da Tabela 20-2, pag. 186).
Substituindo-se os valores numéricos em (2):
        Q fus = (105.000 J/kg )(0,130 kg )
        Q fus = 13.650 J
Portanto:
       Q = Qaq + Q fus = 42.668,678 J
        Q ≈ 42,7 kJ

                                                   [Início]


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Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

22. A capacidade calorífica molar da prata, medida à pressão atmosférica, varia com a temperatura
    entre 50 e 100 K de acordo com a equação empírica

        C = 0,318 T − 0,00109 T 2 − 0,628,

    onde C está em J/mol.K e T está em K. Calcule a quantidade de calor necessária para elevar 316
    g de prata de 50,0 para 90,0 K. A massa molar de prata é 107,87 g/mol.
                                                                                       (Pág. 236)
Solução.
Partindo-se da equação diferencial
       dQ = nC (T ) dT
onde dQ é o calor transferido devido à variação de temperatura dT, n é o número de moles e C(T) é o
calor específico molar, tem-se que:
               T
        Q = n ∫ C (T ) dT
               T0

Substituindo-se a expressão fornecida para o calor specífico molar C(T):
            m T
            M ∫T0
        Q=        (0,318T − 0,00109T 2 − 0,628)dT
                                                      T
          m ⎛ 0,318 2 0,00109 3         ⎞
        Q= ⎜       T −       T − 0,628T ⎟
          M⎝ 2           3              ⎠ T0
               (0,316 g)
        Q=                 × 248,32666
             107,87 g/mol)
        Q = 727 ,46107 J
        Q ≈ 727 J

                                                   [Início]


32. O gás dentro de uma câmara passa pelo ciclo ilustrado na Fig. 24. Determine o calor resultante
    acrescentado ao gás durante o processo CA se QAB = 20 J, QBC = 0 e QBCA = −15 J.




                                                                                                (Pág. 236)
Solução.
Como o processo termodinâmico em questão é cíclico, pode-se afirmar que a variação da energia
interna (ΔEint) é zero:

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                                       a
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Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

        ΔEint = 0
Da Primeira Lei da Termodinâmica tem-se que:
       Q ABCA + W ABCA = 0
        Q AB + QBC + QCA + W AB + WBCA = 0                                                              (1)
Substituindo-se os valores numéricos fornecidos em (1):
        (20 J) + 0 + QCA + 0 + (−15 J ) = 0
        QCA = −5 J

                                                   [Início]


34. A Fig. 25a mostra um cilindro que contém gás, fechado por um pistão móvel e submerso em
    uma mistura de gelo-água. Empurra-se o pistão para baixo rapidamente da posição 1 para a
    posição 2. Mantém-se o pistão na posição 2 até que o gás esteja novamente a 0oC e, então, ele é
    levantado lentamente de volta à posição 1. A Fig. 25b é um diagrama pV para o processo. Se
    122 g de gelo são derretidos durante o ciclo, quanto trabalho se realizou sobre o gás?




                                                                                                (Pág. 237)
Solução.
Em qualquer ciclo termodinâmico a variação da energia interna do sistema é zero.
       ΔEint = Q + W = 0
        W = −Q                                                                                          (1)
Nesta equação, Q é o calor total transferido no ciclo e W é o trabalho total realizado sobre o
sistema. Como 122 g de gelo foram derretidos durante o ciclo, isto significa que uma quantidade de
calor necessária para fundir esse gelo foi perdida pelo sistema (calor com sinal −). O calor foi
perdido pelo sistema por que a mistura gelo-água não pertence ao sistema, que é constituído pelo
gás no interior do pistão. Essa quantidade de calor vale:
        Q = − L f m = −(79,55 cal/g ).(122 g ) = −9.705,01 cal
Nesta equação, Lf é o calor latente de fusão do gelo (obtido a partir da Tab. 2, pág. 220) e m é a
massa de gelo fundido. Portanto, obtém o trabalho executado sobre o sistema (trabalho com sinal +,
de acordo com a convenção adotada neste livro) substituindo-se o valor numérico do calor em (1):
W = −Q = −( −9.705,01 cal) = 9.705,01 cal
W ≈ 9,71 kcal

