A Revolução Francesa marcou a transição entre a Idade Moderna e a Idade Contemporânea, derrubando o absolutismo monárquico e o feudalismo para estabelecer uma república burguesa baseada nos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade. O processo revolucionário foi dividido em diferentes fases, indo da Assembleia Constituinte até o golpe de Napoleão Bonaparte em 1799.
2. Revolta:
o Agitação sem bases ideológicas.
o Não propõe reformas profundas.
Revolução:
o Mudanças estruturais de bases: políticas,
econômicas, sociais.
o Ex: Revolução Industrial.
3. 1. Significados:
o Movimento burguês.
o Antifeudal e antiabsolutista.
o Inspiração iluminista.
o Mudanças estruturais.
o Aceleração do Capitalismo Industrial.
o Consolidação da burguesia.
4. IDADE MODERNA IDADE CONTEMPORÂNEA
1789 (REVOLUÇÃO FRANCESA)
o Marco divisor.
o Quebra do Feudalismo.
o Queda do Absolutismo.
o Aceleração do Capitalismo Industrial.
5. 2. Contexto:
A – Político:
o Absolutismo de “direito divino”.
o Despotismo e tirania.
Absolutismo Monárquico
Sistema político típico das Monarquias Nacionais
européias em que o rei, por suposto direito
divino, concentrava todos os poderes.
Governava servindo – se da tirania e do
despotismo, apoiado pelo Clero e pela Nobreza,
oprimindo e explorando as classes inferiores
6.
7. B – Econômico:
o “Déficit” público e dívidas.
o Nobreza parasitária sugava os recursos.
o Má gestão financeira.
o Gastos com guerras (7 anos e Independência
dos EUA) aumentou o endividamento.
o Atraso industrial em relação à Inglaterra
o Estrutura feudal inviabilizava o Capitalismo.
8. o Tratados protecionistas com os concorrentes
(EUA, Inglaterra, Suécia) causaram queda da
produção e do comércio, irritando a burguesia.
o Crise agrícola devido ao aumento populacional
e ao inverno, quebrando a produção.
o Desabastecimento e inflação.
o Mercantilismo: intervenção do Estado na
economia inviabilizava o Liberalismo.
9. C – Social:
o Sociedade estamental.
o Privilégios ao Clero e à Nobreza.
o Desigualdades sociais.
o Burguesia pagava altos impostos para
sustentar as regalias do 1º e 2º Estados
(Notáveis: clero e nobreza).
10. Clero (1º Estado)
Nobreza (2º Estado)
Povo (3º Estado)
3º Estado
Representado pela burguesia, pelos pobres
urbanos ( sans culottes) e camponeses.
21. D – Ideológico:
Iluminismo
o Combustível ideológico que alimentou os ideais
revolucionários em oposição ao Antigo Regime.
o Lema da Revolução: Liberté, Egalité, Fraternité.
o Base da ordem liberal burguesa.
o Luís XVI, com descrédito, era considerado o
único responsável pela crise.
22. 3. Processo:
A – Revolta dos Notáveis (1787)
o Clero e Nobreza rejeitaram abrir mão da
isenção de impostos, sugerida pelos Ministros
Turgot e Callone.
o Várias revoltas eclodiram.
o O Rei perdeu apoio político.
o Callone foi substituído por Necker.
23. B – Assembleia dos Estados Gerais
o Os 3 Estados reuniram – se para resolver a
crise política e econômica.
o Votação por Estado: o 3º Estado perderia
para Clero e Nobreza.
o O 3º Estado reivindicava votação por cabeça:
1º Estado 291, 2º Estado 270, 3º Estado 578.
o A burguesia sairia fortalecida politicamente.
24. Crise política
o O rei percebeu a manobra e recusou – se a
mudar as regras do jogo político.
o A burguesia rebelou – se e declarou – se em
Assembleia Nacional Constituinte.
o Necker foi demitido, aprofundando a crise.
ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE
Com a pressão o Rei cedeu e permitiu que Clero e Nobreza se juntassem à
burguesia. As tropas reais, de prontidão, acirraram o clima da Revolução.
26. Barrete Frígio
Forte símbolo do regime
republicano,
representando a
liberdade, usado pelos
milicianos sans-culottes
na tomada da Bastilha.
27. A Marselhesa
Em julho de 1792, soldados
vindos de Marselha entraram
em Paris entoando a canção
que se tornaria o hino
nacional do país. A música
Canto de Guerra foi
composta em Estrasburgo
(Alemanha) por Joseph
Rouget de Lisle, oficial do
exército francês. A peça era
uma homenagem à fama
liberal e patriótica da cidade.
A Marselhesa
Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
Contra nós, a tirania
O estandarte encarnado se eleva!
Ouvis nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
Vêm eles até nós
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Nossa terra do sangue impuro se saciará
Amor Sagrado pela Pátria
Conduza, sustente nossos braços vingativos.
Liberdade, querida liberdade!
29. 4 – Fases:
A – Assembleia Constituinte (1789 – 1791)
o Grande Medo: perseguição e morte ao Clero e
à Nobreza.
Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão (26/08/1789):
o Liberdade, igualdade, direito de resistir à
opressão, propriedade.
30. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão:
Art. 1º: Os homens nascem iguais e permanecem livres
iguais em direitos.
Art. 2º: A finalidade de toda associação política e a
conservação dos direitos naturais e imprescritíveis.
Art. 3º: O princípio de toda soberania reside na nação.
