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"E apareceu-lhe o SENHOR e
disse: Não desças ao Egito.
Habita na terra que eu te
disser."
(Gn 26.2)
"E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]." (Gn 39.2)
No enfrentamento de uma crise,
a sabedoria divina é
indispensável.
Terça - Gn 37.6-8 - Um sonho e o início de várias crises
E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:
Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e
também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho.
Então lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio
sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por seus sonhos e por suas palavras.
Quarta - Gn 37.22 - Um plano perverso e a crise da cova
Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e
não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.
Segunda - Gn 37.3,4 – Uma túnica colorida e a crise de
inveja
E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-
lhe uma túnica de várias cores.
Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não
podiam falar com ele pacificamente.
Sexta - Gn 39.20 - Da crise da escravidão para a crise do
cárcere
E o senhor de José o tomou, e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei
estavam encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere.
Sábado - Gn 39.21 - A bênção de Deus e a sua benignidade
em tempos de crise
O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos
olhos do carcereiro-mor.
Quinta- Gn 37.28 - Da crise da cova para a crise da
escravidão
Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José
por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
1 - E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na
terra de Canaã.
2 - Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete
anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este
jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres
de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.
3 - E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos,
porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de
várias cores.
4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que
a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar
com ele pacificamente.
5 - Sonhou também José um sonho, que contou a seus
irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.
6 - E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho
sonhado:
7 - Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis
que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis
que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu
molho.
8 - Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras
reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por
isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas
palavras.
9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e
disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua,
e onze estrelas se inclinavam a mim.
10 - E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu
pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura
viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti
em terra?
11 - Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava
este negócio no seu coração.
•I. Apontar os sonhos de José e as crises que ele
teve que enfrentar;
•II. Ressaltar a crise da cova e da escravidão na
vida de José;
•III. Enfatizar a sabedoria de José para
administrar as crises.
Ressaltar a suficiência divina em tempos de
crise.
Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.
Deus concedeu a José
sabedoria para administrar
crises.
José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha
um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo
Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante
ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os
planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou
aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento
errado. Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os
seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria
colocar José em uma posição de destaque na família. José
tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou
das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem
o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o
caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se
você está enfrentando algumas crises, assim como José, não
desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o
afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu
caráter e o preparando para algo especial?
A história de José é uma das mais belas
registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que
mostra o amor de um pai, a rejeição e a inveja dos
irmãos e a beleza dos sonhos de um jovem. São 13
capítulos que revelam os desígnios de Deus na história
de Israel. Nesta lição, estudaremos a respeito das crises
enfrentadas por José e a sua atitude diante de cada
uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições
que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis
situações. As adversidades na vida de José contribuíram
para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem
fielmente (Gn 13).
Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas
cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das
enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a
irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem
total sustentação histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia,
CPAD, p.46. José foi vendido e saiu de Canaã aos 17 anos, seu irmão benjamim
tinha 5 anos, depois de ser escravo de Potifar, ser prisioneiro do rei, foi
governador de todo o Egito aos 30 anos e só viu seu pai depois de 22 anos que
estava no Egito, só ai então viu realizados seus sonhos aos 39 anos, quando agora
já era governador de todo o Egito por 9 anos. José morreu com 110 anos.
I. DOIS SONHOS E
MUITAS CRISES
Jacó era o pai de José, e sua família era
constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de
Raquel, José e Benjamim (Gn 30.22-24; 35.16-18).
Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa
e Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma
túnica colorida. Essa túnica de várias cores revelava
uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo
de Jacó por José gerou algumas crises na família.
Uma família dividida não pode resistir às crises. Por
isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e
igualitário, evitando qualquer tipo de preferência.
