1. UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
IMAGEM CORPORAL EM ADOLESCENTES:
DAS INSATISFAÇÕES ÀS CONSEQUÊNCIAS
ALISON BUSNARDO
GEAN PATRICK FELDHAUS
BLUMENAU
2013
2. ALISON BUSNARDO
GEAN PATRICK FELDHAUS
IMAGEM CORPORAL EM ADOLESCENTES:
DAS INSATISFAÇÕES ÀS CONSEQUÊNCIAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Educação Física do centro de ciências da saúde da Universidade Regional de Blumenau, como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel e licenciado em Educação Física.
Prof. Vladimir Schuindt da Silva – Orientador
BLUMENAU
2013
4. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AN Anorexia Nervosa
BN Bulimia Nervosa
TA Transtorno Alimentar
WHO Word Organization Health
ABESO Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
IC Imagem Corporal
EN Estado Nutricional
5. RESUMO
INTRODUÇÃO: A imagem corporal é um conceito multidimensional que compreende os processos fisiológicos, cognitivos, psicológicos, emocionais e sociais em constante troca mútua. Esses processos podem ser influenciados pelo sexo, pela idade, pelos meios de comunicação e pela relação existente entre os processos cognitivos e o corpo, tais como crenças, valores e comportamentos pertencentes à cultura. OBJETIVO: Atualizar a temática em relação à insatisfação com a imagem corporal de adolescentes e suas consequências. METODOLOGIA: Esta revisão de literatura foi realizada por meio das bases de dados SCIELO, LILACS e BIREME, selecionando artigos nos idiomas, português e inglês, e a partir dos descritores: “imagem corporal”, “adolescente”, “atividade motora”, “body image”, “adolescent” e “motor activity”. Para o aprofundamento da pesquisa, foram combinados os descritores entre si. Para a análise dos artigos, foi inicialmente observado o tema seguido pelo resumo e, diante do enquadramento das informações, era analisada a obra por completo ou descartada. Para a delimitação da pesquisa, foram admitidos artigos publicados entre os anos 2000 e 2013, com exceção de obras fundamentais na realização dessa pesquisa. Os critérios de exclusão foram: não abordar o tema imagem corporal ou não ser relacionado com o público- alvo desta pesquisa. CONCLUSÃO: Analisando estes estudos podemos concluir que a insatisfação e a distorção da imagem corporal, provenientes da influência dos ideais promovidos pelas mídias refletidos na sociedade são as principais causas dos transtornos alimentares, baixa autoestima, pratica abusivas de exercícios físicos, entre outros, que necessitam de acompanhamento e orientação adequada.
Palavras-chave: Imagem Corporal. Adolescente. Atividade Motora.
6. ABSTRACT
INTRODUCTION: The body image is a multidimensional concept that includes physiological processes, cognitive, psychological, emotional and social in constant mutual exchange. These processes can be influenced by sex, age, the media and the relationship between cognitive processes and the body, such as beliefs, values and behaviors pertaining to culture. OBJECTIVE: To update the issue in relation to dissatisfaction with body image of adolescents and its consequences. METHODOLOGY: This literature review was performed using the databases SCIELO, LILACS and BIREME, selecting articles in languages, Portuguese and English, and the descriptors: "body image", "adolescent" and "motor activity”. For further research, the descriptors were combined together. For the analysis of the articles, the subject was initially observed followed by summary and before the framing of information, it was analyzed the work altogether or discarded. To limit your search, were admitted articles published between 2000 and 2013, with the exception of keywords in this survey. Exclusion criteria were not addressing the topic body image or may not be related to the target audience for this research. CONCLUSION: Analyzing these studies we can conclude that dissatisfaction and body image distortion, resulting from the influence of the ideals promoted by the media reflected in society are the main causes of eating disorders, low self-esteem, abusive practice of physical exercise, among others, that require monitoring and proper guidance.
Keywords: Body Image. Adolescent. Motor Activity.
7. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8
1.1. OBJETIVOS .............................................................................................................. 11
1.1.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 11
1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 11
2. METODOLOGIA..................................................................................................... 12
3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 13
3.1. A IMAGEM CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA .................................................... 13
3.2. A IMAGEM CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA: ESTADO NUTRICIONAL E TRANSTORNOS ALIMENTARES ......................................................................................... 14
3.3. A IMAGEM CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA: INSATISFAÇÃO E DISTORÇÃO ........................................................................................................................... 19
4. DISCUSSÃO ............................................................................................................. 22
5. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 24
6. REFERÊNCIAS: ...................................................................................................... 25
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1. INTRODUÇÃO
As pesquisas sobre a imagem corporal (IC) se iniciaram na França, no século XVI pelo médico e cirurgião Ambroise Paré, que percebeu em indivíduos amputados, a existência do membro fantasma, caracterizando-o como a alucinação de que um membro ausente estaria presente. Evoluindo com as intervenções no âmbito da neurologia, psicologia e fisiologia. (GORMAN, 1969).
