Este documento discute a criatividade em museus. Aborda conceitos como imaginação, narrativas, experiências sensoriais e como estas influenciam a criatividade. Finalmente, desafia os leitores a criar uma atividade exploratória para a Casa das Histórias | Paula Rego que promova aprendizagens multidisciplinares.
7. “Ao contrário de outros
órgãos dos sentidos, os
ouvidos são expostos e
vulneráveis. Os olhos podem
ser fechados, se quisermos; os
ouvidos não, estão sempre
abertos. Os olhos podem
focalizar e apontar nossa
vontade, enquanto os ouvidos
captam todos os sons do
horizonte acústico, em todas as
direcções.
10. Museus (?)
«Um museu é uma instituição permanente, sem
fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento, aberto ao público, e que
adquire, conserva, estuda, comunica e expõe
testemunhos (i)materiais do homem e do seu meio
ambiente, tendo em vista o estudo, a educação e
a fruição.»
ICOM
(Internactional Council of Museums)
13. E … então?
«(…) as acções museológicas não são processadas
somente a partir dos objectos, das colecções, mas tendo
como referencial o património global, na dinâmica da
vida, tornando assim necessária uma ampla revisão dos
métodos a serem aplicados nas acções de pesquisa,
preservação e comunicação, nos diferentes
contextos.»
Maria Célia Santos
15. «Para que servem os sentimentos? Poder-se-ia argumentar que as
emoções sem sentimentos seriam mais do que suficientes para a
regulação da vida e para a promoção da sobrevivência. Porém, não é
esse o caso. Na orquestração da sobrevivência é extremamente
valioso ter sentimentos. As emoções são úteis em si mesmas, mas é
o processo de sentir que alerta o organismo para o problema que a
emoção começou a resolver.»
António Damásio
16.
17. «Pensemos, por exemplo, na nossa necessidade de construir narrativas,
no nosso gosto pela criação de histórias e poemas. David Miall, da
Universidade de Alberta, no Canadá, criou um programa de computador
capaz de analisar variações métricas e fonéticas em obras literárias. O
passo seguinte foi comparar esses padrões com os padrões discursivos de
uma mãe comunicando com o seu filho bebé. As suas descobertas
provaram que no discurso materno se encontram os mesmos ritmos que
encontramos na poesia e nas canções, e até nas grandes obras literárias.
Ou seja, os circuitos que relacionam ligam a grande literatura e música
literatura à experiência emocional começam a formar-se muito cedo, em
resultado das interacções precoces na infância e em período pré-natal.
Mas se é verdade que é a experiência que nos expande ou limita a
imaginação, se a criatividade é algo que se adquire, também pode ser
desenvolvida. Quanto mais ricas, partilhadas, variadas e regulares, forem
nossas experiências sensoriais, mais elementos teremos ao nosso dispor
para combinar de modo original e criativo.»
Paula Pina
21. D esafio final do curso | Criatividade e Museus
Partindo de uma abordagem/vivência
criativa à Casa das Histórias | Paula Rego
o resultado esperado é o de, em grupo,
ser criada uma actividade/recurso para
exploração do espaço, de uma obra (ou
obras) no contexto de uma aprendizagem
multidisciplinar em contexto de processo
de ensino/aprendizagem.
22. O desafio terá dois momentos:
2. Elaboração em grupo do projecto/ideia;
3. Apresentação e/ou experimentação do
projecto/ideia.
Condição: Deverá existir uma actividade
simulada/prototipada do projecto/ideia em
que os elementos dos grupos de trabalho
serão convidados a participar.