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Fundamentos da Linguística para a formação
do profissional da informação
Noções basilares da ciência linguística
Universidade de Brasília
Faculdade de Ciência da Informação
Biblioteconomia
Análise da Informação
1
Introdução
 A Ciência da Informação preocupa-se com os
aspectos da geração, comunicação e uso da
informação.
 Linguística: Ciência que estuda a linguagem enquanto
sistema de comunicação e autoexpressão.
2
 Organização do conhecimento
 “Entendemos a organização do conhecimento como
processo de modelagem que visa construir
representações do conhecimento e que tem por base a
análise do conceito e de suas características para o
estabelecimento da posição que cada conceito ocupa
num determinado domínio, bem como suas relações
com os demais conceitos que compõe um sistema
conceitual.” (BRÄSCHER; CAFÉ, 2008)
3
Conceito
análise (características)
Posição no domínio
Relações com outros conceitos
4
 SOC: Sistemas de Organização do conhecimento.
Funções: Padronização terminológica
Relação entre conceitos
Uma descrição necessita de uma linguagem.
5
 Svenonios (2000)
Linguagens que descrevem a informação e
Linguagens que descrevem o documento
(suporte físico)
Ambas possuem:
Vocabulário;
Semântica;
Relacional;
Referencial;
Categorial;
Sintaxe;
Pragmática.
6
 A descrição física utiliza elementos identificados de
forma mais objetiva no documento como autor, título,
editor, data de publicação, entre outros.
 A descrição de conteúdo é subjetiva e menos
suscetível a regras pré-definidas, diferente da descrição
física.
7
Capítulo 1
Noções basilares da ciência linguística
8
contexto
Os Elementos da Comunicação
emissor receptormensagem
código
canal
9
COMUNICAÇÃO
Os Elementos da Comunicação – Exemplo
 Emissor: José Saramago (autor);
 Receptor: leitor;
 Contexto: variável;
 Mensagem: estória do livro (conteúdo);
 Canal: livro;
 Código: língua portuguesa.
10
Os Elementos da Comunicação - Funções da linguagem
Para cada elemento da comunicação uma função da linguagem
está associada.
11
Elementos da Comunicação Funções da linguagem
Emissor Função Emotiva
Receptor Função Conativa
Contexto Função Referencial
Mensagem Função Poética
Canal Função Fática
Código Função Metalinguística
A Língua: sistema de signos
 O que é signo?
 Para Charles Pierce, pai da semiótica, é algo que está
por outra coisa a alguém, ou seja, qualquer coisa que
representa alguma coisa a alguém e compreende o
signo como ente triádico.
12
Objeto
Representame
m
Interpretante
Buquê de flores
13
 Para Ferdinand de Saussure, trata-se de uma unidade de
duas faces:
O significado = conceito
O Significante = “sequência de sons ou letras” que
constituem o aspecto material do signo e que evocam o
primeiro [o significado] na mente do falante.
𝑺𝒊𝒈𝒏𝒐 =
𝑺𝒆
𝑺𝒐
14
 Mesa significante
 Objeto constituído por uma superfície plana sustentada
por um ou mais pés. Significado
 Mesa de um pé só; mesa redonda;
mesa baixa; etc Referentes
15
Sistema
Linguístico
Subsistema
Fonológico
Unidades
Elementares:
fonemas
Subsistema
Morfológico
Unidades
Elementares:
morfemas
Subsistema
Sintático
Unidades
Elementares:
sintagmas
Subsistema
Semântico
Unidades
Elementares:
semas
16
fonemas
morfemas
palavras
sintagmas
frases /
sentenças
textos
17
 Livro de Medicina Palavra (signo)
 [Livro[de Medicina]SPrep]SN Locução
 Fonemas: /l i v r u d i m e d i s i n a/
Não são considerados signos, embora apresentem
significante, não possuem um significado individualmente.
18
Dois conceitos importantes...
19
 Ruído: todo fenômeno que é produzido numa
comunicação e não pertence à mensagem in-
tencionalmente emitida, podendo comprome-
ter sua eficácia tais como defeitos do canal ou
de intromissões externas;
 Língua: sistema que empregamos para trocar
mensagens nos diversos contextos de intera-
ção social.
Códigos
20
um código é um sistema de sig-
nificados comum aos membros
de uma cultura ou subcultura.
Consiste tanto em signos (por
exemplo, sinais físicos que repre-
sentam algo diferente deles mes-
mos), como em regras ou con-
venções que determinam como e
em que contextos estes signos
são usados e como podem ser
combinados de maneira a formar
mensagens mais complexas
(FISKE, 1997 apud
BRÄSCHER; MELO, 2011 p.
