1. INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E EXTENSÃO
FERNANDA LAMEIRA
HELONEIDA LEITE LEDO
MARIVALDO OLIVEIRA MARINHO
O USO DO TANGRAN COMO BENEFICIADOR NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA MATEMÁTICACOM ALUNO
DEFICIENTE INTELECTUAL (DI)
BELÉM-PA
2015
2. FERNANDA LAMEIRA
HELONEIDA LEITE LEDO
MARIVALDO OLIVEIRA MARINHO
O USO DO TANGRAN COMO BENEFICIADOR NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA MATEMÁTICACOM ALUNO
DEFICIENTE INTELECTUAL (DI)
Pré –Projeto apresentado ao curso de
Educação Especial e Inclusão e projeto
do Inex para obtenção de Grau de
Especialista em Educação Especial e
Inclusão.
Profª. Ma. Roseane Rodrigues Siqueira
3. BELÉM-PA
2015
FERNANDA LAMEIRA
HELONEIDA LEITE LEDO
MARIVALDO OLIVEIRA MARINHO
O USO DO TANGRAN COMO BENEFICIADOR NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA MATEMÁTICACOM ALUNO
DEFICIENTE INTELECTUAL (DI)
DATA DA AVALIAÇÃO _____/______/______
CONCEITO: ___________________________
BANCA EXAMINADORA
_______________________________ NOTA __________
Profª. MSc Roseane Rodrigues Siqueira
_______________________________ NOTA__________
4. Profº.
Belém-PA
2015
SUMÁRIO
SITUAÇÃO PROBLEMA
Este artigo é parte da pesquisa a ser desenvolvida para obtenção de Grau de
Especialista em Educação Especial e Inclusão. Muito se tem pesquisado e publicado
acerca dos avanços da Ciência na área da Deficiência Intelectual. No entanto, essa
realidade não revela avanços significativos na educação e, embora divulgações feitas
pelo Governo Federal demonstrem o crescimento de matrículas de pessoas com
deficiência no ensino comum, estudos têm mostrado que a escola não tem adequado
5. seus espaços para atender às necessidades específicas de alunos da Educação
Especial. A educação, e em destaque a docência, ultrapassa as barreiras do campo
profissional. Mesmo encontrando divergências de opiniões relacionadas à escolha da
profissão, optamos por este caminho. As experiências vivenciadas em sala de aula
deram a certeza de que fizemos a escolha certa. O brilho no olhar de quem aprende
recompensa cada uma das flores que não vemos no caminhar. A educação especial
começou a fazer parte de forma relevante em nossa vida, no decorrer da graduação,
momento em que obtivemos maiores conhecimentos sobre o tema. Este início,
expresso ao longo do texto, trouxe-nos ao Curso de pós-graduação em Educação
Especial e Inclusiva, resultando na explícita pesquisa sobre a educação inclusiva para
alunos com Deficiência Intelectual, enfocando o papel do uso do Tangran no ensino da
Matemática; Alunos com DI encontram maior dificuldade nas aquisições matemáticas,
por isso, devem ser bem trabalhadas e de forma diferenciada. O tangran é uma forma
de trabalhar e desperta o interesse do aluno e possibilitar o desenvolvimento do
conteúdo, de forma dinâmica. Nesse sentido a pergunta que se propõe é: Como
desenvolver habilidades matemáticas em alunos com DI por meio da utilização do
Tangran em sala de aula?
JUSTIFICATIVA
No dia a dia da sala de aula, professores procuram formas de tornar a educação mais
atraente e eficaz. Uma das alternativas é aliar o prazer e o divertimento à
aprendizagem. Contudo, nem sempre isso é fácil, mesmo porque os interesses e as
solicitações dos alunos são bem variados. No caso particular de jogos matemáticos, no
entanto, quando encaminhados para a escolarização, isso é perfeitamente acessível.
Por meio da ludicidade prazerosa.
De início, toma-se a necessidade de que a escola ofereça aos alunos, desde os
primeiros períodos, oportunidades de contato com a iniciação as formas geometricas,
revestidas de significados, nas quais se procura a interação com o outro. Nesse
sentido, a noção de práticas das organizações de figuras geometricas é o pano de
fundo para qualquer atuação pedagógica no campo da matemática.
6. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
• Explorar formas geométricas por meio de composição e decomposição de
figuras;
OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Desenvolver uma atividade de sensibilização, dos participantes, com relação à
Educação Inclusiva, visando formar figuras variadas utilizando o Tangram;
• Apresentar aos participantes a origem do Tangram;
RELEVÂNCIA
Desta forma, a escola precisa promover a aprendizagem empregando-se de atividades
lúdicas (tangran) que criem um espaço que favoreça o processo de aquisição de
autonomia de aprendizagem matemática. Para tanto, o conhecimento escolar deve ser
valorizado socialmente e o mesmo é um processo dinâmico e criativo por meio de
jogos, brinquedos, brincadeiras e musicalidade. (KISHIMOTO, 1993).
Com a utilização do tangran como recurso pedagógico, o professor poderá utilizar-se,
por modelo, de jogos e brincadeiras em atividades de matemática e diferentes
conteúdos, necessitando, no entanto, saber utilizar o recurso na ocasião oportuna, uma
vez que as crianças desenvolvam a sua inteligência e constroe o seu conhecimento de
forma descontraída. (KISHIMOTO, 1994).
REFERENCIAL TEÓRICO
Os conhecimentos em História da Matemática permitem compreender como
chegamos aos conhecimentos atuais e o porquê de se aprender um conteúdo.
Compreender que desde as necessidades que levaram o homem de uma época a
pensar sobre um assunto com o objetivo de atender os seus anseios, até as aplicações
7. práticas nos dias atuais leva o aluno a se motivar mais, a ter mais prazer, pois o que se
ensina não surgiu do nada, surgiu devido à necessidade de uma comunidade, é fruto
de um processo que supriu a necessidade da comunidade desde o tempo antigo mais
que nos beneficia até os dias atuais através da tecnologia.
Desde os primórdios os humanos tentam entender o universo, buscando regras
e padrões nos objetos que os cercam, bem como relações entre si, e entre eles e o
mundo. Em meio a esse desejo percebe-se a estreita relação que existe entre a
matemática e o mundo e, assim, na medida em que se avança nessa ciência, há
consequentemente o avanço no entendimento de mundo. Regras e padrões estão por
toda parte, e tentar dar sentido a eles é uma das razões pela qual a matemática surge.
Sabemos que alguns dos primeiros registros de matemática originaram-se no Egito
quando os povos começaram a se estabelecer na região, com o crescimento da
sociedade surge à necessidade de administração de terras, que traz implicitamente a
necessidade de controle de área, princípio de contagem e medições, percebeu-se a
necessidade de desenvolver técnicas e consequentemente o desenvolvimento da
matemática.
A matemática é uma ciência que estrutura o pensamento e o raciocínio humano,
porém ela tem um papel que vai além do interior, pois é uma ferramenta de vasta
utilidade nas mais diversas utilidades humanas em todo o tempo. Há uma grande
dificuldade em encontrar áreas da atividade humana onde a matemática ou o seu
raciocínio lógico-dedutivo, não tenha em menor ou em maior grau, uma participação
efetiva. O que não se deve é ensinar uma matemática mecanizada, pois muitas vezes
o aluno se quer toma conhecimento e tem o entendimento de que para que serve. O
ensino da disciplina deve levar o aluno a gostar de estudar matemática.
É necessária que se abandone, no ensino dessa disciplina, a ênfase em decorar
regras e fórmulas, devemos ressaltar a ideia de que o aluno pode valorizar também o
método indutivo; a análise dos exercícios problemas; a discussão das hipóteses para a
resolução; o estudar matemática pensando e não somente aplicando regras e fórmulas
sem que se entenda o conceito.
8. Para o professor que cujo papel era tão somente de transmissor e expositor de
um conteúdo pronto e acabado, que a simples utilização de materiais e objetos em sala
de aula era considerada pura perda de tempo, era considerada uma atividade que
perturbava o silêncio ou a disciplina da classe. A grande minoria que aceitava e
utilizava o fazia de maneira demonstrativa, expositiva, para a visualização e
memorização do aluno. Exemplos disso são: o flanelógrafo, as réplicas grandes em
madeira de figuras geométricas, desenhos ou cartazes fixados nas paredes. Em
síntese, estas constituem as bases do chamado “Ensino Tradicional” que ainda hoje faz
parte de aulas em muitas de nossas escolas.
