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I COLÓQUIO APRESENTAÇÕES SOBRE ANÁLISE DO
DISCURSO – CURSO DE LETRAS
ANÁLISE DO GÊNERO MÚSICA
MARTA LEITE PORTANTE
ORIENTADOR: PROF. Me. Tiago Monteiro
GÊNERO TEXTUAL
Os gêneros textuais são os textos
materializados em situações
comunicativas recorrentes,
encontrados em nossa vida diária e
apresentam padrões sócio-históricos
característicos, ou seja, são textos
orais e escritos produzidos por
falantes de uma língua em um
determinado momento histórico.
Segundo, Bakhtin, “os gêneros do
discurso constituem a economia da
linguagem, pois, se eles não
existissem e se, a cada vez que, em
nossas atividades, tivéssemos que
interagir criando novos gêneros, a
troca verbal seria impossível.” (Apud
Brandão, 1992, p.17)
DIFERENÇA ENTRE TIPO E
GÊNERO
Ao contrário dos tipos textuais, que
possuem cinco categorias
fixas: narração, argumentação,
exposição, descrição e injunção, os
gêneros possuem número ilimitado.
Um tipo textual pode aparecer em
qualquer gênero textual, da mesma
forma que um único gênero pode
conter mais de um tipo textual.
O GÊNERO MÚSICA
 A música é sem dúvida uma alternativa ou
“caminho” para auxiliar nas reflexões sobre
diferentes temas presentes na sociedade.
Além de propiciar o desenvolvimento da
leitura, oralidade  e escrita, é um dos
gêneros textuais com características
específicas, carregada de palavras em
sentido conotativo, que  possibilita uma
leitura crítica e interpretativa, objetivando
à formação de leitores mais aguçados.
DISTINÇÃO ENTRE MÚSICA E
POEMA
 É importante ressaltar que os gêneros textuais
poema e música são bastante semelhantes.
Ambos têm como objetivo fazer da língua o
instrumento artístico capaz de tocar a
sensibilidade do destinatário. São similares
também quanto ao formato, pois são constituídos
de versos, agrupados em estrofes e se
caracterizam pelo ritmo.
 A letra de música, um gênero da linguagem
verbal, está diretamente atrelada à linguagem
musical. Sua existência pode demandar recursos
tecnológicos diversos para ser produzida e
executada.
PÚBLICO ALVO
Todo público em geral se privilegia
desse gênero, pois ele está presente
em nossas vidas, mesmo antes de
nossa chegada a este mundo.
“ESPERANDO NA JANELA – BLANCH
VAN GOGH – BANDA COGUMELO
PLUTÃO
Esta música apresenta
características subjetivas, estando
presente a figura do “eu-lírico”,
predominando duas tipologias
textuais: a narrativa e a descritiva.
Bem ao estilo do gênero, que traz
uma linguagem de função
expressiva, é abundante o uso de
figuras de linguagem, marcado por
muitas metáforas.
AMOR EROS
Ao se ouvir esta canção pela
primeira vez, assim como é
compartilhado pelo senso comum, a
impressão principal remete ao “Amor
Eros”. Acredita-se que seja uma
declaração apaixonada entre duas
pessoas, em que se sobressai o
desespero frente a possível perda de
um amor.
INFERÊNCIAS COM O SUICÍDIO
REVISTA SUPERINTERESSANTE
 Parece comum ao ser humano experimentar, pelo
menos uma vez na vida, um momento de
profundo desespero e de grande falta de
esperança. Os adjetivos são mesmo esses:
extremo, insuportável, profundo. Mas, aos
poucos, os seus sentimentos e ideias se
reorganizam. Suas experiências cotidianas
passam a fazer sentido novamente e você
consegue restabelecer a confiança em si mesmo.
Você descobre uma saída, procura apoio, encontra
compreensão. (n° 184, JANEIRO, 2003)
AMOR ÁGAPE
Ao se analisar mais a fundo, porém,
é possível fazer uma releitura da
letra, que pode nos trazer revelações
surpreendentes. Há evidências de
que se trata da fala de um ente
diante de um ser superior. No
contexto judaico-cristão, seria o
depoimento de uma pessoa,
direcionado ao Deus “Jeová” em um
momento de desespero.
INTERTEXTUALIDADES
“Quando me perdi, você
apareceu, me fazendo rir do que
aconteceu.”
“Deixo-vos a paz, dou-vos a
minha paz. Não a dou a vós do
modo como o mundo a dá. Não se
aflijam os vossos corações, nem
se encolham de temor.” (JOÃO,
14: 27)
DEUS E A CRIAÇÃO
 “A ave que vem de longe tão bela”
 “... e eis que os céus se abriram e ele
viu o espírito de Deus descendo sobre
ele como pomba”. (Mateus 3:16b).
“você é a tradução do que é o
amor.”
“Quem não amar, não chegou a
conhecer a Deus, porque Deus é
amor.” (1João 4:8)
OUTRAS ANÁLISES
RELACIONADAS AO CONTEXTO
DO DIVINO
“Abrir de olhos no amanhecer”:
relacionado ao fôlego da vida.
“Esperança que arde em calor”:
referência ao Único que não nos
abandona.
“Escada na minha subida”:
metáfora em relação às orações
que são ouvidas.
BIBLIOGRAFIA
 BRANDÃO, H. H. N., Analisando o discurso.
Artigo acadêmico. In Museu da língua
portuguesa. Saõ Paulo
 ORLANDI, E. A linguagem e seu funcionamento.
Campinas, SP: BRASILIENSE, 1996.
 ORLANDI, E. Discurso e leitura. 6ª ed. São
Paulo: UNICAMP, 1988.
