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FICHAMENTO DE TRANSCRIÇÃO
Nayara França1

FIORIN, José Luiz (org.) Introdução à Linguística. Vol. 1 Objetos Teóricos. São
Paulo: Contexto, 2002.

“A variação Lingüística” Ronald Beline
........................................................................................................................................
Uma língua é sobretudo um produto social e cultural e como tal deve ser entendida...
[...] As línguas variam [...] (p.162).
........................................................................................................................................
[...] podemos de início pensar nas diferentes línguas que existem no mundo.
Falamos português no Brasil. [...] Sabemos também que dentro de nosso país ainda
há indígenas que se comunicam [...] em suas línguas, e não em português. (p.163)
........................................................................................................................................
[...] o fato de que detectamos diferenças entre o português que falamos em São
Paulo, [...] e o português que se fala na cidade do Rio de Janeiro, ou nas cidades de
Salvador e Porto Alegre. É claro também que tais diferenças não impedem que nos
comuniquemos entre nós. (p.163).
........................................................................................................................................
[...] Pode ser que o falante não saiba que "jerimum", palavra muito usada na Bahia,
corresponde a "abóbora", termo muito mais comum nos estados do Sul e Sudeste
de nosso país. (p.163).
........................................................................................................................................
[...] O que importa [...] no estudo da variação Linguística é que ambos os vocábulos
podem ser usados para fazer referência a um determinado fruto, de uma
determinada planta, que tem um determinado tamanho, uma determinada cor, enfim,

1

Discente do Curso de Especialização em Estudos Linguísticos e Literários pela Universidade
Federal da Bahia- UFBA, apresentando fichamento para o componente Sociolinguística, ministrado
pela Profa. Drª Constância Borges.
um conjunto de características que não permite que ele seja chamado "tomate", por
exemplo (p.164).
........................................................................................................................................
Esse tipo de variação, a lexical, é entretanto apenas um dos modos como uma
língua pode variar. [...] Numa mesma língua, um mesmo vocábulo pode ser
pronunciado de formas diferentes, seja conforme o lugar - variação diatópica -, seja
conforme a situação (mais formal ou mais informal) em que se está falando variação diafásica. (p.164).
........................................................................................................................................
[...] focalizando a variação agora nos sons, podemos lembrar a clara diferença que
distingue falantes cariocas de paulistanos: o modo como eles pronunciam o -r em
final de sílaba. (p.164).
........................................................................................................................................
A variável Linguística é, portanto, um conjunto de duas ou mais variantes. Estas,
por sua vez, são diferentes formas Linguísticas que veiculam um mesmo sentido.
(p.165).
........................................................................................................................................
[...] Tal variação morfológica não é obrigatoriamente uma variação diatópica. Um
paulistano, embora possa aspirar o -r em final de sílaba, parece nunca fazê-lo. O
mesmo paulistano, por outro lado, pode dizer "andar" ou "andá", "fazer" ou "fazê",
"sair" ou "saf'. (p.166).
........................................................................................................................................
Até que ponto as línguas variam? [...] variação Linguística detectáveis no léxico, na
fonética, na morfologia e na sintaxe do P B, explicando-os com base na localização
geográfica dos falantes e em aspectos sociais, tais como escolaridade do falante e
formalidade ou informalidade da situação de fala. (p.169).
........................................................................................................................................
[...] as línguas são sistemas homogêneos, em algum nível caracterizado por um
conjunto de regras que não varia. [...] Um

falante universitário de alto poder

aquisitivo, na faixa dos 25 anos, nascido e criado na capital de São Paulo, pode
utilizar variantes como andar e andá, fazer e fazê, e assim por diante. O mesmo
falante parece também poder usar as variantes "essa aqui é a pessoa em que eu
fiquei na casa" e "essa aqui é a pessoa que eu fiquei na casa dela". (p. 172)
........................................................................................................................................
[...] um mesmo indivíduo opera com regras variáveis, parece natural optar por uma
perspectiva a partir da qual vemos a língua como um sistema
variável.

