SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Baixar para ler offline
Topografia – Conceitos
Profº. Me. Leonardo A. Lopes.
1004@prof.itpacporto.com.br
Profº. Me. Leonardo A. Lopes.
Introdução
O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive,
por questões de sobrevivência, orientação, segurança,
guerras, navegação, construção, etc.
Com o tempo surgiram técnicas e equipamentos de medição
que facilitaram a obtenção de dados para posterior
representação. A Topografia foi uma das ferramentas
utilizadas para realizar estas medições.
Etimologicamente a palavra TOPOS, em grego, significa lugar
e GRAPHEN descrição, assim, de uma forma bastante simples,
Topografia significa descrição do lugar
Profº. Me. Leonardo A. Lopes.
Definições
• “A Topografia tem por objetivo o estudo dos
instrumentos e métodos utilizados para obter a
representação gráfica de uma porção do terreno
sobre uma superfície plana” DOUBEK (1989)
• “A Topografia tem por finalidade determinar o
contorno, dimensão e posição relativa de uma
porção limitada da superfície terrestre, sem levar
em conta a curvatura resultante da esfericidade
terrestre”ESPARTEL (1987).
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Divisão da Topografia
TOPOGRAFIA
Topometria Topologia
Planimetria Altimetria Formas e Leis
Planialtimetria
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Definição
1. Topologia – estudo das formas do terreno e das leis
que regem sua formação
2. Topometria – medidas de grandezas lineares e
angulares capazes de definirem a posição dos
pontos topográficos nos planos Horizontal e
Vertical. Compreende a Planimetria e Altimetria.
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Definições
• Planimetria - medida dos ângulos e
distâncias no plano Horizontal de modo a
definir a posição dos pontos do terreno como
se todos estivessem no mesmo plano
horizontal.
Definições
• Altimetria – determinação das alturas dos
pontos topográficos em relação a um plano
horizontal de referência, ou a medida da
diferença de nível entre dois ou mais pontos
no terreno.
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Definições
• Representação Gráfica – consiste na
transferência, para o desenho, das distâncias e
ângulos medidos no terreno, mediante a
consideração de uma determinada escala e a
utilização de convenções apropriadas para a
representação de detalhes.
• Escala – relação matemática constante entre
grandezas medidas no terreno e no mapa.
Definições
• Escala Numérica
N
D
d
Escala
1