 REVISTA SUPERINTERESSANTE, nº 184, Ed.
Abril, janeiro, 2003

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Gênero Canção - Marta Portante Tardem

  • 1. I COLÓQUIO APRESENTAÇÕES SOBRE ANÁLISE DO DISCURSO – CURSO DE LETRAS ANÁLISE DO GÊNERO MÚSICA MARTA LEITE PORTANTE ORIENTADOR: PROF. Me. Tiago Monteiro
  • 2. GÊNERO TEXTUAL Os gêneros textuais são os textos materializados em situações comunicativas recorrentes, encontrados em nossa vida diária e apresentam padrões sócio-históricos característicos, ou seja, são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento histórico.
  • 3. Segundo, Bakhtin, “os gêneros do discurso constituem a economia da linguagem, pois, se eles não existissem e se, a cada vez que, em nossas atividades, tivéssemos que interagir criando novos gêneros, a troca verbal seria impossível.” (Apud Brandão, 1992, p.17)
  • 4. DIFERENÇA ENTRE TIPO E GÊNERO Ao contrário dos tipos textuais, que possuem cinco categorias fixas: narração, argumentação, exposição, descrição e injunção, os gêneros possuem número ilimitado. Um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que um único gênero pode conter mais de um tipo textual.
  • 5. O GÊNERO MÚSICA  A música é sem dúvida uma alternativa ou “caminho” para auxiliar nas reflexões sobre diferentes temas presentes na sociedade. Além de propiciar o desenvolvimento da leitura, oralidade  e escrita, é um dos gêneros textuais com características específicas, carregada de palavras em sentido conotativo, que  possibilita uma leitura crítica e interpretativa, objetivando à formação de leitores mais aguçados.
  • 6. DISTINÇÃO ENTRE MÚSICA E POEMA  É importante ressaltar que os gêneros textuais poema e música são bastante semelhantes. Ambos têm como objetivo fazer da língua o instrumento artístico capaz de tocar a sensibilidade do destinatário. São similares também quanto ao formato, pois são constituídos de versos, agrupados em estrofes e se caracterizam pelo ritmo.  A letra de música, um gênero da linguagem verbal, está diretamente atrelada à linguagem musical. Sua existência pode demandar recursos tecnológicos diversos para ser produzida e executada.
  • 7. PÚBLICO ALVO Todo público em geral se privilegia desse gênero, pois ele está presente em nossas vidas, mesmo antes de nossa chegada a este mundo.
  • 8. “ESPERANDO NA JANELA – BLANCH VAN GOGH – BANDA COGUMELO PLUTÃO Esta música apresenta características subjetivas, estando presente a figura do “eu-lírico”, predominando duas tipologias textuais: a narrativa e a descritiva. Bem ao estilo do gênero, que traz uma linguagem de função expressiva, é abundante o uso de figuras de linguagem, marcado por muitas metáforas.
  • 9. AMOR EROS Ao se ouvir esta canção pela primeira vez, assim como é compartilhado pelo senso comum, a impressão principal remete ao “Amor Eros”. Acredita-se que seja uma declaração apaixonada entre duas pessoas, em que se sobressai o desespero frente a possível perda de um amor.
  • 10. INFERÊNCIAS COM O SUICÍDIO REVISTA SUPERINTERESSANTE  Parece comum ao ser humano experimentar, pelo menos uma vez na vida, um momento de profundo desespero e de grande falta de esperança. Os adjetivos são mesmo esses: extremo, insuportável, profundo. Mas, aos poucos, os seus sentimentos e ideias se reorganizam. Suas experiências cotidianas passam a fazer sentido novamente e você consegue restabelecer a confiança em si mesmo. Você descobre uma saída, procura apoio, encontra compreensão. (n° 184, JANEIRO, 2003)
  • 11. AMOR ÁGAPE Ao se analisar mais a fundo, porém, é possível fazer uma releitura da letra, que pode nos trazer revelações surpreendentes. Há evidências de que se trata da fala de um ente diante de um ser superior. No contexto judaico-cristão, seria o depoimento de uma pessoa, direcionado ao Deus “Jeová” em um momento de desespero.
  • 12. INTERTEXTUALIDADES “Quando me perdi, você apareceu, me fazendo rir do que aconteceu.” “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não a dou a vós do modo como o mundo a dá. Não se aflijam os vossos corações, nem se encolham de temor.” (JOÃO, 14: 27)
  • 13. DEUS E A CRIAÇÃO  “A ave que vem de longe tão bela”  “... e eis que os céus se abriram e ele viu o espírito de Deus descendo sobre ele como pomba”. (Mateus 3:16b). “você é a tradução do que é o amor.” “Quem não amar, não chegou a conhecer a Deus, porque Deus é amor.” (1João 4:8)
  • 14. OUTRAS ANÁLISES RELACIONADAS AO CONTEXTO DO DIVINO “Abrir de olhos no amanhecer”: relacionado ao fôlego da vida. “Esperança que arde em calor”: referência ao Único que não nos abandona. “Escada na minha subida”: metáfora em relação às orações que são ouvidas.
  • 15. BIBLIOGRAFIA  BRANDÃO, H. H. N., Analisando o discurso. Artigo acadêmico. In Museu da língua portuguesa. Saõ Paulo  ORLANDI, E. A linguagem e seu funcionamento. Campinas, SP: BRASILIENSE, 1996.  ORLANDI, E. Discurso e leitura. 6ª ed. São Paulo: UNICAMP, 1988.  REVISTA SUPERINTERESSANTE, nº 184, Ed. Abril, janeiro, 2003