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Curso de Geomática
     Aula UTM

           Prof. Dr. Irineu da Silva
           EESC-USP
As Distâncias na Mensuração


           Tipos de distâncias


           Existem várias distâncias a serem consideradas na Mensuração.
           São elas:


           -   distância inclinada;
           -   distância horizontal;
           -   distância esférica;
           -   distância plana.




13.05.2012 Irineu da Silva              Page 2
Distância Inclinada e Distância Horizontal

Sejam dois pontos P e Q sobre o terreno, conforme indicado a seguir.




                             s’   =   distância inclinada entre P e Q;
                             s    =   distância horizontal entre P e Q;
                             β    =   ângulo de altura da direção PQ.
                             θ    =   ângulo zenital da direção PQ

                                      s = s’cos b     ou s =s’sen q

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Distância Esférica

   Considerando a curvatura da Terra e adotando a esfera como a
   superfície de referência, tem-se a seguinte situação:



                                R0    = raio médio da esfera terrestre;
                                HP    = altitude do ponto P;
                                HQ    = altitude do ponto Q;
                                sP    = distância esférica ao nível de P;
                                sQ    = distância esférica ao nível de Q;
                                s0    = distância esférica ao nível do
                                        mar (H=0)




13.05.2012 Irineu da Silva       Page 4
Distância Esférica
   As superfícies são esferas concêntricas e permitem obter as seguintes
   relações:

                              so    sP       sQ
                                        
                              Ro Ro  H P Ro  HQ
     Para um ponto P de altitude H, tem-se:

                                    Ro  H p          Hp 
                             sP               .so  1 
                                                      R .so
                                                            
                                      Ro                 o 

                                      sP
                                so 
                                        Hp
                                     1
                                        Ro

13.05.2012 Irineu da Silva                      Page 5
Distância Esférica

     Para os cálculos práticos pode-se operar com valores em ppm,
     adotando-se uma altitude média para a região de cálculo. Nesse caso,
     a redução ao nível do mar pode ser dada por:


                                        H
                             Re d          .106 ppm
                                      Ro  H

      As reduções podem também ser efetuadas aplicando-se um fator
      de escala denominado Fator de Escala Altimétrico (Kalt), conforme
      indicado abaixo.

                                                H
                                 K alt    1
                                              Ro  H

13.05.2012 Irineu da Silva                    Page 6
Distância Esférica

   A tabela a seguir apresenta a variação das distâncias horizontais, em
   relação a variação das altitudes, para diversos valores de H (para Ro =
   6.362.735m na latitude  = 21o58’ 00“S, no Campus da Universidade
   Federal de São Carlos).

                  H(m) s(m)   1000    2000      5000    10000

                        5000   0,785   1,570     3,925   7,850

                        2000   0,314   0,628     1,571   3,142

                        1000   0,157   0,314     0,786   1,571

                         500   0,078   0,156     0,393   0,786




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Relação entre a Distância Esférica e a Distância Horizontal

   A distância horizontal entre dois pontos situa-se no plano horizontal que
   passa pelo ponto inicial. A distância esférica entre dois pontos situa-se
   na superfície esférica que passa pelo ponto inicial. Têm-se assim as
   seguintes relações:
                              Q’ = projeção de Q sobre a superfície esférica;
                              s = distância horizontal em P;
                              sP = distância esférica ao nível de P;
                              cP = corda PQ’;
                               = ângulo no centro da terra.

                                                                  
                                 ˆ
                             arcoPQ :         sP  Ro  HP .
                                                                   ,,
                                                                         
                             cordaPQ :        cP  2.Ro  HP .sen
                                                                         2
                             tangentePQ :        s  Ro  HP . tan 

13.05.2012 Irineu da Silva            Page 8
Relação entre a Distância Esférica e a Distância Horizontal

   A diferença entre a corda PQ’ e o arco PQ’ e entre a tangente PQ e o
   arco PQ’ estão relacionadas na tabela a seguir (para Ro = 6.362.735m
   e para Hp = 870m).


                             sP (m)   sP - cP (mm)    sP - s (mm)

                             1000       +0,001          -0,008

                             2000       +0,008          -0,064

                             5000        +0,13          -1,03

                             10000       +1,03          -8,23




13.05.2012 Irineu da Silva                   Page 9
Relação entre a Distância Esférica e a Distância Horizontal

     Constata-se através desta tabela que, para distâncias inferiores a
     10km, a diferença entre a corda e o arco é desprezível, o que já não
     ocorre para a diferença entre a tangente e o arco.

     Evidentemente, se os pontos P e Q não estiverem na mesma altitude,
     haverá uma diferença de distância conforme se adote o plano
     horizontal passando por P ou por Q. Essa diferença de distâncias, na
     maioria dos casos, pode ser desprezada.




13.05.2012 Irineu da Silva            Page 10
Sistemas de Projeção Cartográfica




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 11
Sistemas de Projeção Cartográfica

     As coordenadas planas da superfície terrestre são obtidas a partir do
     uso de um sistema de projeção, através do qual se estabelece uma
     relação pontual e unívoca entre a superfície de referencia, esférica, e a
     superfície do desenho, plana. Trata-se, portanto, de obter as
     coordenadas planas x, y a partir de um ponto de coordenadas (, ) da
     superfície esférica. Na literatura distinguem-se os seguintes tipos de
     projeções cartográficas:

                       - Projeção conforme, que são aquelas que conservam os
                         ângulos;
                       - Projeção equivalente, que são aquelas que conservam as
                         superfícies;
                       - Projeções que não conservam nem os ângulos e nem as
                         superfícies mas que possuem outras características
                         importantes.



13.05.2012 Irineu da Silva                   Page 12
Sistemas de Projeção Cartográfica

    É importante salientar que não existe nenhuma projeção cartográfica
    que mantenha os comprimentos. Sendo a esfera e o elipsóide duas
    superfícies esféricas, torna-se impossível estabelecer uma
    representação plana delas sem causar algum tipo de deformação
    linear.

