O Objetivo deste material e colocar os textos bíblicos diretos em sublinhado, somados aos escritos de Ellen White que trazem mais luz sobre o assunto, para facilitar o entendimento, e capacitar a responder as questões da lição com maior amplitude.
“Sempre darei a fonte, para que o conteúdo não seja anônimo, e todos tenham a oportunidade de achar, pesquisar e questionar”.
Que... “Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação”. Sal. 67:1-2.
Bom Estudo!
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
❉ Missões transculturais_Resp_Liç_832015_GGR
1. Lições Adultos Missionários
Lição 8 - Missões transculturais 15 a 22 de agosto
❉ Sábado à tarde Ano Bíblico: Jr 17–19
“Eis aqui o Meu Servo, que escolhi, o Meu amado, em quem a Minha alma Se compraz. Farei repousar sobre
Ele o Meu Espírito, e Ele anunciará juízo aos gentios”. Mt 12:18.
Poucos compreendem o amplo significado das palavras ditas por Cristo quando, na sinagoga de Nazaré, Se
apresentou como o Ungido. Ele anunciou Sua missão de confortar, abençoar e salvar os aflitos e pecadores.
Então, vendo que a incredulidade e o orgulho controlavam o coração de Seus ouvintes, recordou que no
passado Deus Se havia retirado de Seu povo escolhido por causa de sua incredulidade e rebelião, e Se havia
manifestado aos das terras pagãs que não haviam rejeitado a luz do Céu. A viúva de Sarepta e Naamã da
Síria tinham vivido à altura de toda a luz que possuíam; assim foram eles considerados mais justos que o
povo escolhido de Deus que se tinha desviado dEle, e sacrificado o princípio à conveniência e à honra
mundana.
Cristo disse aos judeus de Nazaré uma terrível verdade quando declarou que com o apóstata Israel não havia
segurança para o fiel mensageiro de Deus. Eles não reconheceriam seu valor nem apreciariam seus labores.
Enquanto os dirigentes judeus professavam ter grande zelo pela honra de Deus e o bem de Israel, eram
inimigos de ambos. Por preceito e exemplo estavam levando o povo mais e mais longe da obediência a Deus –
guiando-o para onde Deus não poderia ser sua defesa no dia da angústia. (Atos dos Apóstolos, p. 416, 417).
❉ Domingo - A mulher samaritana Ano Bíblico: Jr 20–23
● 1. Leia João 4:4-30. O que podemos aprender dessa história sobre a forma pela qual Jesus testemunhava aos
não judeus? De que maneira Jesus ultrapassou os limites da tradição para alcançar essa mulher?
Jo 4:4-30, (JFA-RC); 4 E era-lhe necessário passar por Samaria. 5 Foi, pois, a uma cidade de Samaria,
chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. 6 E estava ali a fonte de Jacó. Jesus,
pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta. 7 Veio uma mulher de
Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. 8 Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar
comida. 9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou
mulher samaritana ( porque os judeus não se comunicam com os samaritanos )? 10 Jesus respondeu e disse-
lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água
viva. 11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água
viva? 12 És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e
o seu gado? 13 Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, 14 mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma
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2. fonte de água a jorrar para a vida eterna. 15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não
mais tenha sede e não venha aqui tirá-la. 16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá. 17 A mulher
respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido, 18 porque tiveste
cinco maridos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. 19 Disse-lhe a mulher: Senhor,
vejo que és profeta. 20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se
deve adorar. 21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em
Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação
vem dos judeus. 23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24 Deus é Espírito, e importa que os
que o adoram o adorem em espírito e em verdade. 25 A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias ( que se
chama o Cristo ) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. 26 Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo
contigo. 27 E nisso vieram os seus discípulos e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher;
todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? 28 Deixou, pois, a mulher o seu
cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: 29 Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho
feito; porventura, não é este o Cristo? 30 Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele.
► Resp. Jesus não tinha preconceitos nem Se restringia a tradições. Ele ultrapassou os limites da tradição ao
iniciar um diálogo com uma pessoa do sexo oposto, algo que não estava de acordo com os costumes sociais
judaicos.
