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Genética Quantitativa




Prof. Dra. Adriana Dantas
 Uergs – Bento Gonçalves
Disciplina: Genetica Geral
Efeito do ambiente na expressão
                 gênica
   Expressão fenotípica depende do ambiente
   A influência dos fatores ambientais altera o
    fenótipo
   Indivíduos geneticamente diferentes
    desenvolvem-se de modo diferente no mesmo
    ambiente
   Indivíduos geneticamente idênticos
    desenvolvem-se desigualmente em ambientes
    diferentes

       Fenótipo (F) = Genótipo (G) + Ambiente (A)
Caracteres qualitativos e quantitativos

   Caracteres controlados por muitos genes são
    denominados caracteres poligênicos
       Se referem a mensurações de quantidades (pesos, volumes,
        medidas: kg, m, cm, g, m2, etc) são comumente
        denominados de caracteres quantitativos

   Os caracteres controlados por poucos genes são
    denominados de caracteres qualitativos
Caracteres qualitativos
   Segregações conhecidas (3:1, 1:2:1 e 9:3:3:1)
   Para um e dois locos, respectivamente, com
    dois alelos por loco
   Genótipos classificados em grupos fenotípicos
    distintos
   Pouco influenciados pelo ambiente
Caracteres qualitativos
   Exemplo 1: cor de ervilhas
Exemplo 2: cor do tegumento de
       grãos de milho
Exemplo 3: milho doce
Em F2, 323 grãos normais e 97 grãos doces
Caracteres qualitativos avaliados por Mendel
Caracteres quantitativos
   Devido a segregação de um grande número de genes, não
    há a possibilidade de serem classificados em grupos
    fenotípicos distintos

   Apresentam variação contínua e se ajustam a uma
    distribuição normal

   Muito influenciados pelo ambiente. Por quê?

   Como cada loco (gene) é influenciado pelo ambiente, e
    como são muitos os genes controlando esses caracteres, a
    influência total do ambiente é alta

   Existem caracteres mais sensíveis que outros as diferenças
    ambientais.
Exemplo 1: Altura da espiga (cm) de 100
 plantas F2 de milho




A produção de grãos é muito afetada pelo ambiente, enquanto que
a precocidade é menos afetada. Ambiente = fertilidade, umidade,
insolação, etc
Exemplo 2: Peso de colmos (kg) de uma
   população F1 de cana-de-açúcar
Exemplo 3: Diferenças na altura na
       mesma população
Explicação: multiplos genes
Número de genes e de genótipos




Portanto, a consequência de um elevado número de
genes controlando um caráter é o elevado número
de genótipos
Hipótese dos fatores múltiplos -
               poligenes
   Nilsson-Ehle 1910 propuseram a “hipótese dos fatores
    multiplos”

   Fundamentada no fato de que uma caracteristica é
    influenciada por um grande número de genes, cada
                                         genes
    qual com um pequeno efeito no fenotipo.
                                  fenotipo

   A medida que aumentamos o numero de genes, há um
                                               genes
    incremento no numero de classes fenotipicas,
    diminuindo a diferença entre elas, isto faz com que a
                                    elas
    F2 tenda a distribuição continua.

   Com o aumento do número de genes diminui a
    contribuiçào de cada alelo efetivo para o carater.
Interações alélicas para caracteres
              quantitativos
   Aditivas
   Dominante
   Sobredominante
       Como atuam?
       1 loco com 2 alelos (B1 e B2)
       B1 alelo efetivo e B2 não efetivo
       Genótipos: B1B1; B1B2; B2B2
Valores genotípicos para o Loco B
M = ponto médio entre os dois genotipos homozigoticos
a = mede o afastamento de cada genotipo homozigótico em relação
    a média
D = mede o afastamento do heterozigoto em relação a média
Se d = 0, não há dominância e sim aditiva
Se d = a, existe dominância completa
Se 0 < d < a, dominância parcial
d > a , sobredominância
Relação a/d
   A relação a/d mede o que se denomina
    grau de dominância de um gene, o qual
    da a idéia de qual interação alélica esta
    atuando.
   d/a = 0 = aditiva
   d/a = 1,0 = dominância completa
   d/a >1,0 = sobredominancia
Interação Aditiva
   Cada alelo contribui com um pequeno efeito
    fenotípico o qual é somado aos efeitos dos
    demais alelos?

