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A ESCRAVIDÃO


     1° ANO – Ens. Médio
   PROFESSOR: Carlos Teles


                             1
   A escravidão (denominada ainda de escravismo
    ou escravatura) é a prática social em que um
    ser humano tem direitos de propriedade sobre
    outro designado por escravo, ao qual é imposta
    tal condição por meio da força.




                                                     2
   Há diversas ocorrências de
    escravatura sob diferentes formas
    ao longo da história, praticada por
    civilizações distintas. No geral, a
    forma      mais      primária     de
    escravatura se deu à medida em
    que      povos    com     interesses
    divergentes             guerrearam,
    resultando em prisioneiros de
    guerra. Apesar de na Antiguidade
    ter havido comércio escravagista,
    não era necessariamente esse o
    fim reservado a esse tipo de
    espólio de guerra.


                                           3
   Vamos aqui explanar a escravidão através da
    História em suas variadas faces.




                                              4
Escravidão na Antiguidade
   A escravidão era uma situação
    aceita e logo tornou-se essencial
    para a economia e para a sociedade
    de todas as civilizações antigas,
    embora      fosse    um  tipo   de
    organização muito pouco produtivo.
    A Mesopotâmia, a Índia, a China e
    os antigos egípcios e hebreus
    utilizaram escravos.
                                     5
   Na civilização Grega o trabalho
    escravo acontecia na mais
    variada sorte de funções, os
    escravos        podiam         ser
    domésticos, podiam trabalhar no
    campo, nas minas, na força
    policial de arqueiros da cidade,
    podiam ser ourives, remadores
    de barco, artesãos etc. Para os
    gregos, tanto as mulheres,
    estrangeiros assim como os
    escravos não possuíam o status
    de cidadania (direito ao benefício
    das leis e de voto).
                                         Pintura de Gustave Boulanger (1824-1888), retratando
                                         um mercado de escravos na Antiguidade

                                                                                        6
   Muitos dos soldados do antigo império romano
    eram ex-escravos, além dos conhecidos
    gladiadores.




                                                   7
Escravidão na América Pré-Colombiana
               Nas civilizações pré-colombianas
                (asteca, inca e maia) os escravos
                não      eram      obrigados    a
                permanecer como tais durante
                toda a vida. Podiam mudar de
                classe social e normalmente
                tornavam-se       escravos    até
                quitarem dívidas que não podiam
                pagar. Eram empregados na
                agricultura e no exército.

                                               8
   Entre os incas, os escravos recebiam uma
    propriedade rural, na qual plantavam para o
    sustento de sua família, reservando ao
    imperador uma parcela maior da produção em
    relação aos cidadãos livres.




                                                                         os
                                                                    fe ud
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                          I E                                           9
                            na
Escravidão moderna e contemporânea
   O comércio de escravos já tinha rotas intercontinentais na
    época do Al-Andaluz e mesmo antes durante o Império
    Romano. Criam-se novas rotas no momento em que os
    europeus começaram a colonizar os outros continentes, no
    século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, em que
    os povos locais não se deixaram subjugar, foi necessário
    importar mão-de-obra, principalmente da África.
   Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a
    vender escravos para os europeus.




                                                            10
Escravidão no Mundo
   A escravidão foi praticada por muitos povos,
    em diferentes regiões, desde as épocas mais
    antigas. Eram feitos escravos em geral, os
    prisioneiros de guerra e pessoas com dívidas,
    mas posteriormente destacou-se a escravidão
    de negros africanos. Na Idade Moderna,
    sobretudo a partir da descoberta da América,
    houve um florescimento da escravidão,
    desenvolvendo-se então um cruel e lucrativo
    comércio de homens, mulheres e crianças
    entre a África e as Américas. A escravidão
    tinha motivos econômicos, mas passou a ser
    justificada por razões morais e religiosas e
    baseada na crença de uma suposta
    superioridade racial e cultural dos europeus.
    Chamava-se de tráfico negreiro o transporte
    forçado de africanos para a Américas como
    escravos durante o período colonialista.
                                               11
navio negreiro   12
O Brasil e a escravidão




Escravo açoitado no pelourinho. Pintura em aquarela de Jean Baptiste Debret   13
   A primeira forma de escravidão no Brasil
    foi dos gentios da terra ou negros da
    terra, os índios especialmente na
    Capitania de São Paulo onde seus
    moradores pobres não tinham condições
    de adquirir escravos africanos, nos
    primeiros dois séculos de colonização. A
    Escravização de índios foi proibida pelo
    Marquês       de     Pombal.      Eram
    considerados      pouco    aptos    ao
    trabalho, o que se sabe hoje que é
    uma inverdade, pois não interessava
    a metrópole portuguesa escravizar os
    índios, mas sim realizar o lucrativo
    tráfico negreiro vindo da África.    14
A escravidão é pouco produtiva porque, como o escravo não tem propriedade
sobre sua própria produção, ele não é estimulado a produzir já que isto não irá
resultar em um incremento no bem-estar material de si mesmo.                      15
Em 1888, quando a escravidão foi abolida no
Brasil, pela Lei Áurea, ele era o único país
ocidental que ainda mantinha a escravidão
legalizada. A Mauritânia foi, em 9 de
novembro de 1981, o último país a abolir, na
letra da lei, a escravatura, porém, a
escravidão segue existindo no Sudão.