    Geralmente os países preferem adotar as Projeções Conforme para a
    determinação das suas bases cartográficas. As Projeções
    Equivalentes são mais interessantes para o estabelecimento de cartas
    com escala reduzida (Atlas Geográfico).




13.05.2012 Irineu da Silva          Page 13
Principais Projeções Cartográficas




                             Cilíndricas, Cônicas e Azimutais


13.05.2012 Irineu da Silva                  Page 14
Principais Projeções Cartográficas




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 15
Projeções Cilíndricas




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 16
Projeções Cilíndricas

        As Projeções Cilíndricas podem ser

                - Projeção Cilíndrica Normal: o eixo do cilindro coincide
        com o eixo de rotação da Terra e o cilindro é tangente à superfície
        esférica ao longo do equador.

                - Projeção Cilíndrica Transversa: o eixo do cilindro
        coincide com o plano do equador e o cilindro é tangente a superfície
        esférica ao longo do meridiano. Exemplo, Projeção TM.

                - Projeção Cilíndrica Obliqua: o eixo do cilindro é obliquo
        em relação ao eixo de rotação da Terra e o cilindro é tangente a
        superfície esférica ao longo de um grande arco de círculo qualquer.




13.05.2012 Irineu da Silva              Page 17
Projeções Cilíndricas
    Entre as Projeções Cilíndricas mais importantes vale a pena citar a
    Projeção de Mercator




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Projeções Cilíndricas

    Como curiosidade, apresenta-se a seguir uma imagem de uma Projeção
    Cilíndrica Equivalente. Neste caso a Cilíndrica Equivalente de Lambert.




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Projeções Cônicas

   Em uma projeção cônica, a superfície esférica é projetada sobre um
   cone tangente, o qual é posteriormente desenvolvido para se obter a
   carta plana.




13.05.2012 Irineu da Silva          Page 20
Projeções Cônicas

 A projeção cônica mais conhecida é a Projeção Cônica Conforme de
 Lambert.




13.05.2012 Irineu da Silva        Page 21
Projeções Azimutais

    - Projeção Gnômica: o centro de projeção é o eixo da Terra. Essa
      projeção não é conforme e nem equivalente.

    - Projeção Estereográfica: o centro de projeção é o pólo oposto ao
      plano de tangência. Ela é uma projeção conforme.

    - Projeção Ortográfica: o centro de projeção está no infinito. Essa
      projeção não é conforme e nem equivalente.




13.05.2012 Irineu da Silva            Page 22
Exemplos de Cartas com Projeção Azimutal




                             Azimutal Gnômica

13.05.2012 Irineu da Silva          Page 23
Exemplos de Cartas com Projeção Azimutal




                             Azimutal Esterográfica

13.05.2012 Irineu da Silva           Page 24
Exemplos de Cartas com Projeção Azimutal




                             Azimutal Ortográfica

13.05.2012 Irineu da Silva           Page 25
A Projeção UTM

 A projeção UTM, originada a partir da Projeção Conforme de Gauss, foi
 usada pela primeira vez, em larga escala, pelo Serviço de Cartografia do
 Exército Americano (US Army Map Service - AMS), durante a Segunda
 Guerra Mundial. A sua principal vantagem é que ela permite representar
 grandes áreas da superfície terrestre, sobre um plano, com poucas
 deformações e com apenas um grupo de fórmulas.

 A projeção UTM é representada sobre um sistema de coordenadas
 retangulares, o que a torna bastante útil para ser aplicada na
 Mensuração.




13.05.2012 Irineu da Silva         Page 26
Características da Projeção UTM

   A projeção UTM é uma projeção cilíndrica conforme que pode ser
   visualizada como um cilindro secante à superfície de referência,
   orientado de forma que o eixo do cilindro esteja no plano do equador.

   O cilindro secante possui um diâmetro menor do que o diâmetro da
   superfície de referência, criando, assim, duas linhas de interseção entre
   o cilindro e a superfície de referencia. A área de projeção compreende
   apenas uma parcela da superfície de referência. Essa área é
   denominada fuso ou zona. Cada fuso é representado pelo número do
   fuso ou pela longitude do seu meridiano central. As coordenadas na
   direção horizontal são denominadas Este e representadas pela letra E.
   As coordenadas na direção vertical são denominadas Norte e
   representadas pela letra N.




13.05.2012 Irineu da Silva           Page 27
Características da Projeção UTM




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 28
Características da Projeção UTM

    As principais características da projeção UTM são as seguintes:

    a) Amplitude dos fusos: 6;
    b) Latitude da origem: 0 (equador);
    c) Longitude da origem: a longitude do meridiano central do fuso;
    d) Falso Norte (translação Norte): 10.000.000 m para o hemisfério Sul;
    e) Falso Este (translação este): 500.000 m;
    f) Fator de escala no meridiano central: 0,9996;
    g) Numeração das zonas: as zonas são numeradas de 1 a 60, a partir
       do antemeridiano de Greenwich, para leste. Assim,
       zona 1 - de 180 W a 174 W
       zona 60 - de 174 E a 180 E;
    h) Limites das latitudes: 80 N e 80 S;
    i) Os meridianos de longitude e os paralelos de latitude interceptam-se
       em ângulos retos na projeção;



13.05.2012 Irineu da Silva           Page 29
Características da Projeção UTM

     j) A linha do equador e a linha do meridiano central de cada fuso são
        representadas por linhas retas na projeção. Os demais meridianos
        são representados por linhas côncavas em relação ao meridiano
        central e os paralelos são representados por linhas côncavas em
        relação ao polo mais próximor.




13.05.2012 Irineu da Silva            Page 30
Características da Projeção UTM

   k) O espaçamento entre os meridianos aumenta a medida que eles
           se afastam do meridiano central. Para manter a proporcionalidade
           da projeção conforme, a escala na direção Norte-Sul também é
           distorcida acarretando, assim, a existência de uma escala
           diferente para cada ponto situado sobre o mesmo lado do
           meridiano.




