O documento descreve a formação geológica do estado do Paraná ao longo de bilhões de anos, desde a era da Pangéia até os eventos mais recentes de erosão e sedimentação que moldaram o relevo atual. Ele explica como o Paraná foi afetado pela deriva dos continentes, formação do Oceano Atlântico, atividade vulcânica e erosão diferencial para resultar em três planaltos, escarpas e serras.
1. PERFIL DO ESTADO DO PARANÁ : SENTIDO W-E
Altitude (m)
3º Planalto ou 2º Planalto ou 1º Planalto ou
de Guarapuava de Ponta Grossa de Curitiba
Serra Geral ou Escarpa rochas Serra do
1000 - Escarpa da Esperança devoniana sedimentares Mar
Rio Paraná rochas recentes
vulcânicas Baia de Paranaguá
0-
Mar
A B
Rochas sedimentares Rochas Cristalinas
antigas
ORGANIZAÇÃO: Roberto B. A. Cabrera
5. FORMAÇÃO DO PARANÁ
• A Pangéia, imenso continente único.
• Nesse período a base cristalina do Paraná já
estava formada.
• A mais ou menos 500 milhões de anos, a
região onde hoje é o Paraná, era um grande
deserto e nele a atuação de agentes
intempéricos deu início à formação de grande
parte das rochas sedimentares que aqui estão,
principalmente do segundo planalto.
8. ESTRUTURA E RELEVO DO PARANÁ
• O Estado do Paraná sofreu influências muito remotas
na sua formação. A base do seu terreno apresenta
idade com mais de 2 bilhão de anos, sendo cristalino e
de alta resistência.
• Este tempo longo vai ajudar no desgaste, erosão e
transformação deste terreno, formando sobre ele, uma
capa sedimentar com mais de 220 milhões de anos.
• Finalmente, a mais ou menos 150 milhões de anos,
grandes derrames de lavas básicas espalharam-se
sobre a área, completando então, a base do relevo do
Estado.
• Daí em diante, a própria natureza vai lentamente
moldando e dando as atuais formas que conhecemos.
10. PERFIL DA GONDWANA
• Quando a Pangéia começou a se separar a
mais ou menos 220 milhões de anos, no início
da era mesozóica, provavelmente a aparência
do perfil da crosta terrestre era assim:
• O magma incandescente servindo de base.
• Flutuando sobre ele, rochas cristalinas que um
dia já foram lava e se solidificaram.
• Sobre ela camadas de rochas sedimentares,
resultante da decomposição das próprias
rochas cristalinas.
11. FORMAÇÃO DO OCEANO ATLÂNTICO
RUPTURA E INJEÇÃO DE
MAGMAS
AMÉRICA DO SUL ÁFRICA
12. RUPTURA DA CROSTA TERRESTRE
• A partir de pressões internas, a crosta
terrestre começa a se fraturar e por elas
ocorrerá injeção de magma que ao se
solidificarem formam um novo terreno e que
irão empurrar lateralmente as placas forçando
um deslocamento.
• A Pangéia começa a se separar.
15. SERRA DO MAR
• Com rochas muito antigas, datadas do pré-
cambriano, sua formação começa a ocorrer com a
separação do super continente da Gondwana que
originou o oceano Atlântico, África e América do Sul.
• Ao se separar do continente africano a placa
tectônica sul-americana se chocou com a placa de
nazca no Oceano Pacífico dando origem a cordilheira
dos Andes e soerguendo a placa sul-americana na
parte oriental, no litoral do Brasil.
• Esse soerguimento, ocorrido a mais ou menos 80
milhões de anos, foi o responsável por emergir
rochas muito antigas, do pré-cambriano, dando início
à formação da Serra do Mar.
18. INCLINAÇÃO ATUAL DO PARANÁ
Quando a serra do mar começa a ficar exposta, devido
à pressões sofrida pela placa sul americana com a
placa do Nazca.
A região onde está localizado o Estado do Paraná
começa a tomar a forma e inclinação atual.