José era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 29.18-
20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24). José é
descendente de um clã de patriarcas escolhido por Deus para iniciar a
linhagem piedosa da qual nasceria o Messias (Gl 3.8,16,18). A primeira
referência a José se dá como resposta da oração de Raquel e como
consolo divino diante do opróbrio que ela vivia por não gerar filhos (Gn
29.31; 30.22-24); O nome José vem de uma palavra hebraica que
significa: “Yahweh acrescentará” ou “Yahweh adicionará”; ele foi o
décimo primeiro filho de Jacó e o primeiro de sua esposa favorita,
Raquel. Em função de ser José filho de sua amada esposa Raquel (Gn
29.20, 30); bem como ser filho de sua velhice, Jacó destina um amor
diferenciado a José em relação aos demais filhos (Gn 37.3); e declara-o
ao lhe presentear como uma “túnica de várias cores”. A túnica chegava
aos calcanhares e tinha mangas longas. Era a vestimenta usada por
governantes ricos, e nem o pastor mais bem vestido, precisaria de algo
do gênero para trabalhar nos campos. (WIERSBE, 2006, p.181).
O que fez com que os irmãos de José fossem
tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões
principais. A primeira está no fato de José denunciar ao pai
as más ações cometidas por seus irmãos. Certamente os
irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava
no fato de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José
aparecia em uma posição de honra. É importante ressaltar
que, embora a família de Jacó estivesse enfrentando a crise
do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era
parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande
povo. Deus não pensa como nós e não julga segundo os
critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios são
perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.
Ainda jovem José se destaca no ambiente familiar em razão
de sua conduta exemplar como filho, já que seus irmãos não tinham uma
boa reputação (Gn 37.2). Essa má “fama” que se divulgava de seus
irmãos, por certo eram baixas qualidades morais, pelas quais seus
irmãos eram conhecidos; fato que pode ser visto na conduta de Judá, que
casou-se com uma cananeia e todo o seu procedimento é descrito no
capítulo 38. A integridade de José pode ser vista em várias fases de sua
vida, e em função disso vemos Deus revelando desde cedo, o grande
projeto para com ele (Gn 37.2; 5-11).
Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço
precipitadamente contou seu sonho a seus irmãos.
Nem sempre podemos partilhar todos os nossos
sonhos. Alguns devem ser guardados no coração até
que se cumpram integralmente. José tornou a sonhar
e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai.
Os sonhos de José foram dados pelo Senhor, e um dia
se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado a
você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde,
pois no tempo do Senhor se cumprirá.
Além de ser alvo da promessa divina, vemos José
experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às
dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de
Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23;
At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua
presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo
na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas
logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o
jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a
Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3).
Fome no Egito
Registros egípcios contam que a fome, causada pelas
estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A
agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao
longo do rio, que depositavam terra nova fértil
tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a
autenticidade do relato bíblico tem total sustentação
histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da
Bíblia, CPAD, p.46.
II. A CRISE DA COVA E DA
ESCRAVIDÃO
Certo dia, os irmãos de José levaram os rebanhos
até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava bem.
Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido
a Dotã. Quando os irmãos de José viram que ele vinha se
aproximando, decidiram matá-lo.
O plano era matar José e, depois, dizer ao pai que um
animal selvagem o havia matado. Os irmãos de José
tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não
aceitou tal ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em
uma cova. Rúben planejava resgatar o irmão. Porém,
Judá também teve uma ideia: "Vendê-lo como
escravo."Assim, os irmãos tiraram José da cova e o
venderam como escravo aos mercadores por vinte moedas
de prata. Os irmãos de José tomaram sua túnica e a
mancharam com o sangue de um animal. O objetivo era
enganar a Jacó. Eles fizeram seu pai chorar e sofrer
muito. O ciúme e a inveja sempre produzem tristeza e dor
na família.
Além de ser alvo da promessa divina, vemos José
experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às
dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de
Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23;
At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua
presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo
na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas
logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o
jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a
Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3)
José foi comprado pelos mercadores e levado
ao Egito. Chegando ali os mercadores o venderam a
Potifar, um dos oficiais de Faraó. No entanto, Deus
estava com José na cova e também no Egito. O
Senhor não nos abandona diante das situações
adversas. José alcançou graça e favor aos olhos de
Potifar e este o colocou sobre tudo que possuía.