   2 genes:
       A e B – de efeitos iguais com 2 alelos cada

   Contribuições:
       A1 = B1 = 30 unidades
       A2 = B2 = 5 unidades
       A1A1B1B1 = 120 un.
       A2A2B2B2 = 20 un.
Interação alélica aditiva
F1 = P1 + P2
        2

P: Genotipos:             A1A1B1B1-P1         x        A2A2B2B2-P2
   Fenotipos:             120 unidades                 20 unidades

F1: Genotipos:                           A1A2B1B2
    Fenotipo:                            70 unidades


            B2B2              B1B2                B1B1


                10   -a         35       +a            60
Resultado
   A = 25 unidades (60-35=25; 35-10=25)
       contribuição do alelo efetivo


   d = 0; (60+10=70)
       valor fenotípico do genótipo heterozigoto
        corresponde a média dos progenitores


   d/a = 0 = interação aditiva
Media na geração F2, com 2 genes
Genótipos   Frequencia (Fe) Valor fenotipico (F)    Fe . F
A1A1B1B1         1/16               120                7.500
A1A1B1B2         2/16               95                11.875
A1A1B2B2         1/16               70                 4.375
A1A2B1B1         2/16               95                11.876
A1A2B1B2         4/16               70                17.500
A1A2B2B2         2/16               45                 5.625
A2A2B1B1         1/16               70                 4.375
A2A2B1B2         2/16               45                 5.625
A2A2B2B2         1/16               20                 1.250
                                           Média F2 = 70.000
   Média dos progenitores da F1 = F2 (70)
   A1A2B1B1 = 95 unidades
   Genótipos dos descendentes obtidos por
    autofecundação do indivíduo A1A2B1B2

Genótipos   Frequencia (Fe)   Valor fenotipico       Fe . F
                                     (F)
A1A1B1B1         1/4                 120                 30.0
A1A2B1B1         2/4                  95                 47.5
A2A2B1B1         1/4                  70                 17.5

                                                 Média = 95.0
Interação Dominante
   Avalia-se o desempenho de cada loco e nao de cada alelo
   AA = Aa = BB = Bb = 60 unidades
   aa = bb = 10 unidades

P: Genotipos:        AABB - P1       x        aabb - P2
   Fenotipos:        120 unidades              20 unidades

F1: Genotipos:                     AaBb
    Fenotipo:                  120 unidades


bb                    m                  BB Bb      a = d;
                                                    d/a = 1,0
                                                    = dominância
10        -a         35      +a = d       60        completa
Interaçao sobredominante
    O heterozigoto é superior aos homozigotos
    AA = BB = 60 unidades
    aa = bb = 10 unidades
    Aa = Bb = 80 unidades
P: Genotipos:              AABB - P1       x         aabb - P2
   Fenotipos:              120 unidades              20 unidades

F1: Genotipos:                           AaBb
    Fenotipo:                        160 unidades

bb          m         BB             Bb
                                               d = 45
0     -a    35   +a   60             80        d/a = 45/25 = 1,8

                       d
Heterose – Obtenção de híbridos
   Heterose ou vigor hibrido é definida pela
    expressão:

   h = F1 – P1 + P2
                2
   F2 = F1 – h      F3 = F2 - h
              2                4
Heterose
P: Genotipos:      AABB - P1       x     aabb - P2
  Fenotipos:       120 unidades          20 unidades