Podemos dizer que há na realidade uma verdadeira tradição de pesquisas nessa esfera. Dentre os autores que tratam desse tema, destacamos Soares (1998); Theml, Bustamante & Lessa (2003). Complementando esses estudos, podemos citar também, Castellazzi, Siani & Sicilliani (2006); Pigaiani, Andras & Parolini (2007); Barreto & Vicentini (2010).
No enfoque psicanalítico e neurológico há desde a década de 1930, certa tradição em se estudar a IC. Paul Schilder (1994) parece ter sido o responsável por inaugurar esta perspectiva. Seguindo nestes estudos estão Ferrari (1995), Bergès (in JERUZALINSKI, 1997), Wajntal (2004) entre outros.
A IC para Schilder (1994) é entendida como a figuração de nosso corpo formada em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se apresenta para nós. Por sua complexidade o autor divide a IC em fisiológica, psicológica e social, entendendo que ela não pode ser dissociada desses fatores.
Para Adami et al. (2005) a IC é um complexo fenômeno humano que envolve aspectos cognitivos, afetivos, socioculturais e motores. Está intrinsecamente associado ao conceito de si próprio e é influenciada pelas interações dinâmicas entre o ser e o meio em que vive. O seu processo de construção/desenvolvimento está associado às concepções determinantes da cultura e sociedade.
Neste sentido alguns autores apresentam três componentes que formam a IC: o perceptivo, que representa o tamanho corporal, a forma e o peso do indivíduo, bastante influenciados pela cultura e padrões sociais; o subjetivo: referente aos sentimentos que o indivíduo tem sobre sua aparência, ou seja, sua satisfação corporal, e por último, o componente comportamental, que relaciona os momentos evitados pelo indivíduo devido ao desconforto com sua aparência. (COSTA et al., 2007; FERNANDES, 2007; SAIKALI et al., 2004).
Em síntese, a IC é um conceito multidimensional que compreende os processos fisiológicos, cognitivos, psicológicos, emocionais e sociais em constante troca mútua. Esses
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processos podem ser influenciados pelo sexo, pela idade, pelos meios de comunicação e pela relação existente entre os processos cognitivos e o corpo, tais como crenças, valores e comportamentos pertencentes à cultura. Entretanto a IC engloba um desenho criado pela mente no qual se evidenciam o tamanho, o conceito e a forma do corpo, todos eles subsidiados pelos sentimentos. (ALMEIDA et al., 2005 & LEITE, 2002).
Segundo Osório (1992) & Henriques (2009) é durante a adolescência em que se manifestam a maturação psíquica, biológica e social. Relacionando-se perfeitamente com a construção da IC e interagindo com os fatores biopsicossociais que ocorrem durante o processo de desenvolvimento, e essa interação acaba interferindo na autoestima do indivíduo. Segundo Henriques (2009) a autoestima é a autoavaliação que o individuo faz da sua IC.
Atualmente os fatores socioculturais produzem padrões ideais de corpo, associados a atributos positivos, tendo grande influência sobre a percepção da IC das pessoas, principalmente dos adolescentes, obesos e do sexo feminino, acarretando a insatisfação com o próprio corpo. (CIAMPO & CIAMPO, 2010).
Essas mudanças ocorrem principalmente na adolescência em ambos os sexos, sendo primordial a sua inserção social, o que o torna bastante vulnerável às influências nefastas tanto da mídia como da sociedade em que ele está inserido. (SILVA & ALVES, 2007).
Acredita-se que a mídia pode influenciar valores, normas e padrões de beleza, sendo incorporados pela sociedade. (CAFRI, 2005). Assim as mídias, principalmente a televisão e a internet, têm influído na divulgação e valorização do corpo perfeito. Entre sites de agências de beleza e comunidades virtuais que valorizam o culto aos músculos e a conquista de corpos cada vez mais magros e rejuvenescidos. Observa-se a constante busca pelo ideal exposto pelas mídias, muitas vezes diferente da imagem por eles construída. (FROIS, MOREIRA & STENGEL, 2011; CAMARGO et al., 2008).
Damasceno et al. (2006) afirmam que essa exposição de belos corpos tem provocado um aumento da insatisfação com o próprio corpo, levando a busca pela anatomia ideal. Mas nem sempre são utilizados caminhos saudáveis para alcançarem o tipo físico ideal, tornando um risco para a saúde.
Dentre os principais fenômenos psicossociais decorrentes das mudanças ocorridas na fase da puberdade, normalmente está à preocupação com o excesso de peso. Esse aumento da gordura corporal tem sido principalmente atribuído ao estilo de vida sedentário e aos padrões alimentares não saudáveis. (GALLAHUE & OZMUN, 2003).
