- A Semana de Arte Moderna ocorreu em São Paulo em 1922 e marcou o início do Modernismo no Brasil, apresentando novas ideias artísticas em eventos realizados nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro no Teatro Municipal.
- O evento recebeu vaias da plateia durante as apresentações de Oswald de Andrade e das obras de Villa-Lobos, mas ajudou a divulgar o movimento modernista e suas propostas de renovação cultural no país.
- Após a Semana de Arte Moderna, os modernistas continuaram suas at
4. Foi um evento de música, dança, poesia e
artes plásticas que inaugurou um novo
movimento cultural no Brasil: o Modernismo.
Professora: Adriana Christinne
LITERATURA
6. OBJETIVO
Renovar o ambiente artístico e cultural da
cidade com "a perfeita demonstração do
que há em nosso meio em escultura,
arquitetura, música e literatura sob o ponto
de vista rigorosamente atual", como
informava o Correio Paulistano a 29 de
janeiro de 1922
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8. Com a nova intelectualidade brasileira dos
anos 10-20 viu-se em um momento de
necessidade de abandono dos antigos ideais
estéticos do século XIX , em voga no país.
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9. Havia algumas notícias sobre as
experiências estéticas que ocorriam na
Europa no momento, mas ainda não se
tinha certeza do que estava acontecendo e
quais seriam os rumos a se tomar.
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10. O principal foco de descontentamento com
a ordem estética estabelecida se dava no
campo da literatura e da poesia, em
especial.
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11. O presidente do estado de São Paulo na
época, Washington Luís, apoiou o
movimento, especialmente por meio
de René Thiollier, que solicitou patrocínio
para trazer os artistas do Rio de
Janeiro, Plínio Salgado e Menotti Del Pichia,
membros de seu partido, o Partido
Republicano Paulista.
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12. O evento marcou época ao apresentar
novas ideias e conceitos artísticos, como
a poesia através da declamação, que antes
era só escrita;
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13. A música por meio de concertos, que antes
só havia cantores sem acompanhamento
de orquestras sinfônicas.
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14. A arte plástica exibida em telas, esculturas e
maquetes de arquitetura, com desenhos
arrojados e modernos. O adjetivo "novo"
passou a ser marcado em todas estas
manifestações que propunha algo no mínimo
curioso e de interesse.
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15. A Semana de Arte Moderna ocorreu em
uma época cheia de turbulências políticas,
sociais, econômicas e culturais.
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16. As novas vanguardas estéticas surgiam e o
mundo se espantava com as novas linguagens
desprovidas de regras.
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17.
18. Alvo de críticas e em
parte ignorada, a
Semana não foi bem
entendida em sua
época.
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19. A Semana de Arte Moderna se encaixa no
contexto da República Velha, controlada
pelas oligarquias cafeeiras e pela política do
café com leite.
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20. O capitalismo crescia no Brasil,
consolidando a República e a elite paulista,
esta totalmente influenciada pelos padrões
estéticos europeus mais tradicionais.
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21. ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE
MODERNA
1912:Oswald de Andrade retorna da Europa,
impregnado do Futurismo de Marinetti, e afirmando
que “estamos atrasados cinquenta anos em cultura,
chafurdados ainda em pleno Parnasianismo”.
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22. 1913: Lasar Segall, pintor lituano, realiza “a
primeira exposição de pintura não
acadêmica em nosso país”, nas palavras
de Mário de Andrade.
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23. 1914: Primeira exposição de pintura de Anita
Malfatti, que retorna da Europa trazendo
influências pós-impressionistas.
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24. 1917: Mário de Andrade e Oswald de
Andrade, os dois grandes líderes da
primeira geração de nosso Modernismo, se
tornam amigos. livro de poemas de Mário de
Andrade, que utilizou o pseudônimo Mário
Sobral para assinar essa obra pacifista,
protestando contra a Primeira Guerra
Mundial.
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25. Segunda exposição de Anita Malfatti, exibindo quadros
expressionistas, criticados com dureza por Monteiro
Lobato, no artigo “Paranoia ou mistificação?”, publicado no
jornal O Estado de S. Paulo, Esse artigo é considerado
o “estopim” de nosso modernismo, já que provocou a união
dos jovens artistas, levando-os a discutir a necessidade de
divulgar coletivamente o movimento.
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27. 1919: Publicação de Carnaval, de Manuel
Bandeira, já com versos livres.
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28. 1921: Banquete no Palácio Trianon, em homenagem
ao lançamento de As máscaras, de Menotti Del
Picchia, Oswald de Andrade faz um discurso,
afirmando a chegada da revolução modernista em
nosso país. Exposições de quadros de Vicente do
Rego Monteiro, em Recife e no Rio de Janeiro,
explorando a temática indígena. Mostra de
desenhos e caricaturas de Di Cavalcanti,
denominada “Fantoches da Meia-noite”, na cidade
de São Paulo. Oswald de Andrade, Menotti Del
Picchia, Cândido Mota Filho e Mário de
Andrade divulgam o Modernismo, em revistas e
jornais.