F1: Genotipos:                  AaBb
   Fenotipo:                 160 unidades


Heterose será: h = 120 – 120 + 20 = 120 – 70 = 50 unidades
                            2


Média na geração F2 = 120 – 50 = 96 unidades
                             2
Qual o tipo de interação predominante?
   Compara-se a média dos progenitores com a media das
    gerações F1 e F2:

P1 = 445 mg; P2=179mg; F1= 279 mg; F2= 266mg

Media dos progenitores = 445 + 179 = 312 mg
                             2

Interação aditiva = F1 = F2 = media dos progenitores

   Ocorrência em campo, os valores oscilam devido ao erro
    experimental e desvio padrao.
   Analisa-se as medias e verifica se estatisticamente as médias
    são iguais.
Estimativa dos componentes de
               variância
   Para o melhoramento, não interessa conhecer
    somente os fenótipos individuais das plantas
    mas, principalmente, as diferenças entre os
    fenótipos ou a variabilidade que se expressa
    entre os indivíduos.

   Para quantificar a variabilidade utiliza-se da
    estatística conhecida como variância, que é uma
    medida da dispersão dos dados.

   Quanto mais dispersos os dados em torno da
    média, maior a variância.
Estimativas das variâncias
VP1 = 482,76 mg
VP2 = 132,80 mg
VF1 = 323, 68 mg
VF2 = 2220,98 mg
VRC1 = 2401,00 mg
VRC2 = 831,76 mg

Considera-se que a variância observada no P1, P2 e F1 é toda
  ambiental (E)

Assim, estimamos a variancia ambiental (VE)

VE = (VP1 + VP2 + VF1) / 3 = 482,76 + 132,80 + 323,68 = 313,08
                                     3
Variância fenotípica da geração F2 (VF2)
   Dois componentes:
      1 ambiental (VE);

      1 segregaçao da recombinação dos genes que

       é a variancia genetica (VG)
   VF2 = variação fenotipica da geraçao F2
   VE = variaçao ambiental
   VG = variaçao genética

    VG = VF2 – VE = 2220,98 – 313,08 = 1907,90
Variância genética na F2
   Componentes:
      Efeito aditivo (VA)

      Efeito de dominancia (VD)



   VF2 = VA + VD
   (VRC1 + VRC2) = VA + 2.VD
   VF2 = 2220,98 = VA + VD + VE

(VRC1+VRC2) = (2401,00 + 831,76) = 3232,76 = VA + 2VD + 2VE

   Sendo assim: VA = 2VF2 – (VRC1 + VRC)
                 VA = 1.209,20

Como VE = 313,08, estimamos a VD = VF2 – VA – VE = 698,70
Estimativas dos parâmetros
                  genéticos
   Coeficiente de Herdabilidade (h2)
   Exemplo: Feijoeiro

   Caracteres de alta herdabilidade:
       Número de vagens por planta (0,87 ou 87%)
       Número de sementes por vagem (0,94 ou 94%)
       Peso de sementes (0,99 ou 99%)


   Caráter de baixa herdabilidade:
       Produção de grãos (0,46 ou 46%)
Herdabilidade
   Herdabilidade no sentido amplo (ha2):
       adequada para plantas de propagação vegetativa
        (toda a variação genética é transmitida à
        descendência)

   Herdabilidade no sentido restrito (hr2):
       plantas de propagação sexuada (variação genética
        pode estar dividida entre os efeitos aditivos e
        dominantes)
Herdabilidade
   (ha2) = VG x 100 = VF2 – VE x 100
           VF2           VF

= VF2 – VE X 100 = 2220,98 – 313,08 X 100 = 85,90%
     VF2               2220,98


   (hr2) = VA X 100 = 2.VF2 – (VRC1 + VRC2) X 100
         VF2               VF2

= 2 X 2220,98 – (2401,00 + 831,76) X 100 = 54,44%
            2220,98
Observações sobre herdabilidade
   A herdabilidade não é apenas propriedade do
    caráter, mas também da população e das
    condições ambientais