Os

lingüistas

que

assim

vêem

a

língua

inerentemente
são comumente

chamados de sociolingüistas ou variacionistas. (p. 172 - 173).
........................................................................................................................................
[..] mesmo o falante que é membro de uma comunidade caracterizada pelo
nível

escolar

e

econômico

pode

deixar

de

realizar

a

alto

chamada

concordância nominal, em alguns casos. (p. 175)
........................................................................................................................................
[...] de um lado, temos a comunidade de fala, do modo como definimos, de outro,
continuamos tendo o falante-indivíduo, que pode usar a língua de maneira variável
mesmo dentro da comunidade. (p. 176)
........................................................................................................................................
[...] os falantes expressam mais o pronome tu quando fazem referência a qualquer
pessoa e não a uma pessoa específica. (p.179)

“A mudança Lingüística” - Paulo Chagas
........................................................................................................................................
[...] Quanto maior

a

diferença

de

idade, maior

a

probabilidade

de

encontrarmos diferenças na forma de falar de duas pessoas. Suponhamos que um
falante de cerca de vinte anos converse com outro falante de cerca de setenta anos.
Ambos poderão perceber diferenças (p. 171)
........................................................................................................................................
[...] A língua escrita não reflete todas as mudanças que ocorrem na língua falada. A
língua escrita
língua

vem normalmente

a

reboque

das mudanças

ocorridas

na

falada, havendo frequentemente uma defasagem entre o aparecimento de

mudanças na língua falada e o momento em que elas passam a ser aceitas ou
pelo menos toleradas na língua escrita. (p.201)
........................................................................................................................................
[...] "É sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa
ciência,

diacrônico

tudo

o

que

diz respeito

às

evoluções.

Do

mesmo
modo, sincronia e diacronia designarão respectivamente um estado de língua e
uma fase de evolução". (p. 202)
........................................................................................................................................
Por estar interessado no conhecimento individual a respeito da língua, na relação
entre língua e mente, Chomsky pressupõe um falante ideal numa comunidade ideal,
também com o objetivo de abstrair considerações sociais. Fazendo uma oposição
entre gramática (tida por ele como o conhecimento que cada falante tem do idioma
que utiliza), e língua (tida como algo social), Chomsky faz claramente uma opção
metodológica em favor da primeira. (p. 204)
........................................................................................................................................
Para Labov, toda língua apresenta variação, que é sempre potencialmente um
desencadeador de mudança. Como a mudança

é

gradual,

é

necessário

passar. primeiro por um período de transição em que há variação, para em seguida
ocorrer a mudança.

Como a mudança e a variação estão estreitamente

relacionadas, é muito difícil estudar uma sem estudar a outra. (p. 204)
........................................................................................................................................
De certa forma, Labov faz o caminho inverso de Saussure,

já que este fez um

esforço para excluir o que é externo à língua em si dos estudos lingüísticos, e
aquele procura

justamente

demonstrar

que

o

funcionamento

de

uma

língua não pode ser entendido no vácuo. Ela necessariamente faz parte de uma
sociedade que a utiliza, a influencia e é influenciada por ela. (p. 204 - 205)
........................................................................................................................................
Se deixamos de lado tudo o que é social, não estritamente interno à língua, não
podemos

explicar,

por

exemplo,

por

que

alguns

falantes utilizam um r

retroflexo, isto é, com a ponta da língua voltada para trás, o chamado r caipira, em
contextos que outros utilizam um r vibrante alveolar e outros utilizam apenas uma
aspiração, sem que haja distinção de significado. (p. 205)
........................................................................................................................................
Como apontou Coseriu (1979), a língua nunca está pronta. Ela é sempre algo por
refazer. A cada geração, ou mesmo em cada situação de fala, cada falante recria a
língua. Dessa forma, ela está sujeita a alterações nessa recriação. Por outro lado,
depende de uma tradição, já que cada falante diz as coisas de determinada maneira
em grande parte porque é daquela maneira que se costuma dizer. (p. 205 – 206)
........................................................................................................................................
Como a língua está sempre sendo recriada, ela comporta o surgimento
de inovações a todo momento. O crucial é que nem toda inovação vinga, nem
toda inovação é realmente

incorporada e difundida pelos

falantes de uma

determinada comunidade. (p. 206)
........................................................................................................................................
É importante termos em mente que as línguas são heterogêneas, não são sistemas
perfeitos, prontos, acabados. Pode haver nelas heterogeneidade de origem externa
ou

interna

à

língua,

e

a

heterogeneidade

de

um

tipo

pode

gerar

também heterogeneidade do outro tipo. Por exemplo, há atualmente no português
do Brasil uma

tendência de perda dos pronomes átonos ou clíticos.