13.05.2012 Irineu da Silva              Page 31
Determinação do Meridiano Central da Projeção UTM

            O meridiano central é determinado considerando-se que a sua
            variação ocorre de 6 em 6. O primeiro meridiano central possui
            longitude igual a 177 e o último possui longitude igual a 3. Os
            meridianos centrais possuem, portanto, valores iguais a: 3, 9,
            15, 21, ..........., 45, 51, 57, e assim por diante. Para conhecer
            o valor da longitude do meridiano central de um ponto de longitude
            conhecida, basta situá-lo no fuso. A relação fuso/meridiano central
            é dada pelas fórmulas:


                                    183  MC
                             Fuso 
                                       6

                             MC = 183 - 6 . Fuso


13.05.2012 Irineu da Silva                  Page 32
Os Fusos da Projeção UTM




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 33
Os Fusos da Projeção UTM




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 34
Os Fusos da Projeção UTM




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 35
Transformação de Coordenadas Geodésicas em UTM
       Para a transformação de coordenadas, tanto para o problema direto
       como para o problema inverso, existem fórmulas cujas deduções
       podem ser encontradas em obras especializadas. Para os propósitos
       deste curso, serão apresentadas a seguir as fórmulas relativas a
       transformação de coordenadas geodésicas para coordenadas UTM.

       As coordenadas retangulares E, N da Projeção UTM podem ser
       calculadas pelas seguintes fórmulas:

                         N '  ( I )  ( II ) p 2  ( III ) p 4  A6
                         E '  ( IV ) p  (V ) p  B5
                                                  3


         Onde,




13.05.2012 Irineu da Silva                         Page 36
Transformação de Coordenadas Geodésicas em UTM
       N = N’ - Para o Hemisfério Norte
       N = 10.000.000 – N’ - para o Hemisfério Sul
       E = 500.000 + E’- para pontos situados a leste do meridiano central MC
       E = 500.000 – E’- para pontos situados a oeste do meridiano central MC

      (I) = koS
                  1      3       5 6        3      3      45 6
        S  a[(1  e 2  e 4       e )  ( e 2  e 4       e ) sen2 
                  4     64      256         8     32     1024
           15 4      45 6             35 6
        (     e        e ) sen4       e sen6 ]
           256      1024             3072

               N  sen  cos  sen21"k0  108
       (II ) 
                              2
                  sen 41" N  sen  cos 3 
        ( III )                             (5  tan 2   9e'2 cos 2   4e'4 cos 4  )k01016
                              24

        ( IV )  N cos   sen1"k0 104

               sen 31"N  cos 3 
        (V )                      (1  tan 2   e'2 cos 2  )k 0 1012
                       6
13.05.2012 Irineu da Silva                                    Page 37
Transformação de Coordenadas Geodésicas em UTM


        p  0,0001"

             MC

            sen 61" N  sen  cos 5 
     A6  p      6
                                       (61  58 tan 2   tan 4   270e'2 cos 2   330e'2 sen 3 )k010 24
                       720

            sen 51"N  cos 5 
     B5  p        5
                                (5  18 tan 2   tan 4   14e'2 cos 2   58e'2 sen 2 )k010 20
                   120




13.05.2012 Irineu da Silva                        Page 38
A Convergência Meridiana

    Os ângulos medidos no elipsóide estão referidos ao Norte Geográfico
    (NG), cuja representação, na projeção UTM, é dada por uma linha curva,
    côncava em relação ao meridiano central. As quadrículas UTM, por outro
    lado, formam um sistema de coordenadas retangular, com a direção Y
    (NQ) na direção Norte-Sul. As duas linhas formam, portanto, um ângulo
    variável para cada ponto, denominado convergência meridiana.




13.05.2012 Irineu da Silva          Page 39
A Convergência Meridiana

     A convergência meridiana, no hemisfério sul, é positiva para os
     pontos situados a Oeste do meridiano central e negativa, para os
     ponto situados a Leste do meridiano central.

     Um cálculo aproximado do valor da convergência meridiana pode ser
     dado pela seguinte fórmula indicada a seguir.



       Onde,
                             C   sen 
       C = Convergência Meridiana
        = Diferença de longitude entre a longitude do ponto
            considerado e a longitude do meridiano central
            (Long Pt – Long MC)
        = Latitude do ponto considerado

13.05.2012 Irineu da Silva             Page 40
Redução à Corda ou Redução Angular

    Uma linha unindo dois pontos na superfície de referência esférica é
    representada no plano (na projeção) como uma linha curva (arco). Para
    as dimensões dos trabalhos topográficos, entretanto, a curvatura dessa
    linha é muito pequena e, em muitos casos, pode ser desconsiderada,
    aceitando-se a corda que une os dois pontos como a referência para
    calcular a distância e o azimute entre eles. O ângulo formado pela
    corda e pela tangente à curva é denominado ângulo de redução à
    corda ou ângulo de redução angular, e é representado pela letra
    grega , conforme indicado a seguir.




13.05.2012 Irineu da Silva           Page 41
Redução à Corda ou Redução Angular




                               O valor máximo de , para uma
                               linha de 10 Km é da ordem de 7”.




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 42
O Fator de Escala

     Para se obter a distância plana entre dois pontos A e B, é necessário,
     inicialmente, corrigir a distância medida na superfície topográfica, em
     relação aos fatores meteorológicos e erros instrumentais, em seguida
     reduzi-la ao elipsóide de referência e, finalmente, reduzi-la à superfície
     plana. Para a redução da superfície de referência à superfície plana,
     utiliza-se um fator de escala, representado pela letra kUTM.

     A distância plana é obtida multiplicando-se a distância esférica (sobre o
     elipsóide de referência) pelo fator de escala kUTM.


                             s k UTM s0



13.05.2012 Irineu da Silva             Page 43
O Fator de Escala
     Para evitar que as deformações tornem-se exageradas nas bordas dos
     fusos, adotou-se, para a projeção UTM, um fator de escala
     k0 = 0,9996, para os pontos situados sobre o meridiano central.