   55,54% da variação fenotípica do peso de
    sementes é devida a variação genetica aditiva

   A herdabilidade pode ser aumentada não
    somente pela introduçao de mais variação
    genética na população, mas pelas condições
    experimentais.
Utilidades da herdabilidade
   Permitir estimar o ganho genético
    com a seleção de novos individuos.
   Permite escolher o metodo de
    seleção mais eficiente
   A seleção pode ser realizada já na F2
    desde que apresente variabilidade
    genética.
Exemplo: Obter nova população em que o peso
medio dos grãos de feijão seja maior que os obtidos
na F2.
    Na F2 o peso médio foi de 266 mg

    Amplitude de variaçao: 160 a 390 mg

  
      Selecionamos o peso médio de 350 mg ou +

     Qual sera o peso médio da nova população (Mm)
      descendentes dos individuos selecionados?

     Qual será o progresso genético (∆g)?
     E a população a ser submetida a seleção (Mo)
Estimativa do ganho genético (∆ g)
   Mm = Mo + ∆g
   ∆g = hr2 . ds
   ds = é o diferencial de seleção, ou seja, a
    superioridade dos indivíduos selecionados
    em relação a todos os indivíduos da
    população.
   Ms = Media dos indivíduos selecionados
   Ms = (6x350) + (2x360) + (2x370) + (1x380) + (2x390) = 363,08 mg
                           13

E o diferencial de seleçao é :

Ds = Ms – Mo = 363,08 – 266,00 = 97,08 mg

Sendo assim, ∆g = 0,5444 x 97,08 = 52,85 mg

             Mm = 266,00 + 52,85 = 318,mg

Res.: Esta será a média esperada da nova população, se forem
  selecionados os indivíduos com peso médio dos grão superiores a
  350 mg
Estimativa de número de poligenes
   Importante para estudo de herança dos
    caracteres quantitativos

   Utiliza-se variâncias genéticas:

              VGF2 = 1 (P1 – P2)2
                     8      n

              n = (P1 – P2)2
                   8VGF2
Exemplo:
   P1 = 445 mg
   P2 = 179 mg
   VGF2 = 1907,90

    n = (445 – 179) = 4,63 = 5 genes
         8x1907,90

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Genética quantitativa 2010 2v1