Essa

tendência é bem acentuada nos clíticos de terceira pessoa, mas não se limita a ela.
Formas como eu vi ele são bem mais comuns no vernáculo do que eu o vi. (p. 206)
........................................................................................................................................
[...] Qualquer desequilíbrio desencadeado por motivos unicamente linguísticos ou
por motivos externos à língua pode dar origem à variação. E toda variação pode
em princípio vir a ocasionar mudança. (p. 207)
........................................................................................................................................
Como a língua está a todo momento se equilibrando entre tendências
potencialmente conflitantes, e até mesmo opostas, está sujeita a sofrer mudanças,
pois esse equilíbrio pode vir a ser alterado por qualquer tipo de fator, interno ou
externo. (p. 207)
........................................................................................................................................
[...] Em muitas regiões do Brasil, já se completou a mudança, resultando em uma
substituição completa do pronome sujeito tu por você. Em outras, temos ainda a
variação entre as duas. É importante perceber que não passamos de uma fase em
que só se usava a forma tu para outra em que só se usa a forma você, sem uma
fase intermediária de variação. (p. 209)
........................................................................................................................................
[...] para a Sociolinguística Variacionista, a mudança é vista como gradual. (p. 209)
........................................................................................................................................
É importante sempre lembrar que pode haver fatores de duas espécies
que favoreçam ou dificultem a mudança: fatores estritamente linguísticos e
fatores extralinguísticos. Os fatores linguísticos se relacionam à forma como a língua
está organizada, como funciona o seu sistema, quais são seus elementos, suas
regras, etc. Os fatores extralinguísticos relacionam-se à forma como a língua está
inserida na sociedade. (p. 210)
........................................................................................................................................
Como se origina uma mudança Lingüística? Podemos pensar em duas
possibilidades. A primeira é a ação de um ou mais elementos externos à língua e à
sociedade em que ela se insere. É o que ocorre quando uma língua entra em
contato com outra. (p. 210)
........................................................................................................................................
Os fatores que podem estar relacionados à mudança podem ser de diversos tipos: a
idade, o sexo, a classe social e o prestígio social, entre outros. (p. 217)
........................................................................................................................................
a observação de falantes de diferentes faixas etárias, para estudar como eles
utilizam determinadas variáveis,

por

exemplo,

a marcação de plural,

a

concordância de sujeito e verbo, a pronúncia de determinados sons ou seqüências
de sons, o significado que atribuem a determinadas construções etc. (p. 218)
........................................................................................................................................
De acordo com Lightfoot, a mudança lingüística está localizada no período de
aquisição da linguagem. Como a criança não tem acesso direto à gramática dos
pais ou de outros adultos dos quais ela adquire o domínio de sua língua materna,
pode ocorrer de a gramática das crianças apresentar

certas

diferenças

com

relação à gramática dos pais. (p. 222)
........................................................................................................................................
A Teoria da Otimidade considera que em toda língua estão presentes restrições
universais, normalmente baseadas em questões funcionais como a facilidade de
articulação, facilidade de percepção etc. Anttila (1995) e AnttiIa e Cho (1998) são
autores importantes que tratam da variação e da mudança Lingüística nesse quadro
teórico. (p. 222)
regras, etc. Os fatores extralinguísticos relacionam-se à forma como a língua está
inserida na sociedade. (p. 210)
........................................................................................................................................
Como se origina uma mudança Lingüística? Podemos pensar em duas
possibilidades. A primeira é a ação de um ou mais elementos externos à língua e à
sociedade em que ela se insere. É o que ocorre quando uma língua entra em
contato com outra. (p. 210)
........................................................................................................................................
Os fatores que podem estar relacionados à mudança podem ser de diversos tipos: a
idade, o sexo, a classe social e o prestígio social, entre outros. (p. 217)
........................................................................................................................................
a observação de falantes de diferentes faixas etárias, para estudar como eles
utilizam determinadas variáveis,

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Fichamento de transcrição do texto de Variação Linguistica

