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Enzimas PECTINASES
Patrícia Poletto
Substâncias pécticas
Protopectina - insolúvel
Ácido péctico - sem grupos esterificados
Ácido pectínico - 0 a 75% de grupos esterificados
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Sharma et al. (2012). Rev. Environm. Sci. Biotechnol. 12: 45–60.
Jayani et al. (2005). Process Biochem. 40:2931–2944.
Pedrolli et al. (2009). Open Biotechnol. J. 3: 9-18.
INTRODUÇÃO
Enzimas Pectinolíticas
•Pectina Liase
•Exo - poligalacturonase
•Endo - poligalacturonase
Despolimerizantes
• Pectina esteraseDesmetoxilante
INTRODUÇÃO
Mecanismo de ação das principais enzimas encontradas nas preparações pectinolíticas.
Fonte:http://www.ncbe.reading.ac.uk/ncbe/protocols/ inajam/pdf/jam01.pdf
Enzimas Pectinolíticas
INTRODUÇÃO
Sucos de frutas
Maceração
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Aumento na extração, liberação de
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Clarificação, redução de viscosidade e
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Grassin, C.; Fauquembergue, P. (1996). Progress in Biotechnology, 14:453-462.
Sandri et al. (2011). LWT – Food Science and Technology, 44: 2217-2222.
Nur ‘Aliaa et al. (2011). Journal of Food Process Engineering, 34: 1523-1534.
INTRODUÇÃO
Aplicação das pectinases no processamento de sucos de frutas
Despectinização de suco de maçã: hidrólise da pectina gera agregação de partículas
Fonte: http://www.ncbe.reading.ac.uk/ncbe/protocols/inajam/pdf/jam01.pdf .
Pinelo et al. (2010). Food and Bioproducts Processing, 88:259-265.
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INTRODUÇÃO
Viscosidade
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INTRODUÇÃO
Brasil
Aplicação das pectinases no processamento de sucos de frutas
Ibravin
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Microrganismos produtores de pectinases
Anvisa: Aspergillus awamori , Aspergillus foetidus, Aspergillus niger, Aspergillus oryzae,
Penicillium simplicissium, Rhizopus oryzae, Trichoderma reesei.
RESOLUÇÃO ANVISA Nº 26, DE 26 DE MAIO DE 2009
FDA – GRAS (generally recognized as safe)
INTRODUÇÃO
Enzima Microrganismo Empresa produtora
Pectinex Ultra SP-L Aspergillus aculeatus Novozymes
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Rapidase Vino super L Aspergillus niger DSM
Rapidase Adex-D Aspergillus sp DSM
Cultivo
Submerso
Novozymes. (2013). Enzymes at work. http://www.novozymes.com/en/about-us/brochures/Documents/Enzymes_at_work.pdf
Cultivo em estado sólido (CES) Cultivo submerso (CSm)
Meio apresenta ate 80% de umidade; as hifas são
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Meio é geralmente solubilizado em água; as hifas se
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Geralmente o volume útil do reator é ocupado
Substrato sólido fornece nutrientes Os nutrientes estão dissolvidos no meio líquido
O2 é livremente disponível na superfície da partícula
A disponibilidade de O2 pode ser controlada
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ao longo do cultivo (difícil controle)
Os parâmetros pH e temperatura são geralmente
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Movimento das partículas do substrato sólido pode
causar impacto e danos severos ao microrganismo
Agitação dos biorreatores, geralmente proporciona
ambiente de baixo cisalhamento
Problemas causados por inibição são baixos Inibição por substrato e produto são mais frequentes
INTRODUÇÃO
Prabhakar et al. (2005). Malaysian J. Microbiol. 12: 10-16.
Hölker & Lenz (2005). Curr. Opin. Microbiol. 8: 301-306.
INTRODUÇÃO
Biorreatores utilizados em cultivo em estado sólido
Mitchell et al. (2006). Solid-state fermentation bioreactors. Fundamentals of design and operation. Springer-Verlag Berlin
INTRODUÇÃO
pH
Umidade
Temperatura
Aeração
Espessura do
meio
Agitação
Produção de enzimas pectinolíticas por CES –
Efeito dos parâmetros operacionais
INTRODUÇÃO
pH
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Berovič & OstroveršniK (1997). J. Biotechnol. 53: 47-53.
Produção de enzimas pectinolíticas por CES –
Efeito dos parâmetros operacionais
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pH
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T aumenta até 20oC acima da T de incubação
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Efeito dos parâmetros operacionais
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Rodríguez-Fernández et al. (2011). Bioresour. Technol. 102: 10657-10662.
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Thomas et al. (2013). Biochem. Eng. J. 81: 146-161.
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(Adaptado de Lima et al., (2001). Biotecnologia Industrial: Processos Fermentativos e Enzimáticos).