     A partir do meridiano central o fator de escala cresce para Oeste e
     para Leste até atingir o valor k=1,000, nas vizinhanças de
     E=320.000,00 m e E=680.000,00, continuando a crescer até o valor
     kUTM=1,0010, nas bordas dos fuso, no equador.




13.05.2012 Irineu da Silva          Page 44
O Fator de Escala


                                               E 
                                                  2
                             kUTM    k0 . 1 
                                            2 2   
                                                R0 
     onde,

                   kUTM = fator de escala
                   k0 = 0,9996 (fator de escala no MC)
                   E’ = ordenada entre o meridiano central e o ponto
                          considerado (500 000 – Ept)
                   Ro = Raio médio de curvatura




13.05.2012 Irineu da Silva                    Page 45
O Fator de Escala

          Para aplicar o fator de escala para a correção da distância entre
          dois pontos, pode-se usar o valor do fator de escala médio, se a
          distância for pequena, ou uma média ponderada entre os pontos
          extremos e o ponto médio, se a distância for grande. Por
          exemplo,

          Para distâncias inferiores a 15 km propõe-se adotar

                                          k A  kB
                                 kUTM   
                                              2
          Par distâncias maiores do que 15 km propõe-se adotar

                                       k A  4K meio  kB
                              kUTM   
                                               6

13.05.2012 Irineu da Silva               Page 46
Ângulos a serem considerados na Projeção UTM


       Quando se trabalha com coordenadas UTM é necessário considerar
       vários tipos de elementos angulares. Os principais elementos são:

                        - azimute plano ou azimute da quadrícula (UTM);
                        - azimute geodésico projetado (proj);
                        - azimute geodésico (geod);
                        - convergência meridiana (c);
                        - redução à corda ().




13.05.2012 Irineu da Silva                      Page 47
Ângulos a serem considerados na Projeção UTM

   O azimute plano ou azimute da quadrícula é o ângulo, na projeção,
   entre o Norte da quadrícula UTM e a linha reta que une os dois pontos a
   serem considerados.

                             UTM = Arctg ΔE/ΔN

   O azimute geodésico projetado é o ângulo, na projeção, entre o Norte
   da quadrícula e a tangente ao arco representativo da distância projetada
   entre os dois pontos a serem considerados.

                                proj =  UTM + 

   O azimute geodésico é o ângulo, na projeção, entre o meridiano que
   passa pelo ponto inicial e a tangente ao arco representativo da distância
   projetada entre os dois pontos considerados

                              geod =  UTM ±c ± 

13.05.2012 Irineu da Silva            Page 48
Ângulos a serem considerados na Projeção UTM




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 49
Ângulos a serem considerados na Projeção UTM




13.05.2012 Irineu da Silva   Page 50
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).

     A transformação das coordenadas UTM para coordenadas locais
     consiste em realizar uma rotação e a aplicação de um fator de escala.
     A rotação é feita em função da convergência meridiana e o fator de
     escala adotado deve ser o fator de escala da projeção UTM, corrigido
     para considerar a altitude média do local (kTotal).

     Para aplicar a transformação, inicialmente, deve-se escolher um
     ponto de coordenadas conhecidas como origem da rotação. Em
     seguida, calcula-se a convergência meridiana e o fator de escala total
     desse ponto, que serão adotados como ângulo de rotação e fator de
     escala da transformação.




13.05.2012 Irineu da Silva            Page 51
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).
     O procedimento completo de cálculo é o seguinte:

     1)         escolher o ponto para origem do sistema (P0);
     2)         calcular a convergência meridiana e o fator de escala desse
                ponto:
     3)         corrigir o fator de escala UTM considerando a altitude média
                da região;
     4)         calcular o UTM dos alinhamentos Po - Pi e corrigir com o valor
                da convergência meridiana;
     5)         calcular as projeções

                                    X Po Pi e YPo Pi
                 de cada alinhamento, considerando o fator de escala total
                 (KT=KUTMxKalt);

      6)         calcular as coordenadas transformadas para cada ponto Pi


13.05.2012 Irineu da Silva                  Page 52
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).


                                     ΔE
                  UTM        arctg
                                     ΔN
                   c  .sen
                                                          X Pi  X Po  X Po Pi
                  Geod  UTM  c

                                sPoP                      YPi  YPo  YPo Pi
                 X PoPi              .sengeod
                                 kT

                                sPoP
                  YPoPi              . cosgeod
                                 kT

13.05.2012 Irineu da Silva                      Page 53
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).

     Exemplo:
     Dadas as coordenadas planas UTM de dois pontos, determinar as
     suas coordenadas retangulares no sistema topográfico local.

     NA      = 6.953.623,380 m        NB = 6.954.016,624 m
     EA      = 601.613,787 m          EB = 602.002,535 m
            = 27° 32’ 14.483485” S    = 27° 32’ 01.599853” S
            = 43° 58’ 15.310008” W    = 43° 58’ 01.258185” W

     H       = 870,000

     Raio Médio R0 da Terra no local = 6.365.883,810 m




13.05.2012 Irineu da Silva              Page 54
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).

     1. Cálculo da Convergência Meridiana

            c A   sen  00 28' 32.92"

     2. Cálculo do fator de escala altimétrico
                               H
             K alt  1              0.99986335
                             Ro  H
     3. Cálculo do fator de escala UTM
                                                     E   0,99972745
                                                        2

             Para o Pt A           kUTM    k0 . 1 
                                                  2 2   
                                                      R0 

             Para o Pt B = 0,99972843

             KUTM (médio)= 0,99972794



13.05.2012 Irineu da Silva                          Page 55
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).

     4. Cálculo do KT

             KT = KUTM x Kalt = 0,99959133

     5. Origem adotada para o Pt A

             XA = 5.000,000
             YA = 10.000,000

     6. Cálculo da distância plana AB

                sAB  (NB  NA )2  (EB  E A )2  552,961




13.05.2012 Irineu da Silva                      Page 56
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).



     7. Cálculo da distância elipsoidal AB (s0)
                             s
              s0                 553,111
                        KUTM