A família de Jacó passou por diversas crises: a) rixas entre as
irmãs, Léia e Raquel (Gn 29.33; 30.1,8); b) injustiças (Gn 31.41) e
intrigas financeiras (Gn 31.1); c) propensão à idolatria (Gn 31.34); e d)
traição, violência, imoralidade e invejas (Gn 34.25-30; 35.22; 37.11).
Diante desse contexto, que tipo de caráter José poderia ter? Entretanto,
ele é um exemplo de que é possível, com a graça divina, manter-se puro
e íntegro, mesmo convivendo com pessoas de comportamento
reprovável (Fp 2.15).
José foi elevado à função de mordomo, gerindo todos os
negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois
Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a
tristeza lhe dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é
um exemplo de superação em meio às crises, pois não permitiu que
a sua fé em Deus fosse abalada diante das circunstâncias
adversas.
Deus estava com José, mas a crise mais uma vez o
alcança. A mulher de Potifar, que não tinha escrúpulos nem
decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao seu
patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva,
armou-lhe uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18).
Potifar ouviu a acusação mentirosa de sua esposa contra José e o
mandou para a prisão, onde estavam os oficiais de Faraó. José
venceu a tentação, mas foi para a prisão.
Sua fidelidade a Deus e ao seu patrão eram o suficiente para
ele não ceder a tentação (Gn 39.8,9). A esposa de Potifar insistiu em
convidá-lo a pecar, mas ele resistiu “[…] falando ela cada dia a José, e
não lhe dando ele ouvido”[...] (Gn 39.10). Não se dando por satisfeita, a
mulher de Potifar tramou ficar sozinha com ele em determinada ocasião;
foi ao seu encontro para forçá-lo a coabitar com ela, mas a resolução de
José o fez fugir daquela investida (Gn 39.12-b). A mulher ardendo em
ira acusou-o diante de seu marido e funcionários dizendo que José havia
tentado molestá-la. Ele foi sentenciado a cadeia por este tão grande mal
(Gn 39.14-20). “A punição menor, dada a José, de acordo com os
intérpretes judeus, significou que Potifar acreditou em José, mas, a fim
de poupar sua esposa de maior embaraço, sacrificou-o, embora por meio
de um castigo mais brando do que seria de se esperar” (CHAMPLIN,
2001, p. 246). Sejamos fiéis a Deus custe o que custar (Pv 3.3; Dn
3.17,18; 6.3,4,22; Ap 2.10).
O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar
Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa
inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e,
através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa.
O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu
destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante
os juízes (cf. Is 53.7; 1 Pe 2.23).
O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos
foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito,
enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu
Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o
sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá
ou como José" (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 45,46).
III. SABEDORIA PARA
ADMINISTRAR A CRISE
José foi injustamente lançado na prisão, porém
Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia
um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já
havia sido revelado em seus sonhos. Ele sabia que, de
algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão. Ali,
José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de
Deus estava estendida para abençoá-lo. Por isso, por
onde ele passava era bem-sucedido.
Após dois anos na cadeia, José foi chamado por Faraó para
interpretar o sonho que este monarca teve. José, quando interpelado por
Faraó se tinha a habilidade de interpretar sonhos ele respondeu:“Isso não
está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). Deus é
proclamado diante do temido Faraó, por aquele que tinha tudo para se
omitir em virtude do que havia passado. O Soberano do universo é quem
domina sobre tudo e sobre todos, foi a mensagem de José: [...]“porque
esta coisa é determinada de Deus, e Deus se apressa a fazê-la” (Gn
41.32).
José foi sustentado na prisão pela
benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos
que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um
padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho.
Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este
interpretou o sonho deles. Ao copeiro-mor José
disse que dentro de três dias ele seria chamado para
servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse
que, dentro de três dias, seria executado. Tudo
aconteceu do jeito que José havia dito.
Faraó também teve dois sonhos que o perturbaram muito.
Os egípcios acreditavam que os sonhos eram presságios de
situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o
significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e
astrólogos para que os interpretassem, mas nenhum deles
conseguiu convencê-lo com suas interpretações (Gn 41.8).
Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a Faraó
a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor.
Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele
chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os
sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por
um período de sete anos de grande fartura e depois um período de
sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que
encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar
alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para
enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria
de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos
de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito.
Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar
nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de
nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com
circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte
dos desígnios de Deus.
Os sete anos de abundância sobrevieram a terra do Egito
como fora predito, e agora, os sete anos de fome começavam a chegar.
Segundo o que estava previsto, a fome foi tão grave que superou os anos
de prosperidade. Ela atingiu não somente o Egito, como também todas
as terras (Gn 41.57). Segundo o Dr. Norman Champlin (2001, p. 257):
“Não foi o globo terrestre inteiro, mas a terra conhecida pelo autor do
livro de Gênesis, ou seja, o Egito, a Arábia, a Palestina e a Etiópia, as
nações que pediriam socorro ao Egito”. É nesse momento que a
descendência de Jacó vem ao Egito a fim de pedir socorro a Faraó, sem
saber que José era o seu administrador. José reconhece os seus irmãos,
beneficia-os e depois de prová-los revela-se como irmão deles e os
perdoa por sua maldade (Gn 45.1-5). O perdão é uma característica
presente na vida daquele que tem o amor de Deus em seu coração (Mc
11.25; Ef 4.32; Cl 3.13).
Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel
que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade,
vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu
pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com
a proclamação de que ele deveria ser honrado pela
população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate-
Paneia, que quer dizer 'abundância de vida ou o deus fala e
vive'. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta
posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em
estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi
vencido por ele.
[...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso
em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer.
Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as
colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e
as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse
tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado
Manassés, 'que esquece', como testemunho de que Deus havia
apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de
trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi
chamado Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das
providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição.
Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava
preparado com uma grande provisão de alimentos
armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as
fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países
vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram
fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de
provisões segundo um plano já em execução. As pessoas
tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e,
assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros
países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e
foram comprar alimentos" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de Janeiro:
CPAD, 2005, pp. 114,115).
José era o décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho da
mulher a qual seu pai mais amava: Raquel. Conhecendo o
contexto da família em que José nasceu não é difícil
compreender o porquê de o futuro maioral do Egito enfrentar
tantas crises familiares. Além das crises internacionais,
quando José era o maioral do Egito, ou antes, de chegar a ser
uma autoridade respeitada na terra do rio Nilo, a crise
doméstica do filho amado por Jacó revelava muito do seu
caráter. Com José aprendemos que antes de Deus nos levar a
enfrentar crises complexas, Ele nos instrui com as pequenas
lutas familiares. No seio da família somos forjados para a
luta e o encontro com a vida. A irmã de Raquel, Leia, já havia
dado seis filhos e uma filha para Jacó. A relação entre Raquel
e Leia era muito difícil, pois enquanto a irmã mais velha
havia dado sete filhos a Jacó, Raquel era estéril e,
consequentemente, não havia dado nenhum filho para seu
amado marido. Não dar à luz na época dos patriarcas era
motivo de vergonha e de humilhação. Certamente, a partir de
cada encontro entre Raquel e Leia a dor de não ser mãe
desaguava na mente e coração da amada de Jacó. Embora o
tempo seja outro, qualquer mulher sente a dor
incomensurável de quando deseja ser mãe e não consegue. A
dor de Raquel é a dor de muitas mulheres do século XXI! O
contexto de desentendimento e de dor entre Leia e Raquel
alimentou o ódio dos filhos de Leia para com José, o filho de
Raquel. O ódio regado dentro da própria casa quase foi
finalizado com uma tragédia. Esta, porém, foi impedida pelo
primogénito de Jacó, Rúben. Entretanto, a sua atitude de
poupar José não foi suficiente para impedir seus irmãos de
vendê-lo para uma caravana de compradores de escravos. A
marca da trajetória do filho amado de Jacó é que mesmo em
meio a tanto desprezo e desconsideração, José não permitiu
que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente,
seria justo José devolver na mesma moeda quando teve a
primeira oportunidade de fazê-lo. Mas não o fez. Preferiu
compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais
preparando o caminho para conservar a sua família num
contexto de fome e miséria mundial. A vida de José nos ensina
que devemos guardar o nosso coração do ódio, da vingança e
da ação maligna. Saber gerenciar as crises com o olhar e a
sabedoria de Jesus é o nosso grande desafio hoje. Sob os
cuidados e a orientação do mestre divino isso é possível!