Segundo a National Geographic, há mais
escravos hoje do que o total de escravos que,
durante quatro séculos fizeram parte do
tráfico transatlântico. Embora, as denuncias
de trabalho escravo no Brasil e em outros
países tenha um sentido metafórico, já que se
trata de proibição de sair os empregados de
fazendas, mas não se trata de compra e venda
de pessoas como ocorria no tempo da
escravidão negra.


                                                16
Escravidão, um mal do passado?
        Pela letra da lei a escravidão é extinta. O último
         país a abolir a escravidão foi a Mauritânia em
         1981. Porém a escravidão continua em muitos
         países, porque as leis não são aplicadas. Elas
         foram somente feitas pela pressão de outros
         países e da ONU, mas não representam a
         vontade do governo do respectivo país. Hoje em
         dia tem pelo menos 27 milhões escravos no
         mundo.




                                                        17
   Principalmente em países árabes e outros
    países muçulmanos existem ainda escravos
    tradicionais. A caça de escravos negros,
    visando a captura de moças e crianças bonitas
    para serem escravas domésticas ou ajudantes
    para vários trabalhos, existe principalmente no
    Sudão. (fonte: http://www.answering-islam.org/Silas/slavery.htm)




                                                                       18
   Na escravatura branca (tráfico humano para a prostituição
    forçada) se encontram presas milhões de moças,
    principalmente de regiões pobres como Ucrânia, Moldávia,
    Rússia, África, Índia e países onde a prostituição tem
    tradicionalmente muito peso, como a Tailândia e as
    Filipinas. As meninas são aliciadas com falsas promessas,
    vendidas e tem que prostituir-se até que a divida (o preço
    pelo compra e adicionais) seja paga. Muitas vezes a
    prostituta escravizada é vendida a seguir e tudo começa
    de novo.




                                                             19
Existe     também      um
semelhante tráfico com
crianças, que trabalham
como escravos em outros
países. Muitas vezes eles
são mutilados e obrigadas
a mendigar e entregar tudo
aos seus donos.




                        20
Além disso existem várias outras
formas de escravidão. Os preços
variam muito. Enquanto moças
bonitas vendidas para países rendem
até 20 mil dólares, se compra as vezes
crianças e mocinhas adolescentes na
Moldávia, sul da Índia, Paquistão ou
China em orfanatos ou de famílias
pobres por menos de 100 dólares.
Nessas estatísticas nem são contadas
milhões de mulheres e meninas, que
pela tradição ou até as leis em muitos
países muçulmanos e outras regiões
são consideradas propriedade de seus
maridos ou pais.
                                    21
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ESCRAVIDÃO

