1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE)
DISCIPLINA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL II
Prof. Cláudio do Nascimento Fleig
2. • A humanidade está caminhando cada
vez mais rápido para um lugar que não
sabemos onde. Esta velocidade pode
transformar as pessoas em “pacientes”
ou “clientes” dos hospitais.
4. • A arquitetura dos ossos faciais está
adaptada às exigências mecânicas de tração
e pressão.
• Regiões mais sujeitas às forças mecânicas
respondem produzindo uma cortical mais
espessa ou esponjosa mais densa.
• A força mastigatória é a que mais induz
forças no esqueleto facial.
5. • Sendo assim, a face possui em sua arquitetura zonas
de resistência horizontais (pilares horizontais) e
verticais (pilares verticais), assim como zonas de
fragilidade
• O esqueleto do terço médio da face consiste de um
sistema de suportes horizontais e verticais (pilares)
que se combinam para formar uma estrutura
entrelaçada que mantém as dimensões horizontais e
verticais, protege as órbitas, seios paranasais,
cavidades oral e nasal.
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7. • É possível deduzir que, devido à união e a
proximidade de estruturas ósseas, raramente
temos uma fratura clássica envolvendo só
um determinado osso.
• Também devido a proximidade com
estruturas frágeis e nobres, temos um grande
potencial de letalidade.
8. • As fraturas de 1/3 médio da face tem como
principais fatores etiológicos:
– Acidente com veículos automotores.
– Acidentes esportivos.
– Agressões.
– Quedas.
– FAF.
9. • A segurança automotiva tem aumentado
vertiginosamente com a introdução de
equipamentos como cinto de segurança, air
bag, barras de proteção, células de
sobrevivência, etc.
• Porém a velocidade destes veículos também
aumentou.
10. • A consequência imediata são traumas
de grande intensidade envolvendo
várias estruturas do organismo, com
uma maior morbidade.
• Graças as técnicas de resgate e
manutenção de vida ,pacientes acabam
chegando com vida nas mãos das
equipes cirúrgicas hospitalares.
11. • A prioridade máxima sempre é a vida
do paciente.
• O paciente com trauma no terço médio
da face sempre devem passar por uma
profunda avaliação médica antes de
procedermos nossa intervenção.
• Geralmente apresentam o envolvimento
de outras lesões que podem ser graves.
12. • Tais lesões devem receber atendimento
emergencial pois podem levar ao óbito,
devido a proximidade com estruturas
vitais.
– Edemas, hemorragias intensas e outras
obstruções das vias aéreas superiores.
• Estes tipos de fraturas podem adquirir
aspectos dantescos.
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14. • Planigrafias.
– Incidência de Waters
– Incidência de Hirtz (Axial).
– Incidência para seios frontais (Caldwell).
– Incidência para ossos próprios do nariz
(perfil).
• Tomografia computadorizada.
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26. • São causadas por impactos graves,
diretos e rombos no terço médio da
face.
• Deslocamento ósseo geralmente se dá
devido a direção da força traumática.
• Podem ser as mais letais.
27. • Retrusão do terço médio da face.
• Má-oclusão, mordida aberta com
contato prematuro dos molares e
deslocamento posterior da maxila.
• Laceração dos tecidos moles do
vestíbulo ou do palato.
• Epistaxe, hematoma periorbitário,
equimose subconjuntival.
28. • Dish-face: fraturas com deslocamento onde a
face fica côncava e o terço médio alongado.
• Extravasamento do líquido cefalorraquidiano
(também denominado como fluído
cerebroespinhal) pelo nariz (rinoliquorréia) ou
ouvidos (otoliquorréia).
– Fratura basilar de crânio.
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31. • Palpação bilateral simultânea das
margens orbitárias, processos nasais,
proeminências zigomáticas, crista
zigomática e rebordo alveolar superior.
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36. • Fratura Dentoalveolar.
• Le Fort I (Transversal).
• Le Fort II (Piramidal).
• Le Fort III (Disjunção Crânio-Facial).
• Fratura Mediana (Lannelongue)
• Fraturas Complexas.
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38. • É uma fratura que classicamente tangencia a
margem inferior da abertura piriforme e se
dirige horizontalmente através da parede
anterior do seio maxilar, bilateralmente, até a
tuberosidade, com disjunção pterigomaxilar.
