O documento resume os principais ossos do crânio, incluindo o osso frontal, osso etmóide e osso esfenoide. Descreve suas localizações, orientações, relações anatômicas e características morfológicas de cada um destes ossos.
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
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2 - Ossos do Crânio - Resumos da aula 2
Anatomia da Cabeça e do Pescoço (Universidade de Lisboa)
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Anatomia da Cabeça e do Pescoço (Universidade de Lisboa)
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2. AULA 1 - OSSOS DO CRÂNIO
O crânio é uma caixa óssea constituída por uma parte superior, a Abóbada ou
Calvária e uma inferior, a Base do crânio - fornecendo:
• Caixa para o encéfalo;
• Cavidades para os órgãos sensitivos;
• Aberturas para a passagem de ar e comida;
• Os dentes, a maxila e a mandibula para a mastigação.
OSSO FRONTAL
• 3 faces + 3 margens
• Localização – Porção anterior do crânio, por cima do maciço frontal.
• Orientação – A face convexa é anterior. A face que apresenta as duas
cavidades separadas por uma incisura é inferior.
• Relações – Parietais, etmoide, esfenoide, maxilar, zigomáticos, nasais e
lacrimais.
Porção Escamosa
Face anterior ou cutânea:
• Convexa e lisa, relaciona-se com a pele;
• Apresenta na linha média a sutura metópica 1
e a glabela, superiormente à
primeira;
• Lateralmente à glabela as Eminências frontais e inferiormente a estas os arcos
superciliares;
• Lateralmente encontra-se a linha temporal que limita anteriormente a faceta
temporal do frontal. A Linha temporal continua-se pela linha curva temporal
superior do parietal (vão dar inserção às fáscias do músculo temporal)
Face posterior ou cerebral
• Côncava, relacionando-se com o lobo frontal do cérebro;
• Na linha média, indo de posterior para anterior:
▪ Sulco do seio sagital 2
– onde passa a parte anterior do seio sagital
superior;
▪ Crista Frontal – forma-se nas extremidades do sulco do seio sagital;
1
No nascimento o osso frontal consiste em duas metades unidas por esta sutura. Ao fim de 8 anos estas
metades encontram-se fundidas, podendo encontrar-se vestígios da sutura inferiormente à glabela
2
A porção anterior da foice do cérebro liga-se às margens do sulco e à crista frontal
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3. ▪ Forame cego 3
– passa uma veia emissária para o seio sagital superior
ou um prolongamento da duramáter.
• Lateralmente à linha média encontra-se:
▪ Fossas Frontais – correspondente ao polo frontal do respetivo
hemisfério
▪ Parte Orbital – apresentando esta as eminências mamilares e
separadas pelas impressões digitais determinadas pelo cérebro.
Margem superior (parietal)
• Articula-se com os parietais (cima) e com as asas maiores do esfenoide (baixo).
Porção orbital e nasal
Face inferior ou orbital
• Apresenta na linha mediana a incisura etmoidal onde se destaca
anteriormente a espinha nasal
• Ladeando a incisura encontram-se as hemicélulas frontais que completadas
com as hemicélulas etmoidais formam a células etmoidais;
• Nestas superfícies encontram-se dois sulcos transversos que com outros
existentes no labirinto etmoidal formam os canais etmoidais anterior e
posterior que conduzem os vasos etmoidais anterior e posterior;
• De cada lado da incisura etmoidal encontram-se as fossas orbitais
observando-se na sua porção ântero-lateral a fossa da glândula lacrimal¸ e na
sua porção ântero-medial a fóvea troclear onde se insere a tróclea de reflexão
do musculo oblíquo superior do bulbo ocular.
Margem anterior (órbito-nasal)
• Constituída pela incisura nasal (medial) e pelas arcadas supraciliares (lateral);
• A incisura nasal articula-se com os nasais e com os processos frontais das
maxilas;
• As arcadas terminam lateralmente no processo zigomático (que se articula
com o processo frontal do zigomático) e medialmente no processo orbitário
medial que se articula com o processo frontal da maxila e com o lacrimal.
• Ao nível do seu terço médio pode apresentar o forame ou incisura supre-
orbitário que dá passagem aos vasos e nervo supra-orbitários;
• Medialmente a este encontra-se por vezes o forame ou incisura frontal onde
passam os vasos supratrocleares.
Margem posterior (esfenoidal)
• Articula-se com a asa menor do esfenoide.