• Escala Gráfica
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
• Rede ou apoio topográfico – conjunto de
pontos planimétricos e altimétricos, que dão
suporte ao levantamento topográfico.
Definições
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Definições
• Levantamento topográfico – Conjunto de
métodos e processos que através de medições
de ângulos horizontais e verticais, de
distâncias horizontais, verticais e inclinadas,
com instrumental adequado a exatidão
pretendida, implanta e materializa pontos no
terreno, determinando suas coordenadas
topográficas. A estes pontos se relacionam os
pontos de detalhes visando a sua exata
representação planimétrica numa escala pré-
determinada e a sua representação altimértica
por intermédio de curvas de nível, com
equidistâncias pré-determinadas.
Tipos de equipamentos
Teodolito Teodolito
Eletrônico
Estação
Total Estação
INTEGRADA
Acessórios
Mira
Código de barras
Prisma
Convencioal
Prisma
360 Mira
simples
Trena Baliza
PLANO TOPOGRÁFICO
Plano topográfico é um plano horizontal, finito, tangente
à superfície da esfera terrestre e de dimensões limitadas ao
campo topográfico.
SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA
O
IRM
IRP
Elipsóide
Geóide
Superfície
Física
IRM – Meridiano Internacional
de Referência
IRP – Polo Internacional de
Referência
• SUPERFÍCIES DE REFERÊNCA
– Superfície geoidal: limitante do geóide.
– Superfície fisica: limitante do relevo topográfico
– Superfície elipsoidal: limitante do elipsóide de referência.
Superfície
Física
Superfície
Geoidal
Superfície
Elipsoidal
Vertical
Normal
P
SEPARAÇÃO ENTRE SUPERFÍCIES
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
 ALTITUDE ORTOMÉTRICA (H)
 distância entre a superfície geoidal e a superfície física
medida ao longo da vertical.
 ALTURA GEOIDAL (N)
 distância entre a superfície elipsoidal e a geoidal
medida ao longo da normal.
 ALTITUDE GEODÉSICA OU GEOMÉTRICA (h)
 distância entre a superfície elipsoidal e o ponto espacial
P, medida ao longo da normal.
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Ângulo Horizontal (α)
• Ângulo entre as projeções ortogonais de duas
direções num plano horizontal, no sentido
horário, a partir do ponto ré.
Ré Vante
Estação
Ângulo Vertical (β)
• Ângulo medido no plano vertical que contém
a direção que passa pelo ponto em relação ao
horizonte.
Horizonte
Ângulo Zenital (z)
• Ângulo medido no plano vertical que contém
a direção que passa pelo ponto em relação ao
zenite.
Ângulos
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
RUMO (R)
• Ângulo medido a partir da direção norte sul, com
grandeza variável de 0°a 90°, no sentido horário ou
anti-horário, indicando o quadrante em que o
alinhamento está situado.
!!! Deve-se sempre lembrar
que o valor angular do rumo
nunca ultrapassa os 90° e a
sua origem está ou no Norte
ou no Sul. Nunca no Leste
ou Oeste !!!
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Azimute (Az)
• Ângulo medido a partir da direção norte, no sentido
horário de 0°a 360°. A direção do norte pode ser
Magnético (Nm), Verdadeiro ou Geográfico (Nv) ou
de Quadrícula (NQ). 0° e 360 °
90°
180°
270°
Rumo e Azimute
- 1º quadrante: AZ = RUMONE
- 2º quadrante: AZ = 180° - RSE
- 3º quadrante: AZ = 180° + RSW
- 4º quadrante: AZ = 360° - RNW
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Transformar em azimute ou rumo as seguintes orientações:
• AZ = 271° 20’ 39”;
• R = 23° 15’ SE;
• AZ = 67° 21’;
• AZ = 180° ;
• R = 90° SW;
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
RESPOSTA
AZ = 271° 20’ 39”;
Sendo de 4º Q
R = 360 – 271° 20’ 39” = 88° 39’21” NW;
R = 23° 15’ SE;
Este rumo é de 2º Q
AZ = 180° - 23° 15’ = 156° 45’;
AZ = 67° 21’;
Este azimute é de 1º Q
R = 67° 21’ NE;
•AZ = 180°;
•Interseção dos 2º e 3º Quadrantes,
•logo:
•R = 0° S (Sul);
•R = 90° W;
•coincidência dos 3º e 4º Quadrantes,
•logo:
• AZ = 270°.
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
POLIGONAL
• Poligonal taqueométrica – é a parte da
topografia que trata da obtenção indireta da
distância e a diferença de nível ou altitude,
através do uso do teodolito providos de
reticulo estadimétricos e de mira vertical.
FS
FM
FI
V
V
H
a
b
H
FS
FM
FI
V
V
H
a
b
H
• Consiste em ligar consecutivamente, dois a
dois, uma série de pontos a determinar,
formando uma linha poligonal que deve ser
percorrido inteiramente, medindo os ângulos
horizontais e as extensões de todos os lados.
• As poligonais devem estar orientadas em
relação ao Norte (magnético ou Verdadeiro).