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29. Mário de Andrade escreve a série Os mestres do
passado, analisando esteticamente a poesia parnasiana
que estava no auge da reputação literária e mostrando a
necessidade de superá-la, porque a sua missão já foi
cumprida. Oswald de Andrade publica um artigo sobre os
poemas de Mário de Andrade, intitulando-o “O meu poeta
futurista”. A partir de então, apesar da recusa de Mário de
Andrade em aceitar a designação, a
palavra “futurismo” passa a ser utilizada
indiscriminadamente para toda e qualquer manifestação
de comportamento modernista, em tom na maioria das
vezes pejorativo. Em contrapartida, os modernistas.
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30. • A Semana de Arte Moderna, também
chamada de Semana de 22, ocorreu em
São Paulo no ano de 1922, nos dias 13,
15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal.
• Cada dia da semana foi dedicado a um
tema: respectivamente, pintura e
escultura, poesia, literatura e música.
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32. 13.fev.1922
A Semana de Arte Moderna é inaugurada no
Teatro Municipal de São Paulo com palestra do
escritor Graça Aranha, ilustrada por comentários
musicais e poemas de Guilherme de Almeida.
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33. • O primeiro dia corre sem tropeços.
• Depois da longa e erudita fala de Aranha, um
conjunto de câmara ocupa o palco para
executar obras de Villa-Lobos.
• Após o intervalo, Ronald de Carvalho discursa
sobre pintura e escultura modernas.
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34. • A plateia começa a se manifestar. Diante dos
zurros do público, Ronald de Carvalho
devolve: "Cada um fala com a voz que Deus
lhe deu."
• O gran finale surge na forma de um recital de
música comandado pelo maestro Ernani Braga
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35. 15.fev.1922
A noite que celebrizou a semana começa com
um discurso de Menotti Del Picchia sobre
romancistas contemporâneos, acompanhado
por leitura de poesias e números de dança e é
aplaudido.
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36. Mas, quando é anunciado Oswald de Andrade,
começam as vaias e insultos na plateia, que só
param quando sobe ao palco a aclamada
pianista Guiomar Novaes. Heitor Villa-Lobos se
apresenta no palco do Municipal apoiado em
um guarda-chuva e calçando chinelos
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37. 17.fev.1922
• A última noite da programação é totalmente
dedicada à música de Villa-Lobos. As vaias
continuam até que a maioria pede silêncio
para ouvir Villa-Lobos.
• Os instrumentistas tentam executar as peças
incluídas no programa apesar do barulho feito
pelos espectadores e levam o recital até o fim
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38. Logo após os bulhentos espetáculos do Teatro
Municipal, é lançada a revista "Klaxon", que divulga
as produções da nova escola.
Calcados no êxito conseguido com as agitadas
noites de fevereiro, os jovens artistas conseguem
espaço e estímulo para, ainda em 1922, dar
continuidade ao seu trabalho.
Mário de Andrade lança "Paulicéia Desvairada", o
livro de poesias no qual todos os procedimentos
poéticos mais arrojados eram expostos e reunidos
pela primeira vez. Oswald de Andrade lança "Os
Condenados".
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44. CARACTERÍSTICAS:
• Rompimento com todas as estruturas do
passado, necessidade de definição;
• Caráter anárquico, sentido destruidor;
• Manifestação do nacionalismo, volta às
origens, às pesquisas de fontes quinhentistas, à
procura de uma “língua brasileira” - o uso de
paródias e valorização do índio,
verdadeiramente, brasileiro.
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45. • Desintegração da linguagem tradicional;
• Adoção e adaptação das conquistas das
vanguardas europeias;
• Busca da expressão nacional.
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46. Desintegração da linguagem
tradicional
• Questiona-se a arte acadêmica;
• Repúdio às fórmulas estabelecidas;
• Repúdio às expressões desgastadas,
transformadas em clichês;
• Os parnasianismos foram os alvos preferidos
dos modernizadores;
• Uso da paródia, da piada, do sarcasmo para
promover a destruição pretendida.
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47. ANTROPOFAGIA – 1928
-A retomada das raízes “Tupy or not tupy that is
the question”.
-O humor como forma de fazer crítica.
-A criação de uma utopia brasileira - contra a
realidade social que oprime, uma outra sem
complexos, sem punições, sem loucura.
-A antropofagia de digerir as influências externas
e torná-las brasileiras através dessa digestão,
aproveitando o que convém e expulsando o que
não convém.