3
Na verdade, é uma incisura que é completada pela asa da crista etmoidal do etmóide, formando o
forame.
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4. Seios Frontais
• Encontram-se no interior do frontal;
• Cavidades pneumáticas que se abrem nas cavidades nasais pelas aberturas do
seio frontal;
• Separadas entre si pelo septo dos seios frontais.
OSSO ETMÓIDE
• Localização – Forma as paredes mediais da cavidade orbitária, parte do septo
nasal, paredes laterais e teto da cavidade nasal.
• Orientação – A lamina que apresenta numerosos orifícios é horizontal e dela
destaca-se um processo que é anterior e superior.
• Relações – Frontal, esfenoide, palatino, conchas nasais inferiores, nasais,
lacrimais e vómer.
O osso é constituído por uma lamina vertical cortada em 2 por uma lamina
horizontal ou cribriforme.
Lâmina vertical
• Está dividida em duas porções pela lamina horizontal, formando a crista
etmoidal e a lâmina perpendicular;
• Crista etmoidal – superior, possui forma triangular;
▪ Possui a base unida à lamina horizontal;
▪ A sua margem anterior articula-se com o frontal através das asas da
crista etmoidal, completando o forame cego;
▪ A foice do cérebro fixa-se à sua margem posterior.
• Lâmina perpendicular – inferior, fina formando a porção superior do septo
nasal
▪ É pentagonal e muito fina;
▪ A margem anterior articula-se com a espinha nasal do frontal e com as
cristas dos nasais;
▪ A margem posterior articula-se com o segmento anterior da crista
esfenoidal do esfenoide;
▪ A margem superior articula-se com a lamina horizontal do etmóide;
▪ A margem póstero-inferior articula-se com a margem superior do
vómer
▪ A margem ântero-inferior articula-se com a cartilagem do septo nasal
▪ As superfícies são finas exceto em cima onde inúmeros sulcos e canais
conduzem ramo do nervo olfativo aos forames mediais na lâmina
horizontal
Lâmina horizontal ou cribriforme
• Tem forma quadrilátera e estende-se de um labirinto etmoidal ao outro;
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5. • A face superior é dividida em duas porções pela crista etmoidal, representadas
pelos sulcos olfativos. Estes apresentam os forames da lamina cribriforme que
dão passagem aos ramos do nervo olfativo
• Nos forames anteriores encontram-se a fenda etmoidal que dá passagem a
um prolongamento da duramáter e o forame etmoidal anterior que se liga ao
canal etmoidal anterior pelo sulco etmoidal, dando passagem nervo etmoidal
anterior.
• A face inferior forma a abóbada das fossas nasais
Labirintos etmoidais
São dois, de forma cuboide, suspensos nas extremidades laterais da lâmina
horizontal.
Face superior
• Possui hemicélulas etmoidais que se completam com as hemicélulas
presentes na face inferior do frontal.
▪ A hemicélula mais desenvolvida é designada por infundíbulo etmoidal,
é mais anterior e abre-se no meato nasal médio
• A face apresenta dois sulcos transversais que ao unirem-se aos sulcos
presentes na face inferior do frontal, forma os canais etmoidais.
▪ Canal etmoidal anterior – Artéria e nervo etmoidal anterior;
▪ Canal etmoidal posterior – Artéria e nervo etmoidal posterior.
Face medial
• Constitui a maior porção da parede lateral das fossas nasais;4
• Destacam-se as conchas nasais media e superior;
• Entre as faces mediais dos labirintos e as faces laterais das conchas nasais,
encontram-se espaços conhecidos por meatos nasais;
▪ No meato nasal anteriores – abrem-se as células etmoidais
posteriores e o seio esfenoidal;
▪ No seio nasal medio – abrem-se as células etmoidais anteriores e o
seio frontal.
• Superiormente à concha nasal superior podem encontrar-se a concha nasal
suprema e concha nasal de Zuckerland (inconstante) que condicionam os
respetivos meatos nasais
• Da extremidade anterior do meato nasal médio destaca-se o processo
uncinado. Este consiste numa lâmina muito fina com direção póstero-inferior,
bifurcando-se em duas laminas:
4
Os labirintos encontram-se entre a cavidade orbitária e as fossas nasais. As paredes mediais dos
labirintos desenham as paredes laterais das fossas nasais e as paredes laterais dos labirintos as paredes
mediais das cavidades orbitárias.