  • 1. FICHAMENTO DE TRANSCRIÇÃO Nayara França1 FIORIN, José Luiz (org.) Introdução à Linguística. Vol. 1 Objetos Teóricos. São Paulo: Contexto, 2002. “A variação Lingüística” Ronald Beline ........................................................................................................................................ Uma língua é sobretudo um produto social e cultural e como tal deve ser entendida... [...] As línguas variam [...] (p.162). ........................................................................................................................................ [...] podemos de início pensar nas diferentes línguas que existem no mundo. Falamos português no Brasil. [...] Sabemos também que dentro de nosso país ainda há indígenas que se comunicam [...] em suas línguas, e não em português. (p.163) ........................................................................................................................................ [...] o fato de que detectamos diferenças entre o português que falamos em São Paulo, [...] e o português que se fala na cidade do Rio de Janeiro, ou nas cidades de Salvador e Porto Alegre. É claro também que tais diferenças não impedem que nos comuniquemos entre nós. (p.163). ........................................................................................................................................ [...] Pode ser que o falante não saiba que "jerimum", palavra muito usada na Bahia, corresponde a "abóbora", termo muito mais comum nos estados do Sul e Sudeste de nosso país. (p.163). ........................................................................................................................................ [...] O que importa [...] no estudo da variação Linguística é que ambos os vocábulos podem ser usados para fazer referência a um determinado fruto, de uma determinada planta, que tem um determinado tamanho, uma determinada cor, enfim, 1 Discente do Curso de Especialização em Estudos Linguísticos e Literários pela Universidade Federal da Bahia- UFBA, apresentando fichamento para o componente Sociolinguística, ministrado pela Profa. Drª Constância Borges.
  • 2. um conjunto de características que não permite que ele seja chamado "tomate", por exemplo (p.164). ........................................................................................................................................ Esse tipo de variação, a lexical, é entretanto apenas um dos modos como uma língua pode variar. [...] Numa mesma língua, um mesmo vocábulo pode ser pronunciado de formas diferentes, seja conforme o lugar - variação diatópica -, seja conforme a situação (mais formal ou mais informal) em que se está falando variação diafásica. (p.164). ........................................................................................................................................ [...] focalizando a variação agora nos sons, podemos lembrar a clara diferença que distingue falantes cariocas de paulistanos: o modo como eles pronunciam o -r em final de sílaba. (p.164). ........................................................................................................................................ A variável Linguística é, portanto, um conjunto de duas ou mais variantes. Estas, por sua vez, são diferentes formas Linguísticas que veiculam um mesmo sentido. (p.165). ........................................................................................................................................ [...] Tal variação morfológica não é obrigatoriamente uma variação diatópica. Um paulistano, embora possa aspirar o -r em final de sílaba, parece nunca fazê-lo. O mesmo paulistano, por outro lado, pode dizer "andar" ou "andá", "fazer" ou "fazê", "sair" ou "saf'. (p.166). ........................................................................................................................................ Até que ponto as línguas variam? [...] variação Linguística detectáveis no léxico, na fonética, na morfologia e na sintaxe do P B, explicando-os com base na localização geográfica dos falantes e em aspectos sociais, tais como escolaridade do falante e formalidade ou informalidade da situação de fala. (p.169). ........................................................................................................................................ [...] as línguas são sistemas homogêneos, em algum nível caracterizado por um conjunto de regras que não varia. [...] Um falante universitário de alto poder aquisitivo, na faixa dos 25 anos, nascido e criado na capital de São Paulo, pode utilizar variantes como andar e andá, fazer e fazê, e assim por diante. O mesmo falante parece também poder usar as variantes "essa aqui é a pessoa em que eu fiquei na casa" e "essa aqui é a pessoa que eu fiquei na casa dela". (p. 172)
  • 3. ........................................................................................................................................ [...] um mesmo indivíduo opera com regras variáveis, parece natural optar por uma perspectiva a partir da qual vemos a língua como um sistema variável. Os lingüistas que assim vêem a língua inerentemente são comumente chamados de sociolingüistas ou variacionistas. (p. 172 - 173). ........................................................................................................................................ [..] mesmo o falante que é membro de uma comunidade caracterizada pelo nível escolar e econômico pode deixar de realizar a alto chamada concordância nominal, em alguns casos. (p. 175) ........................................................................................................................................ [...] de um lado, temos a comunidade de fala, do modo como definimos, de outro, continuamos tendo o falante-indivíduo, que