INTRODUÇÃO
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Pessoa Jr, A. Kilikian, B.V. (2005). Purificação de produtos biotecnológicos. Manole. São Paulo.
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Mulder, M. (1996). Basic Principles of Membrane Technology. 2.ed. Kluwer Academic Publishers, USA.
Habert, A.C. e t al (2006) Processos de Separação com Membranas. Rio de Janeiro: E-papers.
INTRODUÇÃO
Formulação das preparações enzimáticas
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INTRODUÇÃO
Influência do glicerol na estrutura e na estabilidade das enzimas: hidratação preferencial em torno da
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Kumar & Venkatesu, (2012) Chem. Rev. 112: 4283-4307.
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Enzimas pectinolíticas: produção e aplicações

  • 2. Substâncias pécticas Protopectina - insolúvel Ácido péctico - sem grupos esterificados Ácido pectínico - 0 a 75% de grupos esterificados Pectina - mínimo de 75% de grupos esterificados Representação da estrutura da parede celular de plantas . Sharma et al. (2012). Rev. Environm. Sci. Biotechnol. 12: 45–60. Jayani et al. (2005). Process Biochem. 40:2931–2944. Pedrolli et al. (2009). Open Biotechnol. J. 3: 9-18. INTRODUÇÃO
  • 3. Enzimas Pectinolíticas •Pectina Liase •Exo - poligalacturonase •Endo - poligalacturonase Despolimerizantes • Pectina esteraseDesmetoxilante INTRODUÇÃO
  • 4. Mecanismo de ação das principais enzimas encontradas nas preparações pectinolíticas. Fonte:http://www.ncbe.reading.ac.uk/ncbe/protocols/ inajam/pdf/jam01.pdf Enzimas Pectinolíticas INTRODUÇÃO
  • 5. Sucos de frutas Maceração Despectinização Aumento na extração, liberação de aromas e antioxidantes Clarificação, redução de viscosidade e aumento na estabilidade Grassin, C.; Fauquembergue, P. (1996). Progress in Biotechnology, 14:453-462. Sandri et al. (2011). LWT – Food Science and Technology, 44: 2217-2222. Nur ‘Aliaa et al. (2011). Journal of Food Process Engineering, 34: 1523-1534. INTRODUÇÃO Aplicação das pectinases no processamento de sucos de frutas
  • 6. Despectinização de suco de maçã: hidrólise da pectina gera agregação de partículas Fonte: http://www.ncbe.reading.ac.uk/ncbe/protocols/inajam/pdf/jam01.pdf . Pinelo et al. (2010). Food and Bioproducts Processing, 88:259-265. Kashyap et al. (2001). Bioresource Technology, 77:215-227. INTRODUÇÃO Viscosidade Turbidez Clarificação
  • 7. INTRODUÇÃO Brasil Aplicação das pectinases no processamento de sucos de frutas Ibravin Produção de suco de uva - 2013 33 milhões de litros Dosagem - 3 g de enzima por 100 kg de fruta 1 tonelada de enzimas
  • 8. Microrganismos produtores de pectinases Anvisa: Aspergillus awamori , Aspergillus foetidus, Aspergillus niger, Aspergillus oryzae, Penicillium simplicissium, Rhizopus oryzae, Trichoderma reesei. RESOLUÇÃO ANVISA Nº 26, DE 26 DE MAIO DE 2009 FDA – GRAS (generally recognized as safe) INTRODUÇÃO Enzima Microrganismo Empresa produtora Pectinex Ultra SP-L Aspergillus aculeatus Novozymes Pectinex Ultra Clear Aspergillus aculeatus Aspergillus niger Novozymes Pectinex Ultra Color Aspergillus aculeatus Aspergillus niger Novozymes Pectinex Ultra Mesh Aspergillus aculeatus Aspergillus niger Novozymes Novozym 33095 Aspergillus aculeatus Aspergillus niger Novozymes Rohapect 10L Aspergillus niger Rŏhm Enzyme Rapidase Vino super L Aspergillus niger DSM Rapidase Adex-D Aspergillus sp DSM Cultivo Submerso Novozymes. (2013). Enzymes at work. http://www.novozymes.com/en/about-us/brochures/Documents/Enzymes_at_work.pdf
  • 9. Cultivo em estado sólido (CES) Cultivo submerso (CSm) Meio apresenta ate 80% de umidade; as hifas são expostas ao ar podendo ser ressecadas Meio é geralmente solubilizado em água; as hifas se mantêm hidratadas Baixo risco de contaminação devido à baixa atividade de água O risco de contaminação é maior Espessura do meio dentro do reator é pequena (baixo volume de ocupação) Geralmente o volume útil do reator é ocupado Substrato sólido fornece nutrientes Os nutrientes estão dissolvidos no meio líquido O2 é livremente disponível na superfície da partícula A disponibilidade de O2 pode ser controlada razoavelmente bem Ocorrem gradientes de temperatura, pH e umidade ao longo do cultivo (difícil controle) Os parâmetros pH e temperatura são geralmente controlados ao longo do cultivo Movimento das partículas do substrato sólido pode causar impacto e danos severos ao microrganismo Agitação dos biorreatores, geralmente proporciona ambiente de baixo cisalhamento Problemas causados por inibição são baixos Inibição por substrato e produto são mais frequentes INTRODUÇÃO Prabhakar et al. (2005). Malaysian J. Microbiol. 12: 10-16. Hölker & Lenz (2005). Curr. Opin. Microbiol. 8: 301-306.