30).
Códigos – Exemplo
21
Gramática da Língua
Portuguesa
Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg
Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn
Oo Pp Qq Rr Ss Tt Uu
Vv Ww Xx Yy Zz
Códigos
22
Como afirma Epstein (1988), “na
linguagem escrita, os sinais distinguidos
entre si são as letras (representações dos
fonemas), e a sua combinatória,
delimitada por certas regras, resulta nas
palavras. A combinatória destas, limitada
pela gramática, pela lógica e pela própria
semântica, estabelece as frases e os
textos” (p.17).
Códigos
23
letras letras palavras
letras letras palavras
frasesTEXTOS
L
I
N
G
U
A
G
E
M
E
S
C
R
I
T
A
Códigos
24
A ideia de código, sugere Eco (1988:245), importa
uma ambiguidade:
Como trasferência de informação entre
dois pólos [p. ex., emissor e receptor] e
como transformação de um sistema em
outro [a passagem de uma Língua Natural
(LN) a uma Linguagem Documentária (LD),
ou entre elementos do mesmo sistema – os
sons da língua falada nas letras da língua
escrita].
Códigos – Classificação
25
025.4.036(042.3) I61p
Título: 6th International Online Information Meeting
025.4 – Classificação e Indexação
025.4.036 – Busca e recuperação com auxílio de computador
(042.3) – Conferência (indica a forma em que se encontra o documento
I61p
A primeira letra do título, sem contar os artigos.
O número da tabela de Cutter.
Primeira letra de proceedings (Anais).
A Variabilidade da Língua: Sincronia X Diacronia
Ponto de vista sincrônico Ponto de vista diacrônico
26
 Região (variantes geográficas
ou dialetos);
 Classe socioeconômica
(variantes sociais ou
socioletos);
 Certas profissões (jargão,
língua de especialidade ou
tecnoletos).
Contraste de obras de épocas
distintas.
A Variabilidade da Língua – Vídeo
27
http://www.youtube.com/watch?v=VCJEE43Dzkc
A Variabilidade da Língua – Exemplo
28
 Neologismos;
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 Língua padrão.
A Variabilidade da Língua
29
A linguagem (...) não é algo homogêneo,
como não são idênticos os públicos da
informação. Existem vários níveis de
linguagem que se distinguem pelas
comunidades de uso. (LARA, 2007 p. 149
apud BRÄSCHER; MELO, 2011 p. 38)
Sistema Semiótico (SS)
30
Um sistema semiótico nada mais é que um
sistema se signos. [...] Por isso, sob a
denominação de sistemas semióticos, encontram-
se sistemas de signos de espécies diferentes,
tais como os sistemas de imagens, gestos,
vestuários, ritos etc.
Linguagem Documentária (LD)
31
Para Tálamo (1997), linguagem
documentária (LD) é uma
linguagem construída, oposta à
natural, que tem como objetivo
específico tratar a informação
para fins de recuperação.
Tradução Intersemiótica
32
TEXTO
ORIGINAL
SS1
Documento
obtido por
condensação
SS1’
Documento
obtido por
intermediação
de códigos
comutadores
SS2
AD
Síntese
&
Paráfrase
Transcodificação
869.0(81)
M528m
4. ed.
Língua Natural X Linguagem Artificial
33
Língua Natural Linguagem Artificial
gramática modelável no tempo
e no espaço
gramática rigorosamente
definida, inalterável no tempo
palavras são polissêmicas
(podem comportar vários
sentidos)
termos são monossêmicos
(univocidade)
irregularidade e variação regularidade e constância
função básica: expressão e
comunicação
função básica: representação
Linguagem Documentária – Funções
34
 Padronizar a representação do conteúdo dos
documentos ao adotar termos preferidos que façam
coincidir a linguagem dos indexadores, dos autores
e dos usuários;
 Fornecer elementos para que o indexador selecione
os termos mais adequados para representar os
assuntos dos documentos;
 Auxiliar o usuário a elaborar sua estratégia de busca
por meio da navegação na estrutura conceitual de
seu domínio.
Linguagem Documentária – Fases para elaboração
35
HIPÓTESES SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO
ISOLAMENTO TERMINOLÓGICO
ELABORAÇÃO DE DEFINIÇÕES
 Não devem ser circulares
 Devem se referir à essência
 Enfoque “intensional”
ESTABELECIMENTO DE PARÂMETROS DE
RELACIONAMENTO: REDE DE RELAÇÕES
ENTRE AS UNIDADES DA LINGUAGEM
Isso porque “uma lis-
ta de palavras cuja or-
ganização se resume
à ordenação alfabé-
tica de seus elemen-
tos nada representa
porque nada significa
(Tálamo 1997:6)
 Relação: vínculo entre dois termos que se requerem mutuamente
Conclusão
36
[...]
