O documento discute o uso de neonicotinoides e pirazóis no Brasil, apresentando produtos registrados e sua eficiência no controle de percevejos em soja. É possível a convivência de neonicotinoides com abelhas e soja considerando a disponibilidade de flores, necessidade de controle de percevejos e aplicações realizadas. O uso de inimigos naturais e agricultura de precisão podem auxiliar na racionalização do uso de inseticidas.
1. Workshop Relação Produtiva entre Agricultura e Apicultura
Uso de neonicotinoides e pirazol no
Brasil – situação atual dos produtos
registrados
Moderador:
Samuel Roggia – Embrapa Soja
Prelecionista: Luís Eduardo Pacifici Rangel - MAPA
Debatedores: Geraldo Papa – UNESP
Pedro Yamamoto - ESALQ-USP
José Francisco Garcia - Global Cana
Marcos Botton – Embrapa Uva e Vinho
2. Neonicotinoides e Pirazois apresentados pelo AGROFIT
extrato de 30.10.2013
Princípio ativo
Grupo químico
Classe
Acetamiprido
Neonicotinoide
Inseticida
Clotianidina
Neonicotinoide
Inseticida
Dinotefuram
Neonicotinoide
Inseticida
Imidacloprido
Neonicotinoide
Inseticida
Tiacloprido
Neonicotinoide
Inseticida
Tiametoxam
Neonicotinoide
Inseticida
Fenpiroximato
Pirazol
Acaricida
Fipronil
Pirazol
Inseticida
Tolfenpyrad
Pirazol
Inseticida-Acaricida
Fenpyrazamine
Pirazol
Fungicida
Extrato do Agrofit de julho/2013.
3. Qual a eficiência de todos estes produtos registrados?
PRODUTOS REGISTRADOS PARA O CONTROLE DO PEREVEJO-MARROM EM SOJA
1. Acefato Nortox
12. Endosulfan Nortox 350 EC
22. Orthene 750 BR
2. Adante
13. Engeo
23. Pirephos EC
3. Alika
14. Engeo Pleno
24. Platinum Neo
4. Arrivo 200 EC
15. Folisuper 600 BR
25. Pyrinex 480 EC
5. Centauro
16. Galil SC
26. Rapel
6. Commanche 200 EC
17. Hero
27. Sumithion 500 EC
7. Connect
18. Imidacloprid Nortox
28. Talisman
8. Dissulfan EC
19. Lancer 750 SP
29. Topstar
9. Eforia
20. Malathion 1000 EC Cheminova
30. Urge 750 SP
10. Endosulfan 350 EC Milenia
21. Mustang 350 EC
31. Verdadero 600 WG
11. Endosulfan AG
Extrato do Agrofit de julho/2013.
4. Qual a eficiência de todos estes produtos registrados?
PRODUTOS REGISTRADOS PARA O CONTROLE DO PEREVEJO-MARROM EM SOJA
Acefato (OP)
Bifentrina (PI) + Carbosulfano (CA)
Clorpirifós (OP)
Endossulfam (CI)
Malationa (OP)
Imidacloprido (NE)
Parationa-metílica (OP)
Imidacloprido (NE) + Beta-ciflutrina (PI)
Fenitrotiona (OP)
Imidacloprido (NE) + Bifentrina (PI)
Fenitrotiona (OP) + Esfenvalerato (PI)
Tiametoxam (NE) + Lambda-cialotrina (PI)
Cipermetrina (PI)
Tiametoxam (NE) + Cipermetrina (PI)
Zeta-cipermetrina (PI)
Tiametoxam (NE) + Ciproconazol (TR)
Zeta-cipermetrina (PI) + Bifentrina (PI)
Extrato do Agrofit de julho/2013.
