O documento discute a violência nas escolas portuguesas, incluindo bullying entre alunos e entre outros membros da comunidade escolar. Ele destaca os diferentes tipos de violência, sinais de que alguém está sendo vítima, e medidas necessárias para acabar com a violência, como educação, vigilância e punição.
4. Introdução
A violência nas escolas é um tema que ultimamente tem
sido alvo de debates políticos e de notícias dos meios de
comunicação social.
Por vezes, este tema não é tratado no seu todo.
Normalmente, quando falamos em violência em meio
escolar apenas refletimos sobre a violência que ocorre
entre alunos, deixando assim de parte a violência entre
alunos e professores, alunos e funcionários, professores e
funcionários, pais e professores e pais e funcionários.
5. Introdução
Por este motivo, o trabalho que se segue
pretende dar relevo, não só a violência que
ocorre entre os alunos, mas também à violência
que por vezes ocorre entre outros membros da
comunidade educativa.
7. A Violência entre alunos de facto não é normal
e muito menos é saudável para os seus
intervenientes.
Quem sofre violência por parte dos colegas
sente-se mal consigo mesmo, sente-se
desiludido, sente-se triste...
Na história da humanidade sempre houve
guerras. Se nos perguntar-mos se estas são
saudáveis, certamente ninguém no seu perfeito
juízo afirmará que sim!
8. Então, se as guerras são cruéis para a
humanidade e lhes queremos por fim, não é a
violência entre alunos cruel para estes e para
toda a sociedade.
Na realidade os alunos alvos de bullying são
como inocentes no meio de uma guerra.
Sofrem sem culpa alguma.
Também a esta guerra temos de por um ponto
final.
9.
10. Entende-se por violência em meio
escolar, todo o tipo de violência, seja
ela verbal, física ou psicológica, que é
praticada em recinto escolar ou deriva
de ligações ao mesmo.
É comum substituirmos a expressão “violência em meio
escolar” pelo termo de origem do inglês “Bullying” com
semelhante significado.
11. Bullying é um termo inglês que pode ser
traduzido, em português, por intimidação.
É uma forma de violência entre pares,
geralmente crianças ou jovens, com a
intenção de magoar o outro.
A maioria das situações de intimidação ocorre em
contexto escolar (recreios, casas de banho,
refeitórios e salas de aula), no percurso entre a
casa e a escola ou a partir das novas tecnologias.
Habitualmente acontece quando não existem
adultos por perto ou sem o conhecimento destes.
12. Tipos de agressões
A violência praticada pelo agressor à vítima
pode ser de caracter:
- Verbal: chamar nomes, ser sarcástico, lançar
calúnias ou gozar com alguma característica
particular do outro (“gordo”; “caixa de óculos”;
“trinca-espinhas”)
13. Tipos de agressões
A violência praticada pelo agressor à vítima
pode ser de caracter:
- Físico: puxar, pontapear, bater, beliscar ou
outro tipo de violência física;
14. Tipos de agressões
A violência praticada pelo agressor à vítima
pode ser de caracter:
- Emocional: excluir, atormentar, ameaçar,
manipular, amedrontar, chantagear, ridicularizar,
ignorar;
15. Tipos de agressões
A violência praticada pelo agressor à vítima pode
ser de caracter:
- Cyberbullying: utilizar tecnologias de informação
e comunicação (Internet ou telemóvel) para
hostilizar, deliberada e repetidamente, uma
pessoa, com o intuito de a magoar;
16. Tipos de agressões
A violência praticada pelo agressor à vítima pode
ser de caracter:
- Material: Roubar, destruir pertences materiais e
pessoais;
17. Tipos de agressões
A violência praticada pelo agressor à vítima pode
ser de caracter:
- Sexual: Abusar de alguém, apalpar uma rapariga
por exemplo sem o seu consentimento, ou até
mesmo violar sexualmente.
18.
19. Participações registadas pelas Forças de Segurança
2008/2009
Ameaça de bomba
Furto
Roubo
Posse/Uso de Arma
Vandalismo/Dano
Injúrias/Ameaças
Ofensa à Integridade
Física
Posse/Consumo de
Estupefacientes
20. Participações registadas pelas Forças de Segurança
2010/2011
Ameaça de bomba
Furto
Roubo
Posse/Uso de Arma
Vandalismo/Dano
Injúrias/Ameaças
Ofensa à Integridade
Física
Posse/Consumo de
Estupefacientes
+
+
+
+
21. No entanto, para além da violência entre
alunos é cada vez mais evidente a
violência entre alunos e
funcionários e alunos e
professores.
Notícias recentes nos órgãos de
comunicação social dão-nos conta
de agressões a professores por
parte de alunos.