  • 1. Genética Quantitativa Prof. Dra. Adriana Dantas Uergs – Bento Gonçalves Disciplina: Genetica Geral
  • 2. Efeito do ambiente na expressão gênica  Expressão fenotípica depende do ambiente  A influência dos fatores ambientais altera o fenótipo  Indivíduos geneticamente diferentes desenvolvem-se de modo diferente no mesmo ambiente  Indivíduos geneticamente idênticos desenvolvem-se desigualmente em ambientes diferentes  Fenótipo (F) = Genótipo (G) + Ambiente (A)
  • 3. Caracteres qualitativos e quantitativos  Caracteres controlados por muitos genes são denominados caracteres poligênicos  Se referem a mensurações de quantidades (pesos, volumes, medidas: kg, m, cm, g, m2, etc) são comumente denominados de caracteres quantitativos  Os caracteres controlados por poucos genes são denominados de caracteres qualitativos
  • 4. Caracteres qualitativos  Segregações conhecidas (3:1, 1:2:1 e 9:3:3:1)  Para um e dois locos, respectivamente, com dois alelos por loco  Genótipos classificados em grupos fenotípicos distintos  Pouco influenciados pelo ambiente
  • 5. Caracteres qualitativos  Exemplo 1: cor de ervilhas
  • 6. Exemplo 2: cor do tegumento de grãos de milho
  • 7. Exemplo 3: milho doce Em F2, 323 grãos normais e 97 grãos doces
  • 9. Caracteres quantitativos  Devido a segregação de um grande número de genes, não há a possibilidade de serem classificados em grupos fenotípicos distintos  Apresentam variação contínua e se ajustam a uma distribuição normal  Muito influenciados pelo ambiente. Por quê?  Como cada loco (gene) é influenciado pelo ambiente, e como são muitos os genes controlando esses caracteres, a influência total do ambiente é alta  Existem caracteres mais sensíveis que outros as diferenças ambientais.
  • 10. Exemplo 1: Altura da espiga (cm) de 100 plantas F2 de milho A produção de grãos é muito afetada pelo ambiente, enquanto que a precocidade é menos afetada. Ambiente = fertilidade, umidade, insolação, etc
  • 11. Exemplo 2: Peso de colmos (kg) de uma população F1 de cana-de-açúcar
  • 12. Exemplo 3: Diferenças na altura na mesma população
  • 14. Número de genes e de genótipos Portanto, a consequência de um elevado número de genes controlando um caráter é o elevado número de genótipos
  • 15. Hipótese dos fatores múltiplos - poligenes  Nilsson-Ehle 1910 propuseram a “hipótese dos fatores multiplos”  Fundamentada no fato de que uma caracteristica é influenciada por um grande número de genes, cada genes qual com um pequeno efeito no fenotipo. fenotipo  A medida que aumentamos o numero de genes, há um genes incremento no numero de classes fenotipicas, diminuindo a diferença entre elas, isto faz com que a elas F2 tenda a distribuição continua.  Com o aumento do número de genes diminui a contribuiçào de cada alelo efetivo para o carater.
  • 16. Interações alélicas para caracteres quantitativos  Aditivas  Dominante  Sobredominante  Como atuam?  1 loco com 2 alelos (B1 e B2)  B1 alelo efetivo e B2 não efetivo  Genótipos: B1B1; B1B2; B2B2
  • 17. Valores genotípicos para o Loco B M = ponto médio entre os dois genotipos homozigoticos a = mede o afastamento de cada genotipo homozigótico em relação a média D = mede o afastamento do heterozigoto em relação a média Se d = 0, não há dominância e sim aditiva Se d = a, existe dominância completa Se 0 < d < a, dominância parcial d > a , sobredominância
  • 18. Relação a/d  A relação a/d mede o que se denomina grau de dominância de um gene, o qual da a idéia de qual interação alélica esta atuando.  d/a = 0 = aditiva  d/a = 1,0 = dominância completa  d/a >1,0 = sobredominancia