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48. Professora: Adriana Christinne
LITERATURA
Este é o quadro mais
importante já produzido no
Brasil. Tarsila pintou-o para
dar de presente ao escritor
Oswald de Andrade, seu
marido na época. Quando
ele viu a tela, assustou-se e
chamou seu amigo, o
também escritor Raul Bopp.
Ficaram olhando aquela
figura estranha e acharam
que ela representava algo
de excepcional.
49. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e
batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come).
Oswald escreveu o Manifesto Antropófago dando origem
ao Movimento Antropofágico, que tinha a intenção de
"deglutir" a cultura europeia e transformá-la em algo
bem brasileiro.
Este movimento, que buscava nas raízes do folclore
indígena e africano a verdadeira cultura brasileira,
tournou-se a essência do Modernismo no Brasil.
.
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50. • O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até
hoje no Brasil, alcançando o valor de
US$1.500.000. Foi comprada pelo
colecionador argentino Eduardo Costantini
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LITERATURA
52. Oswald de Andrade
Jornalista, poeta,
romancista e autor
de peças teatrais.
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53. Características
gerais da prosa• Incorporou à poesia a
linguagem cotidiana, os
neologismos;
• Obra poética original,
plena de humor e
ironia, numa linguagem
coloquial que
surpreende pelos
achados.
• Romances abriram
novas perspectivas para
o desenvolvimento da
linguagem literária
moderna;
• Rompendo com os
esquemas tradicionais,
prosa e poesia se
fundiam para criar um
estilo original e
vigoroso.
Características
gerais da poesia
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LITERATURA
54. Obras:
O Rei da Vela
Serafim Ponte Grande (*)
Memórias sentimentais de João Miramar (*)
(*) Há quebra de estrutura dos romances tradicionais: capítulos
curtíssimos e semi-independentes, num misto de prosa.
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LITERATURA
55. Mário de Andrade
• Por seu dinamismo e espírito e espírito
criativo, exerceu forte influência no
desenvolvimento do Modernismo;
• Pesquisador incansável interessou-se pelas
mais variadas manifestações artísticas.
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LITERATURA
56. • Há uma gota de sangue em cada poema => obra de estreia
=> influências de escolas anteriores (rigor à métrica, rima,
vocabulário...)
• Sua poesia manifesta-se modernista a partir do livro
Paulicéia Desvairada (ruptura com os moldes do passado
e objetivo de análise e constatação da cidade de São Paulo
e seu provincianismo (=cidade multifacetada).
• Lutou por uma língua brasileira, próxima do povo
(cuspe = guspe, quese = quasi). Valorizou, também, o
brasileirismo e o folclore brasileiro.
• Obras: Clã do Jabuti / Remate de males / Amar, Verbo
Intransitivo/ Macunaíma (o anti-herói).
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57. Manuel Bandeira
A cinza das horas e Carnaval:
• Surgidos antes de 1922;
• Tom lírico e melancólico;
• Certa liberdade formal.
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LITERATURA
58. REVISTAS E MANIFESTOS
KLAXON - 1923
A REVISTA - 1925
MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL - 1924
Fruto das agitações do ano de 1921 e da Semana de
Arte Moderna. Tinha como proposta uma concepção
estilística diferente, que anunciava a modernidade, o
século XX, “buzinando”, pedindo passagem.
Escrito por Oswald de Andrade e tinha como proposta
uma literatura vinculada à realidade brasileira, a partir
de uma redescoberta do Brasil.
Publicação responsável pela divulgação do movimento
modernista em Minas Gerais e tinha como um dos
redatores Carlos Drummond de Andrade.
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LITERATURA
59. MANIFESTO REGIONALISTA DE 1926
REVISTA DA ANTROPOFAGIA - 1928 / 1929
Através do Centro Regionalista do Nordeste, lança-se
o Manifesto, que procura desenvolver o sentimento de
unidade do Nordeste dentro dos valores modernistas.
Tinha como proposta trabalhar em prol dos interesses da
região nos seus aspectos diversos: sociais, econômicos e
culturais. Década de 30 - regionalismo nordestino resulta
em brilhantes obras literárias com nomes que vão
de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo
de Almeida, Raquel de Queiroz e Jorge Amado (romance)
a João Cabral de Melo Neto (poesia).
Movimento antropofágico que surgiu como uma nova etapa
do nacionalismo Pau-Brasil e como resposta ao grupo verde-
amarelista, que criara a Escola da Anta. Miscelânea ideológica
em que o movimento modernista se transformara, com artigos
que vão de Oswald e Mário de Andrade, Alcântara Machado,
Drummond (1ª “dentição”)/ 2ª “dentição”- Fase mais definida
ideologicamente, uma vez que se via uma época de definições.
Ruptura de Oswald com Mário de Andrade.
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