                                                   [Início]
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39. Quando se leva um sistema do estado i ao estado f ao longo do trajeto iaf da Fig. 26, descobre-se
    que Q = 50 J eW = −20 J. Ao longo do trajeto ibf, Q = 36 J. (a) Qual o valor de W ao longo do
    trajeto ibf? (b) Se W = +13 J para o trajeto curvo fi de retorno, quanto vale Q para este trajeto?
    (c) Tome Eint,i = 10 J. Quanto vale Eint,f? (d) Se Eint,b = 22 J, encontre Q para o processo ib e o
    processo bf.




                                                                                                     (Pág. 237)
Solução.
(a) Caminho iaf:
       ΔE int,if = ΔE int,iaf = Qiaf + Wiaf = (50 J ) + ( −20 J )
         ΔE int,if = 30 J
Caminho ibf:
      ΔE int,if = ΔE int,ibf = Qibf + Wibf
         Wibf = ΔE int,ibf − Qibf = (30 J ) − (36 J )
         Wibf = −6 J
(b) Caminho curvo fi:
       ΔE int, fi = − ΔE int,if = Q fi + W fi
         Q fi = − ΔE int,if − W fi = ( −30 J ) − (13 J )
         Q fi = −43 J
(c)
         ΔE int,if = E int, f − E int,i
         E int, f = ΔE int,if + E int,i = (30 J ) + (10 J )
         E int, f = 40 J
(d)
         ΔE int,ib = E int,b − E int,i = ( 22 J ) − (10 J )
         ΔE int,ib = 12 J
         Wib = Wibf = −6 J
         ΔE int,ib = Qib + Wib
         Qib = ΔE int,ib − Wib = (12 J ) − ( −6 J )
         Qib = 18 J

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                                       a
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        ΔE int,bf = E int, f − E int,b = ( 40 J ) − ( 22 J )
        ΔE int,b = 18 J


                                                               [Início]


40. O gás dentro de uma câmara sofre os processos mostrados no diagrama pV da Fig. 27. Calcule o
    calor resultante adicionado ao sistema durante um ciclo completo.




                                                                                                        (Pág. 237)
Solução.
Durante um ciclo termodinâmico a variação da energia interna (ΔE) do sistema é zero,
       ΔE = Q + W = 0
        Q = −W                                                                                                  (1)
Nesta equação, Q é o calor resultante transferido durante o ciclo e W é o trabalho resultante
executado sobre o sistema. Para se obter o calor resultante basta calcular o trabalho realizado sobre
o sistema e substituí-lo em (1).
O trabalho realizado sobre o sistema corresponde à área do semicírculo mostrado na figura (pela
convenção adotada neste livro, o trabalho num ciclo anti-horário é positivo). Embora seja tentador
calcular essa área diretamente a partir da figura, este procedimento não é possível porque as escalas
da ordenada e da abscissa são diferentes. No entanto, se as escalas dos eixos forem ignoradas é
possível contornar essa dificuldade.
Admitindo-se que cada quadrado do diagrama tenha uma unidade de comprimento (1 uc) de aresta,
implica em que cada quadrado tenha uma unidade de área (1 ua). O semicírculo possui raio R = 1,5
uc e sua área vale:
             1        1
        A = πR 2 = π 1,5 2 = 3,534291 ua
             2        2
Pode-se calcular a quantidade de trabalho que corresponde a cada quadrado no diagrama (Wq),
multiplicando-se os valores da pressão (1 Mpa) e do volume (1 l = 1×10-3 m3) correspondentes a um
quadrado.
        Wq = (10 MPa ).(1 × 10 −3 m 3 ) = 10 kJ/ua
Portanto, o trabalho correspondente ao semicírculo do diagrama vale:
       W = A × Wq = 3,534291 ua × 10 kJ/ua = 35,34291 kJ
Substituindo-se o valor de W em (1):
        Q = −(35,34291 kJ )

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                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

        Q ≈ −35 kJ
Obs.: O enunciado do problema insinua que o calor transferido deveria ser positivo (calor
adicionado ao sistema). No entanto, isso só ocorreria se o trabalho resultante executado no ciclo
fosse positivo, o que não está em acordo com a convenção adotada neste livro.

