SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
Gisela Camila Hoff
 De acordo com alguns autores, a Psicose é uma
doença mental caracterizada pela distorção do senso
de realidade.
 As psicoses estão incluídas no grupo de doenças
denominadas psicopatologias, modo como em
linguagem médica se costuma nominar morbidades
que causam alterações mentais.
CONCEITO
 O termo Psicose surgiu na França em 1869 que
designou inicialmente um conjunto de chamadas
doenças mentais.
 Termo Psicose vem do grego “psique” (mente) e
“ose” (Condição anormal), significando literalmente
condição anormal da mente.
HISTÓRICO
 O autor define que as psicoses "implicam um processo
deteriorativo das funções do ego, a tal ponto que haja, em
graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a
realidade. É o caso, por exemplo, das diferentes formas de
esquizofrenias crônicas" (ZIMERMAN, 1999, p. 227).
 Portanto, a psicose tem como núcleo estruturante central a
prevalência do princípio do prazer sobre o princípio da
realidade. Dessa forma, as funções do ego são prejudicadas,
caracterizando o contato do indivíduo psicótico com seu
mundo externo como um ambiente restrito ao seu universo
interpsíquico, ou seja, um mundo só seu.
O QUE É PSICOSE?
 O indivíduo que sofre de uma psicose é chamado de
psicótico.
 O paciente psicótico não tem percepção do seu
distúrbio de personalidade, enquanto o que sofre de
neurose percebe os transtornos mórbidos.
CLASSIFICAÇÃO
 Pensamentos desorganizados – Não se entende bem o que a
pessoa psicótica está dizendo, não faz sentido o que ela diz.
Pode haver dificuldade de concentração. Os pensamentos
podem estar acelerados ou muito lentos.
 Alucinações – Só alterações da percepção. O psicótico vê
coisas, ouve vozes ou sons, sente sabores que não existem na
realidade. Pode ouvir vozes de perseguição, ver um animal
querendo atacá-lo que não existe naquele ambiente.
 Delírios ou crenças falsas – delírio é uma alteração do
conteúdo do pensamento. Há delírios de grandeza (“Eu sou o
presidente do país.”), de ciúme (“Todos me traem.”), de
perseguição (“Você [dizendo para o médico] está aqui para me
matar!”), místicos (“Eu sou Jesus Cristo.”), etc. A pessoa crê
ser isto real. E nada a convence de que não é.
SINAIS E SINTOMAS
 Mudança de sentimentos – Ocorrem sem razão aparente. Sensação
de isolamento do mundo, estranheza, como se tudo se movesse em
câmara lenta, e ora muito alegre, ora deprimido demais, ou sem
nenhuma emoção, como se fosse uma máquina.
 Mudança de comportamento – A pessoa pode estar acelerada e
agitado, andando de lá para cá o tempo todo, ou extremamente
parada (catatonia), passando horas e dias sentada sem fazer nada
com olhar perdido. Pode ficar rindo sem motivo (hebefrenia). A
mudança do comportamento depende de outras alterações, por
exemplo, se a pessoa tem alucinação auditiva de que uma voz está
lhe dizendo para fugir, ela ficará muito inquieta e irá querer sair
correndo. Ou pode estar muito assustada e não conseguir dormir.
Outros param de comer porque há no delírio a idéia de que
colocaram veneno na comida.
SINAIS E SINTOMAS
 Psicose induzida por drogas – Como álcool, maconha, cocaína, etc.
Alguns dos usuários de drogas podem já ter tido comportamento
um tanto psicótico e a droga piora seu estado mental, enquanto