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6. ▪ Lâmina inferior – articula-se com o processo etmoidal da concha nasal
inferior;
▪ Lâmina posterior – pode subdividir-se em duas laminas, indo uma para
o palatino e outra para a bolha etmoidal.
▪ A porção superior articula-se relaciona-se com o ager nasi ou
eminência nasal (saliência condicionada por uma célula etmoidal)
• Posteriormente ao processo uncinado, na parede lateral do meato nasal
médio apresenta a bolha etmoidal (saliência condicionada por uma célula
etmoidal média). A bolha separa-se da concha nasal média pelo sulco retro-
bolhar e do processo uncinado pelo sulco unci-bolhar
Face inferior
Indo de medial para lateral, esta face apresenta:
• Margem inferior da concha nasal média;
• Meato nasal médio;
• Superfície rugosa para articulação com o maxilar;
• Processo uncinado.
Face lateral
• Constitui a lâmina orbital que forma parte da parede medial da órbita.
Face anterior
• Possui hemicélulas que se completa com outras presentes na face medial do
lacrimal e no processo frontal da maxila.
Face posterior
• Articula-se com a face anterior do esfenoide e com o processo orbital do
palatino;
• Possui hemicélulas que se completam com outras presentes no esfenoide
formando as células etmoidais posteriores.
Células etmoidais
• São cavidades pneumáticas que no conjunto constituem labirinto etmoidal.
• As células etmoidais anteriores abrem-se no meato nasal médio;
• As células etmoidais posteriores abrem-se nos meatos nasais superior e
supremo.
OSSO ESFENOIDE
Localização – Porção anterior e mediana da base do crânio
Orientação – A linha que une os pontos mais afastados do osso é anterior e superior.
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7. Relações – Todos os ossos do crânio, zigomáticos, palatino e vómer.
Corpo do esfenoide
Face superior
• Apresenta na sua porção anterior o jugo esfenoidal (relaciona-se com o giro
reto e com os tratos olfativos), tendo de cada lado da linha mediana os sulcos
olfativos que continuam os sulcos olfativos do etmoide;
• Anteriormente, a porção mais saliente do jugo esfenoidal articula-se com a
crista etmoidal e com a lâmina cribriforme do etmoide, pelo prolongamento
etmoidal do esfenoide;
• O jugo esfenoidal é limitado posteriormente pelo limbo esfenoidal;
• Posteriormente ao limbo do esfenoide encontra-se o sulco ótico (pré-
quiasmático) dispostos transversalmente, unindo os canais óticos;
• Posteriormente ao sulco pré-quiasmático, encontra-se a fossa hipofisária ou
sela turca onde se encontra a hipófise;
• Anteriormente à fossa hipofisária e posteriormente ao sulco pré-quiasmático
situa-se o tubérculo da sela e posteriormente a esta o sulco do seio
intervenoso, onde se encontra o seio intervenoso anterior;
• O sulco intervenoso é limitado posteriormente por uma crista sinostósica que
termina pelos processos clinoides médios
• A sela turca é limitada anteriormente pelo lamina quadrilátera do esfenoide
(dorso da sela) em cujos ângulos livres se encontram os processos clinoides
posteriores;
• Anteriormente aos processos clinoides médios e posteriores encontram-se os
processos clinoides anteriores relacionados com as asas menores do
esfenoide.
Face anterior
• Apresenta na linha média a porção inferior da crista etmoidal anterior;
• De cada lado desta crista apresenta as aberturas do seio esfenoidal e
hemicélulas que juntamente com as hemicélulas posteriores do etmoide
formam as células etmoidais posteriores.
Face inferior
• Apresenta na linha mediana a porção inferior da crista esfenoidal inferior, cuja
porção mais anterior constitui o rostro esfenoidal;
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8. • A porção inferior da crista esfenoidal articula-se imperfeitamente com o sulco
presente entre as asas do vómer, formando o canal esfeno-vomeriano
mediano.
Face posterior
• Possui uma lâmina quadrilátera rugosa que une o esfenoide ao occipital.
Faces laterais
• Dão inserção às asas maiores do esfenoide e apresentam o sulco carótico
(onde se situam o seio cavernoso, a artéria carótida interna e alguns nervos
cranianos).