Corroborando com essa afirmação Martins et al. (2010); Ferriani et al. (2005); Conti, Frutuoso & Gambardella (2005); Miranda et al. (2011); Martins et al. (2012); Silva & Alves
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(2007) relacionam a insatisfação corporal com o excesso de peso, e principalmente em meninas. Acrescentando, Cash (2004) aponta a insatisfação corporal como consequência da formação negativa da IC. Muitas vezes relacionada com o excesso de peso e também por fatores socioculturais, em especifico as mídias. (FERRARI, SILVA & PETROSKI, 2012; CONTI, BERTOLIN & PERES, 2010; DAMASCENO et al., 2006).
Para Papalia (2008) os adolescentes visam ter uma representação por meio de uma característica social adquirida. A autora afirma que “há possibilidade de o adolescente sofrer diversas intervenções, tanto em seu aspecto físico quanto em seu aspecto mental, para aderir às características e fazer parte de um determinado grupo”. (PAPALIA, 2008, p. 439).
Neste contexto, a sociedade na qual o adolescente esta inserido, funciona como um espelho, fazendo com que ocorram mudanças continuas no seu comportamento e no modo como se vê, buscando se enquadrar no perfil criado por esta sociedade. Estas mudanças podem ser positivas ou negativas, dependendo dos relacionamentos interpessoais, parentais, com amigos e namorada(o). (BARBOSA, MATOS & COSTA, 2011).
A literatura tem demonstrado que intervenções para o combate à insatisfação com a IC devem ser pautadas na adoção da prática regular de atividade física, em função da sua associação com a estética corporal, podendo interferir em uma melhor percepção da autoestima, refletindo em uma maior satisfação com o corpo. (VIEIRA, 2005).
Observando o enfoque generalizado nos últimos anos sobre o público jovem, em diversos aspectos, como o estado nutricional (EN), estética e os relacionamentos sociais, associados a preocupações e insatisfações com o corpo. Percebeu-se grande aderência a atividades físicas e outros tipos de intervenções, com o objetivo de se enquadrarem em determinado padrão ou grupo social.
Embora muitos estudos abordem a IC em todo o mundo, é visível a escassez de pesquisas que apresentam os motivos que acarretam à insatisfação com a IC e as suas consequências.
Neste sentido o presente estudo de revisão, portanto, tem por pretensão levantar dados que revelem as principais causas e consequências da insatisfação com a IC em adolescentes.
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1.1. OBJETIVOS
1.1.1. OBJETIVO GERAL
Atualizar a temática em relação à insatisfação com a IC de adolescentes e suas consequências.
1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar os motivos que influem na IC de adolescentes.
Identificar as principais causas do descontentamento com a IC.
Analisar a relação da prática de atividades físicas com a IC.
Conhecer outras consequências resultantes desse descontentamento com a IC.
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2. METODOLOGIA
Este trabalho caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica, pois de acordo com Marconi e Lakatos (2011) trata-se do estudo de toda bibliografia já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa escrita, documentos eletrônicos. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações.
Esta revisão de literatura foi realizada por meio das bases de dados SCIELO, LILACS e BIREME, selecionando artigos nos idiomas, português e inglês, e a partir dos descritores: “imagem corporal”, “adolescente”, “atividade motora”, “body image”, “adolescent” e “motor activity”. Para o aprofundamento da pesquisa, foram combinados os descritores entre si. Para a análise dos artigos, foi inicialmente observado o tema seguido pelo resumo e, diante do enquadramento das informações, era analisada a obra por completo ou descartada.
Dessa forma, foram selecionados, inicialmente, 57 artigos dos quais 23 foram especificamente selecionados pela associação direta com adolescentes e atividades físicas que foram selecionados com base no seguinte critério de inclusão: serem artigos originais, que apresentassem pesquisas sobre a IC relacionada a adolescentes e atividades físicas.
Com o intuito de complementar a pesquisa, foram adicionadas citações de livros, além de artigos de fontes aleatórias, porém conceituadas, encontradas a partir da ferramenta de busca Google acadêmico.
Para a delimitação da pesquisa, foram admitidos artigos publicados entre os anos 2000 e 2013, com exceção de obras clássicas e fundamentais na realização dessa pesquisa. Os critérios de exclusão foram: não abordar o tema IC ou não ser relacionado com o público- alvo desta pesquisa.
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3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. A IMAGEM CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA
A busca pelo corpo magro, atlético e por formas definidas, teve inicio a partir da década de 1960. (BARROS, 2001). Embora o conceito de beleza e o padrão ideal de corpo tenham se modificado ao longo da história humana, eles têm sido sempre associados à imagem de poder, beleza e mobilidade social. (PENNA, 1990).
Para Pereira et al. (2009) & Novaes (2006) a sociedade atual é fortemente influenciada pela mídia, que constrói e impõe um padrão de beleza que valoriza a magreza e rejeita o corpo gordo. Nicholls et al. (2005) relata que o adolescente, sujeito a influências de família, amigos, grupos de pares e da mídia, tende a imitar comportamentos, que certamente influenciarão o desenvolvimento da sua IC. Alguns estudos apontam para uma maior satisfação da IC, quando há uma boa relação parental e com amigos e namorada(o). (BARBOSA, MATOS & COSTA, 2011).