que outros desencadeiam o surto com o uso da droga.
 Psicose orgânica – Causada por lesão cerebral ou enfermidade
física que altere o funcionamento do cérebro, como a encefalite, a
AIDS, tumor cerebral, reação química a certos remédios em
pessoas predisponentes talvez (pós-cirúrgico).
 Psicose reativa breve – Sintomas aparecem de forma súbita em
resposta a um evento muito estressante para uma pessoa muito
sensível. A pessoa recupera em poucos dias.
 Esquizofrenia – Quando há mudanças psicóticas por pelo menos
seis meses. Atinge uma em cada 100 pessoas. Há diferentes tipos
como a paranóide, hebefrênica, catatônica, simples.
AS PSICOSES
 Transtorno Bipolar – Era chamada de psicose maníaco-
depressiva. Há alteração do estado de humor caracterizado pela
alternância de momentos de exagerada euforia (mania) com
depressão. Na fase da euforia a pessoa se acha um deus
onipotente e faz coisas fora da realidade, como comprar coisas
sem ter como pagar, planejar viagens fantásticas, etc. Na fase
depressiva pode escutar vozes que lhe dizem para matar-se.
 Transtorno esquizoafetivo – A pessoa tem alterações como no
bipolar e no esquizofrênico mas não se enquadra em nenhum
dos dois diagnósticos.
AS PSICOSES
 Nos desenvolvemos a partir de uma dada constituição
genética, herdada de nossos pais. A partir desta
constituição, postos no mundo, vamos nos
desenvolvendo.
 Entretanto, em algum estágio deste
desenvolvimento, podemos ser levados à uma
regressão.
 Os psicóticos são incapazes de cuidar de si.
PSICODINÂMICA
 O tratamento depende da causa
 A psicose não tem cura definitiva, a ingestão de remédios
provocam a estabilização da doença que pode voltar a se
manifestar, em surtos de cada vez maior intensidade.
TRATAMENTO
 Medicamentos prescritos por médico psiquiatra;
 Orientação familiar;
 Hospitalização se necessário;
 Hospital-dia, CAPS nas cidades, Terapia Ocupacional;
 Grupos de ajuda para familiares com psicose;
 ajuda muito uma dieta vegetariana;
 Também ajuda muita atividade física ao ar livre (caminhadas
assistidas);
 Hidroterapia (banhos de contraste quente-frio, etc.).
O TRATAMENTO DA PSICOSE INCLUI:
O QUE É A NEUROSE?
 Neuroses são distúrbios leves com poucas distorções da
realidade tratada principalmente pelo psicólogo.É a
desordem na personalidade que gera angustia e inibe
suas condutas, é um conflito intra-psíquico.
DIFERENÇA ENTRE NEUROSE E
PSICOSE
 Na neurose o indivíduo
além de saber que é um
neurótico, ele tem plena
consciência dos seus
atos, mas não consegue
controlá-los, já os
psicóticos não têm essa
consciência, eles perdem
a noção da realidade.
 Para Freud (1974; 1976), as forças que impulsionam a arte
têm origem nos mesmos conflitos que levam sujeitos a
desenvolver neuroses. Assim, a arte estabelece "um domínio
intermediário entre a realidade, que nos nega o
cumprimento de nossos desejos, e o mundo da fantasia, que
procura sua satisfação". O indivíduo, por meio de suas
expressões artísticas (escultura, pintura, poesia...), é capaz
de reproduzir seu mundo interior, seus desejos, anseios e
frustrações. A arte permite articular o íntimo mais obscuro
com a realidade externa.
 http://mosaicodapsicologia.blogspot.com.br/2009/06/
diferenca-entre-neurose-e-psicose.html
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Psicoses