Asas menores
• Lâminas triangulares de base medial, que se projetam lateralmente das
regiões ântero-superiores do corpo do esfenoide
• Destacam-se da face superior do corpo do esfenoide por duas raízes:
▪ Superior – achatada súpero-inferiormente;
▪ Inferior – achatada póstero-inferiormente;
▪ Circunscrevem com o corpo o canal ótico que vai dar passagem ao
nervo ótico e à artéria oftálmica.
Face superior
• Relaciona-se com o lobo frontal do cérebro.
Face inferior
• Faz parte da abóbada ca cavidade orbitária, formando a sua porção póstero-
superior.
Margem anterior
• Articula-se com o etmoide e com o frontal.
Margem posterior
• Contribui para separar as fossas cranianas anterior e média da base interna
do crânio;
• Termina medialmente pelos processos clinoides anteriores.
Base
• Apresenta o canal ótico onde passam a A. Oftálmica e o N. ótico.
Ápice
• Estende-se até à extremidade lateral da fissura orbital superior e termina no
processo xifoide do esfenoide.
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9. Asas Maiores
Destacam-se das faces laterais do corpo do esfenoide
Face posterior
• Relaciona-se com a parte do cérebro situado no andar médio da base do
crânio.
Face anterior
• Parte da parede lateral da órbita.
Face lateral
• Encontra-se dividida em duas porções pela crista infratemporal:
▪ Fossa temporal superiormente
▪ Fossa infratemporal inferiormente.
Margem medial
• Uma saliência destaca-se desta margem – a língula esfenoidal – que divide
parcialmente o forame lácero;
• Na união das margens medial e lateral da asa maior do esfenoide forma-se a
espinha do esfenoide, um processo vertical dirigido para baixo que ocupa o
espaço entre a escama do temporal e a porção petrosa. Dá inserção ao
ligamento esfenomandibular.
• A asa maior do esfenoide ao articular-se com o ápice da porção petrosa do
temporal e com a porção basilar do osso occipital forma o forame lácero
(juntamente com a face lateral do corpo do esfenoide).
• De anterior para superior, a margem apresenta:
▪ Fissura orbitária superior – nervos motores do olho, veias oftálmicas e
os três ramos terminais do nervo oftálmico.
▪ Forame redondo – Nervo maxilar
▪ Forame oval – Nervo mandibular, a artéria meníngea acessória e, por
vezes, o nervo petroso menor
▪ Forame espinhoso – Artéria e veia meníngea média
▪ Forame petroso – nervo petroso menor
▪ Forame venoso – inconstante. Veia emissária proveniente do seio
cavernoso.
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10. Processos pterigoides
Destacam-se da articulação entre face inferior do corpo com as asas maiores do
esfenoide. Consistem em duas lâminas unidas anteriormente e separadas
inferiormente pela incisura pterigoide cujas margens se articulam com o processo
piramidal do osso palatino e divergem posteriormente.
Base
• Origem por duas raízes, uma medial e uma lateral, fundidas anteriormente;
• É perfurada pela abertura anterior do canal pterigoideu (vidiano) que permite
a passagem dos vasos e nervos pterigoideus.
Ápice
• Formam-se as asas medial e lateral – lâminas ósseas correspondentes à
continuação das duas raízes após a sua separação na incisura pterigoide. As
laminas unem-se anteriormente formando a fossa pterigoideia
posteriormente.
Face medial
• Constitui parte da parede lateral das fossas nasais;
• Na porção superior nasce o processo vaginal dirigido horizontalmente para
medial, separado da face inferior do corpo por um sulco, originando o canal
vomerovaginal em conjunto com a margem da asa do vómer.
• O processo vaginal possui um sulco inferiormente que é convertido
anteriormente no canal palato-vaginal pelo processo esfenoidal do osso
palatino;
• A lamina medial termina com uma projeção unciforme5
- hâmulo pterigoideu –
encurvado lateralmente.
Face anterior
• Forma parte da parede posterior da fossa pterigopalatina.
Face posterior
• Apresenta a fossa pterigoideia que dá inserção para o musculo pterigoideu
medial;
▪ Fosseta escafoideia na porção súpero-medial que dá inserção ao
músculo tensor do céu do palato.
• Apresenta uma saliência, o processo pterigoespinhoso, na margem posterior
da asa lateral, dando inserção ao ligamento pterigoespinhoso.
5
Em forma de gancho
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11. Face lateral
• Vai dar inserção ao músculo pterigoideu lateral.