                                                   [Início]


43. Um motor faz com que 1,00 mol de um gás ideal monoatômico percorra o ciclo mostrado na
    Fig. 28. O processo AB ocorre a volume constante, o processo BC é adiabático e o processo CA
    ocorre a pressão constante. (a) Calcule o calor Q, a variação de energia interna ΔEint e o trabalho
    W para cada um dos três processos e para o ciclo como um todo. (b) Se a pressão inicial no
    ponto A é 1,00 atm, encontre a pressão e o volume nos pontos B e C. Use 1 atm = 1,013 × 105
    Pa e R = 8,314 J/K.mol.




                                                                                                (Pág. 237)
Solução.
(a)
        Q AB = nC v ΔT AB = (1,00 mol)3/2(8,314 J/K.mol)(300 K ) = 3.741,3 J
        Q AB ≈ 3,74 kJ
        QBC = 0
        QCA = nC p ΔTCA = (1,00 mol)5/2(8, 314 J/K.mol)(-155 K ) = −3.221,675 J
        QCA ≈ −3,22 kJ
        W AB = 0
        WBC = ΔEint BC = nC v ΔTBC = (1,00 mol)3/2(8,314 J/K.mol)(145 K )
        WBC = −1.808,295 J ≈ −1,81 kJ
        WCA = ΔEint CA − QCA = nC v ΔTCA − QCA
        WCA = (1,00 mol)3/2(8,314 J/K.mol)(-155 K ) − (−3.221,675 J ) = 1.288,67 J
        WCA ≈ 1,29 kJ
        ΔEint AB = Q AB + W AB = (3.741,3 J) + 0 = 3.741,3 J
        ΔEint AB ≈ 3,74 J
        ΔEint BC = QBC + WBC = 0 + (−1.808,295 J ) = −1.808,295 J
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                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
Problemas Resolvidos de Física                        Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

        ΔEint BC ≈ −1,89 J
        ΔEint CA = QCA + WCA = (−3.221,675 J) + 1.288,67 J = −1.933,005 J
        ΔEint CA ≈ −1,93 J
(b)
         p AV A p BVB
               =
          TA     TB
Mas:
        V A = VB
Logo:
        p A pB
           =
        T A TB
               (1,00 atm)(600 K )
        pB =
                    (300 K )
        p B = 2,00 atm
        pC = p A = 1,00 atm
        p AV A = nRTA
               nRTA (1,00 mol)(8,314 J/K.mol)(300 K )
        VA =       =                                  = 0,024621 m 3
                pA           (1,013 × 10 5 Pa )
        VB = V A ≈ 24,6 dm 3
        V A VC
           =
        TA TC
               (24,621 dm 3 )(455 K )
        VC =                          = 37,343 dm 3
                     (300 K )
        Vc ≈ 37,3 dm 3

                                                   [Início]


44. Um cilindro tem um pistão metálico de 2,0 kg bem ajustado cuja área de seção reta é 2,0 cm2
    (Fig. 29). O cilindro contém água e vapor a temperatura constante. Observa-se que o pistão cai
    lentamente à velocidade de 0,30 cm/s porque o calor flui para fora do cilindro através de suas
    paredes. Quando isso acontece, parte do vapor condensa-se na câmara. A massa específica do
    vapor dentro da câmara é 6,0 × 10−4 g/cm3 e a pressão atmosférica é 1,0 atm. (a) Calcule a taxa
    de condensação do vapor. (b) A que taxa o vapor está saindo da câmara? (c) Qual é a taxa de
    variação da energia interna do vapor e da água dentro da câmara?