• As poligonais devem ser:
POLIGONAL ou Caminhamento
Poligonal Fechada ou enquadrada.
• Partem de um ponto de coordenadas
conhecidas e chega ao mesmo ponto ou em
outro ponto de coordenadas conhecidas.
E
D
C
B
A
F
N
AAB
NV
A
(xA,YA)‫‏‬
Az
F
(xF, YF)‫‏‬
E
D
C
B
Poligonal Fechada
Poligonal Enquadrada
A
(xA,YA)‫‏‬
Poligonal Aberta
• Poligonais que não fecham em pontos de
coordenadas conhecidas.
A
E
D
C
B
F
N
AAB
A
(xA,YA)‫‏‬
Orientação
•Norte verdadeiro (NV)‫‏‬
Linha norte-sul verdadeira, aponta para o Pólo Norte Físico da Terra, e é
determinada diretamente por processos astronômicos, através da observação
dos astros.
•Norte Magnético (NM)‫‏‬
Direção ao Pólo Norte Magnético, pólo este que concentra um enorme campo
magnético e atrai as agulhas das bússolas indicando sua direção.
Uma linha imaginária traçada entre os pólos sul e norte magnéticos apresenta
uma inclinação de aproximadamente 11,3º relativa ao eixo de rotação da Terra.
• Declinação magnética ( δ )‫‏‬
O ângulo formado entre o NM e NV dá-se o nome de declinação magnética. A
declinação magnética varia de acordo com o tempo e o local.
Bússola Azimutal
•Fornece azimute do alinhamento;
•Tem o limbo graduado de 0º a 360º;
•Graduação sempre no sentido horário.
Bússola de Rumo
•Fornece o rumo do alinhamento;
•Tem o limbo graduado de 0º a 90º ;
•Graduação nos sentidos NE, SE, SO, NO.
Medição do Angulo Horizontais (α)
• Leitura de ângulo horizontal
num ponto para uma série de
leitura conjugada (CE/CD).
• 1° leitura com CE na Ré
• 2° leitura com CE na vante
• 3° leitura com CD na vante
• 4° leitura com CD na Ré
Ré Vante
Estação
Controle das leituras:
Medição de Ângulos Zenitais
• Os ângulos zenitais CE e CD, sçao lidos com o
fio nivelador (médio) na mesma graduação da
mira utilizada na medida dos fios
estadimétricos.
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Medição de distância
• As distâncias entre os pontos da poligonal são
medidas estadimétricamente (mira vertical).
Deve-se conhecer a constante multiplicativa
do teodolito (espaçamento entre os retículos),
normalmente é igual a 100.
• Para medir uma distância bissecciona-se o
meio da mira com o fio vertical do retículo e
com o fio médio faz a coincidência em uma
graduação inteira (1,000) e leem-se os fios
superior e inferior e médio.
Erros de medidas estadimétricas
• Erro na leitura na mira;
• Má verticalidade da mira;
• Iluminação da mira;
• Má focalização dos fios
do reticulo e objetiva;
• Reverberação e refração;
• Falta de exatidão na
graduação das miras
• Erro da constante estadimétrica
Controle das leituras: Fs + Fi = FM ± 0,001 m
2
Distância Inclinada: di = (Fs - Fi )*K (K = Constante Multiplicativa)
Distância Horizontal: dh = di * sen2z
Distância Inclinada: di = (Fs - Fi )*K (K = Constante Multiplicativa)
Distância Horizontal: dh = di * sen2z
Profº. Me. Leonardo A. Lopes
Diferenças de Nível ou altitude (Δh)
• É a distância verticalmente de dois ou mais pontos.
ΔhAB = Dh + hi –Fm
tg Z
Cálculo de uma Poligonal topográfica
1. Calculo do erro de fechamento angular (eα):
eα = Azf – Azi – (∑ α –K.180̊ )
Onde:
Azf = Azimute final
Azi = Azimute inicial ou de saida
∑ α = somatório dos ângulos horizontais
K = n, n+1, n+2, n-1, n-2 (número de estações)
eα < Tα (tolerância angular)
Cálculo do Azimute através de coordenadas
conhecidas.
E2
N2
E1
N1
Az12 =Arctg E2 – E1
N2 - N1
OBS – fazer análise de Quadrante
I
II
III
IV
ΔE +
ΔN +
ΔE +
ΔN -
ΔE -
ΔN -
ΔE -
ΔN +
I Quad : Az = Az
II Quad : Az = 180 – |Az|
III Quad : 180 + Az
IV Quad : 360 - |Az|
Compensação do Erro Angular
• Cα = eα
n (Número de estações)
Cálculo do Azimutes
Az23 = Az12 + α esq ± 180°
1
2
3
Az23
Az12
α
Az12 - Az21 = 180° (Contra azimute)
Cálculo do erro de fechamento linear (eL)
eE =(Ef –Ei) - ∑ΔE
eN =(Nf –Ni) - ∑ΔN Portanto: eL = √ e2
E + e2
N
Onde:
Ef = coordenada E final ou de chegada
Nf = coordenada N final ou de chegada
Ei = coordenada E inicial ou de saída
Ni = coordenada N inicial ou de saída
∑ΔE = somatório das coordenadas parciais E
∑ΔN = somatório das coordenadas parciais N
E1 = EP1 + dP1i.senAP1i
N1 = NP1 + dP1i.cosAP1i
Cálculo das coordenadas N, E
Exercícios
• Determinar as coordenadas N, E dos pontos A, B e I. São
dados:
1
2
A
B
I
3
4
α1
α2
α3
αI
α4
E1 = 1110,420
N1 = 553,442
E2 = 1119,714
N2 = 343,119
E3 = 1370,110
N3 = 456,091
E4 = 1398,090
N4 = 336,107
α1 = 43° 54’ 53”
α2 = 288° 44’ 07”
α3 = 71° 05’ 07”
α4= 305° 40’ 16”
αI = 189° 09’ 36”
d2A = 136,009 m
dAB = 120,015 m
dB3= 152,770 m
dBI = 152,248 m

