No início do século XV, o conhecimento do mundo era muito limitado para os europeus. Portugal iniciou sua expansão marítima sob o infante D. Henrique, chegando à Serra Leoa em 1460. Posteriormente, Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança e Vasco da Gama chega à Índia em 1498, descobrindo assim o caminho marítimo para lá.
1. No início do século xv, o conhecimento do mundo era muito limitado.
Os europeus consideravam o seu continente o centro do mundo e apenas
conheciam parte de África e da Ásia; a América e a Oceânia eram desconhecidas.
De África conhecia-se apenas o norte.
Portugal era um reino independente e em paz, mas pobre.
O caminho do mar interessou a todos os grupos sociais: a nobreza pretendia
adquirir terras, cargos e títulos; o clero, queria expandir a fé cristã; a burguesia desejava novos
mercados e produtos; o povo, procurava melhores condições de vida.
1415 é a data que marca o início da expansão portuguesa, com a conquista de Ceuta..
O infante D. Henrique é o grande responsável pelos Descobrimentos. Quando morre, em 1460, os
Portugueses já tinham chegado até à Serra Leoa.
Havia muitas lendas acerca do mar Tenebroso, cheio de monstros marinhos e seres maravilhosos e
fantásticos que assustavam os marinheiros.
Contudo, as verdadeiras dificuldades de se navegar no Atlântico eram os ventos contrários, os baixios
de areia e as correntes marítimas.
A caravela substituiu a barca e tem grandes vantagens: possui velas triangulares que lhe permitem
bolinar, ou seja, navegar com ventos contrários.
No oceano Atlântico, os Portugueses tiveram de abandonar a navegação ao longo da costa. Passaram a
utilizar a navegação astronómica, orientando-se pelos astros e por instrumentos náuticos: quadrante,
astrolábio, balestilha. Também usavam cartas náuticas.
O rei D. Afonso v entregou a continuação da descoberta da costa africana a Fernão Gomes, um rico
burguês de Lisboa, por um período inicial de 5 anos, pagando uma renda ao rei.
Mas foi o rei D. João II que deu um grande avanço às descobertas. O seu sonho era chegar à Índia por
mar, obter o comércio das especiarias e expandir o cristianismo.
Depois de Bartolomeu Dias passar o Cabo da Boa Esperança, os portugueses tinham entrado no oceano
Índico e já era possível chegar à Índia por mar.
Mas Castela tinha os mesmos interesses e surgem os conflitos com Portugal.
Para se resolverem esses conflitos, em 1494, com a intervenção do Papa, foi assinado o Tratado de
Tordesilhas para que Portugal e Castela se entendessem quanto à divisão do mundo: as terras
descobertas ou a descobrir a ocidente seriam para Castela; a oriente, seriam para Portugal.
Vasco da Gama chega à Índia em 1498, descobrindo assim o caminho marítimo para a Índia.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.
Os navios utilizados na carreira da Índia eram as naus. Eram maiores e mais resistentes do que a
caravela, transportavam centenas de passageiros, mantimentos e mercadorias. Tinham velas
quadrangulares e uma triangular e tinham ainda peças de artilharia para a defesa de ataques.
Datas a saber e acontecimentos respetivos:
1415- conquista de Ceuta
1419- redescoberta da Madeira
1427- descoberta dos Açores
1434- Gil Eanes dobra o Cabo Bojador
1488- Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança
1494- Portugal e Castela assinam o Tratado de Tordesilhas
2. 1498- Chegada de Vasco da Gama à Índia
1500- Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil
Em finais do século XVI, Portugal já tinha um grande império.
O arquipélago da Madeira situa-se no oceano Atlântico a sudoeste da Europa.
O relevo da ilha é muito montanhoso (acidentado) e de origem vulcânica.
Não há rios, mas sim cursos de água chamados ribeiras.
O clima é temperado mediterrâneo, com verões quentes e secos e invernos amenos.
Como vegetação, predomina a floresta laurissilva.
As ilhas da Madeira e Porto Santo estavam despovoadas quando foram descobertas.
O infante D. Henrique colonizou as ilhas, realizando o povoamento e o aproveitamento dos recursos
naturais.
Entregou as ilhas a capitães donatários com a finalidade de as povoarem, defenderem e explorarem
os seus recursos naturais. Para isso, as ilhas foram divididas em capitanias.
Os primeiros colonos eram algarvios, minhotos e estrangeiros.
A principal atividade económica era a agricultura.
Na ilha, foram introduzidas as culturas da cana-de-açúcar, árvores de fruto e cereais.
As nove ilhas dos Açores situam-se em pleno oceano Atlântico.
O relevo é muito montanhoso (acidentado), de origem vulcânica.
O Pico é o ponto mais alto de Portugal.
Tal como na Madeira, também não há rios, mas sim ribeiras; ainda há as lagoas, que ocupam as
crateras de antigos vulcões.
O clima é temperado marítimo, com chuvas frequentes todo o ano.
Encontrando-se desabitadas quando os Portugueses lá chegaram, as ilhas também foram divididas
em capitanias, entregues a capitães donatários, que tinham o dever de as povoar, defender e explorar os
seus recursos naturais.
As principais atividades económicas eram a agricultura e a criação de gado.
As riquezas das ilhas eram o trigo, o gado e as plantas tintureiras.
Em África, a principal atividade era o comércio.
Os portugueses davam trigo, sal, panos coloridos e adornos e recebiam ouro, marfim, malaguetas e
escravos. Praticava-se o sistema da troca direta.
Construíram feitorias, armazéns onde guardavam as mercadorias e se faziam as trocas comerciais.
As principais feitorias foram as de Arguim, Mina, Moçambique e Sofala.
Para garantir o domínio português no Oriente, o rei D. Manuel I nomeou um vice-rei da Índia, com o
fim de governar essas terras e garantir boas relações de amizade e comerciais.
Salientou-se, como vice-rei, Afonso de Albuquerque.
Os principais produtos que Portugal comerciava com o oriente eram: drogas, especiarias, pedras
preciosas, porcelanas, perfumes, sedas e madeiras.
Em 1530, no reinado de D. João III, inicia-se a colonização do Brasil.
Foi dividido em capitanias, dando uma a cada capitão-donatário.
Os Portugueses exploraram a cana-de-açúcar, o pau-brasil e a bananeira.
Nos 3 continentes, a ação dos missionários portugueses foi muito importante:
fundaram escolas e hospitais;
estudaram a língua, os costumes, a ciência e a arte dos povos.
A Professora: Ana Pereira