[Cristo] Não passava nenhum ser humano por alto como indigno, mas procurava aplicar a toda pessoa o
remédio capaz de sarar. Em qualquer companhia em que Se encontrasse, apresentava uma lição adequada ao
tempo e às circunstâncias. Cada negligência ou insulto da parte de alguém para com seu semelhante, servia
apenas para O fazer mais consciente da necessidade que tinham de Sua simpatia divino-humana. Procurava
inspirar esperança aos mais rudes e menos promissores, prometendo-lhes a certeza de que haveriam de tornar-
se irrepreensíveis e inocentes, alcançando um caráter que manifestaria serem filhos de Deus. ...
Conquanto fosse judeu, Jesus Se associava sem reserva com os samaritanos, deitando assim por terra os
costumes farisaicos de Sua nação. A despeito de seus preconceitos, Ele aceitou a hospitalidade desse povo
desprezado. Dormia com eles sob seu teto, comia à mesa deles - compartilhando da comida preparada e
servida por suas mãos - ensinava em suas ruas e tratava-os com a maior bondade e cortesia. E ao passo que
lhes atraía o coração pelos laços de humana simpatia, Sua divina graça levava-lhes a salvação que os judeus
rejeitavam. Cristo não negligenciava oportunidade alguma de proclamar o evangelho da salvação. Escutai
Suas maravilhosas palavras àquela única mulher, de Samaria. Achava-Se sentado junto ao poço de Jacó,
quando ela veio tirar água. Para surpresa dela, pediu-lhe um favor. "Dá-Me de beber", disse Ele. Queria uma
bebida refrigerante, e desejava também abrir o caminho pelo qual lhe pudesse dar a água da vida. "Como",
disse a mulher, "sendo Tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não
se comunicam com os samaritanos)? Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é
O que te diz: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva." João 4:9 e 10.
Quanto interesse manifestou Cristo nessa única mulher! Quão fervorosas e eloquentes foram Suas palavras!
Ao ouvi-las, deixou a mulher seu cântaro e foi à cidade, dizendo aos amigos: "Vinde e vede um homem que
me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo"? Lemos que "muitos dos samaritanos
daquela cidade creram nEle". João 4:29 e 39. E quem pode avaliar a influência que essas palavras exerceram
para a salvação de pessoas nos anos que se passaram desde então?
Onde quer que os corações se abram para receber a verdade, Cristo está pronto a instruí-los. Revela-lhes o
Pai, e o serviço aceitável Àquele que lê o coração. Para esses não usa Ele de parábolas. Diz-lhes como à
mulher junto à fonte: "Eu o sou, Eu que falo contigo." João 4:26. (A Ciência do Bom Viver, págs. 25-28).
A mensagem de Cristo à mulher samaritana com quem Ele falou junto ao poço de Jacó, tinha produzido
fruto. Após ouvir Suas palavras, a mulher tinha ido aos habitantes da cidade, dizendo: “Venham e vejam um
homem que me disse tudo quanto tenho feito: porventura não é este o Cristo?” Eles foram com ela, ouviram
Jesus e creram nEle. Ansiosos por ouvir mais, suplicaram-Lhe que permanecesse com eles. Por dois dias Ele
Se demorou com eles, “e muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra” (Jo 4:29, 41).
E quando Seus discípulos foram expulsos de Jerusalém, alguns encontraram seguro asilo em Samaria. Os
samaritanos receberam bem os mensageiros do evangelho, e os judeus convertidos colheram preciosos frutos
entre aqueles que uma vez foram seus mais fortes inimigos. (Atos dos Apóstolos, p. 106, 107).
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3. O resultado da obra de Jesus, enquanto Se sentou, fatigado e com fome, junto ao poço, foi vasto nas bênçãos.
Aquela única pessoa a quem buscou ajudar, tornou-se um instrumento para alcançar outros, e levá-los ao
Salvador. Esse tem sido sempre o meio pelo qual a obra de Deus tem progredido na Terra. Façam brilhar sua
luz, e outras luzes surgirão. (Obreiros Evangélicos, p. 194, 195).
❉ Segunda - O oficial do exército romano Ano Bíblico: Jr 24–26
● 2. Leia Mateus 8:5-13 e Lucas 7:1-10. O que essa história ensina sobre o fato de que até mesmo os maiores
pontos de divisão cultural podem ser superados pelo evangelho?