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricasAula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Lampsi
 
Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização
Inaiara Bragante
 
I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1
I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1
I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1
Lampsi
 
Transtornos de personalidade
Transtornos de personalidadeTranstornos de personalidade
Transtornos de personalidade
gfolive
 
Neuroses
NeurosesNeuroses
Neuroses
UNICEP
 
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Alexandre Simoes
 

Mais procurados (20)

Transtornos de ansiedade
Transtornos de ansiedadeTranstornos de ansiedade
Transtornos de ansiedade
 
Transtornos ansiosos
Transtornos ansiososTranstornos ansiosos
Transtornos ansiosos
 
Esquizofrenia
EsquizofreniaEsquizofrenia
Esquizofrenia
 
Transtornos do pensamento: esquizofrenia
Transtornos do pensamento: esquizofreniaTranstornos do pensamento: esquizofrenia
Transtornos do pensamento: esquizofrenia
 
Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricasAula 05   curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
Aula 05 curso de psicopatologia - síndromes psiquiátricas
 
Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização
 
I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1
I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1
I Curso de Psicopatologia da Lampsi - Aula 1
 
Transtorno de humor - Enfermagem
Transtorno de humor - Enfermagem Transtorno de humor - Enfermagem
Transtorno de humor - Enfermagem
 
Transtornos depressivos
Transtornos depressivosTranstornos depressivos
Transtornos depressivos
 
Tópicos abordagem paciente saúde mental
Tópicos abordagem paciente saúde mentalTópicos abordagem paciente saúde mental
Tópicos abordagem paciente saúde mental
 
Transtorno de ansiedade
Transtorno de ansiedadeTranstorno de ansiedade
Transtorno de ansiedade
 
Depressão palestra uniplac
Depressão   palestra uniplacDepressão   palestra uniplac
Depressão palestra uniplac
 
Introdução psicopatologia
Introdução psicopatologiaIntrodução psicopatologia
Introdução psicopatologia
 
Transtornos mentais
Transtornos mentaisTranstornos mentais
Transtornos mentais
 
Transtornos de personalidade
Transtornos de personalidadeTranstornos de personalidade
Transtornos de personalidade
 
Neuroses
NeurosesNeuroses
Neuroses
 
Psicologia da Saude
Psicologia da Saude Psicologia da Saude
Psicologia da Saude
 
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidadeSaúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
Saúde mental, desenvolvimento e transtornos da personalidade
 
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
Psicopatologia I - Aula 1: Introdução aos Conceitos da Psicopatologia.
 
Personalidade
PersonalidadePersonalidade
Personalidade
 

Semelhante a Psicoses

Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012
Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012
Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012
Rui Grilo
 
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da Percepção
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da PercepçãoPsicopatologia I- Aula 7: Alterações da Percepção
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da Percepção
Alexandre Simoes
 
Fundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologiaFundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologia
UNICEP
 

Semelhante a Psicoses (20)

TRANSTORNO MENTAL "PSICOSE" Visão Espirita
TRANSTORNO MENTAL "PSICOSE" Visão EspiritaTRANSTORNO MENTAL "PSICOSE" Visão Espirita
TRANSTORNO MENTAL "PSICOSE" Visão Espirita
 
Transtornos mentais na visao espirita
Transtornos mentais na visao espiritaTranstornos mentais na visao espirita
Transtornos mentais na visao espirita
 
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 2[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 2
 
Transtornos-mentais-na-visao-espirita.ppt
Transtornos-mentais-na-visao-espirita.pptTranstornos-mentais-na-visao-espirita.ppt
Transtornos-mentais-na-visao-espirita.ppt
 
Transtornos-mentais-na-visao-espirita.ppt
Transtornos-mentais-na-visao-espirita.pptTranstornos-mentais-na-visao-espirita.ppt
Transtornos-mentais-na-visao-espirita.ppt
 
Resumo para a prova de psicopatologia II
Resumo para a prova de psicopatologia IIResumo para a prova de psicopatologia II
Resumo para a prova de psicopatologia II
 
Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012
Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012
Esquizofrenia - breves noções - Rui Grilo artigo 2012
 
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análiseOs usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
Os usos e limites da psicofarmacologia e o paciente em análise
 
Síndromes afetivas isoladas (módulo 5).pptx
Síndromes afetivas isoladas (módulo 5).pptxSíndromes afetivas isoladas (módulo 5).pptx
Síndromes afetivas isoladas (módulo 5).pptx
 
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da Percepção
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da PercepçãoPsicopatologia I- Aula 7: Alterações da Percepção
Psicopatologia I- Aula 7: Alterações da Percepção
 
Aula 1 -O que é psicopatologia.pptx
Aula 1 -O que é psicopatologia.pptxAula 1 -O que é psicopatologia.pptx
Aula 1 -O que é psicopatologia.pptx
 
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
2013-03-13-Aula-Obsessão e Transtornos Psíquicos-Rosana De Rosa
 