     8. Cálculo da distância topográfica AB
                       s                                         s0
                s         553,187                        s           553,187
                       KT                    ou                  K Alt

     9. Cálculo do azimute plano AB
                                  EB  E A
                ArctgAB                   440 40' 14"
                                  NB  N A

     10. Cálculo do azimute geodésico AB

                geo( AB)  AB  c A  440 11' 41"

13.05.2012 Irineu da Silva                             Page 57
Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y).

     11. Cálculo das projeções
              X AB  s .sengeo  385,626
              Y AB  s . cos geo  396,621

     12. Cálculo das coordenadas (X,Y) do Pt B

                X B  X A  X AB              YB  YA  YAB
                X A  5.000,000m               YA  10.000,000m
               X AB  385,626                 YAB  396,621
                X B  5.385,626                YB  10.396,621




13.05.2012 Irineu da Silva                       Page 58

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  • 1. Curso de Geomática Aula UTM Prof. Dr. Irineu da Silva EESC-USP
  • 2. As Distâncias na Mensuração Tipos de distâncias Existem várias distâncias a serem consideradas na Mensuração. São elas: - distância inclinada; - distância horizontal; - distância esférica; - distância plana. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 2
  • 3. Distância Inclinada e Distância Horizontal Sejam dois pontos P e Q sobre o terreno, conforme indicado a seguir. s’ = distância inclinada entre P e Q; s = distância horizontal entre P e Q; β = ângulo de altura da direção PQ. θ = ângulo zenital da direção PQ s = s’cos b ou s =s’sen q 13.05.2012 Irineu da Silva Page 3
  • 4. Distância Esférica Considerando a curvatura da Terra e adotando a esfera como a superfície de referência, tem-se a seguinte situação: R0 = raio médio da esfera terrestre; HP = altitude do ponto P; HQ = altitude do ponto Q; sP = distância esférica ao nível de P; sQ = distância esférica ao nível de Q; s0 = distância esférica ao nível do mar (H=0) 13.05.2012 Irineu da Silva Page 4
  • 5. Distância Esférica As superfícies são esferas concêntricas e permitem obter as seguintes relações: so sP sQ   Ro Ro  H P Ro  HQ Para um ponto P de altitude H, tem-se: Ro  H p  Hp  sP  .so  1   R .so  Ro  o  sP so  Hp 1 Ro 13.05.2012 Irineu da Silva Page 5
  • 6. Distância Esférica Para os cálculos práticos pode-se operar com valores em ppm, adotando-se uma altitude média para a região de cálculo. Nesse caso, a redução ao nível do mar pode ser dada por: H Re d   .106 ppm Ro  H As reduções podem também ser efetuadas aplicando-se um fator de escala denominado Fator de Escala Altimétrico (Kalt), conforme indicado abaixo. H K alt  1 Ro  H 13.05.2012 Irineu da Silva Page 6
  • 7. Distância Esférica A tabela a seguir apresenta a variação das distâncias horizontais, em relação a variação das altitudes, para diversos valores de H (para Ro = 6.362.735m na latitude  = 21o58’ 00“S, no Campus da Universidade Federal de São Carlos). H(m) s(m) 1000 2000 5000 10000 5000 0,785 1,570 3,925 7,850 2000 0,314 0,628 1,571 3,142 1000 0,157 0,314 0,786 1,571 500 0,078 0,156 0,393 0,786 13.05.2012 Irineu da Silva Page 7
  • 8. Relação entre a Distância Esférica e a Distância Horizontal A distância horizontal entre dois pontos situa-se no plano horizontal que passa pelo ponto inicial. A distância esférica entre dois pontos situa-se na superfície esférica que passa pelo ponto inicial. Têm-se assim as seguintes relações: Q’ = projeção de Q sobre a superfície esférica; s = distância horizontal em P; sP = distância esférica ao nível de P; cP = corda PQ’;  = ângulo no centro da terra.  ˆ arcoPQ : sP  Ro  HP .  ,,  cordaPQ : cP  2.Ro  HP .sen 2 tangentePQ : s  Ro  HP . tan  13.05.2012 Irineu da Silva Page 8
  • 9. Relação entre a Distância Esférica e a Distância Horizontal A diferença entre a corda PQ’ e o arco PQ’ e entre a tangente PQ e o arco PQ’ estão relacionadas na tabela a seguir (para Ro = 6.362.735m e para Hp = 870m). sP (m) sP - cP (mm) sP - s (mm) 1000 +0,001 -0,008 2000 +0,008 -0,064 5000 +0,13 -1,03 10000 +1,03 -8,23 13.05.2012 Irineu da Silva Page 9
  • 10. Relação entre a Distância Esférica e a Distância Horizontal Constata-se através desta tabela que, para distâncias inferiores a 10km, a diferença entre a corda e o arco é desprezível, o que já não ocorre para a diferença entre a tangente e o arco. Evidentemente, se os pontos P e Q não estiverem na mesma altitude, haverá uma diferença de distância conforme se adote o plano horizontal passando por P ou por Q. Essa diferença de distâncias, na maioria dos casos, pode ser desprezada. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 10
  • 11. Sistemas de Projeção Cartográfica 13.05.2012 Irineu da Silva Page 11
  • 12. Sistemas de Projeção Cartográfica As coordenadas planas da superfície terrestre são obtidas a partir do uso de um sistema de projeção, através do qual se estabelece uma relação pontual e unívoca entre a superfície de referencia, esférica, e a superfície do desenho, plana. Trata-se, portanto, de obter as coordenadas planas x, y a partir de um ponto de coordenadas (, ) da superfície esférica. Na literatura distinguem-se os seguintes tipos de projeções cartográficas: - Projeção conforme, que são aquelas que conservam os ângulos; - Projeção equivalente, que são aquelas que conservam as superfícies; - Projeções que não conservam nem os ângulos e nem as superfícies mas que possuem outras características importantes. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 12