Lc 7:1-10, (JFA-RC); 1 E, depois de concluir todos esses discursos perante o povo, entrou em Cafarnaum. 2 E
o servo de um certo centurião, a quem este muito estimava, estava doente e moribundo. 3 E, quando ouviu
falar de Jesus, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo. 4 E, chegando
eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isso. 5 Porque ama a nossa
nação e ele mesmo nos edificou a sinagoga. 6 E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa,
enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que
entres debaixo do meu telhado; 7 e, por isso, nem ainda me julguei digno de ir ter contigo; dize, porém,
uma palavra, e o meu criado sarará. 8 Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados
sob o meu poder, e digo a este: vai; e ele vai; e a outro: vem; e ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz. 9
E, ouvindo isso, Jesus maravilhou-se dele e, voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem
ainda em Israel tenho achado tanta fé. 10 E, voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo
enfermo.
► Resp. Um romano, julgando-se indigno, pediu a intercessão de alguns judeus para que seu pedido fosse
levado até Jesus e, em resultado, veio a experimentar o poder de Cristo. Os judeus ajudaram um romano,
membro de um povo inimigo, a receber Cristo, porque a divisão cultural foi superada.
O centurião que desejou que Cristo fosse [à sua casa] e curasse seu servo se sentiu indigno de ter Jesus sob
seu teto; sua fé era tão forte no poder de Cristo que ele suplicou que Jesus falasse apenas uma palavra e a obra
seria realizada. “Ouvindo isto, admirou-Se Jesus e disse aos que O seguiam: Em verdade vos afirmo que nem
mesmo em Israel achei fé como esta. Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares
à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para
fora, nas trevas; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito
conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado” (Mt 8:10-13).
Aqui Jesus exaltou a fé em contraste com a dúvida. Ele revelou que os filhos de Israel tropeçariam por causa
de sua incredulidade, que os levaria à rejeição da grande luz, e resultaria em sua condenação e derrota. Tomé
declarou que não creria, a menos que pusesse o dedo nas marcas dos pregos e a mão no lado do seu Senhor.
Cristo lhe deu a evidência que desejava, e depois reprovou sua incredulidade. “Porque Me viste, creste? Bem-
aventurados os que não viram e creram”. Jo 20:29. (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 233).
O Salvador ansiava por desdobrar aos discípulos a verdade referente à demolição da “parede de separação”
(Ef 2:14) entre Israel e as outras nações – a verdade de que “os gentios são co-herdeiros” dos judeus, “e
participantes da promessa em Cristo pelo evangelho” (Ef 3:6). Essa verdade foi revelada em parte quando Ele
recompensou a fé do centurião de Cafarnaum, e quando pregou o evangelho aos habitantes de Sicar. Isso foi
ainda mais plenamente revelado por ocasião de Sua visita à Fenícia, quando curou a filha da mulher cananeia.
Essas experiências ajudaram os discípulos a compreender que, entre aqueles a quem muitos consideravam
indignos da salvação, havia os famintos pela luz da verdade.
Assim Cristo procurou ensinar aos discípulos a verdade de que no reino de Deus não há fronteiras
territoriais, nem classes sociais; que eles deviam ir a todas as nações, levando-lhes a mensagem do amor do
Salvador. Mas não foi senão mais tarde que eles compreenderam em toda a plenitude que Deus “de um só fez
Ele todos os povos, para que povoassem toda a Terra, tendo determinado os tempos anteriormente
estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar. Deus fez isso para que os homens O buscassem e
talvez, tateando, pudessem encontrá-Lo, embora não esteja longe de cada um de nós”. At 17:26, 27, NVI.
(Atos dos Apóstolos, p. 19, 20).
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4. ❉ Terça - Lidando com demônios Ano Bíblico: Jr 27–29
● 3. Leia Marcos 5:1-20 e Mateus 15:21-28. De que maneira Jesus Se relacionava com os não judeus? Qual é
o significado das Suas palavras à mulher cananeia? Que lições os discípulos deviam aprender, vendo Jesus
ministrar àqueles que não faziam parte do povo da aliança?