Todas as dificuldades pelas quais passamos, quando
estamos no plano divino, são para nos ensinar. Deus
preparou o espírito de José para as crises que enfrentaria e
para que pudesse desfrutar de uma posição privilegiada no
Egito. José não se esqueceu de que Deus estava com ele,
não só nas humilhações, mas também quando exaltado
diante dos homens.
Jacó, neto de Abraão.
Uma capa colorida.
A revelação dos sonhos de José.
O venderam por vinte moedas de prata.
Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante
depois de Faraó.
José fé em meio as injustiças - Lição 07 - 4º Trimestre 2016

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José fé em meio as injustiças - Lição 07 - 4º Trimestre 2016

  • 1.
  • 2. "E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser." (Gn 26.2) "E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]." (Gn 39.2)
  • 3. No enfrentamento de uma crise, a sabedoria divina é indispensável.
  • 4. Terça - Gn 37.6-8 - Um sonho e o início de várias crises E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho. Então lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por seus sonhos e por suas palavras. Quarta - Gn 37.22 - Um plano perverso e a crise da cova Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai. Segunda - Gn 37.3,4 – Uma túnica colorida e a crise de inveja E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez- lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente.
  • 5. Sexta - Gn 39.20 - Da crise da escravidão para a crise do cárcere E o senhor de José o tomou, e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; assim esteve ali na casa do cárcere. Sábado - Gn 39.21 - A bênção de Deus e a sua benignidade em tempos de crise O Senhor, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor. Quinta- Gn 37.28 - Da crise da cova para a crise da escravidão Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
  • 6. 1 - E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. 2 - Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai. 3 - E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. 4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente. 5 - Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. 6 - E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:
  • 7. 7 - Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho. 8 - Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras. 9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. 10 - E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?
  • 8. 11 - Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.
  • 9. •I. Apontar os sonhos de José e as crises que ele teve que enfrentar; •II. Ressaltar a crise da cova e da escravidão na vida de José; •III. Enfatizar a sabedoria de José para administrar as crises. Ressaltar a suficiência divina em tempos de crise. Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.
  • 10. Deus concedeu a José sabedoria para administrar crises.
  • 11. José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento errado. Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria colocar José em uma posição de destaque na família. José tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se você está enfrentando algumas crises, assim como José, não desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu caráter e o preparando para algo especial?
  • 12. A história de José é uma das mais belas registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que mostra o amor de um pai, a rejeição e a inveja dos irmãos e a beleza dos sonhos de um jovem. São 13 capítulos que revelam os desígnios de Deus na história de Israel. Nesta lição, estudaremos a respeito das crises enfrentadas por José e a sua atitude diante de cada uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis situações. As adversidades na vida de José contribuíram para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem fielmente (Gn 13).
  • 13. Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46. José foi vendido e saiu de Canaã aos 17 anos, seu irmão benjamim tinha 5 anos, depois de ser escravo de Potifar, ser prisioneiro do rei, foi governador de todo o Egito aos 30 anos e só viu seu pai depois de 22 anos que estava no Egito, só ai então viu realizados seus sonhos aos 39 anos, quando agora já era governador de todo o Egito por 9 anos. José morreu com 110 anos.
  • 14. I. DOIS SONHOS E MUITAS CRISES
  • 15. Jacó era o pai de José, e sua família era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamim (Gn 30.22-24; 35.16-18). Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa e Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma túnica colorida. Essa túnica de várias cores revelava uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo de Jacó por José gerou algumas crises na família. Uma família dividida não pode resistir às crises. Por isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e igualitário, evitando qualquer tipo de preferência.