  • 13. Sistemas de Projeção Cartográfica É importante salientar que não existe nenhuma projeção cartográfica que mantenha os comprimentos. Sendo a esfera e o elipsóide duas superfícies esféricas, torna-se impossível estabelecer uma representação plana delas sem causar algum tipo de deformação linear. Geralmente os países preferem adotar as Projeções Conforme para a determinação das suas bases cartográficas. As Projeções Equivalentes são mais interessantes para o estabelecimento de cartas com escala reduzida (Atlas Geográfico). 13.05.2012 Irineu da Silva Page 13
  • 14. Principais Projeções Cartográficas Cilíndricas, Cônicas e Azimutais 13.05.2012 Irineu da Silva Page 14
  • 17. Projeções Cilíndricas As Projeções Cilíndricas podem ser - Projeção Cilíndrica Normal: o eixo do cilindro coincide com o eixo de rotação da Terra e o cilindro é tangente à superfície esférica ao longo do equador. - Projeção Cilíndrica Transversa: o eixo do cilindro coincide com o plano do equador e o cilindro é tangente a superfície esférica ao longo do meridiano. Exemplo, Projeção TM. - Projeção Cilíndrica Obliqua: o eixo do cilindro é obliquo em relação ao eixo de rotação da Terra e o cilindro é tangente a superfície esférica ao longo de um grande arco de círculo qualquer. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 17
  • 18. Projeções Cilíndricas Entre as Projeções Cilíndricas mais importantes vale a pena citar a Projeção de Mercator 13.05.2012 Irineu da Silva Page 18
  • 19. Projeções Cilíndricas Como curiosidade, apresenta-se a seguir uma imagem de uma Projeção Cilíndrica Equivalente. Neste caso a Cilíndrica Equivalente de Lambert. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 19
  • 20. Projeções Cônicas Em uma projeção cônica, a superfície esférica é projetada sobre um cone tangente, o qual é posteriormente desenvolvido para se obter a carta plana. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 20
  • 21. Projeções Cônicas A projeção cônica mais conhecida é a Projeção Cônica Conforme de Lambert. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 21
  • 22. Projeções Azimutais - Projeção Gnômica: o centro de projeção é o eixo da Terra. Essa projeção não é conforme e nem equivalente. - Projeção Estereográfica: o centro de projeção é o pólo oposto ao plano de tangência. Ela é uma projeção conforme. - Projeção Ortográfica: o centro de projeção está no infinito. Essa projeção não é conforme e nem equivalente. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 22
  • 23. Exemplos de Cartas com Projeção Azimutal Azimutal Gnômica 13.05.2012 Irineu da Silva Page 23
  • 24. Exemplos de Cartas com Projeção Azimutal Azimutal Esterográfica 13.05.2012 Irineu da Silva Page 24
  • 25. Exemplos de Cartas com Projeção Azimutal Azimutal Ortográfica 13.05.2012 Irineu da Silva Page 25
  • 26. A Projeção UTM A projeção UTM, originada a partir da Projeção Conforme de Gauss, foi usada pela primeira vez, em larga escala, pelo Serviço de Cartografia do Exército Americano (US Army Map Service - AMS), durante a Segunda Guerra Mundial. A sua principal vantagem é que ela permite representar grandes áreas da superfície terrestre, sobre um plano, com poucas deformações e com apenas um grupo de fórmulas. A projeção UTM é representada sobre um sistema de coordenadas retangulares, o que a torna bastante útil para ser aplicada na Mensuração. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 26
  • 27. Características da Projeção UTM A projeção UTM é uma projeção cilíndrica conforme que pode ser visualizada como um cilindro secante à superfície de referência, orientado de forma que o eixo do cilindro esteja no plano do equador. O cilindro secante possui um diâmetro menor do que o diâmetro da superfície de referência, criando, assim, duas linhas de interseção entre o cilindro e a superfície de referencia. A área de projeção compreende apenas uma parcela da superfície de referência. Essa área é denominada fuso ou zona. Cada fuso é representado pelo número do fuso ou pela longitude do seu meridiano central. As coordenadas na direção horizontal são denominadas Este e representadas pela letra E. As coordenadas na direção vertical são denominadas Norte e representadas pela letra N. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 27
  • 28. Características da Projeção UTM 13.05.2012 Irineu da Silva Page 28
  • 29. Características da Projeção UTM As principais características da projeção UTM são as seguintes: a) Amplitude dos fusos: 6; b) Latitude da origem: 0 (equador); c) Longitude da origem: a longitude do meridiano central do fuso; d) Falso Norte (translação Norte): 10.000.000 m para o hemisfério Sul; e) Falso Este (translação este): 500.000 m; f) Fator de escala no meridiano central: 0,9996; g) Numeração das zonas: as zonas são numeradas de 1 a 60, a partir do antemeridiano de Greenwich, para leste. Assim, zona 1 - de 180 W a 174 W zona 60 - de 174 E a 180 E; h) Limites das latitudes: 80 N e 80 S; i) Os meridianos de longitude e os paralelos de latitude interceptam-se em ângulos retos na projeção; 13.05.2012 Irineu da Silva Page 29
  • 30. Características da Projeção UTM j) A linha do equador e a linha do meridiano central de cada fuso são representadas por linhas retas na projeção. Os demais meridianos são representados por linhas côncavas em relação ao meridiano central e os paralelos são representados por linhas côncavas em relação ao polo mais próximor. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 30