Esquizofrenia - CETAM
Esquizofrenia - CETAMEsquizofrenia - CETAM
Esquizofrenia - CETAM
 
Aula 3 psicologia anormal
Aula 3   psicologia anormalAula 3   psicologia anormal
Aula 3 psicologia anormal
 
Esquizofrênia - Leonardo Nunes
Esquizofrênia - Leonardo NunesEsquizofrênia - Leonardo Nunes
Esquizofrênia - Leonardo Nunes
 
Fundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologiaFundamentos de psicopatologia
Fundamentos de psicopatologia
 
Transe Integrativo e Psicossomática
Transe Integrativo e PsicossomáticaTranse Integrativo e Psicossomática
Transe Integrativo e Psicossomática
 
Apresentação de Esquizofrenia.pptx
Apresentação de  Esquizofrenia.pptxApresentação de  Esquizofrenia.pptx
Apresentação de Esquizofrenia.pptx
 
Esquizofrenia
EsquizofreniaEsquizofrenia
Esquizofrenia
 
Esquizofrenia e bipolaridade
Esquizofrenia e bipolaridadeEsquizofrenia e bipolaridade
Esquizofrenia e bipolaridade
 

Último (6)

SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 

Psicoses

  • 2.  De acordo com alguns autores, a Psicose é uma doença mental caracterizada pela distorção do senso de realidade.  As psicoses estão incluídas no grupo de doenças denominadas psicopatologias, modo como em linguagem médica se costuma nominar morbidades que causam alterações mentais. CONCEITO
  • 3.  O termo Psicose surgiu na França em 1869 que designou inicialmente um conjunto de chamadas doenças mentais.  Termo Psicose vem do grego “psique” (mente) e “ose” (Condição anormal), significando literalmente condição anormal da mente. HISTÓRICO
  • 4.  O autor define que as psicoses "implicam um processo deteriorativo das funções do ego, a tal ponto que haja, em graus variáveis, algum sério prejuízo do contato com a realidade. É o caso, por exemplo, das diferentes formas de esquizofrenias crônicas" (ZIMERMAN, 1999, p. 227).  Portanto, a psicose tem como núcleo estruturante central a prevalência do princípio do prazer sobre o princípio da realidade. Dessa forma, as funções do ego são prejudicadas, caracterizando o contato do indivíduo psicótico com seu mundo externo como um ambiente restrito ao seu universo interpsíquico, ou seja, um mundo só seu. O QUE É PSICOSE?
  • 5.  O indivíduo que sofre de uma psicose é chamado de psicótico.  O paciente psicótico não tem percepção do seu distúrbio de personalidade, enquanto o que sofre de neurose percebe os transtornos mórbidos. CLASSIFICAÇÃO
  • 6.  Pensamentos desorganizados – Não se entende bem o que a pessoa psicótica está dizendo, não faz sentido o que ela diz. Pode haver dificuldade de concentração. Os pensamentos podem estar acelerados ou muito lentos.  Alucinações – Só alterações da percepção. O psicótico vê coisas, ouve vozes ou sons, sente sabores que não existem na realidade. Pode ouvir vozes de perseguição, ver um animal querendo atacá-lo que não existe naquele ambiente.  Delírios ou crenças falsas – delírio é uma alteração do conteúdo do pensamento. Há delírios de grandeza (“Eu sou o presidente do país.”), de ciúme (“Todos me traem.”), de perseguição (“Você [dizendo para o médico] está aqui para me matar!”), místicos (“Eu sou Jesus Cristo.”), etc. A pessoa crê ser isto real. E nada a convence de que não é. SINAIS E SINTOMAS
  • 7.  Mudança de sentimentos – Ocorrem sem razão aparente. Sensação de isolamento do mundo, estranheza, como se tudo se movesse em câmara lenta, e ora muito alegre, ora deprimido demais, ou sem nenhuma emoção, como se fosse uma máquina.  Mudança de comportamento – A pessoa pode estar acelerada e agitado, andando de lá para cá o tempo todo, ou extremamente parada (catatonia), passando horas e dias sentada sem fazer nada com olhar perdido. Pode ficar rindo sem motivo (hebefrenia). A mudança do comportamento depende de outras alterações, por exemplo, se a pessoa tem alucinação auditiva de que uma voz está lhe dizendo para fugir, ela ficará muito inquieta e irá querer sair correndo. Ou pode estar muito assustada e não conseguir dormir. Outros param de comer porque há no delírio a idéia de que colocaram veneno na comida. SINAIS E SINTOMAS