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Fundamentos Linguísticos para Profissionais da Informação

  • 1. Fundamentos da Linguística para a formação do profissional da informação Noções basilares da ciência linguística Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Biblioteconomia Análise da Informação 1
  • 2. Introdução  A Ciência da Informação preocupa-se com os aspectos da geração, comunicação e uso da informação.  Linguística: Ciência que estuda a linguagem enquanto sistema de comunicação e autoexpressão. 2
  • 3.  Organização do conhecimento  “Entendemos a organização do conhecimento como processo de modelagem que visa construir representações do conhecimento e que tem por base a análise do conceito e de suas características para o estabelecimento da posição que cada conceito ocupa num determinado domínio, bem como suas relações com os demais conceitos que compõe um sistema conceitual.” (BRÄSCHER; CAFÉ, 2008) 3
  • 4. Conceito análise (características) Posição no domínio Relações com outros conceitos 4
  • 5.  SOC: Sistemas de Organização do conhecimento. Funções: Padronização terminológica Relação entre conceitos Uma descrição necessita de uma linguagem. 5
  • 6.  Svenonios (2000) Linguagens que descrevem a informação e Linguagens que descrevem o documento (suporte físico) Ambas possuem: Vocabulário; Semântica; Relacional; Referencial; Categorial; Sintaxe; Pragmática. 6
  • 7.  A descrição física utiliza elementos identificados de forma mais objetiva no documento como autor, título, editor, data de publicação, entre outros.  A descrição de conteúdo é subjetiva e menos suscetível a regras pré-definidas, diferente da descrição física. 7
  • 8. Capítulo 1 Noções basilares da ciência linguística 8
  • 9. contexto Os Elementos da Comunicação emissor receptormensagem código canal 9 COMUNICAÇÃO
  • 10. Os Elementos da Comunicação – Exemplo  Emissor: José Saramago (autor);  Receptor: leitor;  Contexto: variável;  Mensagem: estória do livro (conteúdo);  Canal: livro;  Código: língua portuguesa. 10
  • 11. Os Elementos da Comunicação - Funções da linguagem Para cada elemento da comunicação uma função da linguagem está associada. 11 Elementos da Comunicação Funções da linguagem Emissor Função Emotiva Receptor Função Conativa Contexto Função Referencial Mensagem Função Poética Canal Função Fática Código Função Metalinguística
  • 12. A Língua: sistema de signos  O que é signo?  Para Charles Pierce, pai da semiótica, é algo que está por outra coisa a alguém, ou seja, qualquer coisa que representa alguma coisa a alguém e compreende o signo como ente triádico. 12 Objeto Representame m Interpretante
  • 14.  Para Ferdinand de Saussure, trata-se de uma unidade de duas faces: O significado = conceito O Significante = “sequência de sons ou letras” que constituem o aspecto material do signo e que evocam o primeiro [o significado] na mente do falante. 𝑺𝒊𝒈𝒏𝒐 = 𝑺𝒆 𝑺𝒐 14
  • 15.  Mesa significante  Objeto constituído por uma superfície plana sustentada por um ou mais pés. Significado  Mesa de um pé só; mesa redonda; mesa baixa; etc Referentes 15
  • 18.  Livro de Medicina Palavra (signo)  [Livro[de Medicina]SPrep]SN Locução  Fonemas: /l i v r u d i m e d i s i n a/ Não são considerados signos, embora apresentem significante, não possuem um significado individualmente. 18
  • 19. Dois conceitos importantes... 19  Ruído: todo fenômeno que é produzido numa comunicação e não pertence à mensagem in- tencionalmente emitida, podendo comprome- ter sua eficácia tais como defeitos do canal ou de intromissões externas;  Língua: sistema que empregamos para trocar mensagens nos diversos contextos de intera- ção social.
  • 20. Códigos 20 um código é um sistema de sig- nificados comum aos membros de uma cultura ou subcultura. Consiste tanto em signos (por exemplo, sinais físicos que repre- sentam algo diferente deles mes- mos), como em regras ou con- venções que determinam como e em que contextos estes signos são usados e como podem ser combinados de maneira a formar mensagens mais complexas (FISKE, 1997 apud BRÄSCHER; MELO, 2011 p. 30).