Seios esfenoidais
• São 2, situados no interior do corpo do esfenoide;
• Encontram-se separados pelo septo do seio esfenoidal;
• Abre-se no meato superior das fossas nasais pela abertura do seio esfenoidal.
OSSO OCCIPITAL
• Localização – Ocupa a porção posterior e inferior do crânio;
• Orientação – A face côncava é anterior e o forame é inferior e ocupa um plano
horizontal
• Relações – esfenoide, temporal, parietais e atlas.
• Descrição – Possui em torno do forame magno o processo basilar (corpo), a
escama (posterior) e massas laterais.
Corpo
• Anterior ao forame magno, possui uma forma quadrilátera:
▪ Com duas faces: superior e inferior;
▪ E quatro margens: laterais, anterior e posterior.
Face inferior ou exocraniana
• Apresenta o tubérculo faríngeo para inserção da rafe faríngea e,
anteriormente a esta, possui a fóssula navicular, no fundo da qual pode existir
a fóssula faríngea.
Face superior ou exocraniana
• Apresenta o clivo com obliquidade póstero-inferior e deprimida em forma de
canal, relacionando-se com a Artéria basilar, medula oblonga e a ponte.
Margens
• Laterais – articulam-se com a parte petrosa do temporal;
• Anterior – Articula-se com o corpo do esfenoide;
• Posterior – Limita anteriormente o forame magno do occipital.
Escama occipital
• Posterior ao forame magno, possui forma de losango:
▪ Duas faces: posterior e anterior;
▪ Quatro margens: duas superiores e duas inferiores.
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12. Face posterior ou exocraniana
• Na sua porção média apresenta a protuberância occipital média;
▪ superiormente destaca-se uma superfície lisa correspondente aos
tegumentos.
▪ Inferiormente destaca-se a crista occipital externa. De cada lado desta
destacam-se três linhas curvas:
▪ Linha nucal suprema;
▪ Linha nucal superior;
▪ Linha nucal inferior.
Face anterior ou endocraniana
• Possui quatro depressões – fossas occipitais:
▪ Superiores – fossas cerebrais – correspondentes aos lobos occipitais;
▪ As fossas separam-se pelo sulco do seio sagital superior que
aloja o respetivo seio,
▪ Inferiores – fossas cerebelosas – que alojam o cerebelo.
▪ Separadas uma da outra pela crista occipital interna.
• As fossas cerebrais e as cerebelosas estão separadas entre si pelo sulco do
seio transverso.
• No ponto de reunião das quatro fossas encontra-se a protuberância occipital
interna.
• O conjunto da protuberância occipital interna com a crista e os sulcos forma a
eminência cruciforme.
Margens
• Superiores - articulam-se com os parietais;
• Inferiores – articulam-se com a porção mastoideia do temporal.
Massas laterais
• Situam-se de cada lado do forame magno e apresentam:
▪ Duas faces – superior e inferior;
▪ Duas margens – lateral e medial.
Face inferior ou exocraniana
• Possui duas saliências elípticas designadas de côndilos do occipital que se
articulam com as facetas articulares do atlas;
• Antero-medialmente ao côndilo encontra-se o forame externo do canal do
hipoglosso;
• Posteriormente encontra-se o forame externo do canal condilar
Há inserção de músculos nas
linhas e entre estas.
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13. Face Superior ou endocraniana
• Apresenta o forame interno do canal do nervo hipoglosso e posteriormente a
este encontra-se o forame interno do canal condilar
• Observa-se mais anteriormente o tubérculo jugular.
Margem medial
• Limita o forame magno.
Margem lateral
• Está dividida em duas partes pelo processo jugular;
▪ Anteriormente apresenta a incisura jugular que delimita medialmente o
forame jugular:
▪ Posteriormente ao processo jugular a margem articula-se com o
processo mastoide do temporal.
• O forame jugular é dividido numa porção occipital e noutra temporal pelos
processos intrajugulares, unidos por um feixe fibroso.
OSSO PARIETAL
• Localização – Ocupa a porção súpero-lateral do crânio;
• Orientação – A face convexa é lateral, a margem talhada em bisel é inferior e
dos dois ângulos relacionados com essa margem, o mais agudo é anterior e
encontra-se num plano ligeiramente superior ao angulo posterior
• Relações – frontal, colateral, temporal, occipital e esfenoide.
• Descrição – possui duas faces, quatro margens e quatro ângulos.