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Topografia Conceitos.pdf

Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011
jjfneto83
 
Apostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdf
Apostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdfApostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdf
Apostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdf
Facul4
 
Geofísica
GeofísicaGeofísica
Geofísica
UFES
 

Semelhante a Topografia Conceitos.pdf (20)

Sistemas geodésicos de referênci acrea
Sistemas geodésicos de referênci acreaSistemas geodésicos de referênci acrea
Sistemas geodésicos de referênci acrea
 
Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011Amostra apostila-ibge-2011
Amostra apostila-ibge-2011
 
Apresentação ciências cartográficas francisco javier cervigon ruckauer
Apresentação ciências cartográficas francisco javier cervigon ruckauerApresentação ciências cartográficas francisco javier cervigon ruckauer
Apresentação ciências cartográficas francisco javier cervigon ruckauer
 
Topografia slides totais 2023.pptx
Topografia slides totais 2023.pptxTopografia slides totais 2023.pptx
Topografia slides totais 2023.pptx
 
Topografia aula01
Topografia aula01Topografia aula01
Topografia aula01
 
aula_10_geoid_determination.pdf
aula_10_geoid_determination.pdfaula_10_geoid_determination.pdf
aula_10_geoid_determination.pdf
 
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdfAULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
AULA-02 - Conceitos Iniciais.pdf
 
Geofísica
GeofísicaGeofísica
Geofísica
 
Topografia unidade 2 planimetria
Topografia unidade 2 planimetriaTopografia unidade 2 planimetria
Topografia unidade 2 planimetria
 
Cartografia sb 2018
Cartografia sb 2018Cartografia sb 2018
Cartografia sb 2018
 
Aula 01 topografia UFPI 2018.1
Aula 01 topografia UFPI 2018.1Aula 01 topografia UFPI 2018.1
Aula 01 topografia UFPI 2018.1
 
Gis4 dev
Gis4 devGis4 dev
Gis4 dev
 
Apostila de topografia
Apostila de topografiaApostila de topografia
Apostila de topografia
 
Apostila de topografia
Apostila de topografiaApostila de topografia
Apostila de topografia
 
Apostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdf
Apostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdfApostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdf
Apostila_5_TOPO_Leituras-Angulares.pdf
 
Aula introdução cartografia
Aula   introdução cartografiaAula   introdução cartografia
Aula introdução cartografia
 
Apostila ler3402007
Apostila ler3402007Apostila ler3402007
Apostila ler3402007
 
Geofísica
GeofísicaGeofísica
Geofísica
 
Cartografia aula 2 - rede geográfica fuso horário
Cartografia   aula 2 - rede geográfica fuso horárioCartografia   aula 2 - rede geográfica fuso horário
Cartografia aula 2 - rede geográfica fuso horário
 