Embora a matemática faça parte do cotidiano das pessoas, seja nas
experiências mais simples como contar, comparar e resolver utilizando quantidades,
nem todos dominam esse conhecimento. (Sousa Lima ,1991 apud SANTOS E SILVA
LIMA, 2010, Pag. 8) resalta que:
A matemática, apesar de estar presente constantemente na vida das pessoas, é
algo estranho à maioria delas que normalmente não a compreendem chegando mesmo
a temer e ou odiá-la. Por isso, um grande número de pessoas, mesmo capazes de
utilizar sinais verbais, não dá conta de usar os símbolos e raciocínio matemático. O
motivo pode estar na natureza intrínseca da forma como se dá o seu ensino:
verbalização inadequada.
A forma como os professores iniciam os alunos no processo de ensino e
aprendizagem da matemática dependerá seu futuro matemático determinando se eles
sentirão gosto e prazer em trabalhar com ela. Se o ensino for trabalhado de maneira
mecânica, tendo por base a repetição de resoluções de exercícios tornar-se-á
cansativo e desinteressante.
O ensino passou por várias reformas e em cada uma delas incorporou posturas
qualitativamente diferentes. Mas as reformas ocorridas no cenário educacional
nenhuma preocupou-se com o nível elementar de ensino deixando-o a margem. Neste
sentido Miorim (1998 apud SANTOS & SILVA LIMA, 2010, p. 8) diz que:
Durante séculos ao menos desde a Grécia antiga, as grandes questões
educacionais estiveram centradas nos graus médio e superior. Todas as propostas
9. reformadoras tanto do ensino em geral como do ensino específico de matemática
tiveram foco central de preocupação esses níveis escolares e deram pouca ou
nenhuma atenção ao ensino elementar.
Segundo os Parâmetros Curriculares de Matemática (BRASIL, 1997), o ensino
de matemática nos diversos países, teve influencia de um movimento denominado de
matemática moderna. Um movimento educacional fundamentado em uma política de
modernização econômica. Levando em consideração as Ciências Naturais a via de
acesso privilegiada para o pensamento científico e tecnológico. Esse movimento viu
uma possibilidade de aproximação da matemática escolar com a matemática pura,
partindo do ensino das estruturas, ou seja, a lógica. Mas essa possibilidade não foi
viável em todos os contextos escolares devido a matemática proposta estava fora do
alcance da realidade e do nível de conhecimento e de escolarização dos alunos, devido
seu ensino ser centrado nas abstrações e o ensino proposto exigem pré-requisitos que
os alunos não apresentam.
Quando utilizamos jogos dentro de sala de aula e possivel conseguir uma maior
participação do aluno, no entanto deve-se deixar claro que não é uma brincadeira,
quando isso não acontece o objetivo não é alcançado, pois não á aprendizagem.
Diante disso, concordamos com Vygotsky, em que as brincadeiras e os jogos
são de suma importância para uma infância sadia e um aprendizado significativo.
Reconhecendo que o ato de brincar e jogar é uma pratica de ensino.
O Tangram é um jogo propício para construções em geometria plana, pois
proporciona a modelagem de mais de um mil e setecentas figuras planas, com as sete
peças que o compõem segundo a enciclopédia do Tangram, incluindo a própria
formação original, o quadrado, também algumas das figuras muito estudadas como
retângulo, triângulo, trapézio, paralelogramo, pentágono, hexágono, além de trabalhar
o raciocínio lógico fundamental para obter sucesso em trabalhos que envolva aplicação
matemática e desenvolver a atenção cognitiva. Aplicar diversas possibilidades de
trabalho lúdico em sala de aula é fundamental para que professor e aluno construam a
sua prática.
10. Para D’ Ambrosio (1999, p.22) “Um trabalho como o nosso não pode dar
respostas, porque elas não existem. O que se pode fazer é estimular, ajudar a pensar.
Quem pensa geralmente faz boa educação”.
REFERENCIAL
______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva. (2008). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.
Acesso: 01 de março de 2015.
______. Secretaria de Educação Especial. Educação Inclusiva: Atendimento
Educacional Especializado para a Deficiência Mental/ Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Especial. – Brasília: MEC/SEESP, 2006.
GLAT, Rosana. Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro:
7Letras, 2007.
KISHIMOTO, T. M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis: RJ:
Vozes, 1993.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. SP: pioneira, 1994.