Mc 5:1-20, (JFA-RC); 1 E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. 2 E, saindo ele do
barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, [...] 6 E, quando viu
Jesus ao longe, correu e adorou-o. [...] 12 E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para
aqueles porcos, para que entremos neles. 13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos,
entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar ( eram quase dois mil ) e afogou-
se no mar. 14 E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram
muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. 15 E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o
que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. 16 E os que aquilo tinham visto
contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. 17 E começaram a rogar-lhe que
saísse do seu território. 18 E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse
estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-
lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. 20 E ele foi e começou a anunciar
em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam.
Mt 15:21-28, (JFA-RC); 21 E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. 22 E eis que uma
mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia
de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. 23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os
seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. 24 E
ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Então, chegou ela e
adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me. 26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos
e deitá-lo aos cachorrinhos. 27 E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas
que caem da mesa dos seus senhores. 28 Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé.
Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã.
► Resp. Embora tivesse Seu ministério centralizado nos judeus, Jesus não deixou de atender aos pedidos e às
necessidades dos não judeus, nem os deixou sem testemunho. As palavras de Jesus tinham o objetivo de
provar a fé da mulher e dar uma lição aos discípulos, pois eles consideravam os gentios como cães. Os
discípulos deviam aprender a lição de que o evangelho também precisava ser levado aos pagãos.
Misericórdia Para com os Endemoninhados
De manhã cedo o Salvador e Seus companheiros chegaram à praia, e a luz do Sol nascente banhava a terra
como bênção de paz. Mas assim que pisaram a terra, deparou-se-lhes uma cena ainda mais terrível que a fúria
da tempestade. De um lugar oculto, entre os sepulcros, dois loucos avançaram sobre eles, como se os
quisessem despedaçar. ...
Os discípulos e seus companheiros fugiram aterrorizados; notaram, porém, depois, que Jesus ... encontrava-
Se onde O tinham deixado. Aquele que acalmara a tempestade... não fugiu em presença desses demônios. ...
Ordenou com autoridade aos espíritos imundos que saíssem deles. Suas palavras penetraram no espírito
entenebrecido dos desventurados. Percebiam, fracamente, estar ali Alguém capaz de salvá-los dos demônios
atormentadores. ... Maravilhosa mudança se operara nos possessos. Fizera-se-lhes luz no cérebro. Brilharam-
lhes os olhos de inteligência. A fisionomia, por tanto tempo mudada à semelhança de Satanás, tornara-se
repentinamente branda, tranquilas as ensanguentadas mãos, e louvaram alegremente a Deus por sua libertação.
… O povo de Gergesa tinha diante de si o vivo testemunho do poder e misericórdia de Cristo. Viam os
homens a quem fora restituída a razão; mas atemorizavam-se tanto com o risco para seus interesses terrestres,
que Aquele que vencera perante seus olhos o príncipe das trevas foi tratado como intruso, e o Dom do Céu
despedido de suas portas.
Muito diverso, todavia, foi o sentimento dos restabelecidos endemoninhados. Desejavam a companhia de
seu Libertador. Em Sua presença, sentiam-se seguros contra os demônios que lhes haviam atormentado a
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5. existência e arruinado a varonilidade. Quando Jesus ia para tomar o barco, mantiveram-se bem perto dEle,
ajoelharam-se-Lhe aos pés, e rogaram que os deixasse estar sempre ao Seu lado, para que sempre O pudessem
ouvir. Mas Jesus lhes mandou que fossem para casa e contassem quão grandes coisas o Senhor fizera por eles.
Mas assim que Jesus lhes apontou o dever, prontificaram-se a cumpri-lo. Não somente à sua casa e aos
vizinhos falaram acerca de Jesus; mas foram através de Decápolis, declarando por toda parte Seu poder de
salvar. ... Assim fazendo, era maior a bênção que recebiam do que se, para seu próprio benefício apenas
houvessem permanecido em Sua presença. É em trabalhar para difundir as boas novas da salvação, que
somos levados para perto do Salvador. ... Não podiam ensinar o povo, como os discípulos, os quais se
achavam diariamente com Cristo. Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de que Jesus era o
Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios tinham visto e ouvido, e experimentado do poder de
Cristo. (O Desejado de Todas as Nações, págs. 337-340).