  • 16. José era filho de Raquel, a esposa amada de Jacó (Gn 29.18- 20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24). José é descendente de um clã de patriarcas escolhido por Deus para iniciar a linhagem piedosa da qual nasceria o Messias (Gl 3.8,16,18). A primeira referência a José se dá como resposta da oração de Raquel e como consolo divino diante do opróbrio que ela vivia por não gerar filhos (Gn 29.31; 30.22-24); O nome José vem de uma palavra hebraica que significa: “Yahweh acrescentará” ou “Yahweh adicionará”; ele foi o décimo primeiro filho de Jacó e o primeiro de sua esposa favorita, Raquel. Em função de ser José filho de sua amada esposa Raquel (Gn 29.20, 30); bem como ser filho de sua velhice, Jacó destina um amor diferenciado a José em relação aos demais filhos (Gn 37.3); e declara-o ao lhe presentear como uma “túnica de várias cores”. A túnica chegava aos calcanhares e tinha mangas longas. Era a vestimenta usada por governantes ricos, e nem o pastor mais bem vestido, precisaria de algo do gênero para trabalhar nos campos. (WIERSBE, 2006, p.181).
  • 17. O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões principais. A primeira está no fato de José denunciar ao pai as más ações cometidas por seus irmãos. Certamente os irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava no fato de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José aparecia em uma posição de honra. É importante ressaltar que, embora a família de Jacó estivesse enfrentando a crise do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande povo. Deus não pensa como nós e não julga segundo os critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios são perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.
  • 18. Ainda jovem José se destaca no ambiente familiar em razão de sua conduta exemplar como filho, já que seus irmãos não tinham uma boa reputação (Gn 37.2). Essa má “fama” que se divulgava de seus irmãos, por certo eram baixas qualidades morais, pelas quais seus irmãos eram conhecidos; fato que pode ser visto na conduta de Judá, que casou-se com uma cananeia e todo o seu procedimento é descrito no capítulo 38. A integridade de José pode ser vista em várias fases de sua vida, e em função disso vemos Deus revelando desde cedo, o grande projeto para com ele (Gn 37.2; 5-11).
  • 19. Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço precipitadamente contou seu sonho a seus irmãos. Nem sempre podemos partilhar todos os nossos sonhos. Alguns devem ser guardados no coração até que se cumpram integralmente. José tornou a sonhar e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai. Os sonhos de José foram dados pelo Senhor, e um dia se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado a você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde, pois no tempo do Senhor se cumprirá.
  • 20. Além de ser alvo da promessa divina, vemos José experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23; At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3).
  • 21. Fome no Egito Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46.
  • 22. II. A CRISE DA COVA E DA ESCRAVIDÃO
  • 23. Certo dia, os irmãos de José levaram os rebanhos até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava bem. Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido a Dotã. Quando os irmãos de José viram que ele vinha se aproximando, decidiram matá-lo. O plano era matar José e, depois, dizer ao pai que um animal selvagem o havia matado. Os irmãos de José tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não aceitou tal ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em uma cova. Rúben planejava resgatar o irmão. Porém, Judá também teve uma ideia: "Vendê-lo como escravo."Assim, os irmãos tiraram José da cova e o venderam como escravo aos mercadores por vinte moedas
  • 24. de prata. Os irmãos de José tomaram sua túnica e a mancharam com o sangue de um animal. O objetivo era enganar a Jacó. Eles fizeram seu pai chorar e sofrer muito. O ciúme e a inveja sempre produzem tristeza e dor na família.
  • 25. Além de ser alvo da promessa divina, vemos José experimentando uma comunhão estreita com Deus. Em meio às dificuldades que marcaram a sua trajetória, notamos a companhia de Deus em cada momento mostrando a sua pessoalidade (Gn 39.2,3,21,23; At 7.9). Deus não impede as lutas na vida de José, mas garante sua presença fazendo-o prosperar. Quem serve a Deus prospera até mesmo na servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas logo descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem hebreu punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus prospera em qualquer circunstância (Sl 1.3)
  • 26. José foi comprado pelos mercadores e levado ao Egito. Chegando ali os mercadores o venderam a Potifar, um dos oficiais de Faraó. No entanto, Deus estava com José na cova e também no Egito. O Senhor não nos abandona diante das situações adversas. José alcançou graça e favor aos olhos de Potifar e este o colocou sobre tudo que possuía.