Face lateral ou exocraniana
• Apresenta na porção média a tuberosidade parietal. Inferiormente apresenta:
▪ A linha temporal superior onde se insere a fáscia temporal;
▪ A linha temporal inferior onde se insere o músculo temporal.
• Próximo da margem superior e anteriormente à margem posterior encontra-se
o forame parietal que dá passagem à veia emissária parietal.
Canal hipoglosso – dirigido lateralmente e ligeiramente para anterior. Atravessa a baixo dos
côndilos e dá passagem ao nervo nervo hipoglosso, a um ramo meníngeo da artéria faríngea
ascendente e uma veia emissária do plexo basilar.
Canal condilar – é inconstante, sendo a sua alternativa uma fossa condilar. Quando presente
dá passagem a uma veia emissária a partir do sio sigmoideu.
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14. Face medial ou endocraniana
• Apresenta na porção média a fossa parietal, encontrando-se nesta face vários
sulcos da artéria meníngea média que formam a folha de figueira, onde passam
ramos das respetivas artérias.
• Na vizinhança da margem superior, encontram-se as fovéolas granulares, que
se desenvolvem nas meninges.
Margens
• Superior – apresenta um hemisulco para o sulco do seio sagital;
• Anterior – articula-se com o frontal,
• Inferior – articula-se com a escama do temporal;
• Posterior – articula-se com o occipital;
Ângulos
• Frontal (AS) – articula-se com o frontal e o parietal contralateral;
• Esfenoidal (AI) – Articula-se com a asa maior do esfenoide;
• Occipital (PS) – articula-se com o osso occipital e parietal contralateral;
• Mastoideu (PI) – articula-se com o processo mastoideu, com a parte escamosa
do temporal e com o occipital.
OSSO TEMPORAL
• Localização – Ocupa a porção lateral e inferior do crânio;
• Orientação – A porção do osso em forma de escama é superior, sendo a face
convexa dessa escama lateral e dela destaca-se um processo que é anterior.
• Relações – frontal, parietal, occipital, mandíbula, esfenoide e zigomático.
• Descrição – Constituído pelas porções escamosa, mastoideia e petrosa.
Porção escamosa
• Achatada transversalmente e irregularmente circular;
• Apresenta duas faces (lateral e medial) e uma margem circunferencial.
Face lateral ou exocraniana
• Apresenta o sulco da artéria temporal profunda média onde se encontra a
respetiva artéria.
• Destaca-se o processo zigomático com origem por duas raízes:
▪ Raiz transversa ou eminência articular – que faz parte da ATM;
▪ Raiz longitudinal – que continua a direção do processo zigomático.
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15. • Anteriormente à parede anterior do meato acústico externo encontra-se o
tubérculo zigomático posterior. No ponto de junção das duas raízes existe o
tubérculo zigomático anterior.
• O espaço entre as duas raízes é a fossa mandibular dividida fissura petro-
timpânica numa porção anterior – articular – e numa porção posterior – não
articular – limitada pela parede anterior do meato acústico externo.
Face interna ou endocraniana
• Face concava e apresenta os sulcos da artéria meníngea média e relaciona-se
com o cérebro.
Margem circunferencial
• Apresenta uma porção inferior aderente e uma porção superior livre.
▪ A porção aderente continua-se posteriormente com a porção
mastoideia e apresenta anteriormente duas fissuras: a fissura petro-
escamosa e a fissura tímpano-escamosa;
▪ A porção livre articula-se com o parietal e com a asa maior do esfenoide.
Porção mastoide
• Situada na porção póstero-inferior do temporal, constitui o processo mastoide,
apresentando duas faces e uma margem circunferencial.
Face exocraniana
• Apresenta uma saliência designada processo mastoide;
▪ Na sua face lateral inserem-se músculos;
▪ A sua face medial apresenta a incisura mastoideia para inserção do
ventre posterior do músculo digástrico e o sulco da artéria occipital.
• Superiormente à base do processo mastoide, encontra-se o forame mastoideu
que dá passagem a uma veia emissária e à artéria mastoideia;
• A porção mais ântero-superior é lisa;
• Póstero-superiormente ao meato acústico externo existe uma saliência, a
espinha suprameática e posteriormente a esta espinha encontra-se uma
superfície com numerosos forames vasculares, a zona cribriforme.
Face endocraniana
• Apresenta na sua porção mais anterior o sulco do seio sigmoideu para o seio
sigmoide;
• Relaciona-se com o cerebelo.