Uma mulher cananeia
Cristo conhecia a situação daquela mulher. Sabia que ela desejava vê-Lo, e Se havia colocado em seu
caminho. Aliviando-lhe a dor, poderia dar-lhe uma viva ilustração do que pretendia ensinar. Havia levado os
discípulos àquele lugar com esse propósito. Desejava que vissem quanto a verdade era desconhecida nas
aldeias e cidades vizinhas da terra de Israel. O povo, a quem tinha sido concedido todo o privilégio de
compreender a verdade, desconhecia as necessidades dos que o rodeavam. Nenhum esforço era feito para
ajudar as pessoas que andavam na escuridão. O muro de separação, criado pelo orgulho judaico, impedia os
próprios discípulos de se compadecerem do mundo pagão. Porém, era preciso quebrar essas barreiras.
Cristo não atendeu imediatamente à súplica da mulher. Recebeu essa representante de uma sociedade
desprezada, como teriam feito os próprios judeus. Agindo dessa maneira, era Seu propósito impressionar os
discípulos quanto à maneira fria e insensível com que os judeus tratariam um caso assim, ilustrando-o com o
tratamento dispensado à mulher e quanto ao modo compassivo pelo qual desejava que lidassem com essas
aflições, segundo o exemplificou na atenção com que posteriormente lhe atendeu ao pedido […]
Com crescente ansiedade a mulher insistia em sua necessidade, inclinando-se aos pés de Cristo e
clamando: “Senhor, socorre-me!” Aparentemente ainda lhe desprezando as súplicas, segundo o insensível
preconceito judaico, Jesus respondeu: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” Com
isso afirmava, por assim dizer, que não era justo desperdiçar com os estrangeiros e inimigos de Israel as
bênçãos trazidas ao favorecido povo de Deus. Essa resposta teria desanimado inteiramente qualquer suplicante
menos fervoroso. Mas a mulher viu que havia chegado sua oportunidade. Sob a aparente recusa de Cristo,
percebeu a compaixão que Ele não podia esconder. “Sim, Senhor”, respondeu ela, “porém os cachorrinhos
comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” […]
Cristo havia encontrado uma criatura de uma sociedade infeliz e desprezada, não favorecida com a luz da
Palavra de Deus. Entretanto, ela se submeteu imediatamente à divina influência de Cristo, e teve fé implícita
em Seu poder de lhe garantir o favor que suplicava. Pediu as migalhas que caíam da mesa do Senhor. Se lhe
era dado o privilégio de um cachorro, estava disposta a ser assim considerada. Não a influenciava nenhum
preconceito nem orgulho patriótico ou religioso, e reconheceu imediatamente Jesus como o Redentor, e capaz
de fazer tudo quanto Lhe pedisse.
O Salvador ficou satisfeito. Ela Lhe havia provado a fé nEle. Por Sua maneira de lidar com ela, mostrou
que aquela que era considerada rejeitada de Israel, não mais era estranha, mas uma filha na família de Deus.
Como filha, tinha o privilégio de compartilhar das dádivas do Pai. Cristo lhe assegurou então o que pedia, e
concluiu a lição dada aos discípulos. Voltando-se para ela com olhar de compaixão e amor, disse: “Ó mulher,
grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres”. (O Desejado de Todas as Nações, p. 400, 401).
❉ Quarta - Dez leprosos Ano Bíblico: Is 49–51
● 4. Leia Lucas 17:11-19. Que lições há nesse relato, independentemente de nossa nacionalidade ou origem?
Lc 17:11-19, (JFA-RC); 11 E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia;
12 e, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. 13
E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós! 14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e
mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. 15 E um deles, vendo que estava
são, voltou glorificando a Deus em alta voz. 16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe
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6. graças; e este era samaritano. 17 E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os
nove? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: Levanta-
te e vai; a tua fé te salvou.
► Resp. Em primeiro lugar, entre os leprosos havia judeus e não judeus, e todos foram a Cristo, pois tinham
uma necessidade comum de cura; em segundo lugar, Jesus não fez distinção, mas curou todos. Todos precisam
de Jesus, e Ele deseja salvar e curar todos, sem distinção. Portanto, a missão do evangelho é mundial.