DN: “Aluna agride professora” ;
JN: “Aluna de 10 anos agride professora”;
27. Violência entre Pais e Professores
Por vezes, embora raramente, os pais intervém na vida escolar dos
seus educandos com um espirito demasiado protetor.
Assim, quando por vezes, um aluno é castigado por alguma atitude
incorreta, tem uma nota num teste ou final de período que acha
injusta ou outro tipo de circunstâncias os pais vão a escola e maltratam
verbalmente ou até mesmo fisicamente o professor.
Esta atitude é muitas vezes provocada por histórias mal contadas ou
mentiras dos filhos.
28. Agressões no interior das escolas em 2008/2009
Alunos - 1029
Professores - 284
Funcionários - 184
29. Fatores que podem causar violência nas escolas
São exemplo de fatores que podem favorecer a
ocorrência violência nas escolas os seguintes:
- Problemas financeiros;
- Problemas familiares;
- Problemas na educação a nível moral;
- Relações com álcool e droga;
- Más influencias;
30. Sinais que podem sugerir que se
está a ser vitima de violência
No caso dos professores e funcionários
e
No caso dos alunos
31. Caso um professor ou funcionário esteja a ser vitima de
bullying pode apresentar os seguintes sinais:
- Falta de vontade em desempenhar a sua profissão;
- Andar estafado com aspeto de quem esta farto do que
faz;
- Andar triste e desiludido;
- Por vezes deixar de se alimentar;
- Isolar-se o mais possível;
- Tentar suicídio ou mostrar vontade de morrer;
- …
No caso de professores e funcionários:
32. Caso um jovem (aluno) esteja a ser vitima de bullying pode
apresentar os seguintes sinais:
- Estar assustado ou não ter vontade de ir para a escola
- Apresentar fracos resultados escolares
- Isolar-se
- Começar a gaguejar
- Mostrar angústia
- Deixar de comer
- Tornar-se agressivo
- Deixar de ter as suas economias (ou estas irem desaparecendo)
- “Perder”, constantemente, o almoço ou outros bens
- Começar a roubar dinheiro
- Ter medo de falar sobre o que se está a passar
- Ter pesadelos
- Tentar fugir
- Tentar o suicídio
No caso de alunos:
33.
34.
35. Violência em meio escolar é crime
Público
O anterior governo, no qual a pasta da
educação estava a cargo da ministra Isabel
Alçada aprovou a proposta de criminalização da
violência em meio escolar. Assim, atos de
violência como maus tratos físicos ou
psíquicos, incluindo ofensas sexuais e castigos
corporais passaram a ser crime punido pela lei.
36. Assim como disse a TSF a ministra Isabel
Alçada; “No caso de se tratar de
menores, entre 12 e 16 anos, que são
inimputáveis para efeitos de lei penal, são
medidas tutelares educativas que lhe são
aplicadas. No caso de maiores, o paralelismo
pode ser feito em relação aos crimes de
violência domestica e, nesse caso, vai de um a
cinco anos de prisão…”
37. O que fazer para acabar com o
bullying?
Todos os alunos tem direito de se sentirem
seguros na escola.
Desta forma, quando um professor responsável
ou a direção de uma escola refletir sobre a
forma de punir alguém que praticou violência na
escola ou como evitar que tal aconteça deve ter
em conta que a escola tem de ser um local
seguro e livre de violências para que todos se
possam sentir bem.
38. É necessário tomar-se novas medidas para
acabar com a violência nas escolas.
A escola tem de ser um local seguro, alegre
onde haja um bom ambiente de estudo e de
trabalho.
É essencial educarmos bons cidadãos no
agora, pois dos alunos de hoje depende o futuro
do país no amanhã!
39. A prevenção é o fator principal para acabar com a
violência nas escolas. Assim um maior policiamento
e uma maior vigilância por parte de
funcionários, bem como ações de formação são
passos importantes para acabar com a violência.
A punição de agentes de bullying, não deve ser
apenas um ato de castigo, mas sim uma forma de
evitar que as agressões se voltem a repetir.
40. Vontade dos alunos:
Os alunos portugueses têm a
vontade de acabar com a violência
nas escolas portuguesas.
Em 2011, mais de 2000 jovens de
todo o país, no âmbito do projeto
Parlamento dos
Jovens, debateram medidas com o
objetivo de por fim ao Bulying.
Nós, jovens, temos noção que
temos de acabar com este drama.
Agora é necessário que os nossos
governos tomem mais medidas
com o mesmo objetivo.
41. Conclusão
Com este trabalho conclui-se que muito há a
fazer para por fim a violência nas escolas
Portuguesas. Temos de reconhecer que a
violência não é saudável e que o futuro do país
depende da educação que se vive nas nossas
escolas.
Uma escola não é um campo de batalha! Uma
escola, é sim, um local de aprendizagem e de
crescimento.