Margem circunferencial
• É livre na porção póstero-superior e confunde-se anteriormente com a escama
e a porção petrosa.dd
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16. Porção petrosa ou petro-timpânica
• Tem a forma de uma pirâmide quadrangular com quatro faces, quatro margens,
uma base e um ápice.
Base
• Apresenta o orifício do poro acústico externo, de forma elíptica como grande
eixo dirigido póstero-inferiormente.
•
Ápice
• Apresenta o forame superior do canal carótido6
;
• Entre o ápice da parte petrosa do temporal e a face lateral do corpo e margem
medial da asa maior do esfenoide encontra-se o forame lácero que dá
passagem à artéria carótida interna e a nervos..
Face ântero-superior
• Possui a impressão do trigémeo na porção medial;
• Na porção lateral observa-se a eminência arqueada condicionada pelo canal
semicircular superior e, anteriormente a esta, encontra-se o tegmem do
tímpano que forma a parede superior do tímpano;
• Entre a êminencia e a impressão encontra-se o hiato do canal do nervo petroso
maior e o hiato do canal do nervo petroso menor lateralmente. Estes hiatos
continuam-se anteriormente pelo sulco do nervo petroso maior e o sulco do
nervo petroso menor, respetivamente.
Face póstero-superior
• Esta face apresenta o meato acústico interno (MAI), correspondente à entrada
do meato acústico interno onde passam os nervos facial, vestíbulo-coclear e
intermédio e a artéria labiríntica;
• Póstero-superiormente ao MAI encontra-se a fossa subarqueada, onde passa
um prolongamento da duramáter encefálica, e a abertura externa do aqueduto
do vestíbulo para o canal endolinfático. Inferiormente à abertura observa-se a
fóssula ungueal.
Face póstero inferior
É divisível nas porções lateral, média e medial.
• Porção lateral:
▪ Apresenta o processo estiloide onde se inserem os músculos e
ligamentos estiloides, os ligamentos estilo-hioides e estilo-mandibular e
músculos estilo-hioide, estilo-faríngeo e estilo-glosso.
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O forame inferior encontra-se na face póstero-inferior
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17. ▪ Póstero-lateralmente ao processo estiloide encontra-se o forame estilo-
mastoideu, correspondente ao forame inferior do canal facial onde
passam a artéria estilo-mastoideia e o nervo facial.
• Porção medial:
▪ Apresenta a fossa jugular onde se aloja o bulbo superior da veia jugular
interna;
▪ Na parede lateral desta fossa encontra-se a abertura do canalículo
mastoide por onde passa o ramo comunicante do nervo facial com o
nervo vago.
• Na porção medial:
▪ Apresenta o forame inferior do canal carótido;
▪ Entre este forame e a fossa jugular encontra-se a abertura inferior do
canal timpânico onde passa o nervo timpânico.
Face ântero-inferior
• Apresenta nos seus dois terços laterais uma lamina óssea muito fina que forma
a parede anterior do meato acústico externo. Esta lâmina origina um
prolongamento inferior que envolve o processo estiloide – bainha do processo
estiloide. Embriologicamente esta pertence ao osso timpânico que constitui a
porção não articular da fossa mandibular.
• Ântero-medialmente à porção não articular da fossa mandibular, a face antero-
inferior é constituída pelo processo tubário do osso timpanal, que contribui
para a constituição da porção óssea da tuba auditiva (tupo faringeotimpanico).
• Anteriormente ao processo tubário encontram-se o forame de abertura do
canal do musculo tensor do tímpano e o forame de abertura do canal ósseo da
tuba auditiva-.
• Sulco tubárico
Margens
• Superior – Apresenta o sulco do seio petroso superior;
• Inferior – Apresenta a bainha do processo estiloide ao nível do processo
estiloide;
• Posterior – Apresenta o sulco do seio petroso inferior e a fóssula petrosa que
contem o gânglio inferior do nervo glossofaríngeo, observando-se no fundo da
fóssula o forame inferior do canalículo da cóclea;
• Anterior – contribui para a formação do forame lácero.
OSSOS WORMIANOS
• Ossos supranumerários presentes entre os ossos do crânio:
▪ Ossos suturais – nas suturas;
▪ Ossos fontanelares – nas fontanelas;
▪ Ossos isolados – no interior de um osso do crânio.
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