Toda criatura humana é, corpo, alma e espírito, propriedade de Deus. Cristo morreu para redimir todos.
Coisa alguma pode ser mais ofensiva ao Senhor do que, através do fanatismo religioso, os homens causarem
sofrimento aos que custaram o preço do sangue do Salvador […]
A visita do próprio Salvador a Samaria, e, mais tarde, o elogio do bom samaritano, e a reconhecida alegria
do leproso, aquele que fora o único dos dez a voltar para agradecer a Cristo, foram fatos muito significativos
para os discípulos. A lição penetrou-lhes fundo no coração. Na comissão que lhes deu exatamente antes de Sua
ascensão, Jesus mencionou Samaria juntamente com Jerusalém e a Judeia, como sendo os lugares aonde
deviam ir primeiramente pregar o evangelho. Essa comissão, Seus ensinos os prepararam para cumprir.
Quando, em nome de Seu Mestre, foram a Samaria, encontraram o povo preparado para recebê-los. Os
samaritanos tinham ouvido falar nas palavras de louvor e nas obras de misericórdia concedidas por Cristo a
homens de sua nação. Viram que, apesar do rude tratamento que Lhe deram, Ele só tinha pensamentos de
amor a seu respeito, e seu coração foi conquistado. Depois de Sua ascensão, receberam bem os mensageiros
do Salvador, e os discípulos recolheram uma preciosa colheita dentre os que outrora haviam sido seus mais
obstinados inimigos (O Desejado de Todas as Nações, p. 488, 489).
❉ Quinta - Os gregos e Jesus Ano Bíblico: Jr 33–35
● 5. “Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; estes, pois, se dirigiram a
Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e
André e Filipe o comunicaram a Jesus. Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do
homem” (Jo 12:20-23). Como esse incidente nos ajuda a compreender o sincero clamor das pessoas, em toda
parte, por salvação, esperança e respostas que só podem ser encontradas em Jesus?
► Resp. Pessoas de outras nações desejavam conhecer Jesus, e pediram aos discípulos que os levassem a Ele.
Da mesma forma, há muitos hoje em dia que anseiam encontrá-Lo.
Ora havia alguns gregos, entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. Esses dirigiram-se a Filipe,
que era de Betsaida da Galileia, e rogaram-lhe, dizendo: “Senhor, queríamos ver a Jesus” (Jo 12:20, 21).
Por esse tempo a obra de Jesus apresentava o aspecto de pungente derrota […] Para Seus discípulos, o caso
parecia desesperado. Mas Cristo Se aproximava da consumação de Sua obra. O grande acontecimento, de
interesse, não somente para a nação judaica, mas para o mundo inteiro, estava prestes a se realizar. Ao ouvir
Cristo o ansioso pedido: “Queríamos ver a Jesus” ecoando o sequioso clamor do mundo, Seu semblante se
iluminou, e Ele disse: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado” (Jo 12:23). Na
súplica dos gregos Ele viu um penhor dos resultados de Seu grande sacrifício.
Esses homens foram do Ocidente para encontrar o Salvador ao fim de Sua vida, como os magos tinham
vindo do Oriente, no começo. Ao tempo do nascimento de Cristo, os judeus estavam tão envolvidos com as
próprias ambições e planos, que não sabiam de Seu primeiro advento. Os magos de uma terra pagã foram à
manjedoura com suas dádivas, para adorar o Salvador. Assim esses gregos, representando as nações, tribos e
povos do mundo, foram ter com Jesus. Assim o povo de todas as terras e de todos os séculos seria atraído
pela cruz do Salvador […]
Havia chegado a hora da glorificação de Cristo. Ele Se achava à sombra da cruz, e o pedido dos gregos
mostrou-Lhe que o sacrifício que estava para fazer traria muitos filhos e filhas a Deus […] Por um momento,
olhou o futuro adiante e ouviu as vozes que proclamavam em toda parte da Terra: “Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Viu nesses estrangeiros as primícias de uma grande colheita, quando
a parede divisória entre judeus e gentios fosse derribada, e todas as nações, línguas e povos ouvissem a
mensagem de salvação. (O Desejado de Todas as Nações, p. 621, 622).
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