Costa et al. (2007) revelam que a satisfação com a IC está intimamente associada a auto estima dos adolescentes de ambos os sexos.
Estudos de Alves (2009); Corseuil et al. (2009); Triches et al. (2007); Eisenberg et al. (2006) relatam que os adolescentes estão em um crescente descontentamento com sua aparência e com seu peso corporal. Puhl & Brownell (2001) colocam que como as normas sociais valorizam a associação entre magreza e atributos positivos, as mulheres estão sendo estimuladas a mudar o tamanho e a forma corporal, com a finalidade de melhorar a aparência física e diminuir o descontentamento com o corpo. Pode-se observar que as meninas tendem a apresentar maior insatisfação com seu corpo, entretanto as pesquisas revelam essa mesma preocupação para os meninos, não havendo diferenças entre os sexos. (DAMASCENO et al., 2005; SCHAKOWOSKI, 2010).
Algars et al. (2009) afirmam que as meninas são mais preocupadas com a gordura e mais propensas a se julgarem gordas que os meninos. Já os rapazes têm menos interesse em perder peso e mais em adquirir massa muscular e exibir sua masculinidade.
A partir do que foi verificado no estudo de Andrade, Amaral & Ferreira (2010), pode- se afirmar que as variáveis, sexo e tipo de escola têm maior influência sobre a insatisfação corporal do que a prática de atividades físicas. Em um estudo realizado com adolescentes domiciliados em áreas rurais e urbanas, com o objetivo de verificar as variáveis
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antropométricas e demográficas como fatores de influência na insatisfação com a IC, conclui- se que a localidade geográfica é similar na área rural e urbana, apontando a insatisfação corporal como uma realidade global, não estando associado à localização em que vive, observando que enquanto os adolescentes do sexo masculino querem aumentar a silhueta, as adolescentes desejam reduzir, verificando alta correlação entre o EN e a insatisfação corporal. (PETROSKI & PELEGRINI, 2009; FIDELIX et al., 2011).
Estudos realizados por Branco, Hilário & Cintra (2006) identificaram a superestimação da autopercepção corporal no sexo feminino, apontando que as adolescentes se identificaram com peso corporal acima do seu peso real. No caso dos meninos verificou-se maior subestimação da autopercepção corporal, identificando que os adolescentes se identificaram abaixo do seu peso real. Tal fato demonstra que para ambos os sexos a percepção real de sua condição é distorcida. A autoavaliação da distorção da IC ocorre de três maneiras: quando uma pessoa é muito crítica em relação à sua aparência; quando o indivíduo compara sua aparência com os padrões impostos pela sociedade ou quando o indivíduo se concentra em um aspecto de sua aparência. (COSTA et al., 2007). Nos discursos dos jovens, foram registradas em 95% das ideias centrais, relações entre a televisão, revistas e o corpo, sendo as mais frequentes relacionadas ao estímulo a um ideal físico de magreza. (CONTI, BERTOLIN & PERES, 2010).
3.2. A IMAGEM CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA: ESTADO NUTRICIONAL E TRANSTORNOS ALIMENTARES.
A Organização Mundial da Saúde contempla que atualmente, observa-se uma série de distúrbios nutricionais em adolescentes, caracterizados tanto pelo excesso quanto pelo déficit nutricional. (WHO, 2000). Segundo o relato do diretor do departamento de estatísticas da WHO, Ties Boerma “Hoje, 12% da população mundial é considerada obesa” e quase 3 milhões de pessoas morrem no mundo anualmente por consequência da obesidade. (ABESO, 2012).
Segundo Papalia (2008, p. 440) o período da adolescência ocorre em uma fase particular do ser humano:
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A adolescência pode durar aproximadamente 10 anos: entre os 11 ou 12 anos até pouco antes ou depois dos 20 anos, sendo que seu início e seu término não são definidos claramente. Em geral, considera-se que a adolescência começa com a puberdade, processo que conduz à maturidade sexual ou fertilidade, ou seja, a capacidade de reprodução.
Martins et al. (2010) observaram associação entre a insatisfação corporal e o EN. Pesquisas mais antigas corroboram com essa informação, das quais Saikali et al. (2004) verificaram que a distorção da IC é uma das principais causas que acarretam o desenvolvimento dos transtornos alimentares, relatando que modelos, atrizes e outros ícones femininos vêm se tornando mais magras ao longo dos anos, evidências que dão suporte de que a mídia promove distúrbios da IC e alimentar.