  • 19. Interação Aditiva  Cada alelo contribui com um pequeno efeito fenotípico o qual é somado aos efeitos dos demais alelos?  2 genes:  A e B – de efeitos iguais com 2 alelos cada  Contribuições:  A1 = B1 = 30 unidades  A2 = B2 = 5 unidades  A1A1B1B1 = 120 un.  A2A2B2B2 = 20 un.
  • 20. Interação alélica aditiva F1 = P1 + P2 2 P: Genotipos: A1A1B1B1-P1 x A2A2B2B2-P2 Fenotipos: 120 unidades 20 unidades F1: Genotipos: A1A2B1B2 Fenotipo: 70 unidades B2B2 B1B2 B1B1 10 -a 35 +a 60
  • 21. Resultado  A = 25 unidades (60-35=25; 35-10=25)  contribuição do alelo efetivo  d = 0; (60+10=70)  valor fenotípico do genótipo heterozigoto corresponde a média dos progenitores  d/a = 0 = interação aditiva
  • 22. Media na geração F2, com 2 genes Genótipos Frequencia (Fe) Valor fenotipico (F) Fe . F A1A1B1B1 1/16 120 7.500 A1A1B1B2 2/16 95 11.875 A1A1B2B2 1/16 70 4.375 A1A2B1B1 2/16 95 11.876 A1A2B1B2 4/16 70 17.500 A1A2B2B2 2/16 45 5.625 A2A2B1B1 1/16 70 4.375 A2A2B1B2 2/16 45 5.625 A2A2B2B2 1/16 20 1.250 Média F2 = 70.000
  • 23. Média dos progenitores da F1 = F2 (70)  A1A2B1B1 = 95 unidades  Genótipos dos descendentes obtidos por autofecundação do indivíduo A1A2B1B2 Genótipos Frequencia (Fe) Valor fenotipico Fe . F (F) A1A1B1B1 1/4 120 30.0 A1A2B1B1 2/4 95 47.5 A2A2B1B1 1/4 70 17.5 Média = 95.0
  • 24. Interação Dominante  Avalia-se o desempenho de cada loco e nao de cada alelo  AA = Aa = BB = Bb = 60 unidades  aa = bb = 10 unidades P: Genotipos: AABB - P1 x aabb - P2 Fenotipos: 120 unidades 20 unidades F1: Genotipos: AaBb Fenotipo: 120 unidades bb m BB Bb a = d; d/a = 1,0 = dominância 10 -a 35 +a = d 60 completa
  • 25. Interaçao sobredominante  O heterozigoto é superior aos homozigotos  AA = BB = 60 unidades  aa = bb = 10 unidades  Aa = Bb = 80 unidades P: Genotipos: AABB - P1 x aabb - P2 Fenotipos: 120 unidades 20 unidades F1: Genotipos: AaBb Fenotipo: 160 unidades bb m BB Bb d = 45 0 -a 35 +a 60 80 d/a = 45/25 = 1,8 d
  • 26. Heterose – Obtenção de híbridos  Heterose ou vigor hibrido é definida pela expressão:  h = F1 – P1 + P2 2  F2 = F1 – h F3 = F2 - h 2 4
  • 27. Heterose P: Genotipos: AABB - P1 x aabb - P2 Fenotipos: 120 unidades 20 unidades F1: Genotipos: AaBb Fenotipo: 160 unidades Heterose será: h = 120 – 120 + 20 = 120 – 70 = 50 unidades 2 Média na geração F2 = 120 – 50 = 96 unidades 2
  • 28. Qual o tipo de interação predominante?  Compara-se a média dos progenitores com a media das gerações F1 e F2: P1 = 445 mg; P2=179mg; F1= 279 mg; F2= 266mg Media dos progenitores = 445 + 179 = 312 mg 2 Interação aditiva = F1 = F2 = media dos progenitores  Ocorrência em campo, os valores oscilam devido ao erro experimental e desvio padrao.  Analisa-se as medias e verifica se estatisticamente as médias são iguais.
  • 29.
  • 30. Estimativa dos componentes de variância  Para o melhoramento, não interessa conhecer somente os fenótipos individuais das plantas mas, principalmente, as diferenças entre os fenótipos ou a variabilidade que se expressa entre os indivíduos.  Para quantificar a variabilidade utiliza-se da estatística conhecida como variância, que é uma medida da dispersão dos dados.  Quanto mais dispersos os dados em torno da média, maior a variância.
  • 31.
  • 32. Estimativas das variâncias VP1 = 482,76 mg VP2 = 132,80 mg VF1 = 323, 68 mg VF2 = 2220,98 mg VRC1 = 2401,00 mg VRC2 = 831,76 mg Considera-se que a variância observada no P1, P2 e F1 é toda ambiental (E) Assim, estimamos a variancia ambiental (VE) VE = (VP1 + VP2 + VF1) / 3 = 482,76 + 132,80 + 323,68 = 313,08 3