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                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES




                                                                                                (Pág. 238)
Solução.
(a) O problema está pedindo para determinar dm/dt, a taxa de conversão de vapor d’água em água
líquida. Para se obter a taxa pedida, pode-se começar pela velocidade de queda do pistão, vp, que
vamos adotar como sendo negativa, pois está associada à diminuição de volume do interior do
cilindro.
                dx     dx A
        vp = −     =− ×                                                                         (1)
                dt     dt A
                1 dV
        vp = − ×                                                                                (2)
                A dt
Na equação (1), dV/dt é a taxa de variação do volume do recipiente e A é a área do pistão. A
densidade do vapor é dada por:
             dm
        ρ=
             dV
               dm
        dV =                                                                                    (3)
               ρ
Substituindo-se (3) em (2):
                1 dm
        vp = −    ×
               ρA dt
         dm
             = −v p ρA = −(0,30 cm/s)(6,0 × 10 − 4 g/cm 3 )(2,0 cm 2 )
         dt
         dm
             = −3,6 × 10 − 4 g/s
         dt
O sinal negativo de dm/dt significa que há redução da quantidade de vapor d’água (condensação)
com o tempo.
(b) A fonte de calor no interior da câmara é a condensação da água. Como se trata de uma mudança
de fase, o calor é transferido na forma de calor latente de vaporização (Lv).
        Q = Lv m
        dQ      dm
           = Lv     = ( 2.256 kJ/kg )( −3,6 × 10 − 4 g/s ) = −8,12160 × 10 − 4 kJ/s
        dt      dt
        dQ
           ≈ −0,81 J/s
        dt

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                                       a
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Problemas Resolvidos de Física                       Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

O sinal negativo de dQ/dt significa que o calor está sendo transferido para fora do sistema.
(c) A variação da energia interna do sistema é dada por:
        dEint = dQ + dW = dQ − pdV
        dEint dQ         dV
             =      −p                                                                                  (4)
         dt     dt       dt
A pressão interna do cilindro é dada por:
                 mp g
        p = p0 +                                                                                        (5)
                   A
Substituindo-se (3) e (5) em (4):
        dEint dQ             m p g 1 dm
             =      − ( p0 +      )
         dt     dt            A ρ dt
        dEint                     ⎡                    (2,0 kg )(9,81 m/s 2 ) ⎤
              = (−0,812160 J/s) − ⎢(1,01 × 10 5 Pa ) +                        ⎥×
         dt                       ⎣                      (2,0 × 10 − 4 m 2 ) ⎦
                           1
                 ×            3
                                 (−3,6 × 10 −7 kg/s) = −0,69054 J/s
                     (0,6 kg/m )
        dEint
              ≈ −0,69 J/s
         dt
A energia interna do sistema está diminuindo com o tempo devido à condensação de vapor. Nesse
processo, moléculas de água com elevada energia cinética passam para a fase líquida onde sua
energia cinética é enormemente diminuída.

                                                   [Início]




________________________________________________________________________________________________________    11
                                       a
Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica

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Calor E 1a Lei Da TermodinâMica