Hrabosky et al. (2007) colaboram dizendo que a insatisfação com a forma corporal e a fixação pela magreza, fazem com que mulheres restrinjam em sua dieta, alimentos nutritivos necessários para o adequado funcionamento do organismo, ocasionando sérios problemas comportamentais e de saúde. Eiting (2002) explana que a procura por um peso corporal reduzido, visando uma aparência corporal aceita pelos padrões de beleza impostos pela sociedade atual, pode estar associada a hábitos alimentares inadequados, que se iniciam na adolescência e persistem até a senilidade. Cordás (2005) colabora dizendo que associado a esses comportamentos, verificam-se características de autoconceito e peso corporal reduzidos, inclusive preocupações com a aparência, que contribuem para o surgimento de transtornos como a anorexia e a bulimia nervosa.
A anorexia nervosa (AN) é caracterizada por Fiates & Salles (2001) como uma restrição alimentar autoimposta com sequelas graves, características obsessivo compulsivas e crenças irracionais que frequentemente complicam o tratamento. Apesar dos pacientes negarem fome, são comuns as queixas de fadiga, fraqueza, tonturas e visão turva. Vargas (2000) colabora dizendo que quanto mais grave e duradoura a desnutrição, maior a frequência e a gravidade dos sintomas, assim como mais frequente e permanente tornam-se as complicações.
Nas pesquisas de Halmi (1998); Márquez (1998); Rozensztejn & Treasure (1998) constataram-se que 5% a 15% dos casos de AN ocorrem em indivíduos do sexo masculino, numa proporção entre homens e mulheres que pode variar de uma ocorrência para homens para 5 ocorrências em mulheres (1:5) a (1:20), ressaltando que doenças psiquiátricas podem estar acompanhadas da AN. Halmi et al. (1998) coloca que o comportamento suicida pode ocorrer e contribui consideravelmente para a alta taxa de mortalidade entre pacientes portadores de deste transtorno.
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Por outro lado, a bulimia nervosa (BN) é um transtorno alimentar (TA) caracterizado por episódios de compulsão alimentar, seguido de comportamentos compensatórios inadequados, nos quais o indivíduo experimenta sensação de perda de controle. Os autores apontam a preocupação excessiva com o peso, forma corporal, e a busca pelo padrão estético vigente como fatores que levam a pessoa apresentar episódios bulímicos, tendo prevalência entre as mulheres jovens. (ALVARENGA & PHILIPPI, 2002; CORDÁS, 2004).
Apesar de indivíduos do sexo masculino também sofrerem de AN e BN, a busca exacerbada por um corpo ideal através do exercício tem se tornado um transtorno dismórfico corporal, mais comum nos homens, denominado vigorexia, descrita por Severiano (2010, p. 143) como:
Transtorno no qual a pessoa realiza práticas esportivas de forma intensa e contínua para ganhar massa muscular e definição corporal, também aumentando a ingestão calórica em quase cem por cento com relação à considerada ideal, incluindo suplementos e até mesmo anabolizantes e esteroides, com o fim de conseguir "melhores e mais rápidos resultados". Sem se importar com eventuais consequências prejudiciais à saúde ou contraindicações. Definida pelos manuais de classificação (CID.10 e DSM. IV) como uma preocupação com um imaginado defeito na aparência. Homens definidos e musculosos são expostos em revistas de moda fazendo com que os indivíduos sejam expostos à IC ideal da mídia: corpo mesomórfico, com ombros largos, peitorais, dorsais e braços mais desenvolvidos e quadris estreitos. (DAMASCENO et al., 2006). Alguns autores colaboram explanando que na cultura ocidental se desenvolveu um padrão de corpo perfeito considerando o tipo ectomorfo para mulheres e mesomorfo para os homens, sendo divulgados nos meios de comunicação em massa, como padrões de beleza, promovendo o desejo por grande parte da população de se enquadrar nesse tipo físico. (FERRARI, SILVA & PETROSKI, 2012).
Muitos adolescentes estão acima do peso ideal para sua idade, devido a vários motivos, que vão da falta de orientação nutricional, fatores genéticos, falta de interesse por atividades físicas, entre outros, podendo acarretar a insatisfação com a própria IC, pressuposto que é identificado por alguns autores. (FERRIANI et al., 2005).
De acordo com Silva (2010) os indivíduos que fogem do padrão imposto por um determinado grupo, estão mais propensos a serem excluídos e até serem alvos de bullyng. Caracterizado como o fenômeno pelo qual uma criança ou um adolescente é sistematicamente exposta(o) a um conjunto de atos agressivos (diretos ou indiretos), que ocorrem sem motivação aparente, mas de forma intencional, protagonizados por um(a) ou mais
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agressor(es). Essa interação grupal é caracterizada por desequilíbrio de poder e ausência de reciprocidade; nela, a vítima possui pouco ou quase nenhum recurso para evitar a e/ou defender-se da agressão. (ALMEIDA, LISBOA & CAURCEL, 2007).
É um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. (LOPES NETO & SAAVEDRA, 2005).
Em um estudo realizado no ensino fundamental de Santo André, SP, com o objetivo de verificar a associação entre excesso de peso e insatisfação corporal de adolescentes, constatou-se que as meninas com excesso de peso demonstraram maior insatisfação, quando comparadas aos meninos. (CONTI, FRUTUOSO & GAMBARDELLA, 2005).