• Características clínicas:
– Mobilidade da porção alveolar da maxila, edema,
equimose periorbital, dor, mudança na oclusão
por intrusão ou giroversão da maxila.
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40. • Caracterizada por linhas de fratura que se
iniciam na região nasofrontal, é
consequência de impacto anterior muitas
vezes comprometendo as estruturas do nariz
e septo nasal.
• Características clínicas:
– Mobilidade da maxila, incluindo a pirâmide nasal,
edema e equimose periorbital, dor, rinorréia.
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42. • Nestes casos a linha de fratura se estende
através da sutura naso-frontal às paredes
mediais e assoalho da órbita alcançando
as suturas zigomático-frontais e arco
zigomático.
• Dá ao paciente um aspecto de face
alongada (cara de cavalo).
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45. • São fraturas que recebem tratamento
pelo CTBMF e pelo CP.
• Traumas de grande frequência que
geralmente apresentam fácil resolução.
• Tratamento muitas vezes ambulatorial
sob anestesia local.
• Redução + Estabilização.
65. Zigomático
• Dissipador e transmissor das forças
mastigatórias.
• Proteção ao globo ocular.
Arco zigomático
• Osso linear, alargando-se na porção zigomática.
• Pode fraturar-se sob a ação de traumas de
pequena intensidade, devido a sua estrutura
frágil e sua posição.
66. • Relaciona-se com maxila, frontal, temporal,
esfenóide, seio maxilar, parede lateral e
assoalho de órbita, nervo infraorbitário,
zigomaticofacial, fissura orbital superior e
inferior, processo coronóide, músculos
temporal, masséter, zigomático maior e
menor, reto inferior.
67. • É um osso par e irregular.
• Forma parte da parede lateral e soalho da
órbita constituindo, também, o teto do seio
maxilar.
• Apresenta as seguintes estruturas: faces
malar, orbital, temporal; processos frontal,
temporal e maxilar e quatro bordas.
68. Faces
• Face Malar: convexa (forame zigomaticofacial).
• Face Temporal: côncava.
• Face Orbital: forma parte do soalho e parede
lateral da órbita.
71. Órbita
Teto: asa menor do esfenóide e osso frontal
Parede lateral: asa maior do esfenóide e o
zigomático
Parede medial: maxilar, lacrimal, esfenóide e
etmóide
Assoalho: zigomático, maxilar e palatino
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73. • História do trauma
– Tipo
– Intensidade
– Tempo decorrido
– Queixas
• Exame físico
• Exames de imagem
74. A) Palpação intra e extra oral da mandíbula
B) Palpação do bordo inferior da mandíbula
C) Verificação da estabilidade da mandíbula
D)Palpação intraoral para verificar irregularidades
zigomáticomaxilares
E) Palpação das margens infraorbitárias
F) Palpação sobre os arcos zigomáticos
G) Palpação externa dos ossos nasais
H) Inspeção da oclusão dentária
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78. – Parestesia
– Epistaxe
– Alteração oclusal
– Limitações de abertura bucal (bloqueio do
processo coronóide pelos fragmentos do arco,
pela compressão do músculo temporal, que se
insere no processo coronóide e de sua
aponeurose, que se insere no zigoma e no arco
zigomático ou por lesões de fibras do músculo
temporal)
– Diplopia
– Alteração da acuidade visual
79. – Afundamento da projeção zigomática
– Degrau na infra-órbita, processo zigomático do osso frontal e
pilar zigomático
– Equimose subconjuntival
– Blefaroedema
– Hematomas e equimoses periorbitários
– Hematomas retrobulbares
– Enoftalmo
– Ptose palpebral superior
– Proptose
– Oftalmoplegia
– Distopia
– Alterações de reação pupilar
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88. • São fraturas resultantes de impactos com
grande energia.
89. • Apresentam aspecto
clínico agressivo.
• Alto custo financeiro
de retorno do
paciente ao convívio
social.
• Alto índice de
sequelas
90. • São tratamentos
complexos.
• Muitas vezes
exigem diversas
cirurgias.
• Grande morbidade.
104. • Não beba.
• Se não for possível, não
dirija
• Se beber, entregue a
direção para outro que não
tenha bebido
– Até é uma maneira de
cantar alguém
– Ou busque o carro no
outro dia.
• Use o cinto de segurança,
capacete, camisinha.
• Sobreviva a esta fase.