Latitude
LatitudeLatitude
Latitude
 

Topografia Conceitos.pdf

  • 1. Topografia – Conceitos Profº. Me. Leonardo A. Lopes. 1004@prof.itpacporto.com.br
  • 3. Introdução O homem sempre necessitou conhecer o meio em que vive, por questões de sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção, etc. Com o tempo surgiram técnicas e equipamentos de medição que facilitaram a obtenção de dados para posterior representação. A Topografia foi uma das ferramentas utilizadas para realizar estas medições. Etimologicamente a palavra TOPOS, em grego, significa lugar e GRAPHEN descrição, assim, de uma forma bastante simples, Topografia significa descrição do lugar Profº. Me. Leonardo A. Lopes.
  • 4. Definições • “A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana” DOUBEK (1989) • “A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre”ESPARTEL (1987). Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 5. Divisão da Topografia TOPOGRAFIA Topometria Topologia Planimetria Altimetria Formas e Leis Planialtimetria Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 6. Definição 1. Topologia – estudo das formas do terreno e das leis que regem sua formação 2. Topometria – medidas de grandezas lineares e angulares capazes de definirem a posição dos pontos topográficos nos planos Horizontal e Vertical. Compreende a Planimetria e Altimetria. Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 7. Definições • Planimetria - medida dos ângulos e distâncias no plano Horizontal de modo a definir a posição dos pontos do terreno como se todos estivessem no mesmo plano horizontal.
  • 8. Definições • Altimetria – determinação das alturas dos pontos topográficos em relação a um plano horizontal de referência, ou a medida da diferença de nível entre dois ou mais pontos no terreno. Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 9. Definições • Representação Gráfica – consiste na transferência, para o desenho, das distâncias e ângulos medidos no terreno, mediante a consideração de uma determinada escala e a utilização de convenções apropriadas para a representação de detalhes. • Escala – relação matemática constante entre grandezas medidas no terreno e no mapa.
  • 10. Definições • Escala Numérica N D d Escala 1   • Escala Gráfica Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 11. • Rede ou apoio topográfico – conjunto de pontos planimétricos e altimétricos, que dão suporte ao levantamento topográfico. Definições Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 14.
  • 15.
  • 16. Definições • Levantamento topográfico – Conjunto de métodos e processos que através de medições de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental adequado a exatidão pretendida, implanta e materializa pontos no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhes visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré- determinada e a sua representação altimértica por intermédio de curvas de nível, com equidistâncias pré-determinadas.
  • 17. Tipos de equipamentos Teodolito Teodolito Eletrônico Estação Total Estação INTEGRADA
  • 19.
  • 20. PLANO TOPOGRÁFICO Plano topográfico é um plano horizontal, finito, tangente à superfície da esfera terrestre e de dimensões limitadas ao campo topográfico.
  • 21. SUPERFÍCIES DE REFERÊNCIA O IRM IRP Elipsóide Geóide Superfície Física IRM – Meridiano Internacional de Referência IRP – Polo Internacional de Referência • SUPERFÍCIES DE REFERÊNCA – Superfície geoidal: limitante do geóide. – Superfície fisica: limitante do relevo topográfico – Superfície elipsoidal: limitante do elipsóide de referência.