Segundo Ferriani et al. (2005) cujo o objetivo era o de conhecer a percepção de adolescentes obesos em relação ao seu corpo e a influencia na vida social de adolescentes obesos participantes de um programa multidisciplinar de assistência ao adolescente obeso no ano de 2002, em uma escola de ensino fundamental de Ribeirão Preto, SP, concluiu-se que os adolescentes obesos apresentaram sentimentos de insatisfação corporal e rejeição do próprio corpo, refletidas de modo negativo nas suas relações sociais.
Em uma pesquisa com o objetivo de investigar a associação entre comportamentos de risco para transtornos alimentares, IC e esquemas de gênero em universitárias praticantes de atividades físicas em duas universidades no Paraná. Concluiu-se que aproximadamente metade das universitárias indicou ter insatisfação com a IC em diferentes intensidades, e apontando os transtornos alimentares associados a insatisfação corporal em diferentes graus e aos componentes de egocentrismo e inferioridade do autoconceito. (DAMASCENO et al., 2011).
Martins et al. (2010) analisando estudantes de escolas públicas, com idades de 11 a 13 anos do sexo feminino, na cidade de Santa Maria, RS, com o objetivo de Identificar a prevalência de insatisfação com a IC e de sintomas de anorexia e bulimia em adolescentes do sexo feminino e verificar a associação da insatisfação com a IC, EN, adiposidade e sintomas de anorexia e bulimia, concluíram que há uma elevada prevalência da insatisfação corporal e sintomas de anorexia e bulimia, principalmente nas adolescentes com excesso de peso. Apontando o EN como o melhor preditor da insatisfação corporal.
Corroborando com este estudo Miranda et al. (2011) com o objetivo de analisar a prevalência de insatisfação corporal em adolescentes e sua relação com idade, sexo e EN em municípios de pequeno porte de Minas Gerais, encontraram resultados que apontavam a insatisfação corporal mais grave em adolescentes com excesso de peso e em meninas.
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Indo de encontro a estes resultados, Castro et al. (2010) tendo o objetivo de descrever a concordância entre a IC e o EN e verificar a associação entre a IC e o EN com relação ao peso corporal de adolescentes brasileiros integrantes do ensino fundamental de escolas públicas e privadas das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, concluíram que a concordância entre EN e IC foi baixa, e as atitudes de controle de peso foram frequentes mesmo entre indivíduos com EN adequado. Demonstrando que a insatisfação com a IC não está unicamente relacionada ao EN dos indivíduos.
Avaliando a insatisfação corporal de universitárias do sexo feminino nas cinco regiões do país e possíveis associações e correlações com a idade, o EN, a renda e o grau de escolaridade do chefe da família, Alvarenga et al. (2010) concluíram que houve relevante insatisfação corporal, sendo que 64,4% das universitárias, mesmo aquelas consideradas eutróficas, desejavam diminuir seu tamanho corporal, com a região norte apontando para um ideal mais magro enquanto a região centro-oeste para um corpo saudável e desejável. Resultados corroborados por Castro et al. (2010), reforçando a relação da insatisfação corporal com outros fatores relacionados a IC. O que pode estar associado ao padrão de beleza idealizado e estipulado pela sociedade através da mídia principalmente. (MARTINS et al., 2012).
Corroborando com estes dados o estudo de Miranda et al. (2012) com o objetivo de verificar a prevalência de insatisfação corporal em universitários de diferentes áreas do conhecimento e a relação com sexo e EN, na cidade de Juiz de Fora, MG. Os resultados apontaram que apenas 10,1% sentem-se insatisfeitos com sua IC, no entanto quase 77% apresentaram o desejo de possuir uma silhueta diferente.
Em estudo que teve como objetivo analisar a insatisfação com a IC e verificar a associação com o EN e variáveis sociodemográficas em universitários da cidade de Florianópolis, SC, concluiu-se que a insatisfação com a IC nos universitários foi elevada, apresentando associação com o sexo e com o EN, almejando atingir um padrão de beleza determinado por fatores socioculturais. (MARTINS et al., 2012).
Avaliações realizadas com praticantes de caminhada da cidade de Juiz de Fora, MG com o objetivo de quantificar o tipo físico ideal e verificar o nível de insatisfação com a IC, revelaram que o padrão físico para os homens é ter um corpo mais forte e volumoso e com baixo percentual de gordura e para as mulheres o tipo físico ideal é um corpo mais magro e menos volumoso. No entanto a maior parte dos participantes busca se enquadrar nesse padrão de beleza, não havendo diferenças estatísticas entre os sexos. (DAMASCENO et al., 2005).
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Neste sentido Damasceno et al. (2006) concluem que os jovens do sexo masculino almejam um corpo mais forte e volumoso com baixo percentual de gordura, enquanto que as jovens do sexo feminino buscam um corpo magro com índice de massa corporal baixo.