  • 31. Características da Projeção UTM k) O espaçamento entre os meridianos aumenta a medida que eles se afastam do meridiano central. Para manter a proporcionalidade da projeção conforme, a escala na direção Norte-Sul também é distorcida acarretando, assim, a existência de uma escala diferente para cada ponto situado sobre o mesmo lado do meridiano. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 31
  • 32. Determinação do Meridiano Central da Projeção UTM O meridiano central é determinado considerando-se que a sua variação ocorre de 6 em 6. O primeiro meridiano central possui longitude igual a 177 e o último possui longitude igual a 3. Os meridianos centrais possuem, portanto, valores iguais a: 3, 9, 15, 21, ..........., 45, 51, 57, e assim por diante. Para conhecer o valor da longitude do meridiano central de um ponto de longitude conhecida, basta situá-lo no fuso. A relação fuso/meridiano central é dada pelas fórmulas: 183  MC Fuso  6 MC = 183 - 6 . Fuso 13.05.2012 Irineu da Silva Page 32
  • 33. Os Fusos da Projeção UTM 13.05.2012 Irineu da Silva Page 33
  • 34. Os Fusos da Projeção UTM 13.05.2012 Irineu da Silva Page 34
  • 35. Os Fusos da Projeção UTM 13.05.2012 Irineu da Silva Page 35
  • 36. Transformação de Coordenadas Geodésicas em UTM Para a transformação de coordenadas, tanto para o problema direto como para o problema inverso, existem fórmulas cujas deduções podem ser encontradas em obras especializadas. Para os propósitos deste curso, serão apresentadas a seguir as fórmulas relativas a transformação de coordenadas geodésicas para coordenadas UTM. As coordenadas retangulares E, N da Projeção UTM podem ser calculadas pelas seguintes fórmulas: N '  ( I )  ( II ) p 2  ( III ) p 4  A6 E '  ( IV ) p  (V ) p  B5 3 Onde, 13.05.2012 Irineu da Silva Page 36
  • 37. Transformação de Coordenadas Geodésicas em UTM N = N’ - Para o Hemisfério Norte N = 10.000.000 – N’ - para o Hemisfério Sul E = 500.000 + E’- para pontos situados a leste do meridiano central MC E = 500.000 – E’- para pontos situados a oeste do meridiano central MC (I) = koS 1 3 5 6 3 3 45 6 S  a[(1  e 2  e 4  e )  ( e 2  e 4  e ) sen2  4 64 256 8 32 1024 15 4 45 6 35 6 ( e  e ) sen4  e sen6 ] 256 1024 3072 N  sen  cos  sen21"k0  108 (II )  2 sen 41" N  sen  cos 3  ( III )  (5  tan 2   9e'2 cos 2   4e'4 cos 4  )k01016 24 ( IV )  N cos   sen1"k0 104 sen 31"N  cos 3  (V )  (1  tan 2   e'2 cos 2  )k 0 1012 6 13.05.2012 Irineu da Silva Page 37
  • 38. Transformação de Coordenadas Geodésicas em UTM p  0,0001"     MC sen 61" N  sen  cos 5  A6  p 6 (61  58 tan 2   tan 4   270e'2 cos 2   330e'2 sen 3 )k010 24 720 sen 51"N  cos 5  B5  p 5 (5  18 tan 2   tan 4   14e'2 cos 2   58e'2 sen 2 )k010 20 120 13.05.2012 Irineu da Silva Page 38
  • 39. A Convergência Meridiana Os ângulos medidos no elipsóide estão referidos ao Norte Geográfico (NG), cuja representação, na projeção UTM, é dada por uma linha curva, côncava em relação ao meridiano central. As quadrículas UTM, por outro lado, formam um sistema de coordenadas retangular, com a direção Y (NQ) na direção Norte-Sul. As duas linhas formam, portanto, um ângulo variável para cada ponto, denominado convergência meridiana. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 39
  • 40. A Convergência Meridiana A convergência meridiana, no hemisfério sul, é positiva para os pontos situados a Oeste do meridiano central e negativa, para os ponto situados a Leste do meridiano central. Um cálculo aproximado do valor da convergência meridiana pode ser dado pela seguinte fórmula indicada a seguir. Onde, C   sen  C = Convergência Meridiana  = Diferença de longitude entre a longitude do ponto considerado e a longitude do meridiano central (Long Pt – Long MC)  = Latitude do ponto considerado 13.05.2012 Irineu da Silva Page 40
  • 41. Redução à Corda ou Redução Angular Uma linha unindo dois pontos na superfície de referência esférica é representada no plano (na projeção) como uma linha curva (arco). Para as dimensões dos trabalhos topográficos, entretanto, a curvatura dessa linha é muito pequena e, em muitos casos, pode ser desconsiderada, aceitando-se a corda que une os dois pontos como a referência para calcular a distância e o azimute entre eles. O ângulo formado pela corda e pela tangente à curva é denominado ângulo de redução à corda ou ângulo de redução angular, e é representado pela letra grega , conforme indicado a seguir. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 41
  • 42. Redução à Corda ou Redução Angular O valor máximo de , para uma linha de 10 Km é da ordem de 7”. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 42
  • 43. O Fator de Escala Para se obter a distância plana entre dois pontos A e B, é necessário, inicialmente, corrigir a distância medida na superfície topográfica, em relação aos fatores meteorológicos e erros instrumentais, em seguida reduzi-la ao elipsóide de referência e, finalmente, reduzi-la à superfície plana. Para a redução da superfície de referência à superfície plana, utiliza-se um fator de escala, representado pela letra kUTM. A distância plana é obtida multiplicando-se a distância esférica (sobre o elipsóide de referência) pelo fator de escala kUTM. s k UTM s0 13.05.2012 Irineu da Silva Page 43
  • 44. O Fator de Escala Para evitar que as deformações tornem-se exageradas nas bordas dos fusos, adotou-se, para a projeção UTM, um fator de escala k0 = 0,9996, para os pontos situados sobre o meridiano central. A partir do meridiano central o fator de escala cresce para Oeste e para Leste até atingir o valor k=1,000, nas vizinhanças de E=320.000,00 m e E=680.000,00, continuando a crescer até o valor kUTM=1,0010, nas bordas dos fuso, no equador. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 44