  • 23.  ALTITUDE ORTOMÉTRICA (H)  distância entre a superfície geoidal e a superfície física medida ao longo da vertical.  ALTURA GEOIDAL (N)  distância entre a superfície elipsoidal e a geoidal medida ao longo da normal.  ALTITUDE GEODÉSICA OU GEOMÉTRICA (h)  distância entre a superfície elipsoidal e o ponto espacial P, medida ao longo da normal. Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 24. Ângulo Horizontal (α) • Ângulo entre as projeções ortogonais de duas direções num plano horizontal, no sentido horário, a partir do ponto ré. Ré Vante Estação
  • 25. Ângulo Vertical (β) • Ângulo medido no plano vertical que contém a direção que passa pelo ponto em relação ao horizonte. Horizonte
  • 26. Ângulo Zenital (z) • Ângulo medido no plano vertical que contém a direção que passa pelo ponto em relação ao zenite.
  • 28. RUMO (R) • Ângulo medido a partir da direção norte sul, com grandeza variável de 0°a 90°, no sentido horário ou anti-horário, indicando o quadrante em que o alinhamento está situado. !!! Deve-se sempre lembrar que o valor angular do rumo nunca ultrapassa os 90° e a sua origem está ou no Norte ou no Sul. Nunca no Leste ou Oeste !!! Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 29. Azimute (Az) • Ângulo medido a partir da direção norte, no sentido horário de 0°a 360°. A direção do norte pode ser Magnético (Nm), Verdadeiro ou Geográfico (Nv) ou de Quadrícula (NQ). 0° e 360 ° 90° 180° 270°
  • 30. Rumo e Azimute - 1º quadrante: AZ = RUMONE - 2º quadrante: AZ = 180° - RSE - 3º quadrante: AZ = 180° + RSW - 4º quadrante: AZ = 360° - RNW Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 31. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Transformar em azimute ou rumo as seguintes orientações: • AZ = 271° 20’ 39”; • R = 23° 15’ SE; • AZ = 67° 21’; • AZ = 180° ; • R = 90° SW; Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 32. RESPOSTA AZ = 271° 20’ 39”; Sendo de 4º Q R = 360 – 271° 20’ 39” = 88° 39’21” NW; R = 23° 15’ SE; Este rumo é de 2º Q AZ = 180° - 23° 15’ = 156° 45’; AZ = 67° 21’; Este azimute é de 1º Q R = 67° 21’ NE; •AZ = 180°; •Interseção dos 2º e 3º Quadrantes, •logo: •R = 0° S (Sul); •R = 90° W; •coincidência dos 3º e 4º Quadrantes, •logo: • AZ = 270°. Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 33. POLIGONAL • Poligonal taqueométrica – é a parte da topografia que trata da obtenção indireta da distância e a diferença de nível ou altitude, através do uso do teodolito providos de reticulo estadimétricos e de mira vertical. FS FM FI V V H a b H FS FM FI V V H a b H
  • 34. • Consiste em ligar consecutivamente, dois a dois, uma série de pontos a determinar, formando uma linha poligonal que deve ser percorrido inteiramente, medindo os ângulos horizontais e as extensões de todos os lados. • As poligonais devem estar orientadas em relação ao Norte (magnético ou Verdadeiro). • As poligonais devem ser: POLIGONAL ou Caminhamento
  • 35. Poligonal Fechada ou enquadrada. • Partem de um ponto de coordenadas conhecidas e chega ao mesmo ponto ou em outro ponto de coordenadas conhecidas. E D C B A F N AAB NV A (xA,YA)‫‏‬ Az F (xF, YF)‫‏‬ E D C B Poligonal Fechada Poligonal Enquadrada A (xA,YA)‫‏‬
  • 36. Poligonal Aberta • Poligonais que não fecham em pontos de coordenadas conhecidas. A E D C B F N AAB A (xA,YA)‫‏‬
  • 37. Orientação •Norte verdadeiro (NV)‫‏‬ Linha norte-sul verdadeira, aponta para o Pólo Norte Físico da Terra, e é determinada diretamente por processos astronômicos, através da observação dos astros. •Norte Magnético (NM)‫‏‬ Direção ao Pólo Norte Magnético, pólo este que concentra um enorme campo magnético e atrai as agulhas das bússolas indicando sua direção. Uma linha imaginária traçada entre os pólos sul e norte magnéticos apresenta uma inclinação de aproximadamente 11,3º relativa ao eixo de rotação da Terra. • Declinação magnética ( δ )‫‏‬ O ângulo formado entre o NM e NV dá-se o nome de declinação magnética. A declinação magnética varia de acordo com o tempo e o local.