  • 33. Variância fenotípica da geração F2 (VF2)  Dois componentes:  1 ambiental (VE);  1 segregaçao da recombinação dos genes que é a variancia genetica (VG)  VF2 = variação fenotipica da geraçao F2  VE = variaçao ambiental  VG = variaçao genética  VG = VF2 – VE = 2220,98 – 313,08 = 1907,90
  • 34. Variância genética na F2  Componentes:  Efeito aditivo (VA)  Efeito de dominancia (VD)  VF2 = VA + VD  (VRC1 + VRC2) = VA + 2.VD  VF2 = 2220,98 = VA + VD + VE (VRC1+VRC2) = (2401,00 + 831,76) = 3232,76 = VA + 2VD + 2VE  Sendo assim: VA = 2VF2 – (VRC1 + VRC) VA = 1.209,20 Como VE = 313,08, estimamos a VD = VF2 – VA – VE = 698,70
  • 35. Estimativas dos parâmetros genéticos  Coeficiente de Herdabilidade (h2)  Exemplo: Feijoeiro  Caracteres de alta herdabilidade:  Número de vagens por planta (0,87 ou 87%)  Número de sementes por vagem (0,94 ou 94%)  Peso de sementes (0,99 ou 99%)  Caráter de baixa herdabilidade:  Produção de grãos (0,46 ou 46%)
  • 36.
  • 37. Herdabilidade  Herdabilidade no sentido amplo (ha2):  adequada para plantas de propagação vegetativa (toda a variação genética é transmitida à descendência)  Herdabilidade no sentido restrito (hr2):  plantas de propagação sexuada (variação genética pode estar dividida entre os efeitos aditivos e dominantes)
  • 38. Herdabilidade  (ha2) = VG x 100 = VF2 – VE x 100 VF2 VF = VF2 – VE X 100 = 2220,98 – 313,08 X 100 = 85,90% VF2 2220,98  (hr2) = VA X 100 = 2.VF2 – (VRC1 + VRC2) X 100 VF2 VF2 = 2 X 2220,98 – (2401,00 + 831,76) X 100 = 54,44% 2220,98
  • 39. Observações sobre herdabilidade  A herdabilidade não é apenas propriedade do caráter, mas também da população e das condições ambientais  55,54% da variação fenotípica do peso de sementes é devida a variação genetica aditiva  A herdabilidade pode ser aumentada não somente pela introduçao de mais variação genética na população, mas pelas condições experimentais.
  • 40. Utilidades da herdabilidade  Permitir estimar o ganho genético com a seleção de novos individuos.  Permite escolher o metodo de seleção mais eficiente  A seleção pode ser realizada já na F2 desde que apresente variabilidade genética.
  • 41. Exemplo: Obter nova população em que o peso medio dos grãos de feijão seja maior que os obtidos na F2.  Na F2 o peso médio foi de 266 mg  Amplitude de variaçao: 160 a 390 mg  Selecionamos o peso médio de 350 mg ou +  Qual sera o peso médio da nova população (Mm) descendentes dos individuos selecionados?  Qual será o progresso genético (∆g)?  E a população a ser submetida a seleção (Mo)
  • 42. Estimativa do ganho genético (∆ g)  Mm = Mo + ∆g  ∆g = hr2 . ds  ds = é o diferencial de seleção, ou seja, a superioridade dos indivíduos selecionados em relação a todos os indivíduos da população.  Ms = Media dos indivíduos selecionados
  • 43. Ms = (6x350) + (2x360) + (2x370) + (1x380) + (2x390) = 363,08 mg 13 E o diferencial de seleçao é : Ds = Ms – Mo = 363,08 – 266,00 = 97,08 mg Sendo assim, ∆g = 0,5444 x 97,08 = 52,85 mg Mm = 266,00 + 52,85 = 318,mg Res.: Esta será a média esperada da nova população, se forem selecionados os indivíduos com peso médio dos grão superiores a 350 mg
  • 44. Estimativa de número de poligenes  Importante para estudo de herança dos caracteres quantitativos  Utiliza-se variâncias genéticas: VGF2 = 1 (P1 – P2)2 8 n n = (P1 – P2)2 8VGF2
  • 45. Exemplo:  P1 = 445 mg  P2 = 179 mg  VGF2 = 1907,90 n = (445 – 179) = 4,63 = 5 genes 8x1907,90