  • 1. A ESCRAVIDÃO 1° ANO – Ens. Médio PROFESSOR: Carlos Teles 1
  • 2. A escravidão (denominada ainda de escravismo ou escravatura) é a prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. 2
  • 3. Há diversas ocorrências de escravatura sob diferentes formas ao longo da história, praticada por civilizações distintas. No geral, a forma mais primária de escravatura se deu à medida em que povos com interesses divergentes guerrearam, resultando em prisioneiros de guerra. Apesar de na Antiguidade ter havido comércio escravagista, não era necessariamente esse o fim reservado a esse tipo de espólio de guerra. 3
  • 4. Vamos aqui explanar a escravidão através da História em suas variadas faces. 4
  • 5. Escravidão na Antiguidade  A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos. 5
  • 6. Na civilização Grega o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções, os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres, estrangeiros assim como os escravos não possuíam o status de cidadania (direito ao benefício das leis e de voto). Pintura de Gustave Boulanger (1824-1888), retratando um mercado de escravos na Antiguidade 6
  • 7. Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos, além dos conhecidos gladiadores. 7
  • 8. Escravidão na América Pré-Colombiana  Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos não eram obrigados a permanecer como tais durante toda a vida. Podiam mudar de classe social e normalmente tornavam-se escravos até quitarem dívidas que não podiam pagar. Eram empregados na agricultura e no exército. 8
  • 9. Entre os incas, os escravos recebiam uma propriedade rural, na qual plantavam para o sustento de sua família, reservando ao imperador uma parcela maior da produção em relação aos cidadãos livres. os fe ud os ad is tem r os bra l em ocê al?? faz v diev não a Me sso urop I E 9 na
  • 10. Escravidão moderna e contemporânea  O comércio de escravos já tinha rotas intercontinentais na época do Al-Andaluz e mesmo antes durante o Império Romano. Criam-se novas rotas no momento em que os europeus começaram a colonizar os outros continentes, no século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, em que os povos locais não se deixaram subjugar, foi necessário importar mão-de-obra, principalmente da África.  Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a vender escravos para os europeus. 10
  • 11. Escravidão no Mundo  A escravidão foi praticada por muitos povos, em diferentes regiões, desde as épocas mais antigas. Eram feitos escravos em geral, os prisioneiros de guerra e pessoas com dívidas, mas posteriormente destacou-se a escravidão de negros africanos. Na Idade Moderna, sobretudo a partir da descoberta da América, houve um florescimento da escravidão, desenvolvendo-se então um cruel e lucrativo comércio de homens, mulheres e crianças entre a África e as Américas. A escravidão tinha motivos econômicos, mas passou a ser justificada por razões morais e religiosas e baseada na crença de uma suposta superioridade racial e cultural dos europeus. Chamava-se de tráfico negreiro o transporte forçado de africanos para a Américas como escravos durante o período colonialista. 11
  • 13. O Brasil e a escravidão Escravo açoitado no pelourinho. Pintura em aquarela de Jean Baptiste Debret 13
  • 14. A primeira forma de escravidão no Brasil foi dos gentios da terra ou negros da terra, os índios especialmente na Capitania de São Paulo onde seus moradores pobres não tinham condições de adquirir escravos africanos, nos primeiros dois séculos de colonização. A Escravização de índios foi proibida pelo Marquês de Pombal. Eram considerados pouco aptos ao trabalho, o que se sabe hoje que é uma inverdade, pois não interessava a metrópole portuguesa escravizar os índios, mas sim realizar o lucrativo tráfico negreiro vindo da África. 14
  • 15. A escravidão é pouco produtiva porque, como o escravo não tem propriedade sobre sua própria produção, ele não é estimulado a produzir já que isto não irá resultar em um incremento no bem-estar material de si mesmo. 15
  • 16. Em 1888, quando a escravidão foi abolida no Brasil, pela Lei Áurea, ele era o único país ocidental que ainda mantinha a escravidão legalizada. A Mauritânia foi, em 9 de novembro de 1981, o último país a abolir, na letra da lei, a escravatura, porém, a escravidão segue existindo no Sudão. Segundo a National Geographic, há mais escravos hoje do que o total de escravos que, durante quatro séculos fizeram parte do tráfico transatlântico. Embora, as denuncias de trabalho escravo no Brasil e em outros países tenha um sentido metafórico, já que se trata de proibição de sair os empregados de fazendas, mas não se trata de compra e venda de pessoas como ocorria no tempo da escravidão negra. 16
  • 17. Escravidão, um mal do passado?  Pela letra da lei a escravidão é extinta. O último país a abolir a escravidão foi a Mauritânia em 1981. Porém a escravidão continua em muitos países, porque as leis não são aplicadas. Elas foram somente feitas pela pressão de outros países e da ONU, mas não representam a vontade do governo do respectivo país. Hoje em dia tem pelo menos 27 milhões escravos no mundo. 17
  • 18. Principalmente em países árabes e outros países muçulmanos existem ainda escravos tradicionais. A caça de escravos negros, visando a captura de moças e crianças bonitas para serem escravas domésticas ou ajudantes para vários trabalhos, existe principalmente no Sudão. (fonte: http://www.answering-islam.org/Silas/slavery.htm) 18
  • 19. Na escravatura branca (tráfico humano para a prostituição forçada) se encontram presas milhões de moças, principalmente de regiões pobres como Ucrânia, Moldávia, Rússia, África, Índia e países onde a prostituição tem tradicionalmente muito peso, como a Tailândia e as Filipinas. As meninas são aliciadas com falsas promessas, vendidas e tem que prostituir-se até que a divida (o preço pelo compra e adicionais) seja paga. Muitas vezes a prostituta escravizada é vendida a seguir e tudo começa de novo. 19
  • 20. Existe também um semelhante tráfico com crianças, que trabalham como escravos em outros países. Muitas vezes eles são mutilados e obrigadas a mendigar e entregar tudo aos seus donos. 20
  • 21. Além disso existem várias outras formas de escravidão. Os preços variam muito. Enquanto moças bonitas vendidas para países rendem até 20 mil dólares, se compra as vezes crianças e mocinhas adolescentes na Moldávia, sul da Índia, Paquistão ou China em orfanatos ou de famílias pobres por menos de 100 dólares. Nessas estatísticas nem são contadas milhões de mulheres e meninas, que pela tradição ou até as leis em muitos países muçulmanos e outras regiões são consideradas propriedade de seus maridos ou pais. 21
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