5. Qual a eficiência de todos estes produtos registrados?
PRODUTOS REGISTRADOS PARA O CONTROLE DO PEREVEJO-MARROM EM SOJA
Grupos químicos
Número de moléculas
Neonicotinóide
1
Neonicotinóide + Piretróide
4
Neonicotinóide + Triazol
1
Organofosforado
5
Organofosforado + Piretróide
1
Piretróide
2
Piretróide + Piretróide
1
Piretróide + Carbamato
1
Ciclodienoclorado
1
Extrato do Agrofit de julho/2013.
6. Qual a eficiência de todos estes produtos registrados?
Resposta: rede de ensaios de percevejos para avaliação
de produtos do mercado e produtos novos.
Qual é o perfil de “novos” produtos para percevejos? Os
produtos novos estariam “livres” de neonicotinoides?
Seriam os neonicotinoides os mais deletérios a abelhas?
Existem agrotóxicos inócuos a abelhas?
7. É possível a convivência de neonicotinoides com
abelhas e soja (nos 38 milhões ha, em 2013/14)?
1. Visitação das abelhas em soja
2. Disponibilidade de flores na lavoura de soja
3. Necessidade e controle de percevejos
4. Aplicação realizada pelos agricultores
5. Possibilidade de redução
8. Necessidade e controle de percevejos em soja
Nº médio de aplicações de inseticida
Região
Relação
n.
Manejo integrado
Tradicional
Trad./MIP
Centro-Norte
13
1,15 (0 a 3)
2,92 (1 a 5)
2,54
Norte
17
1,59 (1 a 3)
2,76 (1 a 6)
1,74
Noroeste
17
2,00 (0 a 3)
3,18 (2 a 4)
1,59
Centro-Oeste
8
2,00 (0 a 4)
3,63 (3 a 5)
1,82
Oeste
17
1,65 (1 a 3)
2,82 (1 a 5)
1,71
Mato Grosso do Sul
3
2,67 (2 a 3)
3,67 (3 a 5)
1,37
Centro
5
0,60 (0 a 2)
1,80 (0 a 4)
3,00
Centro-Sul
6
0,17 (0 a 1)
1,33 (0 a 2)
7,82
Sul
22
0,32 (0 a 2)
1,95 (1 a 4)
6,09
Média ponderada
108
2,06
9. Caracterização das aplicações realizadas pelo agricultor
Total de 523 aplicações em 189 unidades (SC, PR, MS).
Fonte: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/87596/1/Doc-341.pdf
10. Número de flores/planta durante a fase crítica da soja a danos por percevejo, em
cultivares de hábito de crescimento determinado e indeterminado, na densidade de
310 mil plantas/ha. Safra agrícola 2011/12. Embrapa Soja, Londrina, PR.
R3 - Início da fase crítica de dano por percevejos
Dados: Embrapa Soja
11. Percentual de lavouras de soja que atingiram diferentes níveis populacionais de
percevejo os estádios R1-R2 – florescimento; R3-R4 – formação de vagens; R3R5.1 – início da formação de vagens ao início do enchimento de grãos.
Percentual de lavouras (%)
100
R1-R2 anterior a fase crítica
80
R3-R4 Inicio da fase crítica
R3-R5.1
60
55
40
56
46
38
20
32
27
19
9
0
1 percevejo/m
2 percevejos/m
13
3 percevejos/m
5
8
21
4 percevejos/m
Níveis populacionais de percevejos
Lavoura de sementes
Lavoura de grãos
Dados: Embrapa Soja
12. Necessidade de controle de percevejos em soja
Fonte: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/87596/1/Doc-341.pdf
13. Necessidade de controle de percevejos em soja
Fonte: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/87596/1/Doc-341.pdf
14. -
O uso de parasitoides de ovos de percevejos poderia auxiliar na
redução do uso do inseticidas em soja, atrasando a necessidade de
controle para além da presença de flores nas plantas? Como vencer a
dificuldades de produção destes inimigos naturais para 28 milhões de
há, com iniciativas públicas ou privadas (mercado)?
-
A agricultura de precisão poderia auxiliar para a racionalização do
uso de inseticidas para percevejos? Temos ferramentas para
amostragem de percevejos em larga escala, práticas, baratas e
confiáveis?