  • 1. PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA Prof. Anderson Coser Gaudio Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo http://www.cce.ufes.br/anderson anderson@npd.ufes.br Última atualização: 29/09/2005 12:23 H RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 Capítulo 25 - Calor e Primeira Lei da Termodinâmica Problemas 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63
  • 2. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Problemas Resolvidos 02. Icebergs no Atlântico Norte representam riscos ao tráfego de navios (veja a Fig. 22), fazendo com que a extensão das rotas de navegação aumente em cerca de 30% durante a temporada de icebergs. Tentativas de destruição dessas montanhas de gelo incluem a implantação de explosivos, bombardeio, torpedeamento, colisão e pintura com negro de fumo. Suponha que se tente derreter o iceberg, pela colocação de fontes de calor sobre o gelo. Quanto calor é necessário para derreter 10% de um iceberg de 210.000 toneladas? (Pág. 235) Solução. A massa de gelo a ser derretida (m) é: m = 0,1m0 onde m0 é a massa total do iceberg. A quantidade de calor necessária para fundir uma massa m de gelo é dada por: Q = L f m0 (1) onde Lf é o calor latente de fusão do gelo (obtido a partir da Tabela 2, pag. 220). Substituindo-se os valores numéricos em (1): Q = (3,33 × 10 5 J/mol)0,1(2,1 × 10 8 kg) = 6,993 × 1012 J Q ≈ 7,0 TJ [Início] 06. Usa-se um pequeno aquecedor elétrico de imersão para ferver 136 g de água para uma xícara de café instantâneo. O aquecedor está especificado para 220 watts. Calcule o tempo necessário para se trazer essa água de 23,5oC ao ponto de ebulição, ignorando quaisquer perdas de calor. (Pág. 235) Solução. A potência (P) é definida pela seguinte equação diferencial dQ P= dt Nesta equação, dQ é o calor transferido durante o intervalo de tempo dt. Resolvendo-se em função de dQ: dQ = P × dt Se a potência não possui dependência em relação à temperatura, pode-se fazer: Q = P × Δt ________________________________________________________________________________________________________ 2 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 3. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Logo, o intervalo de tempo procurado é dado por: Q Δt = (1) P O calor necessário para aquecer uma massa m de água de uma temperatura ΔT é dado por: Q = mcΔT = mc(T − T0 ) (2) Nesta equação, c é o calor específico da água. Substituindo-se (2) em (1): mc(T − T0 ) Δt = P (0,136 kg)(4.190 J/K.mol)(76,5 K ) Δt = = 198,1489 s (220 W) Δt ≈ 198 s [Início] 09. Calcule a quantidade mínima de calor exigida para derreter completamente 130 g de prata inicialmente a 16,0oC. Suponha que o calor específico não varie com a temperatura. (Pág. 235) Solução. O processo de aquecimento e fusão da massa m de prata pode ser representado pelo seguinte esquema: aquecim. fusão Prata(s) Prata(s) Prata(l) Qaq Qfus T0 Tf Tf O calor transferido durante o aquecimento é: Qaq = mcΔTaq = mc (T f − T0 ) (1) Qaq = (0,130 kg )(236 J/kg.K)(1. 234,0 K − 288,2 K ) Qaq = 29.018,678 J Na equação (1), c é o calor específico da prata (obtido a partir da Tabela 20-1, pag. 185). O calor transferido durante a fusão é: Q fus = L f m (2) Nesta equação, Lf é o calor latente de fusão da prata (obtido a partir da Tabela 20-2, pag. 186). Substituindo-se os valores numéricos em (2): Q fus = (105.000 J/kg )(0,130 kg ) Q fus = 13.650 J Portanto: Q = Qaq + Q fus = 42.668,678 J Q ≈ 42,7 kJ [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 3 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 4. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES 22. A capacidade calorífica molar da prata, medida à pressão atmosférica, varia com a temperatura entre 50 e 100 K de acordo com a equação empírica C = 0,318 T − 0,00109 T 2 − 0,628, onde C está em J/mol.K e T está em K. Calcule a quantidade de calor necessária para elevar 316 g de prata de 50,0 para 90,0 K. A massa molar de prata é 107,87 g/mol. (Pág. 236) Solução. Partindo-se da equação diferencial dQ = nC (T ) dT onde dQ é o calor transferido devido à variação de temperatura dT, n é o número de moles e C(T) é o calor específico molar, tem-se que: T Q = n ∫ C (T ) dT T0 Substituindo-se a expressão fornecida para o calor specífico molar C(T): m T M ∫T0 Q= (0,318T − 0,00109T 2 − 0,628)dT T m ⎛ 0,318 2 0,00109 3 ⎞ Q= ⎜ T − T − 0,628T ⎟ M⎝ 2 3 ⎠ T0 (0,316 g) Q= × 248,32666 107,87 g/mol) Q = 727 ,46107 J Q ≈ 727 J [Início] 32. O gás dentro de uma câmara passa pelo ciclo ilustrado na Fig. 24. Determine o calor resultante acrescentado ao gás durante o processo CA se QAB = 20 J, QBC = 0 e QBCA = −15 J. (Pág. 236) Solução. Como o processo termodinâmico em questão é cíclico, pode-se afirmar que a variação da energia interna (ΔEint) é zero: ________________________________________________________________________________________________________ 4 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 5. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ΔEint = 0 Da Primeira Lei da Termodinâmica tem-se que: Q ABCA + W ABCA = 0 Q AB + QBC + QCA + W AB + WBCA = 0 (1) Substituindo-se os valores numéricos fornecidos em (1): (20 J) + 0 + QCA + 0 + (−15 J ) = 0 QCA = −5 J [Início] 34. A Fig. 25a mostra um cilindro que contém gás, fechado por um pistão móvel e submerso em uma mistura de gelo-água. Empurra-se o pistão para baixo rapidamente da posição 1 para a posição 2. Mantém-se o pistão na posição 2 até que o gás esteja novamente a 0oC e, então, ele é levantado lentamente de volta à posição 1. A Fig. 25b é um diagrama pV para o processo. Se 122 g de gelo são derretidos durante o ciclo, quanto trabalho se realizou sobre o gás? (Pág. 237) Solução. Em qualquer ciclo termodinâmico a variação da energia interna do sistema é zero. ΔEint = Q + W = 0 W = −Q (1) Nesta equação, Q é o calor total transferido no ciclo e W é o trabalho total realizado sobre o sistema. Como 122 g de gelo foram derretidos durante o ciclo, isto significa que uma quantidade de calor necessária para fundir esse gelo foi perdida pelo sistema (calor com sinal −). O calor foi perdido pelo sistema por que a mistura gelo-água não pertence ao sistema, que é constituído pelo gás no interior do pistão. Essa quantidade de calor vale: Q = − L f m = −(79,55 cal/g ).(122 g ) = −9.705,01 cal Nesta equação, Lf é o calor latente de fusão do gelo (obtido a partir da Tab. 2, pág. 220) e m é a massa de gelo fundido. Portanto, obtém o trabalho executado sobre o sistema (trabalho com sinal +, de acordo com a convenção adotada neste livro) substituindo-se o valor numérico do calor em (1): W = −Q = −( −9.705,01 cal) = 9.705,01 cal W ≈ 9,71 kcal [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 5 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 6. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES 39. Quando se leva um sistema do estado i ao estado f ao longo do trajeto iaf da Fig. 26, descobre-se que Q = 50 J eW = −20 J. Ao longo do trajeto ibf, Q = 36 J. (a) Qual o valor de W ao longo do trajeto ibf? (b) Se W = +13 J para o trajeto curvo fi de retorno, quanto vale Q para este trajeto? (c) Tome Eint,i = 10 J. Quanto vale Eint,f? (d) Se Eint,b = 22 J, encontre Q para o processo ib e o processo bf. (Pág. 237) Solução. (a) Caminho iaf: ΔE int,if = ΔE int,iaf = Qiaf + Wiaf = (50 J ) + ( −20 J ) ΔE int,if = 30 J Caminho ibf: ΔE int,if = ΔE int,ibf = Qibf + Wibf Wibf = ΔE int,ibf − Qibf = (30 J ) − (36 J ) Wibf = −6 J (b) Caminho curvo fi: ΔE int, fi = − ΔE int,if = Q fi + W fi Q fi = − ΔE int,if − W fi = ( −30 J ) − (13 J ) Q fi = −43 J (c) ΔE int,if = E int, f − E int,i E int, f = ΔE int,if + E int,i = (30 J ) + (10 J ) E int, f = 40 J (d) ΔE int,ib = E int,b − E int,i = ( 22 J ) − (10 J ) ΔE int,ib = 12 J Wib = Wibf = −6 J ΔE int,ib = Qib + Wib Qib = ΔE int,ib − Wib = (12 J ) − ( −6 J ) Qib = 18 J ________________________________________________________________________________________________________ 6 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 7. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ΔE int,bf = E int, f − E int,b = ( 40 J ) − ( 22 J ) ΔE int,b = 18 J [Início] 40. O gás dentro de uma câmara sofre os processos mostrados no diagrama pV da Fig. 27. Calcule o calor resultante adicionado ao sistema durante um ciclo completo. (Pág. 237) Solução. Durante um ciclo termodinâmico a variação da energia interna (ΔE) do sistema é zero, ΔE = Q + W = 0 Q = −W (1) Nesta equação, Q é o calor resultante transferido durante o ciclo e W é o trabalho resultante executado sobre o sistema. Para se obter o calor resultante basta calcular o trabalho realizado sobre o sistema e substituí-lo em (1). O trabalho realizado sobre o sistema corresponde à área do semicírculo mostrado na figura (pela convenção adotada neste livro, o trabalho num ciclo anti-horário é positivo). Embora seja tentador calcular essa área diretamente a partir da figura, este procedimento não é possível porque as escalas da ordenada e da abscissa são diferentes. No entanto, se as escalas dos eixos forem ignoradas é possível contornar essa dificuldade. Admitindo-se que cada quadrado do diagrama tenha uma unidade de comprimento (1 uc) de aresta, implica em que cada quadrado tenha uma unidade de área (1 ua). O semicírculo possui raio R = 1,5 uc e sua área vale: 1 1 A = πR 2 = π 1,5 2 = 3,534291 ua 2 2 Pode-se calcular a quantidade de trabalho que corresponde a cada quadrado no diagrama (Wq), multiplicando-se os valores da pressão (1 Mpa) e do volume (1 l = 1×10-3 m3) correspondentes a um quadrado. Wq = (10 MPa ).(1 × 10 −3 m 3 ) = 10 kJ/ua Portanto, o trabalho correspondente ao semicírculo do diagrama vale: W = A × Wq = 3,534291 ua × 10 kJ/ua = 35,34291 kJ Substituindo-se o valor de W em (1): Q = −(35,34291 kJ ) ________________________________________________________________________________________________________ 7 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 8. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES Q ≈ −35 kJ Obs.: O enunciado do problema insinua que o calor transferido deveria ser positivo (calor adicionado ao sistema). No entanto, isso só ocorreria se o trabalho resultante executado no ciclo fosse positivo, o que não está em acordo com a convenção adotada neste livro. [Início] 43. Um motor faz com que 1,00 mol de um gás ideal monoatômico percorra o ciclo mostrado na Fig. 28. O processo AB ocorre a volume constante, o processo BC é adiabático e o processo CA ocorre a pressão constante. (a) Calcule o calor Q, a variação de energia interna ΔEint e o trabalho W para cada um dos três processos e para o ciclo como um todo. (b) Se a pressão inicial no ponto A é 1,00 atm, encontre a pressão e o volume nos pontos B e C. Use 1 atm = 1,013 × 105 Pa e R = 8,314 J/K.mol. (Pág. 237) Solução. (a) Q AB = nC v ΔT AB = (1,00 mol)3/2(8,314 J/K.mol)(300 K ) = 3.741,3 J Q AB ≈ 3,74 kJ QBC = 0 QCA = nC p ΔTCA = (1,00 mol)5/2(8, 314 J/K.mol)(-155 K ) = −3.221,675 J QCA ≈ −3,22 kJ W AB = 0 WBC = ΔEint BC = nC v ΔTBC = (1,00 mol)3/2(8,314 J/K.mol)(145 K ) WBC = −1.808,295 J ≈ −1,81 kJ WCA = ΔEint CA − QCA = nC v ΔTCA − QCA WCA = (1,00 mol)3/2(8,314 J/K.mol)(-155 K ) − (−3.221,675 J ) = 1.288,67 J WCA ≈ 1,29 kJ ΔEint AB = Q AB + W AB = (3.741,3 J) + 0 = 3.741,3 J ΔEint AB ≈ 3,74 J ΔEint BC = QBC + WBC = 0 + (−1.808,295 J ) = −1.808,295 J ________________________________________________________________________________________________________ 8 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 9. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ΔEint BC ≈ −1,89 J ΔEint CA = QCA + WCA = (−3.221,675 J) + 1.288,67 J = −1.933,005 J ΔEint CA ≈ −1,93 J (b) p AV A p BVB = TA TB Mas: V A = VB Logo: p A pB = T A TB (1,00 atm)(600 K ) pB = (300 K ) p B = 2,00 atm pC = p A = 1,00 atm p AV A = nRTA nRTA (1,00 mol)(8,314 J/K.mol)(300 K ) VA = = = 0,024621 m 3 pA (1,013 × 10 5 Pa ) VB = V A ≈ 24,6 dm 3 V A VC = TA TC (24,621 dm 3 )(455 K ) VC = = 37,343 dm 3 (300 K ) Vc ≈ 37,3 dm 3 [Início] 44. Um cilindro tem um pistão metálico de 2,0 kg bem ajustado cuja área de seção reta é 2,0 cm2 (Fig. 29). O cilindro contém água e vapor a temperatura constante. Observa-se que o pistão cai lentamente à velocidade de 0,30 cm/s porque o calor flui para fora do cilindro através de suas paredes. Quando isso acontece, parte do vapor condensa-se na câmara. A massa específica do vapor dentro da câmara é 6,0 × 10−4 g/cm3 e a pressão atmosférica é 1,0 atm. (a) Calcule a taxa de condensação do vapor. (b) A que taxa o vapor está saindo da câmara? (c) Qual é a taxa de variação da energia interna do vapor e da água dentro da câmara? ________________________________________________________________________________________________________ 9 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 10. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES (Pág. 238) Solução. (a) O problema está pedindo para determinar dm/dt, a taxa de conversão de vapor d’água em água líquida. Para se obter a taxa pedida, pode-se começar pela velocidade de queda do pistão, vp, que vamos adotar como sendo negativa, pois está associada à diminuição de volume do interior do cilindro. dx dx A vp = − =− × (1) dt dt A 1 dV vp = − × (2) A dt Na equação (1), dV/dt é a taxa de variação do volume do recipiente e A é a área do pistão. A densidade do vapor é dada por: dm ρ= dV dm dV = (3) ρ Substituindo-se (3) em (2): 1 dm vp = − × ρA dt dm = −v p ρA = −(0,30 cm/s)(6,0 × 10 − 4 g/cm 3 )(2,0 cm 2 ) dt dm = −3,6 × 10 − 4 g/s dt O sinal negativo de dm/dt significa que há redução da quantidade de vapor d’água (condensação) com o tempo. (b) A fonte de calor no interior da câmara é a condensação da água. Como se trata de uma mudança de fase, o calor é transferido na forma de calor latente de vaporização (Lv). Q = Lv m dQ dm = Lv = ( 2.256 kJ/kg )( −3,6 × 10 − 4 g/s ) = −8,12160 × 10 − 4 kJ/s dt dt dQ ≈ −0,81 J/s dt ________________________________________________________________________________________________________ 10 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
  • 11. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES O sinal negativo de dQ/dt significa que o calor está sendo transferido para fora do sistema. (c) A variação da energia interna do sistema é dada por: dEint = dQ + dW = dQ − pdV dEint dQ dV = −p (4) dt dt dt A pressão interna do cilindro é dada por: mp g p = p0 + (5) A Substituindo-se (3) e (5) em (4): dEint dQ m p g 1 dm = − ( p0 + ) dt dt A ρ dt dEint ⎡ (2,0 kg )(9,81 m/s 2 ) ⎤ = (−0,812160 J/s) − ⎢(1,01 × 10 5 Pa ) + ⎥× dt ⎣ (2,0 × 10 − 4 m 2 ) ⎦ 1 × 3 (−3,6 × 10 −7 kg/s) = −0,69054 J/s (0,6 kg/m ) dEint ≈ −0,69 J/s dt A energia interna do sistema está diminuindo com o tempo devido à condensação de vapor. Nesse processo, moléculas de água com elevada energia cinética passam para a fase líquida onde sua energia cinética é enormemente diminuída. [Início] ________________________________________________________________________________________________________ 11 a Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 Ed. - LTC - 1996. Cap. 25 – Calor e Primeira Lei da Termodinâmica