pode usar a língua de maneira variável mesmo dentro da comunidade. (p. 176) ........................................................................................................................................ [...] os falantes expressam mais o pronome tu quando fazem referência a qualquer pessoa e não a uma pessoa específica. (p.179) “A mudança Lingüística” - Paulo Chagas ........................................................................................................................................ [...] Quanto maior a diferença de idade, maior a probabilidade de encontrarmos diferenças na forma de falar de duas pessoas. Suponhamos que um falante de cerca de vinte anos converse com outro falante de cerca de setenta anos. Ambos poderão perceber diferenças (p. 171) ........................................................................................................................................ [...] A língua escrita não reflete todas as mudanças que ocorrem na língua falada. A língua escrita língua vem normalmente a reboque das mudanças ocorridas na falada, havendo frequentemente uma defasagem entre o aparecimento de mudanças na língua falada e o momento em que elas passam a ser aceitas ou pelo menos toleradas na língua escrita. (p.201) ........................................................................................................................................ [...] "É sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa ciência, diacrônico tudo o que diz respeito às evoluções. Do mesmo
  • 4. modo, sincronia e diacronia designarão respectivamente um estado de língua e uma fase de evolução". (p. 202) ........................................................................................................................................ Por estar interessado no conhecimento individual a respeito da língua, na relação entre língua e mente, Chomsky pressupõe um falante ideal numa comunidade ideal, também com o objetivo de abstrair considerações sociais. Fazendo uma oposição entre gramática (tida por ele como o conhecimento que cada falante tem do idioma que utiliza), e língua (tida como algo social), Chomsky faz claramente uma opção metodológica em favor da primeira. (p. 204) ........................................................................................................................................ Para Labov, toda língua apresenta variação, que é sempre potencialmente um desencadeador de mudança. Como a mudança é gradual, é necessário passar. primeiro por um período de transição em que há variação, para em seguida ocorrer a mudança. Como a mudança e a variação estão estreitamente relacionadas, é muito difícil estudar uma sem estudar a outra. (p. 204) ........................................................................................................................................ De certa forma, Labov faz o caminho inverso de Saussure, já que este fez um esforço para excluir o que é externo à língua em si dos estudos lingüísticos, e aquele procura justamente demonstrar que o funcionamento de uma língua não pode ser entendido no vácuo. Ela necessariamente faz parte de uma sociedade que a utiliza, a influencia e é influenciada por ela. (p. 204 - 205) ........................................................................................................................................ Se deixamos de lado tudo o que é social, não estritamente interno à língua, não podemos explicar, por exemplo, por que alguns falantes utilizam um r retroflexo, isto é, com a ponta da língua voltada para trás, o chamado r caipira, em contextos que outros utilizam um r vibrante alveolar e outros utilizam apenas uma aspiração, sem que haja distinção de significado. (p. 205) ........................................................................................................................................ Como apontou Coseriu (1979), a língua nunca está pronta. Ela é sempre algo por refazer. A cada geração, ou mesmo em cada situação de fala, cada falante recria a língua. Dessa forma, ela está sujeita a alterações nessa recriação. Por outro lado, depende de uma tradição, já que cada falante diz as coisas de determinada maneira em grande parte porque é daquela maneira que se costuma dizer. (p. 205 – 206) ........................................................................................................................................
  • 5. Como a língua está sempre sendo recriada, ela comporta o surgimento de inovações a todo momento. O crucial é que nem toda inovação vinga, nem toda inovação é realmente incorporada e difundida pelos falantes de uma determinada comunidade. (p. 206) ........................................................................................................................................ É importante termos em mente que as línguas são heterogêneas, não são sistemas perfeitos, prontos, acabados. Pode haver nelas heterogeneidade de origem externa ou interna à língua, e a heterogeneidade de um tipo pode gerar também heterogeneidade do outro tipo. Por exemplo, há atualmente no português do Brasil uma tendência de perda dos pronomes átonos ou clíticos. Essa tendência é bem acentuada nos clíticos de terceira pessoa, mas não se limita a ela. Formas como eu vi ele são bem mais comuns no vernáculo do que eu o vi. (p. 206) ........................................................................................................................................ [...] Qualquer desequilíbrio desencadeado por motivos unicamente linguísticos ou por motivos externos à língua pode dar origem à variação. E toda variação pode em princípio vir a ocasionar mudança. (p. 207) ........................................................................................................................................ Como