Com o sistema Serra do Mar, a Escarpa Geral e a
Escarpa Devoniana formadas, o escoamento
superficial seguirá para o interior, dando origem aos
principais rios da região.
Estes, no início terão dificuldades para transpor
algumas barreiras, mas no decorrer do processo
erosivo, cavarão as formas atuais do sistema de
drenagem do Paraná.
22. PERFIL DO ESTADO DO PARANÁ : SENTIDO W-E
Altitude (m)
3º Planalto ou 2º Planalto ou 1º Planalto ou
de Guarapuava de Ponta Grossa de Curitiba
Serra Geral ou Escarpa rochas Serra do
1000 - Escarpa da Esperança devoniana sedimentares Mar
Rio Paraná rochas recentes
vulcânicas Baia de Paranaguá
0-
Mar
A B
Rochas sedimentares Rochas Cristalinas
antigas
ORGANIZAÇÃO: Roberto B. A. Cabrera
26. O PARANÁ EM FORMAÇÃO
• Até chegar ao que temos hoje, o oceano Atlântico sofreu várias elevações
no seu nível devido a grandes movimentações tectônicas e glaciações, ou
seja, quando o gelo aumentava seu nível diminuía e quando o gelo
derretia seu nível se elevava.
• Nessas elevações, a região do Paraná, sofreu várias inundações, inclusive
nas porções internas por derretimento de geleiras, dando origem a
algumas formações lacustres e glaciais.
• Podemos citar como exemplo resultante dessas inundações a estrutura de
Vila Velha. O arenito Vila Velha resultou dessas inundações fluvio-glaciais
a mais de 300 milhões de anos.
• Já as formas atuais foram esculpidas muito recentemente no período
quaternário, a menos de 1 milhão de anos, principalmente por erosão
pluvial ou de chuvas.
• As formações foram mais ou menos assim:
• Por apresentarem resistências diferentes, conhecida como erosão
diferencial, o desgaste dessas rochas ocorrem de forma heterogênea e
desigual, originando várias formas peculiares de relevo.
27. EROSÃO PLUVIAL DIFERENCIAL
ROCHAS
MAIS
RESISTENTES
À EROSÃO
ROCHAS COM
BAIXA
RESISTÊNCIA À
EROSÃO
CHUVAS 1 ROCHAS
MAIS
RESISTENTES
À EROSÃO
ROCHAS COM
BAIXA
RESISTÊNCIA À
EROSÃO
CHUVAS
EROSÃO
3
ROCHAS
MAIS
RESISTENTES
À EROSÃO
ROCHAS COM
BAIXA
RESISTÊNCIA À
EROSÃO
CHUVAS
EROSÃO
2 ROCHAS
MAIS
RESISTENTES
À EROSÃO
ROCHAS COM
BAIXA
RESISTÊNCIA À
EROSÃO
CHUVAS
EROSÃO
4
29. CATARATAS DO IGUAÇU
• Como forma de comparação, as catarata do rio Iguaçu, tiveram
início na formação a menos de 200 milhões de anos, quando
ocorreram vários derrames de lavas na região, dando condições
especiais para a formação das escarpas.
• O que são escarpas: são os desníveis no terreno.
• No Paraná temos a escarpa Devoniana e a escarpa Geral ou da
Esperança.
• Os grandes derrames de lavas se intercalaram em arenitos, que são
menos resistentes, criando as condições para a formação de
grandes quedas.
• O arenito sofre erosão mais rápida e força a ruptura do basalto que
tem diaclasamento ou falhas naturais na vertical, originando ou
dando continuidade às quedas. É importante ressaltar que mesmo
com rochas resistentes o rio sofre uma erosão regressiva, ou seja, a
erosão segue o sentido da nascente.
30. NASCIMENTO DE UMA CASCATA
ROCHAS
SEDIMENTARES DE
MENOR RESISTÊNCIA
TRECHOS
GRADATIVAMENTE
SENDO ERODIDOS
RIO
RIO
31. NASCIMENTO DE UMA CASCATA
O PROCESSO
EROSIVO
NUNCA PARA
EROSÃO
REGRESSIVA
RIO
RIO