Art. 4º: A liberdade consiste em fazer tudo aquilo que não
prejudique a outrem.
Art. 6º: A lei é a expressão da vontade geral.
31. Igreja Católica e Clero
o Confisco dos bens da Igreja.
o Assignats: A nova moeda.
Constituição Civil do Clero
o Estado tutela a Igreja Católica.
o Juramentados: apoiaram as mudanças.
o Refratários: resistiram às mudanças.
32. B – Monarquia Constitucional
Rei mantido no poder (1791 – 92)
o Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
o Voto Censitário: cidadãos ativos e passivos.
o Direitos civis aos cidadãos.
o Assembleia de deputados: 02 anos mandato
o Abolição do Feudalismo.
33. Contrarrevolução
Declaração de Pillnitz – Áustria/Prússia (1791):
o Exigia a restituição dos poderes a Luís XVI.
o França seria invadida se algo ocorresse ao Rei.
o O Rei foi preso, acusado de traição, ao tentar
fugir para lutar na contrarrevolução.
Manifesto Brunswick (1792):
o Forçava os revolucionários à rendição.
35. Palácio das Tulherias – Jornada de 20/06/1792
o Sans-culottes revoltados invadiram o Palácio
das Tulherias a fim de matar o Rei e a Rainha.
o Para mostrar que também era "povo", Luís
XVI aceitou a proposta de beber vinho tinto.
o Os sans-culottes insultaram o rei, chamando-o
de "porco", e outros o obrigaram a cobrir-se
com um barrete frígio.
37. Áustria e Prússia invadiram a França (1792):
o O povo em armas preparou – se para defender a
Revolução, liderados por Danton e Robespierre.
o A crise econômica potencializava os radicais.
o Membros da nobreza eram executados.
o Na Batalha de Valmy, de 20/09/1792, os
exércitos contrarrevolucionários foram vencidos
pelo povo francês.
38. C – Convenção Nacional (1792/1795)
1ª República Francesa:
o Vencida a contrarrevolução.
o Jacobinos assumem o controle político.
o Convenção Nacional: base revolucionária.
o Anulada a Constituição de 1791.
o Execução de Luís XVI e Maria Antonieta.
44. Girondinos:
o Ficavam à direita da mesa central da Assembleia.
o Os líderes vinham da região Girondinagem do Créu.
o Moderados, liderados por Brissot, com o fim do
Absolutismo, defendiam a Monarquia Constitucional.
o Liberais, opunham – se ao radicalismo jacobino.
o Defendiam o voto censitário, excluindo os mais
pobres da participação política.
46. Planície ou Pântano:
o Em relação aos anteriores eram neutros.
o Em momentos apoiavam os Girondinos, em
outros os Jacobinos.
o Geralmente eram conservadores. Sentavam
no centro do parlamento.
o Ficaram conhecidos por partido de centro.
47. Jacobinos:
o Representavam a baixa burguesia.
o Reuniam – se no Mosteiro de Saint Jacques.
o Defendiam maior participação popular.
o Eram revolucionários e radicais, faziam
oposição aos Girondinos.
o Sentavam – se à esquerda do Parlamento e
ficaram conhecidos como partido de esquerda.
51. Terror Jacobino:
o Execução de milhares de inimigos da Revolução
e da República na guilhotina: padres, nobres,
camponeses da Vendeia que se opuseram ao
radicalismo jacobino.
Comitê de Salvação Nacional:
o Deliberava sobre economia, política, guerra.
o Ricos que não emprestaram dinheiro, quem não
aceitaram ir para a guerra foram mortos.
52. Maximilien de Robespierre
(1758 – 1794)
Robespierre, o
incorruptível, foi
influenciado pelas
ideias de Rousseau,
o mais radical dos
iluministas. Para ele
nada seria feito fora
da lei e a lei era a
razão revolucionária,
a razão iluminista.
53. Georges Jacques Danton
(1759 – 1794)
Danton comandou um
grupo de jacobinos
insatisfeitos com as
execuções na guilhotina.
Tal grupo defendia um
indulto aos que não se
comprometeram com a
Revolução, em nome da
conciliação nacional.
Foi executado na
guilhotina.
57. F – Reação Termidoriana:
Golpe do Termidor (27/07/1794)
o Os Jacobinos perderam apoio devido ao terror
e à crise política.
o Robespierre foi deposto e executado.
o Girondinos assumiram o poder e passaram a
controlar a República.
o Significou retrocesso político.
58. 5 – Diretório (1795/1799):
o Fim da reformas jacobinas.
o Nova Constituição.
o Voltaram os privilégios da burguesia.
o Terror branco: golpes e conspirações dados
por realistas, jacobinos e outros opositores.
o Crise econômica e social.
o Ameaças externas.
59. Golpe 18 de Brumário
(09/11/1799)
o Napoleão era apoiado pelos monarquistas por
sua descendência nobre.
o Era admirado por seus feitos militares.
o O Golpe 18 de Brumário pôs fim ao Diretório
e deu início à Era Napoleônica.
60. Napoleon
(Jacques-Louis David)
Napoleão Bonaparte
pacificou o país. A França,
dividida entre radicais
jacobinos, moderados e
monarquistas, aos poucos,
se refez dos estragos da
Revolução. Consolidou – se
uma nova ordem, na qual o
general foi figura central.
Com o Golpe 18 de
Brumário iniciava – se a
Era Napoleônica.