a língua está a todo momento se equilibrando entre tendências potencialmente conflitantes, e até mesmo opostas, está sujeita a sofrer mudanças, pois esse equilíbrio pode vir a ser alterado por qualquer tipo de fator, interno ou externo. (p. 207) ........................................................................................................................................ [...] Em muitas regiões do Brasil, já se completou a mudança, resultando em uma substituição completa do pronome sujeito tu por você. Em outras, temos ainda a variação entre as duas. É importante perceber que não passamos de uma fase em que só se usava a forma tu para outra em que só se usa a forma você, sem uma fase intermediária de variação. (p. 209) ........................................................................................................................................ [...] para a Sociolinguística Variacionista, a mudança é vista como gradual. (p. 209) ........................................................................................................................................ É importante sempre lembrar que pode haver fatores de duas espécies que favoreçam ou dificultem a mudança: fatores estritamente linguísticos e fatores extralinguísticos. Os fatores linguísticos se relacionam à forma como a língua está organizada, como funciona o seu sistema, quais são seus elementos, suas
  • 6. regras, etc. Os fatores extralinguísticos relacionam-se à forma como a língua está inserida na sociedade. (p. 210) ........................................................................................................................................ Como se origina uma mudança Lingüística? Podemos pensar em duas possibilidades. A primeira é a ação de um ou mais elementos externos à língua e à sociedade em que ela se insere. É o que ocorre quando uma língua entra em contato com outra. (p. 210) ........................................................................................................................................ Os fatores que podem estar relacionados à mudança podem ser de diversos tipos: a idade, o sexo, a classe social e o prestígio social, entre outros. (p. 217) ........................................................................................................................................ a observação de falantes de diferentes faixas etárias, para estudar como eles utilizam determinadas variáveis, por exemplo, a marcação de plural, a concordância de sujeito e verbo, a pronúncia de determinados sons ou seqüências de sons, o significado que atribuem a determinadas construções etc. (p. 218) ........................................................................................................................................ De acordo com Lightfoot, a mudança lingüística está localizada no período de aquisição da linguagem. Como a criança não tem acesso direto à gramática dos pais ou de outros adultos dos quais ela adquire o domínio de sua língua materna, pode ocorrer de a gramática das crianças apresentar certas diferenças com relação à gramática dos pais. (p. 222) ........................................................................................................................................ A Teoria da Otimidade considera que em toda língua estão presentes restrições universais, normalmente baseadas em questões funcionais como a facilidade de articulação, facilidade de percepção etc. Anttila (1995) e AnttiIa e Cho (1998) são autores importantes que tratam da variação e da mudança Lingüística nesse quadro teórico. (p. 222)
  • 7. regras, etc. Os fatores extralinguísticos relacionam-se à forma como a língua está inserida na sociedade. (p. 210) ........................................................................................................................................ Como se origina uma mudança Lingüística? Podemos pensar em duas possibilidades. A primeira é a ação de um ou mais elementos externos à língua e à sociedade em que ela se insere. É o que ocorre quando uma língua entra em contato com outra. (p. 210) ........................................................................................................................................ Os fatores que podem estar relacionados à mudança podem ser de diversos tipos: a idade, o sexo, a classe social e o prestígio social, entre outros. (p. 217) ........................................................................................................................................ a observação de falantes de diferentes faixas etárias, para estudar como eles utilizam determinadas variáveis, por exemplo, a marcação de plural, a concordância de sujeito e verbo, a pronúncia de determinados sons ou seqüências de sons, o significado que atribuem a determinadas construções etc. (p. 218) ........................................................................................................................................ De acordo com Lightfoot, a mudança lingüística está localizada no período de aquisição da linguagem. Como a criança não tem acesso direto à gramática dos pais ou de outros adultos dos quais ela adquire o domínio de sua língua materna, pode ocorrer de a gramática das crianças apresentar certas diferenças com relação à gramática dos pais. (p. 222) ........................................................................................................................................ A Teoria da Otimidade considera que em toda língua estão presentes restrições universais, normalmente baseadas em questões funcionais como a facilidade de articulação, facilidade de percepção etc. Anttila (1995) e AnttiIa e Cho (1998) são autores importantes que tratam da variação e da mudança Lingüística nesse quadro teórico. (p. 222)