  • 38. Bússola Azimutal •Fornece azimute do alinhamento; •Tem o limbo graduado de 0º a 360º; •Graduação sempre no sentido horário. Bússola de Rumo •Fornece o rumo do alinhamento; •Tem o limbo graduado de 0º a 90º ; •Graduação nos sentidos NE, SE, SO, NO.
  • 39. Medição do Angulo Horizontais (α) • Leitura de ângulo horizontal num ponto para uma série de leitura conjugada (CE/CD). • 1° leitura com CE na Ré • 2° leitura com CE na vante • 3° leitura com CD na vante • 4° leitura com CD na Ré Ré Vante Estação Controle das leituras:
  • 40. Medição de Ângulos Zenitais • Os ângulos zenitais CE e CD, sçao lidos com o fio nivelador (médio) na mesma graduação da mira utilizada na medida dos fios estadimétricos. Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 41. Medição de distância • As distâncias entre os pontos da poligonal são medidas estadimétricamente (mira vertical). Deve-se conhecer a constante multiplicativa do teodolito (espaçamento entre os retículos), normalmente é igual a 100. • Para medir uma distância bissecciona-se o meio da mira com o fio vertical do retículo e com o fio médio faz a coincidência em uma graduação inteira (1,000) e leem-se os fios superior e inferior e médio.
  • 42. Erros de medidas estadimétricas • Erro na leitura na mira; • Má verticalidade da mira; • Iluminação da mira; • Má focalização dos fios do reticulo e objetiva; • Reverberação e refração; • Falta de exatidão na graduação das miras • Erro da constante estadimétrica
  • 43. Controle das leituras: Fs + Fi = FM ± 0,001 m 2 Distância Inclinada: di = (Fs - Fi )*K (K = Constante Multiplicativa) Distância Horizontal: dh = di * sen2z
  • 44. Distância Inclinada: di = (Fs - Fi )*K (K = Constante Multiplicativa) Distância Horizontal: dh = di * sen2z Profº. Me. Leonardo A. Lopes
  • 45.
  • 46. Diferenças de Nível ou altitude (Δh) • É a distância verticalmente de dois ou mais pontos. ΔhAB = Dh + hi –Fm tg Z
  • 47. Cálculo de uma Poligonal topográfica 1. Calculo do erro de fechamento angular (eα): eα = Azf – Azi – (∑ α –K.180̊ ) Onde: Azf = Azimute final Azi = Azimute inicial ou de saida ∑ α = somatório dos ângulos horizontais K = n, n+1, n+2, n-1, n-2 (número de estações) eα < Tα (tolerância angular)
  • 48. Cálculo do Azimute através de coordenadas conhecidas. E2 N2 E1 N1 Az12 =Arctg E2 – E1 N2 - N1 OBS – fazer análise de Quadrante I II III IV ΔE + ΔN + ΔE + ΔN - ΔE - ΔN - ΔE - ΔN + I Quad : Az = Az II Quad : Az = 180 – |Az| III Quad : 180 + Az IV Quad : 360 - |Az|
  • 49. Compensação do Erro Angular • Cα = eα n (Número de estações) Cálculo do Azimutes Az23 = Az12 + α esq ± 180° 1 2 3 Az23 Az12 α Az12 - Az21 = 180° (Contra azimute)
  • 50. Cálculo do erro de fechamento linear (eL) eE =(Ef –Ei) - ∑ΔE eN =(Nf –Ni) - ∑ΔN Portanto: eL = √ e2 E + e2 N Onde: Ef = coordenada E final ou de chegada Nf = coordenada N final ou de chegada Ei = coordenada E inicial ou de saída Ni = coordenada N inicial ou de saída ∑ΔE = somatório das coordenadas parciais E ∑ΔN = somatório das coordenadas parciais N
  • 51. E1 = EP1 + dP1i.senAP1i N1 = NP1 + dP1i.cosAP1i Cálculo das coordenadas N, E
  • 52. Exercícios • Determinar as coordenadas N, E dos pontos A, B e I. São dados: 1 2 A B I 3 4 α1 α2 α3 αI α4 E1 = 1110,420 N1 = 553,442 E2 = 1119,714 N2 = 343,119 E3 = 1370,110 N3 = 456,091 E4 = 1398,090 N4 = 336,107 α1 = 43° 54’ 53” α2 = 288° 44’ 07” α3 = 71° 05’ 07” α4= 305° 40’ 16” αI = 189° 09’ 36” d2A = 136,009 m dAB = 120,015 m dB3= 152,770 m dBI = 152,248 m