Pesquisas com o objetivo de verificar os motivos e a prevalência de insatisfação com a IC em adolescentes domiciliados nas áreas urbana e rural, do município de Saudades, SC, revelaram que a estética, a autoestima e a saúde são os motivos que mais influenciam a insatisfação com a IC. Observando que mais da metade dos adolescentes estão insatisfeitos com sua silhueta corporal. (PETROSKI, PELEGRINI, GLANER, 2012).
Em um trabalho de revisão, com o objetivo de analisar a evolução da pesquisa em IC e atividade física, assim como desenvolver uma reflexão sobre as relações existentes entre a atividade física e a IC, concluiu-se que a atividade física exerce influências na IC de diversas formas, e que para se obter respostas relativas ao desenvolvimento da IC, as indicações mínimas são de duas vezes por semana, durante 12 semanas, respeitando a individualidade do sujeito na determinação da intensidade da atividade. (GONÇALVES, CAMPANA & TAVARES, 2012).
Segundo Vilela et al. (2004) avaliando 1807 estudantes, com idade entre 7 e 19 anos, foram observados que 59% desses indivíduos eram insatisfeitos com a IC e 56% praticavam atividade física com o objetivo de perder peso.
Alves (2010) a partir de uma revisão bibliográfica, realizada com o objetivo de verificar as influências não só sociais, mas também desportivas, na IC do adolescente, concluiu que os jovens percebem e se preocupam com as suas transformações corporais, buscando adequá-las a um padrão por meio da pratica esportiva, ressaltando a importância do professor para a orientação da pratica saudável dessas atividades.
3.3. A IMAGEM CORPORAL NA ADOLESCÊNCIA: INSATISFAÇÃO E DISTORÇÃO
A insatisfação corporal esta presente em quase todas as pesquisas realizadas na área da IC, os motivos mais frequentes são o EN, normalmente presente em obesos, e com alguma predominância no sexo feminino.
No entanto alguns estudos demonstram indivíduos com excesso de peso satisfeitos com a IC, refletindo assim na autoestima e autopercepção, revelando outros motivos,
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associados à insatisfação com a IC, onde são apontados os relacionamentos sociais e afetivos alem dos aspectos emocionais. (COSTA et al., 2007; FERNANDES, 2007; SAIKALI et al., 2004).
Ao verificar a autopercepção da IC e o EN de adolescentes frequentadores de uma academia de timbó, SC, concluiu-se que embora apresentassem um EN dentro dos padrões de normalidade, a insatisfação corporal foi um fenômeno altamente frequente nos adolescentes de ambos os sexos, com predominância da insatisfação por magreza. (SCHAKOWOSKI, 2010).
Segundo Bosi et al. (2006) em analise das acadêmicas iniciantes do curso de nutrição no município do Rio de Janeiro, foi verificado que 18,6% das jovens encontravam–se com a autopercepção da IC moderada ou gravemente alterada, sendo que 82,9% apresentaram IMC adequado. Confirmando que a percepção do peso corporal se sobrepõe ao IMC, ou seja, a forma como a pessoa se percebe é mais decisiva do que a massa corporal em si, podendo influenciar alterações importantes do comportamento alimentar.
Percebe-se que muitas pessoas criam um padrão de beleza associado a modelos tidos perfeitos, sem levar em consideração as diferenças que há entre os seres humanos. Ao ponto que não alcançam aquele tipo físico ideal, há uma insatisfação corporal que pode ter resultados como atitudes alimentares inadequadas e práticas exageradas de atividades físicas, além do uso de medicamentos para acelerar este processo. (CAMARGO et al., 2008).
Em estudo realizado por Ferriani et al. (2005) foi apontado a obesidade como fator determinante para a insatisfação corporal e exclusão de adolescentes devido ao seu EN.
Em contrapartida, Costa et al. (2007) Encontraram indivíduos obesos satisfeitos com sua IC, e com a autoestima elevada. Levantando dúvidas sobre os motivos que levam a insatisfação corporal.
Portanto, uma forma de fortalecer a relação positiva com o próprio corpo é a prática regular de exercícios físicos, que beneficia a autoconfiança, autovalorização e consequentemente, a autoimagem, pois um dos objetivos dessa prática é fazer com que o adolescente reflita sobre o modelo de IC difundido pela mídia, a partir da própria IC e de seus significados. (MALDONADO, 2006).
Embora poucos estudos abordem essa temática, as reflexões a partir da pesquisa de revisão realizada por Bernardi, Cichelero & Vitolo (2012) sugerem que programas de redução de peso, individuais ou em grupo, tenham abordagem interdisciplinar, de fato, e que enfatizem junto aos pacientes, a compreensão dos mecanismos biopsicossociais aos quais estão submetidos.