  • 27. A família de Jacó passou por diversas crises: a) rixas entre as irmãs, Léia e Raquel (Gn 29.33; 30.1,8); b) injustiças (Gn 31.41) e intrigas financeiras (Gn 31.1); c) propensão à idolatria (Gn 31.34); e d) traição, violência, imoralidade e invejas (Gn 34.25-30; 35.22; 37.11). Diante desse contexto, que tipo de caráter José poderia ter? Entretanto, ele é um exemplo de que é possível, com a graça divina, manter-se puro e íntegro, mesmo convivendo com pessoas de comportamento reprovável (Fp 2.15).
  • 28. José foi elevado à função de mordomo, gerindo todos os negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a tristeza lhe dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é um exemplo de superação em meio às crises, pois não permitiu que a sua fé em Deus fosse abalada diante das circunstâncias adversas. Deus estava com José, mas a crise mais uma vez o alcança. A mulher de Potifar, que não tinha escrúpulos nem decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao seu patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva, armou-lhe uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18). Potifar ouviu a acusação mentirosa de sua esposa contra José e o mandou para a prisão, onde estavam os oficiais de Faraó. José venceu a tentação, mas foi para a prisão.
  • 29. Sua fidelidade a Deus e ao seu patrão eram o suficiente para ele não ceder a tentação (Gn 39.8,9). A esposa de Potifar insistiu em convidá-lo a pecar, mas ele resistiu “[…] falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvido”[...] (Gn 39.10). Não se dando por satisfeita, a mulher de Potifar tramou ficar sozinha com ele em determinada ocasião; foi ao seu encontro para forçá-lo a coabitar com ela, mas a resolução de José o fez fugir daquela investida (Gn 39.12-b). A mulher ardendo em ira acusou-o diante de seu marido e funcionários dizendo que José havia tentado molestá-la. Ele foi sentenciado a cadeia por este tão grande mal (Gn 39.14-20). “A punição menor, dada a José, de acordo com os intérpretes judeus, significou que Potifar acreditou em José, mas, a fim de poupar sua esposa de maior embaraço, sacrificou-o, embora por meio de um castigo mais brando do que seria de se esperar” (CHAMPLIN, 2001, p. 246). Sejamos fiéis a Deus custe o que custar (Pv 3.3; Dn 3.17,18; 6.3,4,22; Ap 2.10).
  • 30. O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante os juízes (cf. Is 53.7; 1 Pe 2.23). O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José" (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 45,46).
  • 32. José foi injustamente lançado na prisão, porém Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já havia sido revelado em seus sonhos. Ele sabia que, de algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão. Ali, José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de Deus estava estendida para abençoá-lo. Por isso, por onde ele passava era bem-sucedido.
  • 33. Após dois anos na cadeia, José foi chamado por Faraó para interpretar o sonho que este monarca teve. José, quando interpelado por Faraó se tinha a habilidade de interpretar sonhos ele respondeu:“Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó” (Gn 41.16). Deus é proclamado diante do temido Faraó, por aquele que tinha tudo para se omitir em virtude do que havia passado. O Soberano do universo é quem domina sobre tudo e sobre todos, foi a mensagem de José: [...]“porque esta coisa é determinada de Deus, e Deus se apressa a fazê-la” (Gn 41.32).
  • 34. José foi sustentado na prisão pela benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho. Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este interpretou o sonho deles. Ao copeiro-mor José disse que dentro de três dias ele seria chamado para servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse que, dentro de três dias, seria executado. Tudo aconteceu do jeito que José havia dito.
  • 35. Faraó também teve dois sonhos que o perturbaram muito. Os egípcios acreditavam que os sonhos eram presságios de situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e astrólogos para que os interpretassem, mas nenhum deles conseguiu convencê-lo com suas interpretações (Gn 41.8). Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a Faraó a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor. Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por um período de sete anos de grande fartura e depois um período de sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar
  • 36. alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito. Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte dos desígnios de Deus.