  • 8.  Psicose induzida por drogas – Como álcool, maconha, cocaína, etc. Alguns dos usuários de drogas podem já ter tido comportamento um tanto psicótico e a droga piora seu estado mental, enquanto que outros desencadeiam o surto com o uso da droga.  Psicose orgânica – Causada por lesão cerebral ou enfermidade física que altere o funcionamento do cérebro, como a encefalite, a AIDS, tumor cerebral, reação química a certos remédios em pessoas predisponentes talvez (pós-cirúrgico).  Psicose reativa breve – Sintomas aparecem de forma súbita em resposta a um evento muito estressante para uma pessoa muito sensível. A pessoa recupera em poucos dias.  Esquizofrenia – Quando há mudanças psicóticas por pelo menos seis meses. Atinge uma em cada 100 pessoas. Há diferentes tipos como a paranóide, hebefrênica, catatônica, simples. AS PSICOSES
  • 9.  Transtorno Bipolar – Era chamada de psicose maníaco- depressiva. Há alteração do estado de humor caracterizado pela alternância de momentos de exagerada euforia (mania) com depressão. Na fase da euforia a pessoa se acha um deus onipotente e faz coisas fora da realidade, como comprar coisas sem ter como pagar, planejar viagens fantásticas, etc. Na fase depressiva pode escutar vozes que lhe dizem para matar-se.  Transtorno esquizoafetivo – A pessoa tem alterações como no bipolar e no esquizofrênico mas não se enquadra em nenhum dos dois diagnósticos. AS PSICOSES
  • 10.  Nos desenvolvemos a partir de uma dada constituição genética, herdada de nossos pais. A partir desta constituição, postos no mundo, vamos nos desenvolvendo.  Entretanto, em algum estágio deste desenvolvimento, podemos ser levados à uma regressão.  Os psicóticos são incapazes de cuidar de si. PSICODINÂMICA
  • 11.  O tratamento depende da causa  A psicose não tem cura definitiva, a ingestão de remédios provocam a estabilização da doença que pode voltar a se manifestar, em surtos de cada vez maior intensidade. TRATAMENTO
  • 12.  Medicamentos prescritos por médico psiquiatra;  Orientação familiar;  Hospitalização se necessário;  Hospital-dia, CAPS nas cidades, Terapia Ocupacional;  Grupos de ajuda para familiares com psicose;  ajuda muito uma dieta vegetariana;  Também ajuda muita atividade física ao ar livre (caminhadas assistidas);  Hidroterapia (banhos de contraste quente-frio, etc.). O TRATAMENTO DA PSICOSE INCLUI:
  • 13. O QUE É A NEUROSE?  Neuroses são distúrbios leves com poucas distorções da realidade tratada principalmente pelo psicólogo.É a desordem na personalidade que gera angustia e inibe suas condutas, é um conflito intra-psíquico.
  • 14. DIFERENÇA ENTRE NEUROSE E PSICOSE  Na neurose o indivíduo além de saber que é um neurótico, ele tem plena consciência dos seus atos, mas não consegue controlá-los, já os psicóticos não têm essa consciência, eles perdem a noção da realidade.
  • 15.  Para Freud (1974; 1976), as forças que impulsionam a arte têm origem nos mesmos conflitos que levam sujeitos a desenvolver neuroses. Assim, a arte estabelece "um domínio intermediário entre a realidade, que nos nega o cumprimento de nossos desejos, e o mundo da fantasia, que procura sua satisfação". O indivíduo, por meio de suas expressões artísticas (escultura, pintura, poesia...), é capaz de reproduzir seu mundo interior, seus desejos, anseios e frustrações. A arte permite articular o íntimo mais obscuro com a realidade externa.