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Seguindo essa teoria os estudo de Freitas et al. (2012) mostraram que a intervenção interdisciplinar da Educação Física, Psicologia, Nutrição e Avaliação Clínica pode desenvolver resultados significativos sobre a insatisfação com a IC. Neste estudo foram avaliados 21 adolescentes acima do peso de ambos os sexos, os resultados mostraram melhora de 20% na insatisfação com a IC em 12 semanas de tratamento, mesmo não havendo diferenças na massa corporal total e IMC.
Enfatiza-se que programas de intervenção que incluam orientação nutricional, acompanhamento clínico, exercício físico e intervenções psicológicas são os mais indicados para o tratamento da obesidade. (CURIONI & LOURENCO, 2005).
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4. DISCUSSÃO
Os estudos analisados nesta revisão relatam uma crescente insatisfação com a IC de adolescentes envolvendo a aparência e o peso corporal, gerada por diversos motivos. (ALVES, 2009; CORSEUIL et al., 2009; TRICHES et al., 2007; EISENBERG et al., 2006). Sendo apontada a influência da mídia em geral, mas principalmente a televisão, através da veiculação e idealização de um corpo ideal, com volume muscular para o sexo masculino e um corpo magro e definido para as mulheres. (FROIS, MOREIRA, STENGEL, 2011; CAMARGO et al., 2008; CONTI, BERTOLIN & PERES, 2010). Na medida em que o corpo dos indivíduos se diverge desse modelo padronizado, aumenta a insatisfação e baixa a autoestima dos adolescentes de ambos os sexos. Tendo maior repercussão sobre o grupo das meninas, jovens com sobrepeso e obesos, refletindo assim nas suas relações interpessoais. (ASSIS et al., 2003; VILELA et al., 2004).
Em contrapartida Barbosa, Matos & Costa (2011) revelam que os indivíduos cujas relações familiares, com amigos e namorada(o) favorecem o aumento da autoestima e satisfação com a IC, sendo menos influenciados pela mídia. Resultados que são corroborados por Costa et al. (2007); Fernandes (2007); Saikali et al. (2004). Apresentando os relacionamentos interpessoais como forte influência sobre a percepção da IC e aumento da autoestima.
Há uma preocupação exacerbada dos adolescentes com as mudanças que ocorrem em seus corpos, gerando uma grande procura por atividades físicas e outros meios de intervir na sua aparência.
Maldonado (2006) evidencia a prática regular de exercícios físicos de forma positiva, na qual, aumenta a autovalorização da IC, embora em alguns casos haja uma preocupação exagerada com a forma física, sendo identificada a dismorfia corporal, denominada vigorexia, fazendo com que o indivíduo se utilize de métodos inadequados, suplementos e até anabolizantes, para conseguir melhores e mais rápidos resultados sem se preocupar com as consequências para a saúde. (SEVERIANO, 2010, p. 143).
Vários autores apresentaram o EN como principal causador da insatisfação corporal, destacando o sobrepeso e a obesidade. (FERRIANI et al., 2005; MARTINS et al., 2010; MIRANDA et al., 2011).
A partir dessas pesquisas identificaram a ocorrência de transtornos alimentares sendo a anorexia e a bulimia nervosa, frequentemente encontradas neste público, ressaltando que estes
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transtornos são crescentes em adolescentes com IMC normais, revelando grande aumento na distorção da IC. (EITING, 2002; HRABOSKY et al., 2007; CORDÁS, 2005).
Em contrapartida com base na pesquisa de Castro et al. (2010) a insatisfação com a IC não está unicamente relacionada ao EN, segundo Saikali et al. (2004); Costa et al. (2007); Fernandes (2007), fatores como os tipos de relacionamentos, colaboram positivamente na valorização e satisfação com o próprio corpo. Neste sentido embora poucos estudos abordem essa temática, Freitas et al. (2012) mostraram que a intervenção interdisciplinar da Educação Física, Psicologia, Nutrição e Avaliação Clinica pode desenvolver resultados significativos sobre a insatisfação da IC.
Curioni & Lourenco (2005); Bernardi, Cichelero & Vitolo (2012) sugerem e apontam que programas de redução de peso, individuais ou em grupo, tenham abordagem interdisciplinar.
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5. CONCLUSÃO
Podemos concluir que a insatisfação e a distorção da IC, provenientes da influência dos ideais promovidos pelas mídias refletidos na sociedade, são as principais causas dos transtornos alimentares, baixa autoestima, prática abusiva de exercícios físicos, entre outros, que necessitam de acompanhamento e orientação adequada.
Neste sentido, percebe-se que os adolescentes são altamente influenciados por fatores externos, afetando assim a sua autoestima e bem estar de forma diretamente proporcional à qualidade de suas relações, ou seja, quando engajados em boas relações parentais, em grupos de amigos e namorada(o) em que não ocorram discriminações, há uma satisfação e o desenvolvimento positivo da IC, minimizando a influência da mídia independentemente do seu EN, apontando as intervenções multidisciplinares para o tratamento da obesidade como os mais indicados apresentando resultados significativos sobre a autoestima e insatisfação corporal.
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