  • 45. O Fator de Escala  E  2 kUTM  k0 . 1   2 2   R0  onde, kUTM = fator de escala k0 = 0,9996 (fator de escala no MC) E’ = ordenada entre o meridiano central e o ponto considerado (500 000 – Ept) Ro = Raio médio de curvatura 13.05.2012 Irineu da Silva Page 45
  • 46. O Fator de Escala Para aplicar o fator de escala para a correção da distância entre dois pontos, pode-se usar o valor do fator de escala médio, se a distância for pequena, ou uma média ponderada entre os pontos extremos e o ponto médio, se a distância for grande. Por exemplo, Para distâncias inferiores a 15 km propõe-se adotar k A  kB kUTM  2 Par distâncias maiores do que 15 km propõe-se adotar k A  4K meio  kB kUTM  6 13.05.2012 Irineu da Silva Page 46
  • 47. Ângulos a serem considerados na Projeção UTM Quando se trabalha com coordenadas UTM é necessário considerar vários tipos de elementos angulares. Os principais elementos são: - azimute plano ou azimute da quadrícula (UTM); - azimute geodésico projetado (proj); - azimute geodésico (geod); - convergência meridiana (c); - redução à corda (). 13.05.2012 Irineu da Silva Page 47
  • 48. Ângulos a serem considerados na Projeção UTM O azimute plano ou azimute da quadrícula é o ângulo, na projeção, entre o Norte da quadrícula UTM e a linha reta que une os dois pontos a serem considerados. UTM = Arctg ΔE/ΔN O azimute geodésico projetado é o ângulo, na projeção, entre o Norte da quadrícula e a tangente ao arco representativo da distância projetada entre os dois pontos a serem considerados.  proj =  UTM +  O azimute geodésico é o ângulo, na projeção, entre o meridiano que passa pelo ponto inicial e a tangente ao arco representativo da distância projetada entre os dois pontos considerados  geod =  UTM ±c ±  13.05.2012 Irineu da Silva Page 48
  • 49. Ângulos a serem considerados na Projeção UTM 13.05.2012 Irineu da Silva Page 49
  • 50. Ângulos a serem considerados na Projeção UTM 13.05.2012 Irineu da Silva Page 50
  • 51. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). A transformação das coordenadas UTM para coordenadas locais consiste em realizar uma rotação e a aplicação de um fator de escala. A rotação é feita em função da convergência meridiana e o fator de escala adotado deve ser o fator de escala da projeção UTM, corrigido para considerar a altitude média do local (kTotal). Para aplicar a transformação, inicialmente, deve-se escolher um ponto de coordenadas conhecidas como origem da rotação. Em seguida, calcula-se a convergência meridiana e o fator de escala total desse ponto, que serão adotados como ângulo de rotação e fator de escala da transformação. 13.05.2012 Irineu da Silva Page 51
  • 52. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). O procedimento completo de cálculo é o seguinte: 1) escolher o ponto para origem do sistema (P0); 2) calcular a convergência meridiana e o fator de escala desse ponto: 3) corrigir o fator de escala UTM considerando a altitude média da região; 4) calcular o UTM dos alinhamentos Po - Pi e corrigir com o valor da convergência meridiana; 5) calcular as projeções X Po Pi e YPo Pi de cada alinhamento, considerando o fator de escala total (KT=KUTMxKalt); 6) calcular as coordenadas transformadas para cada ponto Pi 13.05.2012 Irineu da Silva Page 52
  • 53. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). ΔE UTM  arctg ΔN c  .sen X Pi  X Po  X Po Pi Geod  UTM  c sPoP YPi  YPo  YPo Pi X PoPi  .sengeod kT sPoP YPoPi  . cosgeod kT 13.05.2012 Irineu da Silva Page 53
  • 54. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). Exemplo: Dadas as coordenadas planas UTM de dois pontos, determinar as suas coordenadas retangulares no sistema topográfico local. NA = 6.953.623,380 m NB = 6.954.016,624 m EA = 601.613,787 m EB = 602.002,535 m  = 27° 32’ 14.483485” S  = 27° 32’ 01.599853” S  = 43° 58’ 15.310008” W  = 43° 58’ 01.258185” W H = 870,000 Raio Médio R0 da Terra no local = 6.365.883,810 m 13.05.2012 Irineu da Silva Page 54
  • 55. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). 1. Cálculo da Convergência Meridiana c A   sen  00 28' 32.92" 2. Cálculo do fator de escala altimétrico H K alt  1   0.99986335 Ro  H 3. Cálculo do fator de escala UTM  E   0,99972745 2 Para o Pt A kUTM  k0 . 1   2 2   R0  Para o Pt B = 0,99972843 KUTM (médio)= 0,99972794 13.05.2012 Irineu da Silva Page 55
  • 56. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). 4. Cálculo do KT KT = KUTM x Kalt = 0,99959133 5. Origem adotada para o Pt A XA = 5.000,000 YA = 10.000,000 6. Cálculo da distância plana AB sAB  (NB  NA )2  (EB  E A )2  552,961 13.05.2012 Irineu da Silva Page 56
  • 57. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). 7. Cálculo da distância elipsoidal AB (s0) s s0   553,111 KUTM 8. Cálculo da distância topográfica AB s s0 s  553,187 s  553,187 KT ou K Alt 9. Cálculo do azimute plano AB EB  E A ArctgAB   440 40' 14" NB  N A 10. Cálculo do azimute geodésico AB geo( AB)  AB  c A  440 11' 41" 13.05.2012 Irineu da Silva Page 57
  • 58. Transformação de Coordenadas UTM (E, N) em Coordenadas Planas Local (X, Y). 11. Cálculo das projeções X AB  s .sengeo  385,626 Y AB  s . cos geo  396,621 12. Cálculo das coordenadas (X,Y) do Pt B X B  X A  X AB YB  YA  YAB X A  5.000,000m YA  10.000,000m X AB  385,626 YAB  396,621 X B  5.385,626 YB  10.396,621 13.05.2012 Irineu da Silva Page 58