  • 37. Os sete anos de abundância sobrevieram a terra do Egito como fora predito, e agora, os sete anos de fome começavam a chegar. Segundo o que estava previsto, a fome foi tão grave que superou os anos de prosperidade. Ela atingiu não somente o Egito, como também todas as terras (Gn 41.57). Segundo o Dr. Norman Champlin (2001, p. 257): “Não foi o globo terrestre inteiro, mas a terra conhecida pelo autor do livro de Gênesis, ou seja, o Egito, a Arábia, a Palestina e a Etiópia, as nações que pediriam socorro ao Egito”. É nesse momento que a descendência de Jacó vem ao Egito a fim de pedir socorro a Faraó, sem saber que José era o seu administrador. José reconhece os seus irmãos, beneficia-os e depois de prová-los revela-se como irmão deles e os perdoa por sua maldade (Gn 45.1-5). O perdão é uma característica presente na vida daquele que tem o amor de Deus em seu coração (Mc 11.25; Ef 4.32; Cl 3.13).
  • 38. Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate- Paneia, que quer dizer 'abundância de vida ou o deus fala e vive'. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por ele. [...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado Manassés, 'que esquece', como testemunho de que Deus havia
  • 39. apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi chamado Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição. Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar alimentos" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 114,115).
  • 40. José era o décimo primeiro filho de Jacó, e primeiro filho da mulher a qual seu pai mais amava: Raquel. Conhecendo o contexto da família em que José nasceu não é difícil compreender o porquê de o futuro maioral do Egito enfrentar tantas crises familiares. Além das crises internacionais, quando José era o maioral do Egito, ou antes, de chegar a ser uma autoridade respeitada na terra do rio Nilo, a crise doméstica do filho amado por Jacó revelava muito do seu caráter. Com José aprendemos que antes de Deus nos levar a enfrentar crises complexas, Ele nos instrui com as pequenas lutas familiares. No seio da família somos forjados para a luta e o encontro com a vida. A irmã de Raquel, Leia, já havia dado seis filhos e uma filha para Jacó. A relação entre Raquel e Leia era muito difícil, pois enquanto a irmã mais velha havia dado sete filhos a Jacó, Raquel era estéril e, consequentemente, não havia dado nenhum filho para seu amado marido. Não dar à luz na época dos patriarcas era
  • 41. motivo de vergonha e de humilhação. Certamente, a partir de cada encontro entre Raquel e Leia a dor de não ser mãe desaguava na mente e coração da amada de Jacó. Embora o tempo seja outro, qualquer mulher sente a dor incomensurável de quando deseja ser mãe e não consegue. A dor de Raquel é a dor de muitas mulheres do século XXI! O contexto de desentendimento e de dor entre Leia e Raquel alimentou o ódio dos filhos de Leia para com José, o filho de Raquel. O ódio regado dentro da própria casa quase foi finalizado com uma tragédia. Esta, porém, foi impedida pelo primogénito de Jacó, Rúben. Entretanto, a sua atitude de poupar José não foi suficiente para impedir seus irmãos de vendê-lo para uma caravana de compradores de escravos. A marca da trajetória do filho amado de Jacó é que mesmo em meio a tanto desprezo e desconsideração, José não permitiu que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente, seria justo José devolver na mesma moeda quando teve a
  • 42. primeira oportunidade de fazê-lo. Mas não o fez. Preferiu compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais preparando o caminho para conservar a sua família num contexto de fome e miséria mundial. A vida de José nos ensina que devemos guardar o nosso coração do ódio, da vingança e da ação maligna. Saber gerenciar as crises com o olhar e a sabedoria de Jesus é o nosso grande desafio hoje. Sob os cuidados e a orientação do mestre divino isso é possível!
  • 43. Todas as dificuldades pelas quais passamos, quando estamos no plano divino, são para nos ensinar. Deus preparou o espírito de José para as crises que enfrentaria e para que pudesse desfrutar de uma posição privilegiada no Egito. José não se esqueceu de que Deus estava com ele, não só nas humilhações, mas também quando exaltado diante dos homens.
  • 44. Jacó, neto de Abraão. Uma capa colorida. A revelação dos sonhos de José.
  • 45. O venderam por vinte moedas de prata. Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.