  • 21. Códigos – Exemplo 21 Gramática da Língua Portuguesa Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn Oo Pp Qq Rr Ss Tt Uu Vv Ww Xx Yy Zz
  • 22. Códigos 22 Como afirma Epstein (1988), “na linguagem escrita, os sinais distinguidos entre si são as letras (representações dos fonemas), e a sua combinatória, delimitada por certas regras, resulta nas palavras. A combinatória destas, limitada pela gramática, pela lógica e pela própria semântica, estabelece as frases e os textos” (p.17).
  • 23. Códigos 23 letras letras palavras letras letras palavras frasesTEXTOS L I N G U A G E M E S C R I T A
  • 24. Códigos 24 A ideia de código, sugere Eco (1988:245), importa uma ambiguidade: Como trasferência de informação entre dois pólos [p. ex., emissor e receptor] e como transformação de um sistema em outro [a passagem de uma Língua Natural (LN) a uma Linguagem Documentária (LD), ou entre elementos do mesmo sistema – os sons da língua falada nas letras da língua escrita].
  • 25. Códigos – Classificação 25 025.4.036(042.3) I61p Título: 6th International Online Information Meeting 025.4 – Classificação e Indexação 025.4.036 – Busca e recuperação com auxílio de computador (042.3) – Conferência (indica a forma em que se encontra o documento I61p A primeira letra do título, sem contar os artigos. O número da tabela de Cutter. Primeira letra de proceedings (Anais).
  • 26. A Variabilidade da Língua: Sincronia X Diacronia Ponto de vista sincrônico Ponto de vista diacrônico 26  Região (variantes geográficas ou dialetos);  Classe socioeconômica (variantes sociais ou socioletos);  Certas profissões (jargão, língua de especialidade ou tecnoletos). Contraste de obras de épocas distintas.
  • 27. A Variabilidade da Língua – Vídeo 27 http://www.youtube.com/watch?v=VCJEE43Dzkc
  • 28. A Variabilidade da Língua – Exemplo 28  Neologismos;  Regionalismos;  Língua padrão.
  • 29. A Variabilidade da Língua 29 A linguagem (...) não é algo homogêneo, como não são idênticos os públicos da informação. Existem vários níveis de linguagem que se distinguem pelas comunidades de uso. (LARA, 2007 p. 149 apud BRÄSCHER; MELO, 2011 p. 38)
  • 30. Sistema Semiótico (SS) 30 Um sistema semiótico nada mais é que um sistema se signos. [...] Por isso, sob a denominação de sistemas semióticos, encontram- se sistemas de signos de espécies diferentes, tais como os sistemas de imagens, gestos, vestuários, ritos etc.
  • 31. Linguagem Documentária (LD) 31 Para Tálamo (1997), linguagem documentária (LD) é uma linguagem construída, oposta à natural, que tem como objetivo específico tratar a informação para fins de recuperação.
  • 32. Tradução Intersemiótica 32 TEXTO ORIGINAL SS1 Documento obtido por condensação SS1’ Documento obtido por intermediação de códigos comutadores SS2 AD Síntese & Paráfrase Transcodificação 869.0(81) M528m 4. ed.
  • 33. Língua Natural X Linguagem Artificial 33 Língua Natural Linguagem Artificial gramática modelável no tempo e no espaço gramática rigorosamente definida, inalterável no tempo palavras são polissêmicas (podem comportar vários sentidos) termos são monossêmicos (univocidade) irregularidade e variação regularidade e constância função básica: expressão e comunicação função básica: representação
  • 34. Linguagem Documentária – Funções 34  Padronizar a representação do conteúdo dos documentos ao adotar termos preferidos que façam coincidir a linguagem dos indexadores, dos autores e dos usuários;  Fornecer elementos para que o indexador selecione os termos mais adequados para representar os assuntos dos documentos;  Auxiliar o usuário a elaborar sua estratégia de busca por meio da navegação na estrutura conceitual de seu domínio.
  • 35. Linguagem Documentária – Fases para elaboração 35 HIPÓTESES SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO ISOLAMENTO TERMINOLÓGICO ELABORAÇÃO DE DEFINIÇÕES  Não devem ser circulares  Devem se referir à essência  Enfoque “intensional” ESTABELECIMENTO DE PARÂMETROS DE RELACIONAMENTO: REDE DE RELAÇÕES ENTRE AS UNIDADES DA LINGUAGEM Isso porque “uma lis- ta de palavras cuja or- ganização se resume à ordenação alfabé- tica de seus elemen- tos nada representa porque nada significa (Tálamo 1997:6)  Relação: vínculo entre dois termos que se requerem mutuamente
  • 37. 37