  • 10. INTRODUÇÃO Biorreatores utilizados em cultivo em estado sólido Mitchell et al. (2006). Solid-state fermentation bioreactors. Fundamentals of design and operation. Springer-Verlag Berlin
  • 11. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 12. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação Não sofre controle durante o cultivo Ajuste-se o valor no início do cultivo Berovič & OstroveršniK (1997). J. Biotechnol. 53: 47-53. Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 13. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação T aumenta até 20oC acima da T de incubação Gradientes de temperatura de 3 a 5oC Diminuição do crescimento e formação de produto Desnaturação do produto Limita a espessura do meio Thomas et al. (2013). Biochem. Eng. J. 81: 146-161. Meien et al. (2004). Chem. Eng. Sci. 59: 4493-4504. Chen et al. (2005). Biochem. Eng. J. 23: 117-122. Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 14. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação Limita o crescimento e o metabolismo Altos níveis reduzem a porosidade do meio Pandey, A. (2003). Biochem. Eng. J. 13: 81-84. Demir & Tari, (2014). Ind. Crops Prod. 54: 302-309. Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 15. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação Fornecer O2 para o metabolismo Remover CO2, calor e vapor de água Otimização do fluxo de ar empregado Rodríguez-Fernández et al. (2011). Bioresour. Technol. 102: 10657-10662. Kalogeris, et al. (2003). Bioresour. Technol. 86: 207-213. Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 16. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação Fator limitante em grandes escalas devido ao acúmulo de calor Thomas et al. (2013). Biochem. Eng. J. 81: 146-161. Mitchell et al. (2006). Solid-state fermentation bioreactors. Fundamentals of design and operation. Springer-Verlag Berlin Heidelberg. Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 17. INTRODUÇÃO pH Umidade Temperatura Aeração Espessura do meio Agitação Contínua ou intermitente Agitações intensas podem causar danos ao micélio Rodríguez-Jasso et al. (2013). Food Bioproduc. Process. 91: 587-594. Gasiorek (2008). Chem. Pap. 62: 141-146. Demir & Tari (2014). Ind. Crops Prod. 54: 302-309. Produção de enzimas pectinolíticas por CES – Efeito dos parâmetros operacionais
  • 18. Recuperação, concentração e purificação de enzimas Fluxograma das etapas do processo de recuperação das enzimas (downstream processing) (Adaptado de Lima et al., (2001). Biotecnologia Industrial: Processos Fermentativos e Enzimáticos). INTRODUÇÃO
  • 19. Métodos de concentração de enzimas Liofilização Sais presentes na solução inicial são concentrados. Enzima na forma de pó é muito mais estável. Membranas de separação Processo rápido e apresenta altos níveis de recuperação. Evaporação 30-40°C, alto consumo energético. Precipitação Precipitação por solvente ou por sais. Pequena escala. INTRODUÇÃO Pessoa Jr, A. Kilikian, B.V. (2005). Purificação de produtos biotecnológicos. Manole. São Paulo.
  • 20. Separação por membranas em biotecnologia Caraterísticas dos processos de microfiltração e ultrafiltração. Vantagens: - Não requer altas temperaturas; - sem adição de produtos químicos; Desvantagem: - necessidade de pré-tratamento. Processos Força Motriz Tamanho de poro Aplicações Microfiltração Pressão (0,1 – 2 bar) 0,1–10 µm Remoção de microrganismos, clarificação Ultrafiltração Pressão (1 - 7 bar) 1–100 nm Concentração de macromoléculas Mulder, M. (1996). Basic Principles of Membrane Technology. 2.ed. Kluwer Academic Publishers, USA. Habert, A.C. e t al (2006) Processos de Separação com Membranas. Rio de Janeiro: E-papers. INTRODUÇÃO
  • 21. Formulação das preparações enzimáticas Extrato enzimático concentrado Aditivos INTRODUÇÃO Influência do glicerol na estrutura e na estabilidade das enzimas: hidratação preferencial em torno da superfície da enzima promove compactação e aumenta a estabilidade da estrutura. Kumar & Venkatesu, (2012) Chem. Rev. 112: 4283-4307. Evitar crescimento microbiano e conservar a atividade ao longo do período de estocagem